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Patinação Artística
Oriunda da patinação no gelo, a patinação artística começou a se expandir em toda Europa a partir de 1876, com a inauguração do primeiro centro de patinação e criação de diversos rinques em Paris, na França.
Antes da I Guerra Mundial, a patinação artística vivia uma fase de muito entusiasmo, chamada de Belle Époque, período em que sua prática nos parques virou ponto de encontro da elite. Porém, a Guerra provocou o fechamento de muitos rinques em diversos países e, com isso, a patinação praticamente foi extinta.
Aos poucos, com a Guerra quase por terminar, os países onde se praticava patinação começaram a reativar suas atividades.
Em 1947, foi realizado o I Campeonato Mundial de Patinação Artística, promovido pela FIRS (Federação Internacional de Roller Skating), na cidade de Washington, nos Estados Unidos. O Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial na Alemanha somente em 1972.
Enquanto continuavam os concursos em rinques, a patinação iniciou uma nova fase, passando a ser praticada também em clubes. Aproveitando a vinda do espetáculo sobre rodas Skating Vanities, na década de 50, estes começaram a organizar shows. Esta fase perdurou até a década de 70, quando a patinação artística tornou-se competitiva e poucos shows continuaram a existir.
Assim como a patinação de velocidade, a patinação artística é parte integrante da Federação Internacional de Esportes em Roda (FIRS), que tem 106 países filiados. Os EUA são os maiores vencedores desta modalidade.
A Patinação Artística
A Patinação Artística começou o seu desenvolvimento no século 18 na Inglaterra.
Na década de 1860, o norte-americano Jackson Haines combinou os seus talentos de dança com a patinação, e revolucionou o esporte introduzindo a música, coreografia e a dança na patinação no gelo. Jackson também é considerado como o inventor do patins de gelo moderno. A primeira competição internacional de patinação artística foi organizada em Vienna, Áustria no ano de 1882.
Entre os participantes, um Norueguês, Axel Paulsen, chamou a atenção com o seu performance, dando o famoso pulo que imortalizou o seu nome. Já em 1892, por iniciativa da Federação Holandesa, foi fundada a Federação Internacional de Patinação (ISU), a mais antiga Federação Internacional de esportes de inverno. A modalidade fez parte do programa das Olimpíadas de Verão de 1908 em Londres, mas em 1924 passou a integrar os Jogos Olímpicos de Inverno na sua 1a edição em Chamonix, na França.
O Equipamento
Para se praticar patinação artística no gelo usa-se um par de patins, onde a bota é feita em couro , com solado e salto de madeira ( as tradicionais ) pois já existem solados de carbono.
Usa-se também um par de lâminas de aço para se manter sob o gelo e realizar os elementos deste esporte; geralmente, as botas são compradas separadamente das lâminas, pois cada patinador sente uma necessidade diferente de outro com relação a estabilidade das botas e quanto ao desenho de suas lâminas.
Usa-se roupa em lycra para ajudar o alongamento e na realização dos movimentos.
Equipamentos:
Bota em couro, feminina ou masculina, para pratica da patinação artística profissional.
Lâmina de aço para prática da patinação artística profissional
Capa de toalha para as lâminas, protege o aço da oxidação da lâmina depois de utilizada no gelo
Skate guard protetor de lâminas para andar com o patins fora do gelo.
Colan de lycra para a prática da patinação artística, usa-se lycra pois o tecido contém elastano que ajuda nos movimentos e é confortável.
Meias, existem variados tipos de meias, mas elas são fundamentais na patinação artística pois além de protegerem as patinadoras de eventuais quedas no gelo, proporcionam uma estética favorável.
Agasalhos, fundamental para os atletas usarem em suas idas aos treinos bem como campeonatos, pois o agasalho, além de identificar o atleta contribui no conforto, aquecimento e na praticidade em manter sobre o agasalho a roupa de patinação.
Squeeze garrafa para água, usada nos treinos para que o atleta não deixe de repor líquido durante o treino.
Mochila para transportar os patins e todo o restante do equipamento que o atleta necessitar.
Luvas podem ser de lã, algodão, elastano e borracha, são usadas nos treinos, geralmente no início devido ao frio, alguns atletas as usam quando estão treinando saltos duplos para proteger as mãos nas quedas.
Origem
A Patinação surgiu na Europa. Inicialmente foi utilizada como meio de transporte, para atravessar lagos e canais congelados. A Patinação surgiu da necessidade de se atravessar lagos congelados no rigoroso inverno europeu. Daí se tornou uma prática de lazer, que era restrita apenas ao inverno, até que foram criados os patins de rodas.
Depois começou a ser utilizada recreativamente.
A Patinação Artística, especificamente, surgiu de uma brincadeira em que os patinadores faziam desenhos no gelo com suas lâminas enquanto patinavam.
A partir daí começaram a realizar concursos para ver quem fazia os desenhos mais bonitos e os mais complexos.
Dizem que naquela época a glória era conseguir assinar o próprio nome no gelo.
Bem, desse tipo de competição é que deriva o termo “Figure Skating”, como é conhecida a patinação artística internacionalmente.
Assim aconteceu com o esporte. Criado no gelo, as competições se restringiam a fazer desenhos no chão. A partir daí, foram criados os primeiros saltos e corrupios que tão logo foram transportados para as rodas criando assim este maravilhoso esporte.
A Patinação Artística Sobre Rodas apareceu como uma alternativa para os patinadores do gelo, que não tinham como praticar durante o verão, já que os lagos se descongelavam. Então, no início, os praticantes dos dois tipos de patinação eram os mesmos.
Por isso as duas técnicas são muito semelhantes e utilizam praticamente os mesmos termos em seu dicionário.
A Patinação Artística é considerada por muitos como a mais espetacular e excitante forma dos esportes sobre rodas. É uma modalidade desportiva, onde coordenação motora, postura, equilíbrio e capacidade de concentração são fortemente estimulados.
Regulada pelas federações estaduais (no Rio de Janeiro a Federação de Hóquei e Patinagem do Estado do Rio de Janeiro), nacionalmente pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação e internacionalmente pela F.I.R.S. (entidade máxima do desporto sobre patins) que congrega também as modalidades Hóquei Sobre Rodas e Corridas.
No Brasil as Competições estão divididas em Classes e Categorias que nivelam o esporte de acordo com o adiantamento técnico e idade do atleta.
O virtuosismo de um patinador é facilmente identificado na velocidade e altura dos saltos, no controle e velocidade dos corrupios e na individualidade, dificuldade e segurança dos trabalhos de pernas.
A Patinação Artística é julgada em duas exigências, onde cada juiz atribui duas notas (variando de zero a dez) para Mérito Técnico e Impressão Artística.
Quem, onde e quando inventou os patins ?
Como eram os patins a 100 anos ?
O crédito oficial pela invenção do primeiro par de patins, deve atribuir a Joseph Merlin, um luthier nascido em Huys, Bélgica em 17 de setembro de 1735.
Em maio de 1770, Merlin foi à Londres como diretor do Museu Cox em Spring Gardens, onde exibido vários de seus instrumentos musicais.
Merlin teve também exemplos de seus trabalhos em sua casa em Oxford (afetivamente chamaram “a caverna de Merlin”), onde também mostrava sua única invenção: um par de patim sobre rodas.
Mas seu lugar na história como inventor, também vai acompanhado por uma anedota engraçada na apresentação de sua invenção em sociedade:
Um escritor da época dizia: “… projetado para rodar sobre pequenas rodas metálicas.
Provido de um par desses patins e um violino, entrou em um baile a fantasia celebrado em Carlisle-House, no centro da Londres. Sem contar com meios para diminuir sua velocidade ou controlar sua direção, foi dar contra um espelho localizado no final do salão do baile.
Não só provocou a quebra do mesmo e de seu violino, mas também se feriu gravemente.”
Depois deste fiasco, não retornou a oirse em patins até 1790, quando um ferreiro parisiense inventou um patín sobre rodas chamado “patin-a-terre”.
Não obstante, ele tomou 25 anos de modo que este patín ganhou reconhecimento. Em Berlim, em 1818, patim em rodas foram usados pela primeira vez na estréia do balé “Der Maler oder die Wintervergnügungen” (” O artista ou Prazeres de inverno). O balé havia sido criado para patim em gelo, mas como não era possível produzir gelo no cenário, eles foram utilizados patim de rodas.
A primeira patente de um patín sobre rodas foi apresentada por M. O Petitbled na França em 1819.
Este patim construido em rodas de metal, madeira ou marfim, montado sob uma base de madeira com tiras para seguraá-los no pé.
Os patins eram de um único tamanho e como as rodas eram fixas, era impossível se deslocar por uma linha curva.
Em 1823, em Londres, Roberto John Tyers patenteou o modelo “Rollito”. No escritório de patentes britânicas, o “Rolito” era descrito como um “aparelho ser fixado aos sapatos, botas ou outro elemento que cubra o pé com o propósito da necessidade de locomoção ou lazer”.
Este modelo foi feito com 5 rodas fixas em linha e era um sucesso que prontamente atraiu a atenção do público.
Surgiram muitos modelos patenteados, cada um mais sofisticado que outro modelo anterior.
ALGUNS DO PRIMEIROS MODELOS DE PATINS
Assim os patins começaram a difundir-se mas tomou muito tempo para ser um verdadeiro êxito. Na Alemanha foi aceito popularmente.
Em 1840, em uma loja perto da cidade de Berlim, os clientes sedentos foram atendidos por meninas sobre patim. Esta novidade atraiu a atenção de muitos, sem mencionar a melhora do serviço.
Em 1857 foram abertas duas pistas de patinação em Convent Garden y Strand, duas zonas muito importantes no centro da Londres.
Mas recentemente em 1863, nos Estados Unidos, James Leonard Plimpton, pensou em colocar sobre as rodas suspensões baixas de borracha e assim era possível manobrar o patín descrevendo curvas.
Estes patins tinham dois pares de rodas paralelas adiante e atrás como os que conhecemos hoje, e foram muito superiores a todos os inventados até aquele momento.
James Leonard Plimpton
Pouco depois que os patins de Plimpton foram popularizados, as pistas de patinação tornaram-se lugares de reunião.
Na Inglaterra, a patinação sobre rodas foi um furor em muitos lugares tradicionais.
Mas eram tantas pistas mal cuidadas e mantidas sem condições, a primeira onda de popularidade não durou muito tempo.
Plimpton também fundou a primeira associação de patinação em rodas nos EUA e organizou a primeira companhia internacional de patinação sobre rodas.
Também deu origem as primeiras competições de habilidades (Medalha de Plimpton) e desenvolveu um sistema de categorias de patinação.
Patin de ruedas de 1880
Origens da Patinação
Os patins de rodas, segundo alguns relatos, foram vistos em algumas gravuras curiosas em meados do século XVIII, onde apareciam diversas pessoas patinando com uma roda em cada pé. Estas rodas, de uns 25 centímetros de diâmetro, eram acopladas ao calçado e formavam o primeiros e rudimentares patins.
Estes patins, porém, com estas rodas primitivas, parecidas com as rodas de uma bicicleta (de tamanho reduzido), evoluíram com o passar dos anos e surgiram as rodas metálicas de tamanho menor.
O holandês Hans Brinker, em 1733, foi o primeiro fabricante de rodas metálicas e criou os patins sobre rodas, de apenas duas rodas em cada pé, ficando estas rodas colocadas numa base metálica que eram presas ao calçado com correias, preparadas pelo industrial sapateiro belga Joseph Lundsen, permitindo aos patinadores patinar sobre superfície de madeira (que era utilizada nos rinques da época).
Posteriormente, houve outras tentativas de melhorar esta roda metálica. Em 1760 o belga Joseph Merlin, um mecânico e fabricante de instrumentos musicais, idealizou uma roda metálica dando origem ao modelo usado atualmente.
Porém, este invento não obteve sucesso, pois a utilização de duas rodas, uma em cada pé, tornava o equilíbrio muito difícil e o metal das rodas desgastava rapidamente o piso dos rinques que era de madeira.
Em 1813, o francês Jean Garcin criou uma roda de madeira, que patentearia dois anos depois com o nome de “cingar”, sendo este invento fundamental para a popularização dos patins.
Em 1867, alguns industriais britânicos aperfeiçoaram o invento de Jean Garcin e expuseram na Feira Mundial de Paris um patim de quatro rodas (duas na frente, duas atrás), constituindo um enorme êxito.
Algum tempo depois, este projeto (patins de quatro rodas) foi patenteado em Nova York por James Leonard Plinpton, inclusive com o incremento de um mecanismo de freio, com um tacão de borracha na parte da frente,sendo, portanto, criado o patim “moderno”, parecido com o existente nos dias atuais, permitindo executar movimentos circulares.
Em 1876, foi inaugurado em Paris o primeiro centro de patinação sobre rodas, que se tornou o principal ponto de reunião da aristocracia parisiense da época. A partir de então, a patinação foi se estendendo por toda a Europa, com a criação de diversos rinques, principalmente em Berlim, Frankfurt e Londres.
Porém, em nível internacional não existia nenhuma entidade representativa das modalidades, surgindo somente em abril de 1924, em Montreux – Suíça, a Federation Internacional de Patinaje a Roulettes – FIPR, fundada por Suíça, França, Alemanha e Grã-Bretanha, sendo dado um importante passo para a organização definitiva deste esporte. Esta Federação internacional englobaria as três especialidades (até então) da patinação, ou seja, patinação artística, patinação de velocidade ou corridas e Hóquei.
Em 2 de julho de 1952, a Federation Internacional de Patinaje a Roulettes – FIPR mudou seu nome para Federation Internationale of Roller Skating – FIRS.
Em 1977, o Comitê Olímpico Internacional – COI, reconheceu oficialmente a Fédération Internationale of Roller Skating – FIRS.
A Patinação Artística
A Patinação Artística sobre rodas teve suas origens na Patinação no Gelo, através de movimentos executados com a finalidade de desenhar figuras.
Surgidos na Noruega como meio de locomoção, os patins (de gelo) mais antigos datam de 1000 a.C., sendo feitos provavelmente de ossos maxilares de veados presos aos pés.
No final da Idade Média, a tendência natural de competitividade dos seres humanos logo os incitou a realizarem disputas, patinando no gelo com elementos que causavam menor atrito, como ossos, lâminas de madeira e posteriormente lâminas de ferro que proporcionavam maior velocidade.
A partir daí, iniciaram-se então as competições de criatividade, que consistiam em desenhar figuras com as lâminas dos patins no gelo, associando-se à capacidade de realizar as figuras com leveza e graça, criando-se assim a Patinação Artística.
Em meados de 1870, James Leonard Plimpton patenteou um projeto de patins de quatro rodas, com um “tacão” de borracha na parte da frente. Surgia o “patim moderno”, parecido com o existente nos dias atuais. A novidade permitia executar movimentos circulares.
Em 1876, com a inauguração do primeiro centro de patinação e a criação de diversos rinques em Paris (França), a Patinação Artística passou a se expandir por toda a Europa.
Antes da Primeira Guerra Mundial (1914), a patinação vivia uma fase de muito entusiasmo, chamada de “BELLE ÉPOQUE”, época em que sua prática nos rinques e parques tornou-se ponto de encontro da elite.
Porém, a Primeira Grande Guerra provocou o fechamento de muitos rinques em diversos países. A patinação foi extinta.
Aos poucos, com a guerra quase por terminar, os países onde se praticava patinação, sentindo que sua juventude tinha necessidade de atividades esportivas, começaram a reativar suas atividades e a patinação ressurgiu de forma organizada e seu desenvolvimento foi crescente.
No Brasil (em São Paulo), no início de 1900, a Patinação era uma atividade exclusivamente recreativa, trazida da Europa pelos filhos de famílias ricas que lá concluíam seus estudos superiores. Tornou-se então um modismo a prática da patinação em rinques e parques, que naquela época serviam de ponto de encontro para a alta sociedade.
Os rinques de patinação, de acordo com o modismo da época, passaram a promover os chamados “concursos de patinação”, onde o patinador se apresentava para o público presente, que ao término das apresentações colocava seu voto numa urna, levando-se em consideração a patinação, naturalidade, elegância e perfeição do melhor patinador(a).
Nessa fase inicial dos concursos, segundo alguns relatos, havia um patinador brasileiro de nome Antoninho Marques, que tornou-se famoso por ganhar todos os concursos em que participou.
Em meados de 1916, surgiu nos rinques José Erotides Marcondes Machado. “Tidoca”, como era conhecido, foi o primeiro brasileiro a participar de um concurso de patinação artística no Exterior, mais precisamente, na França.
Em 1920, “Tidoca” sagrou-se, de forma invicta, campeão brasileiro da modalidade ao vencer todos os concursos de que participou.
Entre 1936 e 1943, a patinação artística passou por período de estagnação no Brasil. Só em 1944, com a inauguração de alguns rinques de patinação, um deles o Rinque Boa Vista, na Ladeira Porto Geral, que a modalidade voltou a ser praticada com regularidade.
Após sua inauguração, em 20 de setembro de 1944, o Rinque Boa Vista tornou-se palco de apresentação dos principais patinadores nacionais. Entre eles, Tidoca Marcondes Machado e Julieta Meira Braga, campeões brasileiros na categoria Clássicos, Otavio Orlandi e sua neta Lourdes Alvarenga na categoria Ritmo, Glauco Giannesi e Branca Banhos na categoria perfeição, Casimiro Valinhos, chamado de grande saltador, na categoria Arrojo, Alvaro de Oliveira Desiderio e Fanny Stefan na categoria Elegância, Rafael Bologna na categoria Classe, e Antonio Requena Neto e Ligia Perissinoto, considerados a melhor dupla brasileira da época na categoria Harmonia.
Em 1947, foi realizado o I Campeonato Mundial de Patinação Artística, promovido pela FIRS (Federação Internacional de Roller Skating), na cidade de Washington (EUA). O Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial na Alemanha somente em 1972.
Enquanto continuavam os concursos em rinques, a patinação iniciou uma nova fase, passando a ser praticada também em clubes. Aproveitando a vinda do espetáculo sobre rodas Skating Vanities, na década de 50, estes começaram a organizar shows. Esta fase perdurou até a década de 70. A partir daí a Patinação Artística tornou-se competitiva e poucos shows continuaram a existir.
Skating Vanities & Dancing Waters (1951)
Em 1955, o Comendador Hiada Torlay passou a fabricar patins de rodas no Brasil.
Na década de 1970, com seus próprios recursos, Torlay convidou técnicos e patinadores do Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia, para darem cursos de patinação. Iniciou-se a implantação da patinação artística competitiva na América do Sul.
Em 1971, foi realizado o I Campeonato Sul-Americano de Patinação Artística no Ginásio do Ibirapuera, com a participação de Brasil, Uruguai, Argentina e Colômbia. A brasileira Cecília D’Andrea sagrou-se a primeira campeã sul-americana da modalidade. Cecília voltou a repetir o feito em 1973, tornando assim bicampeã continental.
Cecilia Di Andrea e Mr. Wingaerden (Presidente da CIPA)
Em 1972, o Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial de Patinação Artística em Bremen (Alemanha).
A convite do Comendador Hiada Torlay, Cecília D’Andrea, que apenas pretendia assistir ao campeonato, objetivando adquirir mais experiência, efetivou sua inscrição na categoria individual feminino e participou do XVII Campeonato Mundial de Patinação Artística.
Nos dias 7 e 8 de maio de 1975 foi realizado o I Campeonato Brasileiro de Patinação Artística no Clube Militar do Rio de Janeiro.
Desde então, a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação tem realizado regularmente campeonatos brasileiros e participado de todos os campeonatos sul-americanos, pan-americanos e mundiais.
Termos da Patinação Artística
Os textos são apenas introdutórios, para dar uma idéia geral do assunto.
1 TRABALHO DE PÉS (FOOTWORK)
O Trabalho de Pés consiste de seqüências de movimentos que os patinadores executam com os patins enquanto patinam. As seqüências podem ser feitas em linha reta, em círculos ou em ‘S’ (serpentina). Os movimentos podem ser trocas de pés, voltas com dois pés e voltas em um pé.
2 – PIRUETAS (SPINS)
A pirueta é o movimento que o patinador executa fazendo o seu corpo girar em seu próprio eixo, sem se deslocar pela pista. Podem ser executadas sobre um ou dois pés, sendo as últimas mais comuns para iniciantes. Durante uma pirueta, os pés desenham círculos bem pequenos sobre a pista. Os diversos tipos de piruetas são diferenciados pela posição do corpo, pelo pé que é utilizado como apoio na pista e pela direção do movimento dos pés.
Quanto à posição do corpo, as mais conhecidas são:
UPRIGHT – a pirueta esticada ou em pé, quando o patinador gira em pé;
SIT SPIN – quando o patinador “senta” sobre o pé de apoio deixando a outra perna esticada à frente;
CAMMEL – quando ele forma uma linha horizontal com o seu corpo e a perna livre.
Quanto ao movimento dos pés, as piruetas podem ser: de costas ou de frente, conforme o pé de apoio se mova para frente ou para trás durante o desenho do círculo; e internas ou externas, conforme o movimento seja feito em direção ao lado de dentro ou de fora do pé de apoio.
3 – SALTOS
Estes são os movimentos mais emocionantes e vistosos da patinação e, por isso mesmo, os preferidos do público. Um patinador realiza um salto quando ele deixa o solo, se deslocando horizontalmente e realizando um giro sobre o seu eixo. Os saltos são diferenciados pelas posições dos pés no início e no final da execução.
A posição dos pés é definida por três características: direção (frente ou trás), tipo de curva (interna ou externa) e o próprio pé (direito ou esquerdo). Outra característica importante dos saltos é o número de voltas, podendo ter de meia a até quatro voltas, que é o máximo conseguido hoje em dia.
4 – LEVANTAMENTOS
Os levantamentos são movimentos executados pelas duplas, onde o homem levanta a mulher acima de sua cabeça. São também movimentos muito populares.
5 FIGURAS (FIGURES)
Esta é uma modalidade que vem da própria origem da patinação artística, quando se faziam desenhos no gelo com os patins. Ela consiste na realização de uma série de exercícios que são feitos sobre círculos desenhados na superfície em que se patina. Na prática, cada patinador pode criar e executar movimentos próprios, mas existe um conjunto destes exercícios que está catalogado e é aceito mundialmente, sendo utilizado em todas as competições oficiais.
Os exercícios são os mesmos tanto na patinação sobre rodas, quanto na patinação no gelo. A diferença é que sobre rodas os círculos já estão pintados sobre o piso e o patinador se guia por seu desenho para realizar os exercícios. Já no gelo os patinadores iniciam os exercícios sem nenhuma marca no gelo e devem desenhar os círculos conforme a execução dos movimentos.
6 SOLO (SINGLES)
Esta é a modalidade em que os patinadores patinam sozinhos para apresentar suas rotinas. As apresentações são sempre acompanhadas de músicas e combinam a dança com os elementos técnicos da patinação. Aqui, os patinadores são avaliados com relação à apresentação artística e com relação à técnica apresentada.
Esta última é composta de saltos, piruetas e trabalhos de pés.
7 DUPLAS (PAIRS)
A modalidade se divide em Dupla de Dança e Dupla Livre e o conteúdo de suas apresentações é semelhante às de Solo Dance e Livre Individual respectivamente.
Aqui os patinadores se apresentam em duplas formadas por um homem e uma mulher. Existem ainda os levantamentos, as piruetas em dupla, onde o casal gira junto, e os saltos jogados, onde o homem lança a mulher para a execução do salto.
8 – DANÇA (DANCING)
Seguindo a evolução do esporte surgiu a dança. Nesta modalidade o patinador deve mostrar expressão corporal e graça aliados a ritmos musicais além, é claro, do domínio dos patins. Nesta modalidade não são permitidos saltos ou corrupios.
No Solo Dance propriamente dito, o atleta deve executar um diagrama pré-definido para o ritmo musical regulamentado. Já na sua variação, o Solo Dance Criativo, o atleta deve usar a sua criatividade para montar um diagrama original para o ritmo musical exigido para a competição.
Aqui os patinadores também patinam em duplas. Porém nesta modalidade o elemento principal é a dança. Não são permitidos saltos, piruetas ou levantamentos acima da cabeça. É a modalidade mais “artística” da patinação.
9 – PRECISÃO (PRECISION)
Nesta modalidade os patinadores patinam em grupos com 8 a 24 participantes. Aqui são apresentadas coreografias semelhantes às apresentadas por grupos como o Holiday On Ice ou o Ice Capades.
Corrupios da Patinação Artísticas
CONTROLE SOBRE OS EIXOS
Ter controle sobre os eixos é uma das premissas básicas da patinação. Tudo o que se faz em patinação depende deles. Na patinação artística esta utilização de eixos é mais evidente, tudo é subordinado a eles, os saltos, currupios, danças, enfeites… Existe inclusive uma modalidade na patinação artística dedicada aos eixos chamada Escola (ou Figuras Obrigatória), todos os grandes patinadores são obrigados a aprendê-la e a praticá-la.
Na patinação, tanto no gelo quanto de rodinhas, existem quatro eixos diferentes: o externo de frente, o externo de costas, o interno de frente e o interno de costas.
O externo de frente e o interno de costas são feitos com a perna esquerda, o externo de costas e o interno de frente são feitos com a direita. A diferença entre o eixo interno e o externo é que no eixo externo o patinador roda forçando as rodinhas (eixo) do lado de fora do patins (do lado do dedinho do pé). Entrando neste eixo, o patinador faz uma espécie de bola, quanto menor a bola, mais rápido gira o currupio. No interno o patinador roda forçando as rodinhas do lado de dentro do patins (do lado do dedão do pé), para pegar este eixo e formar a bolinha, ele força o dedão e o calcanhar.
Na tabela abaixo é possível observar os eixos em que cada currupio é mais comum. Os currupios são divididos em camels, sitspins e currupios de um pé. Nos currupios de um pé como o nome já diz, o patinador roda em pé, a posição de seu corpo depende do eixo em que o patins roda. No sitspin, o patinador roda praticamente sentado do chão, a posição de seu corpo também depende do eixo do currupio. No camel, o patinador roda em posição de avião.
Interno de Costas |
Interno de Frente |
Externo de Costas |
Externo de Frente |
Currupio de um pé
Sitspin
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Currupio de um pé
|
Currupio de um pé
Sitspin
|
Currupio de um pé Sitspin Camel Heel Camel
|
O Broken Ankle é um Camel que só se ultiliza das duas rodas do meio do patins, dando uma sensação para quem vê de que o patinador está com o tornoseiro quebrado. O Broken mais comum é o interno de costas.
O Lay Over é um camel em que os ombros e quadris do patinador em vez de ficarem paralelos ao chão ficam virados transversalmente. O Lay over é uma espécie de currupio intermediário entre o camel e o invertido.
O Invertido é um camel ao contrário. O patinador começa fazendo um camel (externo de costas) e inverte, ou seja, o tórax e quadris do patinador que estavam virados para baixo de frente para o chão viram para cima ficando voltados para o ar.
O Heel Camel é um currupio que só se ultiliza das duas rodas de trás do patins, sendo assim é um currupio que não está centrado no eixo real do patins, mas mesmo assim roda em direção a um eixo.
Currupio Interno de Costas
Sitspin Interno de Costas
Camel Interno de Costas
Saltos de Patinação Artística
Axel: O Axel é o salto simples mais difícil, ele tem rotação de uma volta e meia (é quase um duplo).
As principais diferenças do Axel para o Double Mapes e o Double Salchow são duas: o Axel não usa o breque e o atleta salta de frente.Double Mapes: O Double Mapes exemplificado acima é o fechado. Neste salto o atleta vem de costas, bate o breque esquerdo no chão, roda duas voltas no ar, e cai na posição de finalização. Quase todos os saltos e currupios terminam em uma mesma posição, esta pode ser vista nas gravuras. O Toe Walley é praticamente igual ao Mapes, a única diferença é que antes do atleta pular ele vem no eixo externo do pé direito (no Mapes o eixo do pé é interno).
Double Salchow: O Double Salchow é diferente do Double Mapes porque a perna direita vem em volta da esquerda para dar força na rotação do salto, o patinador usa o breque esquerdo para dar impulso para o salto.
Glossário de Patinação Artística
B
Base – Parte dos patins na qual a roda fica acoplada.
C
Camel – Pirueta na qual o patinador forma uma linha horizontal com o seu corpo e a perna livre.
Currupio – Pirueta na qual o patinador forma uma linha horizontal com o seu corpo e a perna livre.
F
Figura – Desenho ou movimento realizado pelo patinador.
Footwork – Seqüência de movimentos na qual os patinadores os realizam enquanto patinam.
H
Heel Camel – Pirueta realizada com as duas rodas traseiras dos patins.
I
Invertido – Camel ao contrário.
P
Pirueta – Movimento no qual o patinador gira em seu próprio eixo.
S
Salto – Um patinador realiza um salto quando ele deixa o solo, deslocando-se horizontalmente e realizando um ou mais giros sobre o seu eixo.
Serpentina – Seqüência de pés realizada em S.
Sit Spin- Pirueta realizada quando o patinador se abaixa, sentado sobre o pé de apoio e girando com uma perna à frente.
T
Trabalho de pés – Seqüência de movimentos realizados pelo atleta, enquanto este patina.
U
Upright – Pirueta esticada ou em pé.
Fonte: br.esportes.yahoo.com/www.jussara.org/www.cbhp.com.br/www.fortunecity.com
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