Obras Literárias

julho, 2017

  • 5 julho

    Sai a Passeio

    Olavo Bilac XIX Sai a passeio, mal o dia nasce, Bela, nas simples roupas vaporosas; E mostra às rosas do jardim as rosas Frescas e puras que possui na face. Passa. E todo o jardim, por que ela passe, Atavia-se. Há falas misteriosas Pelas moitas, saudando-a respeitosas… É como se …

  • 5 julho

    Sarças de Fogo

    Clique nos links abaixo para navegar no capítulo desejado: O Julgamento de Frinéia Marinha Foi quando Abyssus Pantum Na Tebaida Milagre Numa Concha Súplica Canção Rio Abaixo Satânia Um barulho Quarenta Anos Vestígios Um Trecho de Th. Gautier No Limiar da Morte Paráfrase de Baudelaire Rios e Pântanos De Volta …

  • 3 julho

    Remorso – Olavo Bilac

    Olavo Bilac Às vezes uma dor me desespera… Nestas ânsias e dúvidas em que ando, Cismo e padeço, neste outono, quando Calculo o que perdi na primavera. Versos e amores sufoquei calando, Sem os gozar numa explosão sincera… Ah ! Mais cem vidas ! com que ardor quisera Mais viver, …

  • 3 julho

    Quando Cantas – Olavo Bilac

    Olavo Bilac XXVI Quando cantas, minh’alma desprezando O invólucro do corpo, ascende às belas Altas esferas de ouro, e, acima delas, Ouve arcanjos as cítaras pulsando. Corre os países longes, que revelas Ao som divino do teu canto: e, quando Baixas a voz, ela também, chorando, Desce, entre os claros …

  • 3 julho

    Quando Adivinha – Olavo Bilac

    Olavo Bilac XXXIII Quando adivinha que vou vê-Ia, e à escada Ouve-me a voz e o meu andar conhece, Fica pálida, assusta-se, estremece, E não sei por que foge envergonhada. Volta depois. À porta, alvoroçada, Sorrindo, em fogo as faces, aparece: E talvez entendendo a muda prece De meus olhos, …

  • 3 julho

    Presente de Anos

    Olavo Bilac Diz à mulher o Vicente: — “Tu não achas, meu amor, Que hoje, anos do professor, Devemos dar-lhe um presente?” — “Com certeza, ele é tão bom, Trata tão bem o Juquinha… Já era lembrança minha, Mandarmos, que é do bom tom.” — “Que deve ser? Vamos, fala: …

  • 3 julho

    Profissão de Fé

    Olavo Bilac Le poète est cise1eur, Le ciseleur est poète. Victor Hugo. Não quero o Zeus Capitolino Hercúleo e belo, Talhar no mármore divino Com o camartelo. Que outro – não eu! – a pedra corte Para, brutal, Erguer de Atene o altivo porte Descomunal. Mais que esse vulto extraordinário, …

junho, 2017

  • 29 junho

    Por Tanto Tempo

    Olavo Bilac XXIX Por tanto tempo, desvairado e aflito, Fitei naquela noite o firmamento, Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito, Tudo aquilo me vem ao pensamento. Sal, no peito o derradeiro grito Calcando a custo, sem chorar, violento… E o céu fulgia plácido e infinito, E havia um …

  • 29 junho

    Por Estas Noites

    Olavo Bilac XVII Por estas noites frias e brumosas É que melhor se pode amar, querida! Nem uma estrela pálida, perdida Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas Mas um perfume cálido de rosas Corre a face da terra adormecida … E a névoa cresce, e, em grupos repartida, Enche …

  • 29 junho

    Pinta-me a Curva

    Olavo Bilac XXVIII Pinta-me a curva destes céus … Agora, Erecta, ao fundo, a cordilheira apruma: Pinta as nuvens de fogo de uma em uma, E alto, entre as nuvens, o raiar da aurora. Solta, ondulando, os véus de espessa bruma, E o vale pinta, e, pelo vale em fora, …