Remo

Remo, esporte que deixa o corpo feminino definido

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Estudos apontam que, assim como a natação, o remo proporciona grande desenvolvimento físico geral, utilizando a maior parte dos grupos musculares.

Remo
Remo

Modalidade que combina com o verão, a prática vem crescendo no Brasil e traz inúmeros benefícios para a saúde, além de ajudar a desenvolver importantes habilidades para o dia a dia.

Estudos apontam que, assim como a natação, o remo proporciona grande desenvolvimento físico geral, utilizando a maior parte dos grupos musculares.

“É uma atividade completa: trabalha 80% dos músculos do corpo: pernas, abdômen, peito, costas e braços”, disse o atleta e professor de remo Fernando de Campos Mello.

Além do mais, promove grande queima calórica: uma aula para iniciantes consome de 400 a 800 calorias e em um treino profissional ou competição, o gasto pode chegar a 3000 calorias.

Junte a isso um importante trabalho cardiovascular e consequente aumento da resistência, além de ganho de flexibilidade e melhora da coordenação motora, associado ao baixo risco de lesões, e você tem o remo como excelente opção para quem busca no esporte uma fonte de saúde. “Sem contar que a prática estimula o contato com a natureza”. Em Manaus o esporte é praticado em pleno Rio Negro.

Para todos

O remo é recomendado para todas as idades. “Sugerimos a partir dos 12 anos, apenas por não termos barcos que sejam adequados às crianças mais pequenas”, explica.

Os mais velhos também têm vez: é comum encontrar quem tenha começado depois dos 60 anos.

Em relação ao mito de que não é um esporte para mulheres, por deixar costas e ombros muito musculosos, o especialista rebate: “Esse é um preconceito brasileiro – na Europa e na Austrália existem clubes de remo exclusivamente femininos. Praticado como lazer, o esporte define e deixa super bonito o corpo da mulher”.

Além dos benefícios físicos, o remo pode levar ao desenvolvimento de habilidades muito úteis para o cotidiano. Praticado individualmente ou em equipe, leva a melhora da concentração, da coordenação, do equilíbrio, da disciplina, da confiança e da colaboração mútua, entre outras coisas.

“No Exterior, o remo é muito utilizado como atividade de integração em ambiente corporativo, trabalhando espírito de equipe e liderança”, diz Fernando Mello.

Dicas para o iniciante

O fato de ser praticado sentado e sem contato com outros atletas faz do remo um esporte seguro para quem precisa se recuperar de algum tipo de lesão ou quer apenas fazer um exercício correndo menos risco de se lesionar. Para os interessados em começar a remar, o professor Fernando Mello destaca algumas medidas importantes.

“O iniciante deve procurar uma escola de remo com bons profissionais e boa estrutura física. O aluno deve conhecer também os professores de Educação Física, a qualidade das instalações e a condição dos barcos, além da história do clube de remo”, diz ele, acrescentando ainda que é importante o aluno saber nadar e fazer exame médico antes de começar a remar.

Como em todo esporte, a alimentação é outro item que deve exigir atenção dos praticantes do remo. Para quem quer obter ganho de massa muscular e perda de calorias, é importante que seja feita uma alimentação equilibrada, mas sem a necessidade de uma dieta especial. Entretanto, isso pode mudar dependendo da evolução do aluno no esporte.

“Com o progresso técnico e físico, a tendência é uma mudança na frequência de treinamento, o que pode demandar um trabalho multidisciplinar”, alerta.

Dos rios para as academias

O remo indoor, ou remo ergométrico, surgiu como um complemento para quem já pratica a modalidade. É no simulador que os atletas fazem o aquecimento antes de ir para a água e reforçam o condicionamento físico. Porém, a atividade também conquistou aqueles que gostam de remar, mas têm alguma dificuldade de ir ao rio. A aula express promete ser mais animada que a musculação e promover os mesmos benefícios em apenas 30 minutos.

A carga depende da velocidade do movimento. “Quanto mais rápido você fizer, maior a carga. Então, se as remadas são executadas devagar, até um senhor de 80 anos consegue praticar”, explica o professor de Educação Física Nélio Pinheiro.

“A máquina é como o remo, afinal, trabalha os mesmos grupos musculares. A diferença é que você não está na água, que é o chamariz do remo. O remo indoor busca atingir as pessoas que gostam das salas de ginástica”.

Da mesma forma que praticada ao ar livre, a atividade na academia trabalha o condicionamento aeróbio e os vários grupos musculares, além ser altamente motivadora.

Como complemento da aula, ele sugere apenas um reforço com exercícios de fortalecimento muscular. “Cada vez mais, a tendência em fitness é o mixer de atividades. Você trabalha o corpo de forma completa e harmoniosa, de maneira divertida e sem grandes desgastes”, conclui.

Fonte: www.esportes.d24am.com

Remo

O remo é um esporte completo e democrático: pode ser praticado por todas as idades (acima de 14 anos), sexos, individualmente ou em equipe. Veja abaixo a evolução do esporte desde os primórdios.

Segundo o livro Almanaque dos Esportes, as primeiras corridas de Remo da história foram realizadas por barqueiros do Egito Antigo. Na época, as remadas eram realizadas pela honra de participar das nobres procissões funerárias dos faraós.

Outras participações também são encontradas na Odisséia, quando Homero narra uma viagem de Ulisses pela ilha de Ítaca, na Grécia, em Eneida, em 19 a.C.: quando Enéias, príncipe de Tróia, homenageia o pai com uma disputa entre quatro barcos e, em Roma, 54 a.C, quando o imperador Júlio César atravessa o Canal da Mancha e invade a Grã-Bretanha.

O Remo, como esporte competitivo, começou a ser desenvolvido pelos ingleses no século 16. Os habilidosos marinheiros que trabalhavam na travessia do Rio Tâmisa, em Londres, aos poucos viraram atração da cidade. Em 1715, o ator irlandês Thomas Doggett organizou a primeira regata, conhecida como Doggett’s.

A popularidade levou o esporte às raias universitárias de Oxford, Eton e Westminster e, em 1815, surge o primeiro Clube de Remo: o inglês Leander. Foi no ambiente universitário que o esporte ganhou rumo, definitivamente.

Em pouco tempo, as regatas se espalharam para diversos países da Europa. As embarcações foram aperfeiçoadas e novas regras e técnicas foram criadas para permitir melhoras nos resultados e rapidez nas águas. A evolução do esporte implicou na classificação das provas de acordo com o número de remadores, surgindo competições que variavam de um a oito atletas, com ou sem timoneiro.

A organização internacional da modalidade foi criada em 1892, a (FISA) e, até hoje, é a entidade internacional que controla e dirige a modalidade. O Remo se tornou um esporte olímpico em 1900 para os homens. As mulheres começaram a remar na década de 20 e participaram das Olimpíadas pela primeira vez nos Jogos de Montreal, em 1976.

O esporte, trazido ao Brasil por imigrantes italianos, espanhóis e alemães, começou a ser praticado no país em 1893 nas cidades de Santos (SP) e Porto Alegre (RS). Progressivamente, o remo foi ganhando espaço, tendo sido a primeira modalidade esportiva a realizar competições regulares no país.

Para a cidade portuária de Santos, onde ocorreram as primeiras competições, os clubes paulistanos levavam seus barcos nos trens da antiga “Companhia Inglesa São Paulo”.

Conquistada por integrantes do Clube Esperia Tietê, a primeira medalha internacional do remo foi obtida em 1907 nos “Juegos Olympicus Del Montevidéo”, organizado pelo Uruguai.

Em 1936, foi a vez do Germania (atual Pinheiros) se unir ao Espéria, Tietê, Piracicaba, Syrio e Carioba, para a criação da Federação Paulista de Remo. Dois anos após, em uma reunião realizada em Santos, treze clubes votaram pela unificação das duas entidades, que recebeu o nome de Federação de Remo do Estado de São Paulo, com sede na capital.

No ano de 1940, a Federação Paulista de Remo transferiu as regatas oficiais, até então praticadas no Rio Tietê, para a represa Billings, em São Bernardo do Campo. Mesmo com a mudança, a modalidade continuou sendo praticada no Tietê até 1972, década em que a poluição das águas inviabilizou os treinos. No mesmo ano, a raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP) foi oficialmente inaugurada.

A Raia Olímpica da USP conta com 2.000 metros de extensão, 110 m de largura, profundidade variando entre 3 e 5 metros e conta com 7 raias. Um ambiente náutico com peixes e tartarugas, para a prática de remo, canoagem e canoa havaiana. Conta também com uma pista externa para corrida com cerca de 4.600 m.

Na raia olímpica estão sediadas, além da CEPEUSP- Centro de Práticas Esportivas da USP, as unidades de remo dos clubes: Esporte Clube Pinheiros, Clube Athlético Paulistano, Sport Club Corinthians Paulista, Clube de Regatas Bandeirante.

As principais competições realizadas na raia são: Campeonato Paulista, Copa Bandeirante, Troféu Brasil de Remo Unificado e Copa Pinheiros de Skiff.

Equipes de canoagem integradas aos clubes citados também utilizam a raia.

A prática do remo é aberta à todos: homens, mulheres, jovens (a partir de 14 anos), 3ª idade, deficientes físico-visuais, não sendo necessário ser sócio dos clubes ou estudante da USP.

Remo
Remo, esporte para todos

Começando

Nenhum equipamento de fitness funciona se você não fizer o exercício!

Por isso que nós sempre tentamos fazer do remo algo divertido, eficaz e gratificante para nossos remadores. Nos últimos 15 anos, temos desenvolvido uma variedade de programas para diversas pessoas – desde competidores e atletas de final de semana até pessoas interessadas no fitness em geral e em controle de peso. Incluímos uma pequena seção sobre a técnica para lhe ajudar a começar.

Notas em geral para os iniciantes:

Para conseguir o melhor treinamento, use um nível de resistência entre 3 e 5. Pode parecer muito fácil de primeira, mas quando você se acostumar com o movimento da remada e conseguir fazer a roda de inércia rodar mais rápido, você irá sentir mais resistência.
Comece um diário de treinamento.
Procure um parceiro de treino. Ele provavelmente irá fazer seu treino mais divertido e irá ajudá-lo a manter a sua nova rotina.
Alongue antes e depois do treinamento.
Aqueça por 5 minutos remando de leve, com algumas (10-15) remadas mais fortes.

Primeiros treinos

A primeira remada

Resista à tentação de remar durante 30 minutos na sua primeira vez na máquina. Recomendamos começar com 3-5 minutos por vez. Em seguida, faça uma pausa para se esticar e andar por aí. Se sentir bem, faça até quatro desses intervalos curtos de remo.

A segunda remada

Comece experimentando com a taxa de remada e força. A taxa de remada é seu ritmo por minuto. É mostrado no canto direito superior do monitor de desempenho (PM). A força é o quão forte você está puxando.

Há uma escolha de unidades na área central de exibição: watts, calorias, ou ritmo. Tente alguns intervalos de 3 minutos remando, variando taxa de remada e de ritmo, como descrito abaixo.

Treino:

3 minutos a 20 SPM, esforço confortável; 1 min descanso
3 minutos a 22 SPM, esforço mais forte; 1 min descanso
3 minutos a 24 SPM confortável; 1 min descanso
3 minutos a 24 SPM, forte, 3 min descanso.

Finalize remando 10 minutos num ritmo constante com o SPM e a força que sentir mais confortável.

Certifique-se de anotar a força e o SPM que você escolher – você irá utilizá-lo no próximo treino.

A terceira remada

Introduza a remada mais longa com variação na taxa de remada.

Treino:

Faça quatro pedaços 5 minutos, variando a taxa de enfarte do seguinte modo:

20 SPM para os primeiros 2 minutos
22 SPM para os próximos 2 minutos
24 SPM para o último minuto

Depois descanse remando facilmente por 2 minutos, antes de iniciar os próximos 5 minutos.

Seu ritmo de trabalho deve ser mais rápido do que o seu ritmo de 10 minutos do último treino.

A quarta remada

Remada mais longa e mais estável.

Treino:

Duas vezes de 10 minutos com 3 minutos de descanso entre.
Tente ir um pouco mais rápido do que como você foi nos 10 minutos no treino número 2. Taxa de remada de 20-24 SPM.

A quinta remada

Intervalos curtos para variar e para poder ver a rapidez do ritmo que você pode alcançar.

Treino:

Reme forte por 1 minuto e leve por outro, até que dê um total de 20 minutos.
Veja o visor central para acompanhar seu ritmo. Taxa de remada de 20-24.
Anote seus ritmos após o treino utilizando a função de memória do monitor de desempenho (PM).

Benchmark Piece:

30 minutos, sem parar.
Anote o total de metros remados nesse pedaço. Você deve repetir este treino periodicamente, a cada poucas semanas, para ver como está progredindo. Você também pode inseri-lo no Ranking Online da Concept2!

Técnica da remada

A remada consiste de quatro fases: a pegada, a puxada, o final e a cobertura. A posição do corpo em cada fase está descrita abaixo.

A Pegada

Estique os braços na direção da roda de inércia;
Mantenha os punhos retos;
Incline seu corpo levemente para frente com os costas retas, mas não tensas;
Deslize seu assento para frente até suas canelas ficarem na vertical (ou o mais próximo que sua flexibilidade permitir).

A Puxada

Comece a puxada empurrando com suas pernas;
Mantenha os braços esticados e as costas firmes para a transferência de força das pernas;
Gradualmente dobre os braços e balance para trás com o seu tronco puxando contra as pernas até ter uma leve inclinação para trás no final da remada.

O Final

Puxe o punho totalmente até o seu abdômen;
Estique as pernas;
Incline seu tronco levemente para trás.

A Recuperação

Estenda seus braços em direção à roda de inércia;
Incline seu tronco para frente para seguir os braços;
Dobre gradualmente as pernas para deslizar para frente no assento.

A Pegada

Vá para frente até suas canelas ficarem na vertical;
O tronco deve estar inclinando para frente;
Os braços devem estar totalmente esticados;
Você está pronto para a próxima remada.

Fonte: www.conhecerraposo.com.br/www.concept2.com.br

Remo

AS ORIGENS DO ESPORTE DE REMO

Origem

Barcos a remo são usados como meio de transporte desde a Antigüidade Grega, o Império Romano e o Egito Antigo.

Todas as civilizações mais antigas evoluíam culturalmente por recorrência ao remo e em altura de guerra. As vitórias em muitas dessas batalhas no mar devia-se à maior facilidade e rapidez de movimentação dos barcos (os Ateniense ganhavam frequentemente porque usavam uma forma de carrinho em movimento de modo a incorporar as pernas).

Os barcos Viking estavam equipados com muitos remadores. Uma vela quadrada era usada, mas apenas quando o vento de popa era predominante. Então a grande capacidade de pirataria e de pilhagem dos Vikings era devida à velocidade de ataque que possuíam com os seus barcos a remo.

O Remo na sua origem não era um desporto mas é considerado um dos mais antigos e dos que exige maior esforço físico. O remo, assim como a natação, utiliza uma grande parte dos grupos musculares do corpo, nomeadamente pernas, abdominais, peito, costas e braço.

AS PRIMEIRAS REGATAS

O Remo como desporto não oficial surge em 1700 com as regatas no Rio Tamisa na Inglaterra.

Como esporte, sua origem mais provável é a Inglaterra vitoriana dos séculos XVII e XVIII. No entanto a popularização só aconteceu no século XIX. Nesse período, foi exportado da Europa para a América, o desporto começa uma nova era quando os “gentlemen” surgem com a regata OXFORD-CAMBRIDGE em 1829.

Onde a tradição das regatas entre as universidades britânicas de Oxford e Cambridge também foi adotada, por Yale e Harvard. Competições de remo são mais antigas do que a maioria das de outros esportes olímpicos da Era Moderna. E o conceito se mantém o mesmo até os dias de hoje.

Uma regata oficial internacional foi pela primeira vez organizada em 1893 e sob a responsabilidade e direção da “Federation International de Societes d’Aviron” (FISA).

As regatas internacionais são de 2000 metros. Ao mais alto nível os tempos médios de regata oscilam entre 5:20 e 7:30, dependendo obviamente do tipo de barco.

AS ORIGENS DO REMO NO BRASIL

Segundo Alberto B. Mendonça, a origem das regatas no Brasil remonta ao ano de 1566, época em que o Rio de Janeiro estava ocupado pelos franceses, que tinham nos índios tamoios seus aliados.

Em janeiro daquele ano, Estácio de Sá desembarcou no Rio, com reforços que trouxera de Portugal e outros que fora buscar na Capitania de São Vicente, e localizou-se entre o Pão de Açúcar e o Morro de São João, dali dando seqüência às lutas contra os franceses.

Em 17 de julho do mesmo ano, um soldado português chamado Francisco Velho, devoto de São Sebastião, saiu com sua canoa para procurar madeira a fim de terminar a construção de uma capela para o santo.

Porém, franceses e tamoios haviam armado uma emboscada. Reuniram cerca de 180 canoas e postaram-se atrás de uma ponta (provavelmente para os lados de Copacabana). Em seguida, mandaram quatro canoas mostrarem-se aos portugueses, para atraí-los. Estas depararam com Francisco Velho, que, apesar de estar só, enfrentou-os com valentia.

Estácio de Sá, vendo Francisco Velho cercado, chamou alguns soldados, lançaram na água quatro canoas que estavam à mão e saíram para combater os inimigos, sem imaginar que se tratava de uma armadilha. Os franceses, cumprindo seu plano, recuaram e quando os portugueses deram por si, estavam cercados de inimigos. Eram dezenas de canoas inimigas para cada canoa portuguesa.

Parecia impossível resistir, mas não havia outro jeito. Inexplicavelmente, porém, a resistência prolongava-se além do que seria esperado.

Francisco Velho combatia gritando: “Vitória por São Sebastião!”.

Subitamente, uma das canoas portuguesas, cheia de pólvora, explodiu, o que assustou os tamoios, que bateram em retirada. Os franceses os seguiram, pois sem eles nada podiam fazer.

Posteriormente, o Padre Anchieta ouviu dos tamoios sua versão da batalha. Segundo eles, havia “um soldado mui gentil homem, armado e saltando de canoa em canoa a combater, invencível e invulnerável, em favor dos portugueses”. E esse guerreiro, que os portugueses não viram, espantara os índios.

Finda a batalha, Estácio de Sá carregou em triunfo a Francisco Velho, que ousara enfrentar os inimigos e elevara o moral dos seus companheiros com os gritos de “Vitória por São Sebastião.” Em seguida, dirigiram-se todos para a capela que Francisco Velho estava construindo e ali agradeceram a Deus e veneraram a imagem do santo padroeiro.

Para comemorar esse feito, a partir do ano seguinte e sempre no dia 20 de janeiro, foi instituída a FESTA DAS CANOAS, na qual, além das solenidades religiosas, havia disputas entre canoas.

Este foi o embrião das regatas, no Rio de Janeiro e no Brasil.

Mais tarde, o Padre Antonio Vieira confirmava, em seus escritos, que colonos e índios, que se dedicavam à pesca e ao comércio de cabotagem, faziam corridas de canoas entre si, ao longo da costa brasileira.

Outros historiadores confirmam que até os holandeses, na Bahia,participavam dessas disputas.

Tal prática foi sendo difundida em todo o litoral, até que, em 1846, ganhou as páginas dos jornais.

O Jornal do Commércio, do Rio de Janeiro, anunciou, em 20 de agosto de 1846, um sensacional desafio entre as canoas CABOCLA e LAMBE-ÁGUA, sendo seus remadores ALECRIM e JOSÉ FERRO, respectivamente. A largada foi na Praia de Jurujuba (Niterói) e a chegada na Praia de Santa Luzia, também conhecida como Praia dos Cavalos, no Rio.

Uma multidão postou-se na chegada à espera da canoa vitoriosa, que foi CABOCLA. Seu remador, Alecrim, foi carregado pela multidão em delírio, através da cidade.

Daí em diante, os desafios públicos entraram na moda e passaram a ser construídas canoas especiais, mais rápidas, adequadas à disputa.

No Rio, começou a se falar em criar um grupo para promover corridas em barcos a remo.

A Confederação Brasileira de Remo foi fundada em 25/11/1977 e a sua sede é no Rio de Janeiro, estando localizada na Lagoa Rodrigo de Freitas, mas inicialmente o remo no Brasil era controlado pela Confederação Brasileira de Desportos.

A Confederação Brasileira de Remo (CBR) é o órgão responsável pela organização do desporto Remo no Brasil, bem como sua difusão e incentivo. Compete ainda a CBR a organização de campeonatos nacionais e representação do Remo brasileiro frente a instituições internacionais, celebrando acordos, convênios e tratados.

O REMO NA AMÉRICA DO SUL

Na América do Sul, a Argentina e o Brasil disputam a hegemonia do remo, ambos quase no mesmo nível, havendo uma pequena vantagem para osargentinos. Nos campeonatos olímpicos nossos remadores tem apresentadoum rendimento apenas discreto.

O remo brasileiro participa assiduamente do Campeonato Sul-Americano, cuja disputa se iniciou em 1948 no Uruguay. Já em 1954 o Brasil sagrou-se campeão.

Até 1945 esse Campeonato não tinha cunho oficial, pois foi só neste ano que foi fundada a Confederação Sudamericana deRemo.

Os tipos de barcos oficiais utilizados são constituídos por 1, 2, 4 ou 8 remadores podendo as tripulações de 2 e 4 remadores de ponta (um remo por cada atleta) ter ou não timoneiro, enquanto o shell de 8 (8 remadores com um remo cada) tem obrigatoriamente timoneiro. As tripulações de 2 e 4 remadores com um par de remos cada designa-se por double-scull e quadri-scull, respectivamente. A designação generalista para as tripulações com um par de remos por atleta é remo de parelhos. Inclui o skiff (apenas um remador).

O quadri-scull é controlado em termos de rumo através de um leme de pé, enquanto o skiff o double-scull é controlado com uma diferença de pressão entre o remo de bombordo e estibordo. Os remadores a nível competitivo são distinguidos entre ligeiros e pesados. Os remadores ligeiros masculinos e femininos tem o seu máximo peso restrito a 72.5 Kg e 59 Kg respectivamente. Estão em grande progressão outras formas de Remo alternativas, nomeadamente Remo Indoor e Remo de Mar.

O remo é um desporto aquático desde muito cedo integrado no programa oficial dos Jogos Olímpicos.

É um desporto de velocidade, praticado em barcos estreitos, nos quais os atletas se sentam sobre bancos móveis, de costas voltadas para a direção do movimento, usando os remos para mover o barco o mais depressa possível, em geral em rios de água doce (rios, lagos, ou pistas construídas especialmente para a prática da modalidade), são divididos por raias, competem lado a lado para ver quem é o mais rápido mas por vezes também competem no mar. Pode ser praticado em diferentes categorias de barcos desde barcos para uma pessoa, duas, quatro, oito ou até mais.

Cada remador pode conduzir o barco utilizando um ou dois remos dependendo do tipo de barco. Alguns barcos ainda podem ter incluída a presença de um timoneiro responsável por dar a direção e o ritmo da remada aos atletas. Atualmente, a distância oficial desse percurso em linha reta para Jogos Olímpicos e Pan-americanos é de 2.000m. As embarcações – com ou sem timoneiro, ou skiff – podem ter um, dois, quatro ou oito componentes.

O timoneiro, integrante que não rema e é responsável por orientar e incentivar os remadores, não entra na conta dos componentes. Tanto para quanto para mulheres, há também as disputas na categoria peso leve.

História

Remo
Remo

Na Odisséia, Homero narra uma viagem de Ulisses pela ilha de Ítaca, onde era rei, num barco a remo.

O relato da mais antiga competição é também da Grécia, feito em Eneida, de 19 a.C.: Enéias, príncipe de Tróia, homenageia o pai com uma disputa entre quatro barcos, movidos por 200 prisioneiros de guerra acorrentados aos botes.

Mas, antes, os chineses e os asiáticos de todo o sudeste do continente já disputavam provas com enormes barcos. E o faraó Amenófis 2º- também deslizava pelo delta do Nilo, 14 séculos antes de Cristo.

Na história do remo, aliás, os egípcios evoluíram na habilidade e os gregos, na tecnologia, com a criação do apoio para os remos. Em 54 a.C., o imperador romano Júlio César apossou-se do saber, atravessou o canal da Mancha e invadiu a Grã-Bretanha.

A prática esportiva é do século 16. Os hábeis e fortes marinheiros que trabalhavam na travessia de passageiros do rio Tâmisa, em Londres, viraram atração de festas da cidade.

Havia torcida e apostas. Em 1715, o ator irlandês Thomas Doggett organiza a primeira regata ­ a Doggett¹s, disputada ainda hoje.

Na última década do século, o remo chega às raias universitárias de Oxford, Eton e Westminster e, em 1815, surge o primeiro clube de remo: o inglês Leander.

Nesse tempo, porém, o esporte já remara pela Europa e chegara aos EUA e ao Canadá.

O mau tempo em Atenas-1896 empurrou a estréia olímpica do remo para Paris-1900. As mulheres, que começaram a remar pra valer na década de 20, estrearam nos Jogos em Montreal-76. No Brasil, o esporte foi trazido pelos imigrantes alemães radicados em Porto Alegre, a partir de 1880. Mas o esporte ainda tem pouco destaque.

O Brasil, hexacampeão sul-americano, conquistou dois quartos lugares olímpicos: em Paris-24 e Los-Angeles -84.

REMO NO MUNDO

O remo tem origens pouco precisas. Há relatos de Virgílio, na Eneida, que descrevem uma regata de remos ou as supostas corridas entre os barqueiros do Nilo, no Egito, que teriam competido para ganhar a honra de participar na procissão funerária do faraó. Alguns historiadores consideram que as primeiras competições entre barcos a remo começaram em Veneza, na Itália, em 1315, entre os gondoleiros.

Mais adiante, por volta de 1.700, os rios da Inglaterra ofereciam uma alternativa de locomoção, além do cavalo e as carroças. Na quela época, o meio de transporte fluvial era o preferido, já que as estradas ficavam intransitáveis constantemente por causa do mau tempo.

No início do século 18, quando a Grã-Bretanha contava com uma população de 6 milhões de habitantes, não menos de 400 mil barqueiros ganhavam a vida transportando mercadorias e pessoas no Tâmisa, entre Windsor e Gravesend. Naturalmente, isso foi criando um clima de competição no rio. Os percursos rápidos tinham uma remuneração maior e, ocasionalmente, começaram a ser disputadas competições, com prêmios especiais entre os barqueiros profissionais e os jovens da região.

Os primeiros clubes de remo foram fundados por jovens esportistas amadores que utilizavam o mesmo tipo de embarcação que os barqueiros. Muitas vezes, o clube era batizado com o nome da embarcação utilizada pela equipe. Uma das mais prestigiosas agremiações daquela época era o Leander Club, que ainda hoje está em atividade.

A regata mais antiga de que se tem notícia foi realizada em 1716, na cidade de Londres, quando um famoso ator da época, Thomas Dogget, teve a idéia de criar uma regata que consagrava, a cada ano, o melhor barqueiro da cidade. A prova ainda é disputada e se chama Dogget’s Coat and Badge.

Em 10 de julho de 1829, em Henley-on-Thames, se disputou a primeira prova da tradicional regata entre as Universidades de Oxford e Cambridge. Na época, mais de 20 mil espectadores viram o desafio desde as margens do Tâmisa. O esporte britânico foi seguido nos Estados Unidos, onde as Universidades de Yale e Harvard se enfrentaram em 1852, em New Hampshire, sobre o lago Winnipesaukee.

A fundação de clubes, associações e sociedades interessadas na prática do remo provocaram a criação de federações nacionais e, depois, da Fisa (Federação Internacional de Remo), fundada em 1892, que unificaria as regras do esporte internacionalmente.

Em Olimpíadas, o remo estava incluso no programa oficial da primeira edição, em Atenas-1896, mas uma forte ressaca, com ondas gigantescas, obrigou a anulação das provas. Assim, o esporte só fez sua estréia nos Jogos de Paris-1900. Naquele ano, a França dominou a competição vencendo seis das 14 medalhas em disputa.

Na edição seguinte, em Saint Louis-1904, os Estados Unidos foram ainda melhores que os franceses quatro anos antes, ficando com 13 das 14 medalhas em jogo. Em 1932, nos Jogos de Los Angeles, os sul-americanos conseguiram conquistar a primeira medalha no esporte, um bronze do uruguaio Guillermo Douglas. A partir daí, norte-americanos e britânicos revezaram-se entre os vencedores na história, com pequena vantagem para os atletas dos Estados Unidos.

Em 1976, nos Jogos de Montreal, o remo foi disputado pela primeira vez por mulheres, e os países europeus dominaram as competições. Na edição seguinte, em Moscou-1980, os Estados Unidos, que boicotaram os Jogos, ficaram sem medalhas pela primeira vez na história.

Desde então, o esporte passou a contar com o domínio de novas potências no esporte, como Alemanha, Romênia, Canadá e Austrália. Entre os destaques individuais do esporte na história olímpica, brilharam os britânicos Steven Redgrave, único remador com cinco medalhas de ouro consecutivas, e Jack Beresford Wisnieswski Jr., também vencedor de cinco ouros, mas em Olimpíadas alternadas. Já entre as mulheres, quem se sobressaiu nas últmas edições dos Jogos Olímpicos foi a romena Rodica Arba, medalha de ouro em 1984 e 1988.

Fonte: www.birafitness.com/www.cninfante.pt

Remo

A remada e o remador

Remo
Timoneiro ou patrão é aquele que guia o leme

Apesar de desenvolver toda a estrutura muscular e articular de cada parte do corpo, o remo não é um esporte pesado, nem desaconselhável. É, inclusive, indicado para obesos e diabéticos. Pode ser praticado por pessoas de todas as idades e ambos os sexos.

Treino

Para obter uma boa performance, o atleta de remo deve praticar bastante, para atingir quatro metas: velocidade, agilidade, resistência e força. Os “quatro elementos” são necessários porque, embora marcados pelo jogo harmônico e coletivo no barco a remo, o esporte se fundamenta em sucessivos e ritmados movimentos dos remos.

Para que tudo funcione de forma equilibrada e funcional, o atleta deve transformar o meio aquático em ponto de apoio para seguir em frente, coordenando seu movimento juntamente com o dos demais. A falta de habilidade pode fazer o que os remadores chamam de “enforcar a remada”, ou seja, fazer com que o ritmo seja quebrado.

A técnica do atleta se baseia tanto na maneira de usar o remo, como na melhor forma de entrar no barco sem causar oscilações. O corpo da pessoa – sentada em um assento com rodas (carrinho), que se movimenta sobre um trilhos – deve estar inclinado, os joelhos afastados e os calcanhares devem estar em contato com a barra dos pés.

Os braços alongados devem segurar o cabo do remo sem muita rigidez, mas com muita habilidade. Cada remador fica de costas para a direção a qual o barco se desloca (chamada de proa). O movimento das pernas, braços e costas do atleta determinará a potência da remada.

Quem é quem no barco a remo

Remo
Afastamento, molinete, recuperação e preparação são algumas das técnicas usadas pelos remadores

Crianças e idosos podem praticar o remo. Por este motivo, a faixa etária dos atletas e dos alunos varia muito. “Temos alunos de 14 a 65 anos treinando na mesma turma, porém é lógico que com intensidade de treinamento diferente, voltada para cada objetivo”, diz Luiz Armando de Sá, que alcançou duas vezes a terceira colocação do campeonato brasileiro.

Mulheres e homens podem remar. É por isso também que o número de mulheres em treinamento está crescendo. Além de perceberem que o esporte não é masculino quanto parece, elas têm mais facilidade com as técnicas.

Estas pessoas – crianças e idosos, homens e mulheres – treinam três vezes por semana, pelo menos. Cada um tem duração de uma hora e meia.

Treinamento em barcos de verdade

O treinamento na raia da USP – feita exclusivamente para a prática do esporte há exatamente 30 anos – é feito em dois tipos de barco: palamenta simple e palamenta dupla. O primeiro se rema com 1 e o segundo com dois remos.

Os barcos são do tipo single-skiff , double-skiff e four-skiff, de palamenta dupla. Eles podem ter timoneiro, que é a pessoa responsável pelo comando da guarnição e que, através do equilíbrio, guia o leme (podendo ficar na proa do barco ou deitado na ré).

Para iniciantes os barcos são do tipo yole a quatro remadores ou yole a oito remadores palamenta simples (single canoe ou double canoe) palamenta simples.

Remo chegou no Brasil antes do futebol

Remo
O remo é do tempo em que o Tietê era limpo …

O remo, apesar de pouco conhecido entre a população brasileira, surgiu antes que o futebol no país. Quem trouxe a modalidade para cá, em 1880, foram os imigrantes alemães do Rio Grande do Sul e, posteriormente, italianos do Estado de São Paulo.

Grupos de interessados começavam a se reunir para praticar o remo em Santos ou no Rio Tietê. O Clube Santista de Remo, o Esporte Clube Tietê, o Club Canottieri Esperia o Sport Club Corinthians Paulista foram alguns dos primeiros a se formarem em São Paulo. Dentre eles, o Club Canottieri Esperia – que hoje é conhecido apenas como Espéria e não se localiza mais às margens do Tietê -, fundado em 1899, tornou-se um dos principais clubes para o treinamento dos remadores.

Com a criação da Federação Brasileira das Sociedades de Remo, em 1931, a Confederação Brasileira de Desportos em 1914, clubes de todo o Brasil passam a se filiar. As competições passam a ser feitas com mais freqüência, bem como a participação dos brasileiros em campeonatos internacionais.

Nomes como Avelino Tedesco, Nuno Alexandre Valente, Adib Jatene trouxeram títulos para São Paulo e, até hoje, muitos atletas treinam na raia da Universidade de São Paulo – mostrando que o remo é um esporte tradicional do paulistano.

Fonte: 360graus.terra.com.br

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