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O mestre Armani
Giorgio Armani é muito mais do que um designer – é também um dos maiores empresários do mundo. Saiba como ele criou seu império e como suas lições podem ser aplicadas nos negócios
Giorgio Armani, 75 anos, entra na passarela elegantemente vestido em um bem cortado não poderia ser diferente terno preto e gravata azul. Já é o fim do desfile e o autor dos vestidos femininos apresentados na última semana de alta-costura de Paris parece acanhado com os aplausos que ecoam da plateia.
Iluminado por um holofote em meio ao ambiente todo apagado, ele une as duas mãos junto ao corpo, reclina-se de modo a agradecer e, finalmente, abre os braços e o sorriso ao mesmo tempo.
Na passarela: Armani e suas modelos na última semana de alta-costura de Paris. Uma imagem que se repete todo ano
A cena se repete todo ano e o público não se cansa dela. Armani estilista nascido em Piacenza e moldado em Milão, hipnotiza a crítica de modo singular. Essa característica, contudo, não é restrita às passarelas: também se estende ao mundo dos negócios. Seu grupo é uma das grandes potências do universo do luxo, possui mais de 500 lojas espalhadas pelo mundo e fatura 1,6 bilhão de euros.
Faz parte do marketing: Armani veste celebridades
àdir.) e Victoria Beckham
(à esq. ao seu lado). Junto com elas, a sua sobrinha, Roberta Armani.
O grupo Armani é o meu bebê. Eu o criei, sou o CEO e o único acionista, diz Armani em entrevista exclusiva à DINHEIRO. Giorgio Armani atingiu esse patamar criando um ímã ao redor de seu nome, o que permitiu estender sua grife para as mais variadas áreas. É possível ver sua marca em roupas, hotéis, carro, chocolate, perfume, óculos, móveis, televisão, telefones celulares, entre outros objetos.
Enquanto, o grupo Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) é considerado uma das grandes escolas de negócios de conglomerado que administra várias empresas, Giorgio Armani é a mais fascinante escola de um grupo ancorado em uma marca só, diz Carlos Ferreirinha, diretor da MCF Consultoria e Conhecimento. E o criador desse modo único de fazer negócio contou como ergueu esse império, uma história que pode ser aplicada tanto no mundo da moda como nos negócios.
As estratégias de gestão adotadas pelo empresário vão bem além das passarelas. Armani conseguiu se diferenciar no mercado com um conjunto de fatores que, à primeira vista, podem parecer simples, mas são altamente sofisticados.
Primeiro: seus produtos são atemporais muitas de suas roupas desenhadas na década de 90 podem ser usadas atualmente.
Gigante em Dubai: o hotel Armani foi inaugurado
o edifício mais alto do mundo, com 828 metros
Segundo: percepção de mercado para se antecipar ao desejo dos consumidores. Exemplo: aliou seu nome a uma fabricante de tevê como a Samsung para criar uma tela plana com sua grife. Terceiro: marketing de relacionamento. É comum ver celebridades internacionais, astros de Hollywood e jogadores de futebol como David Beckham usando seus trajes. Esses pilares têm sustentado uma extensão de marcas muito bem arquitetada.
Parceria: Armani entrou no hotel com a decoração e o nome. A construção ficou sob responsabilidade da Emaar Properties, cujo CEO é Mohammed Al Abbar
História
Apesar de ter estudado medicina, não suportava ver sangue na sua frente e optou por percorrer outros caminhos, foi o que o levou a trabalhar como decorador de vitrine da loja Rinascenti, em Milão. Sete anos depois, tentou a sua sorte como estilista e passou a estagiar no atelier de Nino Cerruti.
Mas foi em 1974 com a ajuda do amigo Sergio Galeotti que apresentou a marca com o seu nome que se dedicava a vestuário de pronto-a-vestir, inicialmente destinado só a homens. A roupa para mulheres surgiu em 1975.
As roupas minimalistas desenhadas por Armani, que é tido como um perfeccionista e amante do trabalho, eram elegantes e ao mesmo tempo revolucionárias.
Foi graças a este estilista italiano que os casacos dos ternos de homem perderam a sua rigidez, ao confeccioná-los com materiais mais suaves que lhes davam sensualidade sem retirar a masculinidade.
Paralelamente, as criações dedicadas ao público feminino eram inspiradas no vestuário masculino.
A cada ano que passava, o costureiro italiano acrescentava novos produtos à marca Giorgio Armani, como perfumes, acessórios, jeans, sportswear e a linha de roupa mais acessível Emporio Armani. Esta foi criada em 1981, quando, em conjunto com o sócio Galeotti, constatou que o vestuário de top de linha era inacessível às bolsas menos favorecidas. Hoje é a linha mais conhecida da sua marca. Depois, criou La Collezzioni, destinada a clientes mais conservadores.
Já em 1991, sentindo que a tendência da moda passava a ser mais descontraída, lançou nos Estados Unidos da América a cadeia de lojas A/X Armani, onde são vendidas as coleções de jeans. A partir de então as suas criações enaltecem, principalmente, o conforto e a elegância do simples.
Em 1997, lançou a Giorgio Armani Exclusive, uma linha limitada de criações feitas à mão que só são vendidas por encomenda e a clientes selecionados.
A Armani é atribuída a suavização da imagem do vestuário masculino, ao mesmo tempo, para o vestuário feminino traz luxo, glamour e sofisticação.
Sempre aparece nos tapetes vermelhos da vida e é super querido e respeitado.
Pessoas que se importam com status e símbolos são voláteis. Mais tarde elas vão prosseguir para qualquer outra coisa que lhe pareçam importante. Giorgio Armani
Fonte: www.estilozas.com.br/www.istoedinheiro.com.br
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