Obras Literárias

fevereiro, 2017

  • 27 fevereiro

    Para quem vos soube olhar (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto sei: Se de meu mal me contento, é porque para vós vejo em todo o mundo desejo e em ninguém merecimento. VOLTAS Para quem vos soube olhar, tão impossível foi ser o poder-vos merecer, como o não vos desejar. Pois …

  • 27 fevereiro

    Para evitar dias maus (1860)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Improviso A üas Senhoras que, jogando perto de üa janela, Ihes cairam «três paus» e deram na cabeça de Camões: Para evitar dias maus da vida triste que passo, mandem-me dar um baraço, que já cá tenho três paus. Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

  • 27 fevereiro

    Os privilégios que os reis (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este mato seu: Descalça vai pela neve: assi faz quem Amor serve. VOLTAS Os privilégios que os reis não podem dar, pode Amor, que faz qualquer amador livre das humanas leis. Mortes e guerras cruéis, ferro, frio, fogo e neve, tudo sofre …

  • 27 fevereiro

    Os gostos, que tantas dores (1598)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a esta cantiga alheia: Pequenos contentamentos, i buscar quem contenteis, que a mim não me conheceis, VOLTAS Os gostos, que tantas dores fizeram já valer menos, não os aceita pequenas, quem nunca teve maiores. Bem parecem vãos favores, pois tão tarde me quereis …

  • 27 fevereiro

    Olhai que dura sentença (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas a üa dama doente Olhai que dura sentença foi Amor dar contra mi: que, porque em vós me perdi, em vós me busca a doença. Claro está que em vós só me achará; que em mim, se me vem buscar, não poderá mais …

  • 27 fevereiro

    O coração envejoso (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a Dona Guiamar de Blasfé, que se queimara no rosto com üa vela MOTO Amor que todos ofende teve, Senhora, por gosto, que sentisse o vosso rosto o que nas almas acende. VOLTAS Aquele rosto que traz o mundo todo abrasado, se foi …

  • 27 fevereiro

    Nunca o prazer se conhece (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este mato alheio: Trabalhos descansariam se para vós trabalhasse; tempos tristes passariam se algüa hora vos lembrasse. GLOSA Nunca o prazer se conhece senão despois da tormenta; tão pouco o bem permanece que, se o descanso florece, logo o trabalho arrebenta. Sempre …

  • 27 fevereiro

    Nunca em prazeres passados (1668)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este moto: Foi-se gastando a esperança, fui entendendo os enganos; do mal ficaram meus danos e do bem só a lembrança. Nunca em prazeres passados tive firmeza segura, antes tão arrebatados que inda não eram chegados quando mos levou ventura. E como …

  • 27 fevereiro

    Nos seus olhos belos (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a esta cantiga alheia: Pastora da serra, da serra da Estrela, perco-me por ela. VOLTAS Nos seus olhos belos tanto Amor se atreve, que abrasa entre a neve quantos ousam vê-los. Não solta os cabelos Aurora mais bela: perco-me por ela. Não teve …

  • 27 fevereiro

    Ninguém vos pode tirar (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este cantar velho: Sois fermosa e tudo tendes, senão que tendes os olhos verdes. VOLTAS Ninguém vos pode tirar [o] serdes bem assombrada; mas heis-me de perdoar, que os olhos não valem nada. Fostes mal aconselhada em querer que fossem verdes: trabalhai …