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Fernando de Noronha é um arquipélago vulcânico isolado no Atlântico Equatorial Sul, sendo sua ilha principal a parte visível de uma cadeia de montanhas submersas (DORSAL MEDIANA DO ATLÂNTICO).
Situada nas coordenadas geográficas 03 51′ sul e 32 25′ oeste e distando aproximadamente 345 km do cabo de São Roque no estado do Rio Grande do Norte e 545 km de Recife, em Pernambuco.
Constituído por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de natureza vulcânica, tem a ilha principal uma área de 18,4 km2 cujo maior eixo com cerca de 10 km, largura máxima de 3,5 km e perímetro de 60 km.
A base dessa enorme formação vulcânica está a mais de 4.000 metros de profundidade.
A ilha principal, cujo nome é o mesmo do arquipélago, constitui 91% da área total, destacando-se ainda as ilhas Rata, Sela Gineta, Cabeluda, São José e as ilhotas do Leão e da Viúva. Estudos realizados demonstram que a formação do arquipélago data de dois a doze milhões de anos.
Viajar para Fernando de Noronha pode significar a realização de um sonho para muitas pessoas.
Na Ilha, se tem a sensação de estar em uma parte do Brasil que deu certo, são 17 quilômetros quadrados à 545 km da costa, onde vive uma população de apenas 2.100 habitantes e o turismo é desenvolvido de forma sustentável, criando a oportunidade do encontro equilibrado do homem com a natureza em um dos santuários ecológicos mais importantes do mundo.
Atualmente existem três vôos diários que partem para ilha, dois saindo de Recife e um de Natal, não existem vôos direto de outras cidades porque a Ilha de Fernando de Noronha não tem estrutura para reabastecimento das aeronaves seguirem para outros destinos. Se você tem a pretensão de conhecer o Arquipélago, você primeiro terá que pegar um vôo da sua cidade até uma dessas duas capitais do Nordeste e depois embarcar para Noronha. Por experiência sugerimos que você viaje por Recife porque é uma cidade com mais conexões de vôo então dá para conciliar os horários.
Vegetação Marinha
Se comparada à costa brasileira, a flora marinha de Fernando de Noronha não apresenta riqueza e diversidade de espécies. Este fato ressalta a peculiaridade do ecossistema marinho do arquipélago, onde poucas espécies conseguem adaptar-se. Talvez isto se deva à ausência de nutrientes básicos ao crescimento destas algas, já que correntes quentes empobrecidas de matéria orgânica sejam características de Fernando de Noronha. Ou seja, só em Noronha você poderá conhecer espécies especificas de animais. Mais uma prova de que conhecer Noronha é ter uma experiência única com a natureza.
Fauna Terrestre
A exemplo do que ocorre em outros sistemas insulares oceânicos, a fauna terrestre do Arquipélago de Fernando de Noronha mostra uma fauna exuberante, muito mais rica do que grupos de vertebrados, tais como: anfíbios, répteis e mamíferos, representados por poucas espécies
Fauna Marinha
O Arquipélago de Fernando de Noronha reúne sítios ecológicos específicos para uma fauna marinha exuberante, devido a sua posição geográfica distante do continente e bem no curso da Corrente Sul Equatorial, bem como quanto à natureza dos seus ambientes, fato comprovado em diversos trabalhos de pesquisa. Vários estudos ao longo dos anos levantaram as ocorrências de moluscos (168 famílias) , crustáceos (72 espécies), além de grande quantidade de peixes ornamentais residentes e cardumes migratórios sazonais.Alguns merecem seu destaque.
GOLFINHOS ROTADORES de FERNANDO DE NORONHA
Comuns em Fernando de Noronha, os golfinhos rotadores (Stenella longirostris), podem ser vistos do mirante da enseada do Carneiro da Pedra, turisticamente conhecida como Baía dos Golfinhos, ou durante um passeio de barco na área próxima à Baia. Diariamente ao nascer do sol, grupos de golfinhos rotadores deslocam-se para o interior da Baía, uma área de águas calmas e protegidas.
TARTARUGAS MARINHAS de FERNANDO DE NORONHA
Duas espécies de tartarugas marinhas freqüentam as águas do arquipélago. A “tartaruga verde” ou “aruanà” (Chelonia mydas), sobe as praias para desovar entre dezembro e maio, e a “tartaruga-de- pente” (Eretmochelys imbricata), que é uma espécie altamente ameaçada em outras partes do Brasil, devido a pesca para a utilização das vistosas e brilhantes placas de sua carapaça para confecção de armação de óculos, pentes e bijuterias, somente é encontrada em Noronha no ambiente marinho, não subindo às suas praias para desovar.
Preservação do Meio Ambiente
Parque Nacional Marinho desde 1988, abrangendo aproximadamente 70% da área total do arquipélago e administrado pelo IBAMA, foi criado com o objetivo de preservar o ambiente marinho e terrestre.
Neste sentido, projetos de pesquisa vem sendo desenvolvidos, tais como: levantamento das espécies de aves marinhas terrestres e migratórias; estudo sobre comportamento e reprodução do GOLFINHO ROTADOR stenella longirostris; ecologia e reprodução dos crustáceos do supra, médio e infra-litoral; pesquisa sobre tubarões;
Geografia e Praias
Latitude: 030 45’S e 030 57’S;
Longitude: 0320 19’W e 0320 41’W
Arquipélago de Fernando de Noronha
O Arquipélago de Fernando de Noronha é o principal e mais belo parque marinho brasileiro, sendo considerado como um dos melhores lugares para a prática de mergulho do mundo. Aqui, de um modo geral, pode-se desfrutar de uma visibilidade de até 50 metros.
A diversidade de pontos de mergulho permite que as empresas locais ofereçam opções de passeios para todos os tipos de mergulhadores, sejam experientes ou iniciantes, e também fazendo o batismo de quem ainda não conhece as belezas do fundo do mar.
Todas as operadoras de mergulho e empresas que atuam no Arquipélago possuem profissionais experientes e capacitados no planejamento e a organização dos passeios para garantir sua segurança e diversão.
São oferecidos dois tipos principais de mergulho: o autônomo, feito com cilindro de ar, e o livre, que pode ser de apnéia ou de reboque.
O mergulho de apnéia é feito apenas com óculos, snorkel (respirador) e nadadeiras. Já no de reboque um barco puxa por uma corda o mergulhador que vai planando dentro d’água e aproveitando, sem esforço, os encantos naturais do mar de Noronha.
História de Fernando de Noronha
Muitas controvérsias marcam o descobrimento de Fernando de Noronha. O mapa de cantino, enviado em novembro de 1502 a Ercole d’Este, Duque de Ferrara, já indica o arquipélago como Ilha da Quaresma. Isto faz supor que o conhecimento da existência da ilha só poderia advir de expedições que por ela passaram em 1500, 1501 ou 1502, no tempo da quaresma. O Visconde de Santarém atribuiu a descoberta a Gaspar de Lemos, o comandante da nau de provisões da armada de Cabral, enviada de volta a Portugal em 1500 com a notícia de que fora achada a terra de Santa Cruz. A nau certamente não cruzou a região no período da quaresma, mas, depois de bordejar a costa brasileira cortando pau-brasil, poderia ter avistado o arquipélago a 24 de junho, justamente no dia de São João, cujo nome teria dado a ilha.
Duarte Leite, após longa pesquisa, imputou a descoberta da ilha à expedição de 1501-1502, cujo comando atribuiu errôneamente a Fernão de Loronha. Para Jaime Cortesão, historiador português, nos anos de 1502-1503 teria vindo ao Brasil uma desconhecida expedição, mas da qual existem seguros vestígios. Ela explicaria questões relacionadas à citação da ilha em cartas geográficas do período. No comando da expedição estaria Fernão de Loronha, que em pessoa, iniciava o desbravamento da terra que arrendara para a exploração do pau-brasil. No curso desta viagem, teria descoberto Fernando de Noronha.
Opiniões divergentes à parte, o certo é que o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespucci, ao participar da expedição de Gonçalo Coelho (1503-1504). Por decreto de 16 de fevereiro de 1504, D. Manuel I doou a Fernão de Loronha o arquipélago, sendo a primeira capitania hereditária do Brasil. O sistema só seria implantado no continente entre 1534 e 1536, quando D. João III criou nada menos que quatorze, ao longo da costa, distribuídas a doze donatários. Os descendentes de Loronha foram recebendo por decreto real o título de posse da ilha até o último, seu trineto, João Pereira Pestana em 1692.
Em 1534 o arquipélago de Fernando de Noronha foi invadido por ingleses; em 1556 até 1612, por franceses. No ano de 1612 aportou o missionário capuchinho Cláudio de Abbeville, que encontrou no local um português e dezessete índios de ambos os sexos, todos desterrados pelos moradores de Pernambuco.
Em 1628, Noronha foi invadida pelos holandeses, desalojados dois anos depois pela expedição comandada por Rui Calaza Borges a mando de Mathias de Albuquerque em 14 de janeiro de 1630.
Em nova investida, em 1635, os holandeses voltam a ocupar a ilha, sob o comando do almirante Cornelis Cornelizoon Jol, permanecendo por dezenove anos.
Neste período, a ilha foi usada pelos holandeses como local de tratamento e convalescença de seus homens devido a doenças como o escorbuto e pela disenteria sanguínea, que atingiram um terço da tropa estacionada em Pernambuco. A ilha passa a chamar-se Pavônia, em homenagem a Michiel de Pauw, um dos diretores da Companhia das Índias Ocidentais. Em 1646 os holandeses constroem um fortim na elevação onde mais tarde seria erguido o Forte de Nossa Senhora dos Remédios.
Em 1696, carta régia de 7 de setembro, manda povoar, guarnecer a ilha com um destacamento, escolher os melhores locais para fortificar, para evitar as constantes invasões. Essa resolução não foi cumprida, continuando o território atlântico a mercê dos invasores.
Em 24 de setembro de 1700 a capitania de Fernando de Noronha reverte à coroa, tornando-se por carta régia, dependência da Capitania de Pernambuco. Achando-se despovoada e em completo abandono, foi a ilha ocupada em 1736 pelos franceses da Companhia Francesa das Índias Orientais, passando-se a chamar Isle Dauphine
No ano de 1737 o arquipélago foi definitivamente ocupado pelos portugueses, sendo os franceses expulsos por uma expedição vinda do Recife a mando do governador Henrique Luís Pereira Freire e comandada pelo tenente-coronel João Lobo de Lacerda, à frente de 250 praças, sem nehuma resistência. A fim de impedir novas investidas dos franceses, são construídos os fortes de Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio.
A igreja de N.S. dos Remédios, marco da nova povoação, foi concluída em 1772. Provavelmente nesta época, começaram a ser enviados para a ilha os primeiros presos, embora de forma ocasional. Essa destinação gerou medidas preventivas que vieram a alterar, profundamente, o meio ambiente insular, tanto com a destruição de grande parte de sua cobertura vegetal, derrubando-se árvores para evitar fugas e esconderijos de presos, como a introdução de espécies estranhas ao local, causando modificações de consequências visíveis até os nossos dias.
Em 1739 são construídos os fortes de São João Batista dos Dois Irmãos e São Joaquim do Sueste. Em 1755 por carta régia de 16 de agosto, Angola passou a contribuir com a quantia anual de 4.000$000, para cobrir as despesas do presídio de Fernando de Noronha, subsídio esse que durou até a véspera da proclamação da independência do Brasil. Em 1789, o governo português pretendeu instalar uma colônia agrícola na ilha, visando torná-la menos dispendiosa aos cofres reais, idéia essa que não foi aceita pelo então governador de Pernambuco D.Thomás José de Melo.
Em 1817, por ocasião da revolução republicana de Pernambuco, o governo provisório nomeou o capitão José de Barros Falcão de Lacerda para desmantelar as fortificações da ilha e levar de volta o destacamento e os sentenciados. Em 1822, assume o comando de Fernando de Noronha o coronel Luís de Moura Accioli. A ilha continua a ser dependência de Pernambuco, passando seus assuntos internos para o âmbito do Ministério da Guerra. Em 1865 é promulgado o regulamento para o presídio e em 1877 é transferida a administração e o custeio para o Ministério da Justiça.
Em 1885 o imperador Pedro II assina decreto aprovando novo regulamento para o presídio.
Proclamada a república, convidado para ministro da justiça, o Barão de Lucena, exigiu uma condição para aceitar o cargo: que Fernando de Noronha voltasse ao domínio de Pernambuco. Assim sendo, em 1891 foi concretizada a restituição, na forma do decreto 1.371 de 14 de novembro.
Em 1897 o governo do Estado de Pernambuco toma posse definitiva do presídio de Fernando de Noronha, que passa a ser prisão estadual, permanecendo o arquipélago sob domínio pernambucano até o ano de 1938, quando foi vendido ao Ministério da Justiça, tendo o governo federal pago a título de compensação a quantia de Cr$ 2.000.000,00, transformando a ilha em presídio político e colônia correcional.
No começo do século XX, instalaram-se os ingleses para cooperação técnica em telegrafia (South American Company); depois vieram os franceses do cabo Francês e os italianos da Italcable. Em 1942, em plena 2a. guerra mundial, transformou-se em Território Federal, sendo os presos políticos e comuns transferidos para o presídio da ilha grande.
Em 1943, decreto federal dispõe sobre a administração da nova unidade da federação, que ficou a cargo do então Ministério da Guerra. Em 23 de agosto, assume o cargo o primeiro governador do Território Federal de Fernando de Noronha, o coronel Tristão de Alencar Araripe. Noronha foi administrada pelo Exército até 1981, pela Aeronáutica até 1986 e pelo Estado Maior das Forças Armadas até 1987. Deste tempo de administração militar, veio grande parte da infra-estrutura como aeroporto, estradas, escola, hospital etc. Acordos entre o governo brasileiro e os Estados Unidos foram feitos para a instalação de americanos no arquipélago de 1942 a 1945 (segunda guerra mundial) e de 1957 a 1962 (base de rastreamento de satélites), operada pela NASA.
Em 1987 começa a administração civil, através do Ministério do Interior, sendo o único governo civil que o território conheceu, durando até 1988 quando por dispositivo constitucional o arquipélago foi reanexado ao Estado de Pernambuco. Agora como Distrito Estadual, tem seu destino gerido por um Administrador Geral, nomeado pelo Governador do Estado e referendado pela Assembléia Legislativa de PE.
Hoje Fernando de Noronha vive da exploração racional do turismo, dentro das limitações impostas pelo seu delicado ecossistema e da atividade pesqueira, esta em caráter artesanal e voltada para o consumo interno.Além do interesse histórico mencionado anteriormente, o arquipélago foi alvo de atenção de vários cientistas que se dedicaram a estudar sua fauna, flora, geologia, geomorfologia, entre outros.Um dos primeiros trabalhos foi publicado há mais de 100 anos, por Pocock (1890). Posteriormente, Bjornberg (1954); Lopes e Alvarenga (1955); Almeida ( 1958); Paiva (1967) entre vários outros.
Em dezembro de 1995, foi promulgada a lei orgânica do arquipélago, sua constituição, ocorrendo em março de 1996 a primeira eleição para o Conselho Distrital, o fórum de representatividade da comunidade local junto ao poder público.
Taxa de Preservação Ambiental – TPA
QUAL A FINALIDADE E QUAL O FATO GERADOR DA TAXA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL – TPA ?
A TPA foi instituída pela Lei n0 10.430 de 29 de dezembro de 1989, modificada pela Lei nº 11.305 de 28 de dezembro de 1995.
Sua finalidade está explicitada no artigo 83 e o fato gerador no artigo 84, que estabelecem:
“Art. 83. Fica instituída a Taxa de Preservação Ambiental, destinada a assegurar a manutenção das condições ambientais e ecológicas do Arquipélago de Fernando de Noronha, incidente sobre o trânsito e permanência de pessoas na área sob jurisdição do Distrito Estadual. (Lei 11.305).
Art. 84. A Taxa de Preservação Ambiental tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, por parte das pessoas visitantes, da infra-estrutura física implantada no Distrito Estadual e do acesso e fruição ao patrimônio natural e histórico do Arquipélago de Fernando de Noronha.”
QUEM ESTÁ OBRIGADO A PAGAR E QUEM PODE SER DISPENSADO DE PAGAMENTO DA TPA ?
Estes itens estão definidos nos parágrafos 10 e 20 do artigo 83 da lei citada, que diz:
§ 1º A Taxa de Preservação Ambienta] será cobrada a todas as pessoas, não residentes ou domiciliadas no Arquipélago, que estejam em visita, de caráter turístico.
§ 2º Não incidirá a Taxa de Preservação Ambiental relativamente ao trânsito e permanência de pessoas:
a) que estejam a serviço;
b) que estejam realizando pesquisas e estudos de caráter científico sobre a fauna, a flora e os ecossistemas naturais do Arquipélago, quando vinculados ou apoiados por instituições de ensino ou pesquisas;
c) que estejam na região do Arquipélago de Fernando de Noronha a título de visita a parentes consangüíneos, residentes no Distrito Estadual, quando o tempo de permanência não for superior a 30 (trinta) dias;
d) que estejam na região do Arquipélago de Fernando de Noronha a título de visita a parentes afins, residentes no Distrito Estadual, quando o tempo de permanência não for superior a 15 (quinze) dias.
COMO E ONDE É COBRADA A TPA?
A cobrança da TPA ocorre de acordo com o estabelecido no artigo 85 da referida lei, cujo texto é o seguinte:
“Art. 85. A cobrança da Taxa de Preservação Ambiental poderá se dar:
I – antecipadamente, por ocasião do embarque quando o visitante acessar à ilha através de transporte aéreo;
II – no momento do desembarque no terminal aéreo ou marítimo do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, quando não houver sido recolhido antecipadamente;
III – no momento do embarque de retomo ao continente relativamente ao período excedente não previsto quando do recolhimento antecipado ou do recolhimento no desembarque.”
COMO É CALCULADA A TPA ?
O cálculo da TPA é realizado de acordo com o estabelecido no artigo 86 da citada lei, que diz:
“Art. 86. A base de cálculo da Taxa de Preservação Ambiental será obtida em razão dos dias de permanência do visitante ou turista no Distrito Estadual de Fernando de Noronha, de acordo com os seguintes critérios:
I – para cada dia de permanência no Arquipélago de Fernando de Noronha, incidirá o valor correspondente a 15 (quinze) UFIRs – Unidade Fiscal de Referência, calculado sobre o valor vigente no dia do recolhimento, até o limite máximo de 10 (dez) dias,
II -do 5º (quinto) ao 10º (décimo) dia de permanência, incidirá o valor da diária referida no inciso anterior deduzido das quantidades de UFIR – Unidade Fiscal de Referência, abaixo:
III – para cada dia excedente a partir do 10º (décimo) dia, incidirá o valor da diária referida no inciso 1 deste artigo, acrescido, progressiva e cumulativamente de mais 5 (cinco) vezes o valor da UFIR – Unidade Fiscal de Referência, por cada dia excedente.
Parágrafo único
O valor da Taxa de Preservação Ambiental, que se referir aos dias excedentes ao período inicialmente previsto será cobrado em dobro quando a permanência do, visitante ou turista no Arquipélago de Fernando de Noronha não estiver devida e previamente agendada e autorizada pela Administração Geral.”
COMO É FEITO O RECOLHIMENTO DA TPA ?
O recolhimento da TPA obedece ao artigo 87, que diz:
” Art. 87. O recolhimento da Taxa de Preservação Ambiental deverá ser feito em guia própria, aprovada em Decreto do Governador do Estado, junto aos agentes arrecadadores oficiais designados.
Parágrafo único – Por ocasião do recolhimento, o visitante ou turista deverá informar o período de tempo em que deverá permanecer no Arquipélago, observadas as regras específicas de transito e permanência estabelecidas em legislação específica.”
QUAL A DESTINAÇÃO DA RECEITA PROVENIENTE DA TPA ?
A destinação dos recursos provenientes da arrecadação da TPA é estabelecida no artigo 88 cujo teor é:
“Art. 88. A receita proveniente da cobrança da Taxa de Preservação Ambiental deverá ser aplicada nas despesas realizadas pela Administração Geral na manutenção das condições gerais de acesso, e preservação dos locais turísticos e dos ecossistemas naturais existentes no Arquipélago de Fernando de Noronha, bem como para a execução geral de obras e benfeitorias em beneficio da população local e dos visitantes.”
A QUEM COMPETE CONTROLAR O FLUXO DE ENTRADA E SAÍDA DE VISITANTES E O CORRETO RECOLHIMENTO DA TAXA?
A competência pelo controle do fluxo de visitantes e turistas e o correto recolhimento da TPA são definidos no artigo 89, que diz:
“Art. 89. Competirá à Administração Geral controlar o fluxo de entrada e saída de visitantes e turistas no Arquipélago, e verificar, quando do embarque dos mesmos de retomo ao continente, o correto recolhimento dos valores devidos a título de Taxa de Preservação Ambiental”
QUAIS AS PENALIDADES PELO NÃO RECOLHIMENTO DA TPA?
As penalidades decorrentes do não pagamento da TPA estão estabelecidas no artigo 90, o qual estabelece que:
“Art. 90. Os valores devidos por conta da incidência e cobrança da Taxa de Preservarão Ambientei, quando não recolhidos, serão acrescidos de multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor correspondente e mais juros de mora de 1 % (um por cento) ao mês ou fração, além da correção monetária, e inscritos na Dívida Ativa do Estado, quando não recolhidos no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o retomo do visitante ou turista ao continente.
Parágrafo único – Quando se tratar de visitante ou turista nacional de outro estado ou estrangeiro, a empresa pela qual esteja a serviço ou a agência de viagens promotora ou intermediadora, responderá solidariamente pelo pagamento do valor devido por conta da incidência da Taxa de Preservação Ambiental”
QUAIS OS PROCEDIMENTOS PARA SE OBTER A DISPENSA DA TPA ?
Os procedimentos para obtenção de dispensa da TPA, para os casos considerados no parágrafo 21 do artigo 83, são os seguintes:
a) preencher formulário próprio de solicitação de dispensa da TPA, dirigido ao Administrador Geral;
b) assinar a solicitação (com assinatura igual ao documento de identidade)
c) dar entrada no Departamento de Ecoturismo;
d) anexar documentos que comprove o grau de parentesco.
PESSOAS A SERVIÇO DE ÓRGÃO PÚBLICO
Encaminhar ofício dirigido ao Administrador Geral, contendo :
a) serviço a ser executado;
b) o nome e a identidade do(s) funcionário(s);
c) o período de permanência;
d) local de hospedagem na Ilha,
e) carimbo e assinatura que identifiquem o nome e o cargo do solicitante;
Deverá ser emitido com uma antecedência mínima de 72 horas da data prevista para chegada do funcionário à Ilha, em papel timbrado do órgão interessado.
PESQUISADORES
O ofício de solicitação de dispensa da TPA, com a apresentação do motivo da pesquisa, e tendo em anexo cópia do Projeto de Pesquisa, Cronograma de Trabalho, e comprovação do apoio ao projeto por instituição de ensino ou pesquisa reconhecida, deverá ser encaminhado à Administração com antecedência mínima de 15 dias úteis da data prevista pêra chegada do(s) pesquisador(es) em Fernando de Noronha.
No ofício deve constar:
a) o(s) nome(s) do(s) pesquisador(es);
b) período de permanência;
c) local de hospedagem;
d) o compromisso de fornecer à Administração do Distrito cópia do trabalho realizado na ilha.
Deverá ainda, ser emitido papel timbrado da instituição solicitante e ser reconhecido oficialmente.
PESSOAS A SERVIÇO DE EMPRESAS LOCAIS
A solicitação de dispensa deverá ser feita através do preenchimento do formulário apropriado, na Divisão de Comércio, com antecedência mínima de 7 dias da data prevista para a chegada do empregado na ilha. O embarque do empregado só deverá ser providenciado após o parecer final da Administração de Fernando de Noronha. O solicitante uma vez tendo seu pedido deferido, deverá, no prazo de até 5 dias úteis após a entrada do empregado na ilha, comparecer ao Departamento de Ecoturismo, munido dos documentos originais e cópia xerox da identidade, CPF, carteira de trabalho e/ou contrato de trabalho assinado, e carteira profissional, para as atividades que necessitem a comprovação da qualificação profissional do empregado, e CGC ou CPF do empregador, para complementação das formalidades necessárias ao controle migratório.
Praias e baías
Baía do Sancho
Baía do Sancho é o nome de uma baía de águas claras localizada a oeste do Morro Dois Irmãos e a leste da Baía dos Golfinhos, no arquipélago de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco. Na porção central da baía são encontradas lajes rochosas que abrigam uma diversificada fauna e flora marinha.
Baía dos Golfinhos
Não tem praias e o banho de mar não é permitido. Mergulho e ancoração de embarcações nem pensar. Assim é o santuário dos mamíferos marinhos mais fofinhos do mundo, os golfinhos.
O cuidado do Ibama não é à toa: a Baía dos Golfinhos é o maior aquário natural da espécie, além de ser local de reprodução e descanso dos rotadores. Por isso todo o local é área de preservação e fica dentro do Parque Nacional Marinho.
Baía dos Porcos
O acesso é difícil só dá para chegar à Baía dos Porcos a pé, vindo da Cacimba do Padre em uma caminhada de 15 minutos pela areia, além de um trecho de pedras. Mas o esforço é recompensado pela pequena praia com faixa de areia estreita e muitas pedras que formam piscinas de águas transparentes. O paredão altíssimo e a vista do Morro Dois Irmãos completam o visual de tirar o fôlego.
Baia do Sueste
De acesso fácil e asfaltado, a praia da Baía do Sueste é freqüentada por tartarugas marinhas. Não esqueça do snorkel para nadar ao lado delas, que chegam em bandos.
Baía e Porto de Santo Antônio
Ancoradouro natural, é usado como porto de descarga de embarcações, tendo sido construído um molhe de pedra para a atracação de navios de pequeno porte.
Navios maiores ficam fundeados a cerca de 500m da praia, porque há uma embarcação grega – o navio Eleani Sthatathos – afundada no porto, que impede a atracação de grandes navios. Nas proximidades está o Forte de Sto.
Antônio, bastante arruinado. É a primeira das fortificações da ilha principal e seu nome batizou toda a região. Também pode ser visto o que resta do primeiro molhe erguido durante a guerra, para descarregamento de canhões. Todas as embarcações de pesca e de turismo aí se abrigam.
Baía e Porto de Santo Antônio
Buraco da Raquel
Região contemplativa tem seu nome tirado de uma enorme pedra à beira-mar com grande cavidade rodeada de piscinas rasas cheias de peixes coloridos. O nome Raquel é atribuído à filha excepcional de um dos comandantes militares que em crise ali costumava esconder-se.
Buraco da Raquel
Enseada da Caieira
Região de piscinas em pedras, rodeada de dunas (uma outra raridade ecológica), é uma enseada íngreme, que exige cuidados no caminhar entre pedras. Grande número de pássaros sobrevoam a região. É área do Parque Nacional, com controle permanente e intensa vigilância.
Enseada da Caieira
Ponta da Sapata
A Ponta da Sapata é uma área de mata virgem. A região íngreme e não-habitada tem uma abertura numa falésia que lembra o mapa do Brasil e é chamada de Portão. É um dos lugares preferidos pelos mergulhadores, mas não é boa para banhos de mar.
Ponta da Sapata
Ponta das Caracas
Numa ponta rochosa, estão as encantadoras piscinas naturais, no meio das pedras, às quais se chega descendo pela escarpa. Adiante, o profundo mar azul. Nas piscinas, peixes coloridos, arraias e cações formam a atração dessa área, atualmente proibida para banho pelos perigos que a descida proporciona. É área do Parque Nacional, com controle permanente.
Ponta das Caracas
Ponta do Air France
Situada na fronteira entre mar de dentro e mar de fora, a Ponta da Air France é área de mergulho e de contemplação de ilhas: a de São José, onde fica o Forte S. José do Morro; o único na parte insular; a Ilha Rasa e a Sela Gineta. Por estar localizada numa área de proteção, o banho de mar não é permitido.
Mas por que Air France?
Explica-se: o local serviu de base aérea para esta companhia estrangeira, nos anos 1920. Numa das três construções da época que restaram, fica instalada atualmente a Associação de Artesãos de Fernando de Noronha. No local também funciona um curso de educação artística para crianças da Ilha.
Ponta do Air France
Praia da Atalaia
A paisagem lembra a origem vulcânica da ilha, com pedras negras e o Morro do Frade no meio do mar. Os recifes formam piscinas naturais rasas, com excelente visibilidade e muitos peixes. Controlada pelo Ibama, a praia só recebe pequenos grupos por vez. Para que todos tenham acesso, cada turma permanece, no máximo, uma hora no local. Pegue o ingresso no Centro de Visitantes do Parque Marinho, na Alameda Boldró.
Praia da Biboca
As pedras negras estão ali para comprovar a herança vulcânica da região. Aliás, o passado sempre marca presença em Biboca. Que o digam os muitos vestígios de naufrágios que são encontrados por essas bandas.
Praia da Cacimba do Padre
Uma da maiores praias da ilha em extensão esta tem como atração maior o Morro Dois Irmãos duas elevações semelhantes à beira d água. O nome primitivo era Praia da Quixaba. A descoberta em 1888 pelo capelão do presídio de uma fonte de água potável fez com ela passasse a ser chamada dessa outra forma.
Praia da Conceição ou de Italcable
Situada no sopé do Morro do Pico é uma praia de grandes proporções bastante procurada pelo seu fácil acesso. O nome decorre da existência do Forte de Nª Sª da Conceição do século XVIII transformado em hospital no final do século passado.
Praia da Quixabinha
Essa praia é uma continuação da do Bode, e é tranqüila na maré baixa e agitada na maré alta. Local excelente para banhos de mar.
Praia do Americano
Pequena e deserta é procurada exatamente pela sua privacidade. É assim chamada por estar incluída na área usada antigamente pelos americanos no Posto de Observação de Teleguiados na vizinha Praia do Boldró. No período militar esta praia também era reservada sendo proibido seu uso por ilhéus.
Fonte: www.noronha.com.br/www.ecoturnoronha.com.br
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