Foco Automático das Máquina Fotográficas

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Existem basicamente dois sistemas. O primeiro é o usado por câmeras do tipo reflex. Apertando levemente o botão disparador, alguns fachos de luz entram na máquina e, depois de rebatidos, atingem um sensor. Esse envia as informações para um microprocessador dentro da máquina, que calcula a distância e ajusta o foco por meio de um pequeno motor que regula a lente na posição adequada.

O segundo sistema é aquele que envia raios de luz infravermelha, usado em geral por máquinas compactas, totalmente automáticas. Na frente do corpo da câmera, há um dispositivo que emite os raios. Eles batem no objeto focalizado e voltam para um sensor localizado logo abaixo do emissor infravermelho. Com base nos reflexos, a máquina calcula a distância do objeto e ajusta o foco.

Nos dois sistemas há uma limitação. “A câmera só vai focar o que estiver no centro da lente”, afirma o engenheiro eletrônico Rudolf Reimerink, da Kodak, em São Paulo. Tudo o que estiver na frente ou atrás ficará desfocado.

Ajustando o foco no anel da objetiva x rack focus

O efeito rack focus consiste em mudar rapidamente o foco de um elemento da cena para outro, para chamar a atenção do público, como em uma sala com pessoas conversando ao fundo (local onde está inicialmente o foco) e um telefone em primeiro plano (desfocado). Quanto o telefone toca, o foco muda das pessoas para ele. Câmeras profissionais possuem foco manual verdadeiro, enquanto câmeras do segmento semi-profissional costumam ter foco manual acionado eletricamente (servo motor) e câmeras do segmento consumidor todas tem foco deste tipo (servo). Para reconhecer se a objetiva possui foco manual verdadeiro, basta tentar girar o anel de foco por diversas voltas. Se ele parar de girar em determinado ponto (como um volante de direção, que dá determinadas voltas para um dos lados e pára), trata-se de foco manual verdadeiro. Se ele no entanto girar indefinidamente, isso significa que é um anel de comando para os servo motores, e o que está ocorrendo é o que ocorre com a tecla PgDn do micro por exemplo, onde uma vez chegado no limite da página a tecla ainda pode se acionada indefinidamente, porém sem efeito algum.

Área disponível para desfoque de imagem

É mais fácil desfocar propositadamente objetos e pessoas no espaço localizado entre a objetiva da câmera e estes elementos de cena, do que na faixa existente atrás dos mesmos, em direção ao fundo da cena. Isso deve-se ao fato da distribuição da área no campo focal ser 1/3 + 2/3, ou seja, ao focar a objetiva em determinado ponto da cena, um determinado trecho à frente e para trás desse ponto também estará em foco (para o olho humano), a chamada área de profundidade de campo. Mas esse ponto não divide igualmente essa área: entre a lente a os objetos/pessoas, o trecho em foco corresponde a 1/3 do trecho total (sendo, portanto, 2/3 o restante, para trás desses elementos).

Desfocar o fundo

Existem algumas maneiras de fazer com que o fundo da imagem fique fora de foco, concentrando o foco no primeiro plano. Uma delas é aumentar a abertura do diafragma manualmente, quando a câmera permite este controle direto. Neste caso, quando isto é feito, aumentará a quantidade de luz que entra pela objetiva e o sistema de exposição automática da câmera aumentará a velocidade do obturador para compensar esta quantidade extra de luz. Uma opção é acrescentar um filtro do tipo ND (Neutral Density) à objetiva, reduzindo a quantidade de luz entrante (foco e filtro ND).

Se a câmera não possuir controle manual direto sobre a abertura do diafragma, pode ser tentado o aumento da velocidade do obturador – controle este presente na maioria das câmeras – que produzirá o mesmo efeito.

A outra alternativa para se desfocar o fundo é simplesmente mover a câmera para mais próximo do objeto a ser focalizado: quanto menor esta distância, mais desfocado ficará o fundo atrás do mesmo.

Facilitando a focalização automática

O mecanismo de foco automático pode ser entendido como um sistema que armazena a imagem vista através das lentes, efetua um deslocamento mínimo no foco das mesmas, armazena novamente a imagem (em outro local) e a seguir compara as duas. Este tipo de sistema é chamado passivo, pois um microprocessador analisa as duas imagens em busca da que estiver melhor focalizada. Sistemas ativos, existentes em máquinas fotográficas, emitem raios de luz infravermelha em direção aos elementos da cena e medem o tempo que os mesmos demoram para voltar à câmera, calculando assim a distância e podendo efetuar o ajuste no foco das lentes. No sistema passivo, o microprocessador simula o julgamento do olho humano. Sabemos que uma imagem está perfeitamente em foco quando seus contornos são nítidos e não borrados, esfumaçados.

Na imagem de um poste preto com uma parede branca ao fundo, se o mesmo estiver focalizado haverá um contraste bem definido na imagem: uma linha vertical divide a imagem, preta para um lado (poste), branca para outro (parede). Se no entanto estiver desfocado, não haverá uma linha divisória: o preto vai-se tornando cinza escuro, depois claro e depois branco, ou seja, o contorno é borrado, não é nítido. E é assim que funciona o microprocessador: tenta identificar linhas divisórias nítidas de contraste. No exemplo, se o contraste é baixo, emite uma ordem para um micromotor afastar um pouco as lentes e armazena a imagem novamente. Compara a seguir com a imagem anterior: se o contraste aumentou, continua acionando o motor e efetuando comparações, até atingir o maior nível de contraste possível. A partir de determinado ponto no entanto, estando a imagem bem nítida, um próximo afastamento das lentes vai diminuir novamente o contraste. Então o microprocessador percebe que atingiu o ponto de foco na posição anterior e retorna as lentes para o ponto anterior. É por isso que vemos o ir e vir do foco até que o sistema encontre o ponto ideal.

De posse dessas informações, podemos concluir os dois fatores que facilitam a focalização automática: a existência de contraste na imagem e a existência de luz. Se no exemplo a parede do fundo do poste fosse também preta, o sistema teria dificuldade em achar o foco (até poderia não conseguir). Por outro lado, se o local estivesse escuro, a mesma dificuldade apareceria. Assim, a dica para facilitar o foco automático é apontar a câmera para locais iluminados e com contraste. Em determinadas situações, como tentar focalizar uma camiseta uniformemente branca de alguém pode ser utilizado um truque, que consiste em desviar a câmera para algo que possua contraste (o colar que a pessoa usa por exemplo). A câmera vai conseguir fazer o foco. A seguir, volta-se a enquadrar a parte homogênica (camiseta) por exemplo. Esse truque pode ser utilizado sempre que percebermos a câmera em dificuldade para focalizar uma determinada cena. Como opção, se a duração da cena for razoável, pode valer a pena travar o foco nesse momento, passando para manual.

Em locais com pouca iluminação o mesmo problema pode ocorrer. Neste caso, o melhor é desligar o foco automático e trabalhar com o manual.

Outra dica: geralmente a porção analisada não é toda a imagem vista no monitor e sim somente um retângulo central à mesma. Isso explica a dificuldade de se obter o foco ao enquadrar uma pessoa quase encostada em um dos cantos da imagem, tendo como fundo o céu azul por exemplo. O sensor não consegue obter contrastes no céu uniformemente azul. Deslocando-se a câmera em direção à pessoa, o foco será feito. A seguir, pode-se travá-lo (mudando-o para manual) e retornar ao enquadramento original.

Focalização rápida

uma maneira rápida e prática de focalizar toda a cena é escolher uma pessoa ou objeto da cena que esteja o mais distante possível da câmera. A seguir, fazer zoom in (óptico) ao máximo nesta pessoa ou objeto e, com a lente zoom nessa posição, focalizá-lo. Em seguida, o foco deve ser passado para manual (ou seja, fixado para que o foco automático não altere a focalização feita) podendo então ser feito zoom out até o ponto desejado: a cena toda estará em foco.

Foco automático e zoom

ao se fazer um longo movimento de zoom, para que a cena permaneça focalizada o tempo todo, a dica é primeiro levar o zoom até a posição máxima desejada (em telefoto), enquadrando a pessoa / objeto que será mostrada(o) quando o zoom atingir esta posição. A seguir, manter o enquadramento e deixar que o foco automático focalize a cena. Mantendo-se o enquadramento em foco, desligar o foco automático (geralmente existe um botão para isso ao lado das lentes). Em seguida, retornar o zoom para sua posição de início (grande angular), iniciar a gravação e iniciar a movimentação do zoom. Ou então (se este for o caso), iniciar a gravação e retornar o zoom para a posição grande-angular.

Foco e filtro ND

É possível alterar a profundidade de campo da imagem acrescentando à objetiva da câmera um filtro do tipo ND (Neutral Density). Este tipo de filtro (vendido em diversas graduações) não altera as cores da imagem gravada, apenas reduz a intensidade da luz que atinge as lentes da câmera. Com isto, o diafragma, quando em modo automático, terá sua abertura ampliada, para compensar a perda de luminosidade na superfície do CCD e manter a exposição correta. Desta forma, consegue-se manter a mesma exposição porém com o diafragma mais aberto e maior abertura significa menor profundidade de campo, ou seja, fundo mais desfocado.

Foco mecânico e servo

ao contrário das máquinas fotográficas 35mm reflex tradicionais, que possuem um anel de foco que, girado aproxima ou afasta a objetiva do corpo da câmera, permitindo assim realizar a focalização, nas câmeras de vídeo dos segmentos consumidor e semi-profissional o processo é diferente. Nestas, mesmo que exista um anel de foco que possa ser girado, ele não é ligado diretamente ao mecanismo de controle de aproximação / afastamento da objetiva. O anel em questão é ligado a um sensor, que transforma o movimento de giro em pulsos elétricos. Estes, por sua vez, são levados através de fios a pequenos motores elétricos que irão movimentar a objetiva para frente e para trás, conforme o giro do anel. Este dispositivo de movimentação chama-se “servo-mecânico”, e seu tempo de resposta e atuação são sempre ajustados pelos fabricantes para serem mais lentos do que o movimento do anel de foco. É por isso que nesses equipamentos é impossível realizar efeitos onde o foco é alterado com grande rapidez (movendo-se rapidamente o anel) e também que pode-se girar o anel infinitamente, o que não ocorre no sistema mecânico das câmeras profissionais de vídeo e fotográficas.

Perda de foco no uso do zoom de wide

para tele em muitas situações é comum a perda do foco automático ao efetuar, muito rapidamente, um movimento de zoom a partir da posição máxima de wide para a posição final de tele. Os ajustes internos necessários para colocar em foco a imagem vista através da posição grande-angular (wide) são bem menos rigorosos do que os necessários para colocar em foco a imagem vista através da posição teleobjetiva (tele). A rapidez da movimentação do zoom não é acompanhada pelo mecanismo de ajuste do foco automático, que passa, na posição final de tele, a buscar o foco na imagem através do movimento de vai-e-vem do conjunto óptico de foco no interior do zoom. Para evitar-se isso, a dica é: antes de efetuar a gravação, colocar as lentes na posição final do zoom (tele) e aguardar alguns segundos, para que o mecanismo de foco automático efetue a focalização adequada. A seguir, desligar o foco automático, passando seu controle para manual. É preciso cuidado nesta operação, mantendo a câmera apontada para a pessoa / objeto distante e com ela assim apontada, efetuar o desligamento da chave do foco automático, para evitar que o foco seja perdido. Desligado o foco automático, retrocede-se o zoom para a posição wide e inicia-se a gravação a partir deste ponto. Mesmo que a movimentação do zoom seja muito rápida, a cena permanecerá em foco do início ao fim.

Quando o foco manual é melhor do que o automático

Normalmente o foco automático, presente nas câmeras dos segmentos consumidor e semi-profissional, desempenha bem o seu papel. No entanto existem algumas situações, notadamente quando vários elementos da cena estão em primeiro plano e em movimento, principalmente aproximando-se e afastando-se da câmera, onde o foco manual é preferível. Isto porque o sistema automático estará a todo momento tentando focalizar algum elemento do primeiro plano que domine a cena, e a indecisão do mecanismo acaba chamando a atenção de quem assiste, distraindo-o.

Um exemplo de situação é a gravação com o zoom em posição tele de pessoas representando uma peça no palco de um teatro, estando a câmera na platéia. O espaço no palco é amplo o suficiente para que um ator em primeiro plano fique em foco, enquanto um situado alguns metros atrás dele fique desfocado. Se a intenção é apresentar todos em foco, o zoom deve ser avançado em direção à tele até ser enquadrado algum detalhe do personagem ao fundo. Aguardar então alguns segundos para que o sistema automático estabeleça o foco. A seguir, mudar o foco de automático para manual, travando-o assim nesta posição. Ao abrir-se novamente o zoom, tanto o ator em primeiro plano como o em segundo plano estarão sempre em foco, ainda que movimentem-se na região onde estavam no palco. Ver foco automático e zoom.

Transição na câmera através de mudança de foco

Um interessante efeito de transição pode ser feito na própria câmera. Ao gravar determinada cena, com o foco ajustado para a forma manual, ao término da cena, desfocá-la gradativamente até seu ponto máximo de desfoque. A velocidade de desfoque não deve ser muito rápida, porém, por outro lado, nem muito lenta, embora, para efeitos dramáticos, o movimento mais lento possa ter utilidade. Após o término da gravação dessa primeira cena, vem a seguinte. Nesta, a câmera deve ser mantida com o foco manual, e a cena deve estar totalmente desfocada. Pressionar o botão REC e lentamente voltar o foco para sua posição normal. Esta é a transição. Para melhores efeitos, quanto mais as imagens desfocadas se confundirem, melhor. A fusão das duas pode ser ainda mais melhorada na fase de edição, colocando-se entre elas um efeito de dissolve entre uma e outra.

Travando o foco

A maioria das câmeras dos segmentos consumidor e semi-profissional possui um botão para ligar / desligar o foco automático (câmeras profissionais não possuem este controle porque não possuem foco automático). Em situações onde a câmera está em uma posição fixa e também o objeto ou pessoa sendo gravados, porém entre os dois existem objetos móveis, como pessoas passando por exemplo, a dica é desligar o foco automático, pois a passagem dessas pessoas (por exemplo) fará com que o mesmo tente efetuar uma re-focalização. Para isso, deve-se inicialmente focalizar o assunto principal, com o auxílio do foco automático e, uma vez a imagem em foco, sem mover a câmera nem acionar o zoom, mudar a chave de foco da posição auto para manual. Não esquecer de, mudando-se a situação (posição da câmera / objeto / pessoa), voltar a chave para o foco automático, se assim for desejado.

Fazer boa focagem 

Fazer uma boa focagem com a máquina fotográfica não significa apenas tornar os objetos ou pessoas mais ou menos visíveis. A focagem da câmara fotográfica é a primeira forma de compormos a fotografia. O que deseja colocar na fotografia? A árvore, ou a casa atrás dela? Conseguir uma fotografia bem focada dependerá muito de si, e obviamente das capacidades da sua câmara fotográfica: especialmente da lente.

Foco Automático das Máquinas Fotográficas

Para conseguir uma boa focagem com a máquina fotográfica é importante, antes de mais, decidir o que gostava que a fotografia mostrasse. Na fotografia não há assim tantas regras e a sua sensibilidade irá ser o seu grande guia na maioria das fotografias. Ficam aqui alguns exemplos para iniciar a arte de uma boa focagem, assumindo que está a usar a função auto-focus da câmara fotográfica.

Diferentes opções do auto-focus

A função auto-focus, que dá à máquina fotográfica a liberdade de fazer a focagem por si, varia de máquina fotográfica para máquina fotográfica, e mesmo de marca para marca. Se verificar na sua câmara fotográfica, mesmo que seja uma semi profissional, terá diversos modos de auto-focus cada um ideal para situações como desporto, paisagem, retrato, … representado cada situação, um tipo de focagem distinta. Cada opção destas tem as suas vantagens e desvantagens.

Área focus ou multi-área

É comum a máquina fotográfica vir com a predefinição da função área focus por defeito. Com a opção área focus ativa o auto-focus da máquina irá focar automaticamente diversos pontos num plano; ou seja, não dará grande relevância a um ponto específico na imagem. A câmara fotográfica fará uma média da imagem que está a focar e tenta focar nos pontos que ela considera mais relevantes. Embora seja uma forma mais fácil de focar, o área focus é o menos preciso dos modos auto-focus da câmara fotográfica. É um bom modo para fotografar paisagens, cenários, onde não exista muita profundidade de campo.

Ponto focus ou focus centro

No modo de focus centro, a câmara fotográfica irá se focar sempre no centro da imagem. A maioria das máquinas fotográficas têm no visor os diferentes pontos focais, dentro desse círculo de pontos, será sempre o foco da imagem. Esta opção de focagem automática permite um maior controlo. Dando-se um pequeno toque no botão do disparo é uma forma de verificar como vai ficar a fotografia: pode-se focar o fundo ou o ponto mais próximo, dependendo do objetivo da fotografia. A melhor opção de focagem é usualmente esta, pelo menos na maioria dos casos.

Auto-focus contínuo

Esta opção é usualmente utilizada em objetos em movimento em frente a um fundo em movimento (ex: uma pessoa em frente a uma multidão). O auto-focus contínuo permite manter um objeto mais focado em frente a um fundo menos focado. Este modo pode ser muito útil. Este modo focal é ótimo para fotografar desporto, casamentos, e outros eventos.

Fotografar

Fotografar é um ato muito parecido com o de falar ou desenhar: fazer fotografia é usar um tipo de linguagem.

Os limites técnicos que permitem a apreensão da luz e a sua gravação estável, formam o suporte da linguagem fotográfica.

Para expressarmos uma ideia através do registro fotográfico, devemos dominar a sua técnica.
A palavra FOTO ( do grego photus) significa luz, GRAFIA (do grego Graphein) significa escrita. Fotografar, portanto, é escrever com luz, aprendendo a diferenciar a nossa percepção visual do mundo, do seu registro fotográfico.

A percepção da luz acontece nos nossos olhos de uma forma bastante peculiar. Vemos o que nos rodeia graças à reflexão ou transmissão da luz.

Qualquer fonte de luz emana raios para todos os lados, sempre em linha reta e divergentemente. Estes raios vão de encontro aos objetos que têm poder de absorver parte desta luz e refletir ou transmitir o restante, que chega aos nossos olhos “estimulando” o nervo óptico, estímulo este que é decodificado pelo cérebro como sensação de volume, forma, cor, etc. A reflexão da luz acontece nos objetos iluminados e a transmissão é a característica dos objetos transparentes.

A luz branca é formada pelos raios azuis, verdes, e vermelhos. Estas cores são chamadas de “básicas”. Percebemos um objeto branco, por que sua característica é de refletir ou transmitir toda a luz, o que não acontece com os objetos coloridos. Por exemplo, uma folhagem absorve o azul e o vermelho, refletindo somente o verde que é captado pela visão. Os objetos negros são aqueles que quando iluminados não refletem ou transmitem nenhuma luz.

Algumas características da luz, relacionadas à sua propagação, como o seu trajeto retilíneo, sua reflexão e divergência, permitem que as imagens dos objetos iluminados sejam projetadas no interior de uma câmara escura.

A câmara escura é uma caixa de paredes opacas, vedada à luz e dotada de um pequeno orifício em uma das paredes que permite a entrada dos raios de luz que são refletidas dos objetos. Na parede oposta à do orifício temos a imagem destes objetos. Esta imagem é invertida, pouco nítida e muito tênue.

A inversão da imagem se deve à luz caminhar em linha reta e a divergência dos raios é a causa da pouca qualidade de imagem, pois os feixes luminosos que partem de um ponto do objeto chegam ao fundo da câmara em forma de discos difusos e não em pontos nítidos. Obteremos melhor definição quanto menor o orifício da câmara, que embora amenize a divergência, acarreta na perda de luminosidade da projeção da imagem no fundo da caixa, tendo que ser compensada com um maior tempo de exposição.

Para resolver a definição da imagem, sem perda de luminosidade, utilizamos a lente no orifício. A lente tem como característica, “organizar” os raios divergentes da luz para um ponto comum, tornando-os convergentes. A imagem passa a ter melhor qualidade, ganhando nos detalhes e traços (foco), mesmo com um maior orifício. Para controlarmos a quantidade de luz que penetra na câmara escura, necessitamos alterar a abertura (diafragma) e o tempo de acesso da luz ao interior da máquina (obturador).

Até certo ponto podemos comparar as máquinas aos nossos olhos: as pálpebras correspondem ao obturador; a íris ao diafragma; o cristalino e a córnea às lentes; a retina ao material fotossensível (filme), e assim por diante. Mas as imagens captadas pelos olhos são interpretadas pelo cérebro e estão sujeitas às influências dos outros sentidos, como o cheiro do ambiente, os seus sons, etc.

O fotógrafo, ao retratar uma situação, deve estar ciente das limitações e do aproveitamento máximo do potencial de seu equipamento (câmera, adequação do filme, a objetiva escolhida, etc). Esse domínio técnico permite a pré visualização da imagem desejada.

Há diferentes tipos de máquinas, com diferentes possibilidades, para determinadas funções. Cada tipo de máquina, variando o seu tamanho, usa filmes de formatos diferentes, permitindo fotogramas que vão desde o miniatura 13x17mm até o grande 20x25cm.

A alteração do formato do fotograma do filme que a máquina usa, faz com que estas diferenças causem mudanças nas possibilidades técnicas como, por exemplo, a alta definição dos formatos grandes (4×5″) e a agilidade dos formatos pequenos (35mm), além de interferir na linguagem fotográfica.

O grau de exigência do amador, que fotografa somente nas férias, difere da do profissional e para cada campo da fotografia há a necessidade de um equipamento especial. Por exemplo, o fotojornalismo necessita basicamente de um equipamento leve, ágil e com fotômetro embutido; o fotógrafo de estúdio, de uma máquina cujo fotograma seja suficientemente grande para suportar grandes ampliações, alta definição em scaneamento ou outro processo de impressão sem perda de qualidade, não importando o peso ou formato das máquinas.

As câmeras possuem dispositivos que controlam a incidência da luz no filme (fotômetros). Estes mecanismos variam conforme o modelo e o formato das câmeras. Embora os fins sejam os mesmos, os fotômetros têm precisões e formas de manuseio diferentes. Exemplo: nas câmeras automáticas (amadoras), o fotômetro é chamado exposímetro e o controle da luz é feito só através do obturador uma vez que o diafragma é fixo. É recomendado o uso do flash pois em baixas condições de luz há possibilidade de tremer a foto; as máquinas mais sofisticadas e de melhores recursos têm fotômetro manual o que possibilita ao fotógrafo maior precisão e pré visualização da relação entre as diferentes luzes da cena determinando a exposição. Algumas máquinas (geralmente de médio e grande formato) não possuem fotômetro embutido sendo necessário o uso de um fotômetro manual.

Dispositivos das Máquinas Fotográficas

Objetivas

As objetivas são compostas de diferentes lentes montadas solidamente e calculadas, de forma a produzir, sob uma larga faixa de situações de luz, uma maior resolução óptica, o que seria impossível com uma única lente simples.

Pelo material utilizado na elaboração das lentes, as objetivas podem variar muito de qualidade, o que afeta a imagem que produzem. Varia também o número de lentes, pois há objetivas formadas por dois elementos e outras, de qualidade superior, com mais de dez elementos.

Nas máquinas de objetivas intercambiáveis, podemos alterar tanto a distância focal, como a luminosidade pela troca de objetiva.

Considera-se distância focal a medida do centro óptico da lente principal da objetiva, ponto que ocorre a inversão da imagem, até fundo da máquina onde se encontra o filme (plano focal), quando focaliza-se o infinito.

Se alterarmos a distância focal, ou seja, mudarmos de objetiva, estaremos modificando o campo visual. Quanto maior a distância focal de uma objetiva, menor será seu ângulo de visão (tele objetiva).

Visores

As máquinas fotográficas possuem diversos sistemas para a visualização da imagem. Muitos autores de livros fotográficos classificam as câmaras pelos seus visores.

As câmaras profissionais de estúdio, de grande formato, possuem visores diretos, ou seja, a imagem é visualizada através de um vidro despolido na parte posterior da máquina. A imagem que penetra pela objetiva é transmitida diretamente para o vidro despolido, de maneira que a vemos invertida e do tamanho do formato do fotograma do porte da câmara. Outros visores diretos (ou esportivos) são encontrados nas câmaras automáticas (amadoras), nas quais o visor é deslocado da objetiva da máquina possuindo ângulo diferente de abrangência visual, causando a paralaxe. A paralaxe também acontece nas câmaras bi-reflex (ex: Rolleiflex), nas quais encontramos duas objetivas na parte frontal da máquina, uma é a que leva a imagem a um espelho que a reflete para o visor, e a outra que transmite a imagem para o filme. A imagem, por ser refletida pelo espelho, não é vista invertida. Já nas câmaras mono-reflex, a mesma imagem que penetra pela objetiva chega ao filme, é também refletida para o visor através de um espelho e de um prisma. Neste sistema não acontece paralaxe nem a inversão da imagem. Portanto, a grosso modo, podemos dividir os visores das máquinas em diretos e reflex, sendo que dentro destas categorias encontramos tanto uns que possuem o defeito da paralaxe, como outros mais fáceis na visualização e enquadramento do assunto.

Foco

Para focalizarmos a imagem temos que afastar ou aproximar a objetiva do plano do filme. Esta movimentação acontece na objetiva, na qual se encontra o anel de foco (que substituiu o antigo fole) que afasta ou aproxima as lentes do fundo da máquina. Este ajuste acontece de maneira inversamente proporcional à distância máquina/assunto. Quanto maior a distância que se encontra o assunto, menor será o deslocamento das lentes para que os raios de luz formem uma boa imagem no plano focal. Quando se foca um objeto ou uma pessoa, o que está sendo focado é a distância que esses assuntos estão do plano do filme e não eles em si.

Sistemas de Auxilio de Foco

As máquinas fotográficas, dependendo do grau de sofisticação técnica, possuem sistemas próprios para a verificação do foco através do visor. Podemos resumir estas variações em 3 sistemas principais:

Escala das Distâncias

Um grande número de máquinas traz uma escala de metragem gravada na objetiva, indicando diversas distâncias entre máquina e objeto; temos que calcular a distância do objeto que queremos fotografar e em seguida ajustar essa escala.

Em algumas máquinas automáticas (amadoras) trazem na escala de distância, ou anel de focalização, desenhos representando diversos enquadramentos (meio-corpo, corpo inteiro, um grupo e montanhas) o que, a grosso modo, determina a distância máquina/objeto. A maioria dessas câmeras tem foco fixo.

As máquinas com maiores recursos, possuem uma escala de distância também gravada na objetiva, que indica a distância ao assunto em metros ou pés. Esta escala permite não só sabermos a distância ao assunto em foco/máquina, como também, a profundidade deste foco.

Sistema de Difusão

Em algumas câmaras fotográficas a imagem formada pela objetiva é transmitida para um vidro despolido que permite a sua visualização. Esta imagem tanto pode apresentar-se “borrada”, quanto fora de foco, como nítida, quando bem ajustada pelo anel de foco.

O nível de nitidez da imagem visualizada no vidro despolido, corresponde ao nível de precisão da imagem recebida pelo filme.

Em algumas máquinas 35mm. podemos encontrar este sistema mais aprimorado. Na área central do visor há um micro prisma que faz com que os limites da imagem do objeto, pareçam linhas trêmulas quando o assunto estiver ligeiramente fora de foco, o que não ocorre com o restante do visor que possui o sistema de difusão.

Sistema de Sobreposição de imagem

Este sistema consiste em visualizar através do visor da máquina, uma dupla imagem do assunto, quando está fora de foco, semelhante à imagem de uma televisão com fantasma.

Estas imagens vão se sobrepondo conforme se gira o anel de focalização .Obteremos foco quando as imagens se sobrepõem completamente.

Sistema de Justaposição e Difusão

O sistema de justaposição é bastante semelhante ao de sobreposição das imagens, sendo mais aprimorado e, portanto, mais usado atualmente.

Este sistema consiste em visualizarmos no quadro geral do visor, a imagem por difusão, e na área central do visor uma imagem bi-partida.

Esta imagem vai se justapondo conforme se ajusta o anel de focalização, determinando o seu foco quando suas partes não mais estiverem deslocadas.

Diafragma

O diâmetro de um determinado feixe de raios luminosos projetados no plano focal vai determinar a quantidade de luz que irá impressionar o filme de acordo com sua sensibilidade.

As objetivas fotográficas possuem um elemento importantíssimo para o controle desta luminosidade: o diafragma.

O diafragma é uma combinação de lâminas metálicas que formam um orifício com graduações para possibilitar diversos tamanhos de aberturas, e que junto com o obturador , formam o controle da quantidade de luz que entra na câmera fotográfica.

Um orifício pequeno deixa passar menos luz que outro maior, portanto, o tamanho do orifício serve para alterar a exposição além de outros efeitos (profundidade de campo).

O movimento que indica a abertura do diafragma se chama número f. e seu valor se expressa em formas como, por exemplo, f.2.8

Conforme a abertura aumenta , o número f. é menor. Um número f. maior, por exemplo, f.64 indica uma abertura pequena e um número f. menor, por exemplo, f.8 indica uma abertura maior.

Para obtermos a escala dos números f. foi utilizada uma abertura padrão que permite a passagem de 10.000’ unidades de luz, a abertura f. 1 . Sua área sendo dividida pela metade – f. ½ – , a luz que penetrará será uma quarta parte de f. 1. Portanto f.1 permite 10.000 unidades de luz e f. ½ permite 2.500 unidades. Para facilitar o manejo e os cálculos de exposição foi criado um diafragma intermediário que permite a passagem da metade de luz de f. 1 e o dobro de f. ½ ,

o diafragma f.1.4. A área de f. ½ dividida pela metade resultará f. ¼ que permite a passagem de uma quarta parte da luz de f. ½ .

Colocando um diafragma intermediário – f. 2.8 – obtém-se a metade da luz de f. ½ e o dobro de luz de f. ¼ .

Seguindo este raciocínio obtém-se toda a escala dos números f.:
1.4 – 2 – 2.8 – 4- 5. 6 – 8 – 11 – 16 – 22 – 32 etc…

No anel de comando da objetiva vêm gravados os números f. sem os numeradores das frações, portanto 2 significa ½

A maior abertura existente é a 1.2, não é possível se fazer uma abertura 1 que seria o todo aberto pois a profundidade de campo fica tão restrita que prejudica o foco nessa abertura.
Obturador

Enquanto o diafragma regula a entrada de luz pela modificação do tamanho do feixe luminoso a entrar pela objetiva, o obturador ajusta o tempo que essa quantidade de luz entrará na câmera. Este tempo é geralmente muito rápido e combinando com a abertura do diafragma, nos dá a “exposição” desejada ou necessária.

DIAFRAGMA + OBTURADOR = EXPOSIÇÃO

Os diversos tipos de obturadores podem ser divididos em dois grupos principais:

Obturadores de Íris ou Centrais

São compostos de lâminas que alcançam maior grau de eficiência quando são incorporados á objetiva; suas lâminas se abrem e se fecham muito rapidamente por meio de um mecanismo de relógio. Seu tempo mais curto é geralmente 1/500 segundo. Nesse tipo de obturador o flash pode ser sincronizado em todas as velocidades.

Obturadores de Cortina ou Plano Focal

São encontrados nas máquinas reflex de uma só objetiva. São formados por duas cortinas que estão situadas imediatamente adiante do filme (no fundo da máquina) e em câmeras eletrônicas assas cortinas são formadas pôr palhetas que formam uma espécie de leque . Com velocidade curtíssima, o filme é exposto numa sucessão de faixas como se fosse um scaner. Este obturador mantém o filme coberto possibilitando, assim, a troca de objetivas mesmo que a máquina esteja com filme. A série de tempos do obturador está disposta de maneira que cada ajuste eqüivalha à metade de tempo da exposição anterior e ao dobro da seguinte. Os números gravados na câmera referem-se ao denominador, portanto 125 significa 1/125-segundo.

Escala do Obturador

B, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000, 4000, 8000

Já existem máquinas com obturadores cuja escala de tempo abrange 30 segundos a 1/8000 segundo, como tempos determinados, incluindo também o B (bulb). Ao ajustarmos em B, o obturador permanece aberto todo o tempo que estivermos pressionando o disparador da máquina mas perdemos o fotômetro.

Usamos o B para fotos que necessitem de exposições superiores ao maior tempo determinado da escala do nosso obturador, desse modo não podemos contar com o fotômetro .

Controle no Manuseio da Máquina Fotográfica

Valor de Exposição

É sabido que o diafragma, que se situa na objetiva, controla a entrada de luz na câmera e que, o obturador controla o tempo desta exposição. Também já sabemos que a escala dos números f. reduz ou dobra a luminosidade (quanto maior o número, menor a quantidade de luz) e que a escala do obturador altera nas mesmas proporções o tempo de exposição. O obturador e o diafragma trabalham juntos: se diminuirmos a luminosidade pelo diafragma, teremos que compensar essa falta aumentando o tempo de exposição e vice-versa. Em outras palavras, nós alteramos o diafragma e o obturador, mas não alteramos o “valor de exposição” (EV) que é a quantidade de luz resultante da soma DIAFRAGMA+ OBTURADOR , que o material fotossensível (filme) necessita naquela situação de luz dependendo da sua sensibilidade.

Efeitos com o Obturador

Como já vimos no item anterior, o EV corresponde a diversos diafragmas e obturadores que estão determinando a mesma quantidade de luz, mas o resultado final das imagens é que será diferente e está é a opção do fotógrafo nas diversas situações. Exemplo: para um filme ISO 400 que numa determinada situação necessita f 1.4 com 1/1000 seg. até f 16 com 1/8 seg. continuando a dar a mesma “dose” de luz para o filme.

A escolha da velocidade do obturador mais adequado depende de uma série de requisitos, como a diferença de distância das coisas, que altera a sensação de movimento ( quanto mais perto o movimento nos parece maior.) e o sentido do movimento que se horizontal em relação a câmera tem maior movimento, vertical tem menor e diagonal mais ou menos.

Suponhamos uma situação em que precisamos fotografar um carro de corrida em alta velocidade e o nosso fotômetro determina um EV para um filme de 400 ISO.

1a. Opção

Queremos que o carro fique congelado (apesar de sua alta velocidade) e que o fundo, onde estão as pessoas assistindo , também seja bem visível.

Para este efeito (congelamento) temos que usar um tempo bastante rápido no obturador, e escolheremos então a exposição f.1.4 com 1/1000 seg. Para maior certeza que estamos com o carro no quadro, acompanhamos com a máquina sua passagem e fazemos a foto no local desejado.

2a. Opção

Queremos captar a velocidade do carro, mas não queremos alterar a visibilidade do fundo.

Para isto, basta diminuirmos o tempo do obturador de modo que o carro “ande” durante a exposição ,que se muito longa, fará um “vulto” não mostrando perfeitamente o carro mas sim seu movimento. Com a máquina lateral à pista poderemos captar com maior ênfase o deslocamento do carro; o que já é minimizado quando a exposição é diagonal. Não é aconselhável a posição frontal, que só permite captarmos como movimento, o aumento ou redução do tamanho do objeto.

3a. Opção

Queremos mostrar o carro em alta velocidade mas sem perder os seus detalhes, e mostrando o movimento do fundo.

Para conseguirmos este efeito, temos que usar um tempo lento (15, 8) no obturador , para que possamos acompanhar o carro com a máquina durante a exposição, ou seja, o carro perante a máquina fotográfica está parado, pois os dois, máquina/carro se deslocam juntos, fazendo com que a imagem do carro sobre o filme seja sempre no mesmo lugar, portanto sairá congelado e o fundo que está parado, será deslocado pelo movimento da câmara. Teremos então, a sensação de velocidade do carro sem perda dos seus detalhes, mas “borrando” o fundo. A posição da máquina é muito importante, porque, além de determinar a distância do objeto, determina, também, o espaço em que ocupara no negativo o movimento desse objeto.

Como é muito difícil calcular exatamente a velocidade do movimento dos objetos, só a prática nas mais diversas situações dará maior segurança e precisão na escolha do tempo de exposição ideal para o efeito desejado. Portanto, é conveniente usarmos diferentes tempos no obturador para que depois tenhamos material para escolha e o auxílio de um tripé..

Efeitos Com o Diafragma

Profundidade de Campo

Profundidade de campo está diretamente relacionado com foco. É a opção que o fotógrafo tem de alterar os elementos que serão focados , ou desfocados, na foto. O controle da profundidade de campo é feito pela alteração do diafragma, quanto menor a abertura, maior a profundidade de campo. Na prática, a profundidade de campo se estende muito mais para além do objeto focado, ponto central do foco – do que adiante dele, na proporção de 1 parte para frente e duas partes para trás do foco real.

A profundidade de campo é controlável não só pela “Distância Focal” da objetiva e pela abertura do diafragma, como também pela distância do centro do foco à máquina fotográfica.

Distância

Os raios refletidos de objetos mais distantes são menos propensos à formação dos círculos de confusão (desfoque). Portanto, obtemos uma maior profundidade de campo quanto maior distância do objeto.

Profundidade de Foco

Nas máquinas fotográficas de pequeno porte, quando a imagem está focalizada, a distância entre a objetiva e o filme é bastante rígida; o que não acontece nas máquinas de grande porte, que permitem um deslocamento do filme sem que a imagem perca o “foco permitido” e adquira um aspecto totalmente borrado. Este espaço, no interior da máquina, em que o foco é obtido, é conhecido como profundidade de foco. A profundidade de foco tem a mesma distância para frente e para trás do ponto onde o foco alcança seu auge.

Controle Automático e Manual do Diafragma

Nas câmaras modernas, de uma só objetiva (mono-reflex), o diafragma fica permanentemente aberto. Ao dispararmos, o diafragma se fecha no limite pré-selecionado. Este controle automático facilita a focalização, mas não mostra previamente a profundidade de campo da fotografia. Portanto, estas câmaras possuem um dispositivo, com um botão ou trava, que faz com que o diafragma se feche na abertura determinada no anel de comando sem que seja necessário o disparo.

Fechar o diafragma antes do disparo nos possibilita a verificação visual da profundidade de campo determinada por aquele diafragma e naquela distância.

Escala das Distâncias e da Profundidade de Campo

As objetivas das câmaras fotográficas possuem uma escala de distância que está ligada ao anel do foco. Estas medidas se referem à distância do assunto focalizado em relação à máquina.

Ao determinarmos que este ou aquele objeto será o “centro do foco”, estamos determinando a distância máquina/assunto. É importante sabermos esta medida para podermos, através de outra escala – a da profundidade de campo – calcularmos a quantidade de área nítida daquela fotografia.

A escala da profundidade de campo está relacionada tanto com a distância do assunto/máquina, como também com o diafragma escolhido.

Geralmente a escala da profundidade de campos fica entre o anel de foco e a escala dos números f. na objetiva da câmara. E é formada por alguns dos números f. que se repetem para a esquerda e para a direita do centro determinado da distância e diafragma usados. A leitura é feita através das marcas de distância correspondentes (em metros ou pés) aos dois números iguais que representam o diafragma escolhido, então o foco estará compreendido entre elas, ou seja, a área nítida terá a profundidade determinada pelo diafragma usado em relação à distância do assunto.

Exemplo: usando o diafragma f.8, e estando a dois metros de distância do assunto, teremos de profundidade de campo a diferença entre as distâncias que são determinadas entre os dois “8” da escala de profundidade de campo, ou seja, até 1.60m tudo sairá fora de foco, de 1.60m a 2.60m está compreendida a área nítida e após tudo isto, tudo sairá desfocado. Portanto, terei uma profundidade de campo de um metro.

As objetivas têm variações de profundidade de campo conforme seu tipo (grande-angulares, normais, teles) no que acarreta que cada uma possua a sua própria escala.

Fonte: super.abril.uol.com.br/www.fazendovideo.com.br/omeuolhar.com/www.espacofotografico.com.br

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