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O método dedutivo, ou raciocínio dedutivo, é um processo lógico de argumentação que parte de uma premissa universal e conclui algo particular.
Esse método foi largamente utilizado na história da filosofia por diversos filósofos, a saber: na Lógica por Aristóteles e pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupunham que só a razão bem conduzida seria capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
O método dedutivo se enquadra no que chamamos de método científico. Dentre esses, cumpre citar: o método dedutivo (racionalistas); hipotético-dedutivo (Popper); indutivo usado largamente pelos filósofos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke e Hume); dialético baseado na dialética hegeliana; e o fenomenológico (Husserl). Todavia, para esse texto nos ateremos ao método dedutivo. Para mais informações sobre método científico ler texto “Método Científico” deste portal.
No método dedutivo, a conclusão é sempre necessária, pois é uma consequência lógica das afirmações anteriores (premissas), daí esse tipo de argumento ser frequentemente também chamado de não-ampliativos. Esse tipo de argumento é comum em nosso cotidiano e o elaboramos muitas vezes de forma inconsciente. Um exemplo que facilita a compreensão e está enraizado no imaginário popular a muito tempo é o seguinte:
1 – Todo político é corrupto.
2 – Etelisbaldo é um político.
Logo, Etelisbaldo é corrupto.
Perceba que quem profere esse tipo de argumento está fazendo uso do método dedutivo, pois parte da pressuposta validade das premissas 1 e 2 e segue um raciocínio linear que o conduz à conclusão de algo que já estava previsto nas premissas anteriores. Noutras palavras, parte-se de uma premissa tornada universal (Todo político é corrupto) e chega a uma conclusão particular (Etelisbaldo é corrupto).
É importante ressaltar que para a Lógica o raciocínio dedutivo será sempre válido ou inválido a depender de sua adequação ou não à forma lógica, prescindindo de todo e qualquer juízo de valor haja vista não estar sendo posta em questão a verdade ou falsidade das premissas ou da conclusão. Dessa forma, caso você discorde que todo político é corrupto não tornaria inválido o argumento acima, pois ele foi construído baseado na forma lógica dedutiva. Ele poderia se tornar no máximo falso, mas lembre-se que a lógica não se preocupa com isso, preocupa-se apenas com a estrutura lógica do argumento.
Fábio Guimarães de Castro
Referências Bibliográficas
COPI, Irving M..Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1978.
www.cp.utfpr.edu.br/armando/adm/arquivos/pefp/metodos_cientificos.PPT
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