Obras Literárias

fevereiro, 2017

  • 27 fevereiro

    Que diabo há tão danado (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas que o Autor mandou da cadeia em que o tinha embargado por üa dívida Miguel Roiz, «Fios-Secos» de alcunha, que se embarcava para fora, ao Conde do Redondo, Vizo-Rei, pedindo-lhe o fizesse desembargar Que diabo há tão danado que não tema a cutilada …

  • 27 fevereiro

    Quando vos eu via (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a esta cantiga alheia: Vida da minh’alma não vos posso ver: isto não é vida para se sofrer! VOLTAS Quando vos eu via, esse bem lograva, a vida estimava; mais então vivia, porque vos servia só para vos ver. Já que vos não …

  • 27 fevereiro

    Pues me distes tal herida (1668)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Ojos, herido me habéis, acabad ya de matarme; mas, muerto, volve á mirarme, por que me resucitéis. VOLTAS Pues me distes tal herida, con gana de darme muerte, el morir me es dulce suerte, pues con morir me dais vida. …

  • 27 fevereiro

    Posible es a mi cuidado (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa ao mesmo moto Posible es a mi cuidado poderme hacer satisfecho, si fuera posible al hado hacer no echo lo echo, y futuro lo pasado. Si olvido pudiera haber, fuera remedio sufrible; mas ya que no puede ser, para contento me hacer, todo …

  • 27 fevereiro

    Por cousa tão pouca (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este cantar velho: Coifa de beira me namorou Joane. VOLTAS por cousa tão pouca andas namorado? Amas a toucado e não quem o touca? Ando cega e louca por ti, meu Joane; tu, pelo beirame. Amas o vestido? És falso amador. Tu …

  • 27 fevereiro

    Pois onde te hão-de falar? (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este vilancete pastoril -Deus te salve, Vasco amigo Não me falas ? Como assi ? -Bofé, Gil, não estava aqui VOLTAS Pois onde te hão-de falar, se não estás onde apareces? -Se Madanela conheces, nela me podes achar. -E como te hão-de …

  • 27 fevereiro

    Pois o ver-vos tenho em mais (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este moto alheio: Minha alma, lembrai-vos dela. Pois o ver-vos tenho em mais que mil vidas que me deis, assi como a que me dais, meu bem, já que mo negais, meus olhos, não mos negueis. E se a tal estado vim, …

  • 27 fevereiro

    Pois a tantas perdições (1598)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas a üna Senhoras que haviam de ser terceiras para com üa Dama sua Pois a tantas perdições, Senhoras, quereis dar vida, ditosa seja a ferida que tem tais cerurgiões! Pois ventura me subiu a tanta altura que me sejais valedoras, ditosa seja a …

  • 27 fevereiro

    Pelo meu apartamento (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Vi chorar uns claros olhos quando deles me partia. Oh! que mágoa! Oh! que alegria! VOLTAS Pelo meu apartamento se arrasaram todos d’água. Quem cuidou que em tanta mágoa achasse contentamento? Julgue todo entendimento qual mais sentir se devia: se …

  • 27 fevereiro

    Peço-vos que me digais (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas a üa Senhora que estava rezando por üas contas Peço-vos que me digais as orações que rezastes se são pelos que matastes, se por vós, que assi matais? Se são por vós, sãoperdidas; que, qual será a oração que seja satisfação, Senhora, de …