Sonetos de Luís Vaz de Camões Quem fosse acompanhando juntamente por esses verdes campos a avezinha que, despois de perder um bem que tinha, não sabe mais que cousa é ser contente! [E] quem fosse apartando-se da gente, ela, por companheira e por vizinha, me ajudasse a chorar a pena …
Obras Literárias
março, 2017
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6 março
Que vençais no Oriente tantos teis (1595)
Sonetos de Luís Vaz de Camões A D. Luís de Ataíde, Vizo-Rei Que vençais no Oriente tantos Reis, que de novo nos deis da Índia o Estado, que escureceis a fama que ganhado tinham os que a ganharam a infiéis; que do tempo tenhais vencido as leis, que tudo, enfim, …
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6 março
Que poderei do mundo já querer (1598)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Que poderei do mundo já querer, que naquilo em que pus tamanho amor, não vi senão `desgosto e desamor, e morte, enfim, que mais não pode ser! Pois vida me não farta de viver, pois já sei que não mata grande dor, se cousa …
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6 março
Que pode já fazer minha ventura (1668)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Que pode já fazer minha ventura que seja para meu contentamento., Ou como fazer devo fundamento de cousa que o não tem, nem é segura? Que pena pode ser tão certa e dura que possa ser maior que meu tormento? Ou como receará meu …
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6 março
Que modo tão sutil da natureza (1616)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Que modo tão sutil da natureza, para fugir ao mundo, e seus enganos, permite que se esconda em tenros anos, debaixo de um burel tanta beleza! Mas esconder se não pode aquela alteza e gravidade de olhos soberanos, a cujo resplandor entre os humanos …
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6 março
Que levas, cruel Morte? – Um claro dia (1598)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Que levas, cruel Morte?- Um claro dia. – A que horas o tomaste?- Amanhecendo. – Entendes o que levas?- Não o entendo. – Pois quem to faz levar?- Quem o entendia. Seu corpo quem o goza?- A terra fria. – Como ficou sua luz?- …
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6 março
Quantas vezes do fuso s’esquecia (1595)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Quantas vezes do fuso s’esquecia Daliana, banhando o lindo seio, tantas vezes de um áspero receio salteado, Laurénio a cor perdia. Ela, que a Sílvio mais que a si queria, para podê lo ver não tinha meio: ora, como curara o mal alheio quem …
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6 março
Quando, Senhora, quis Amor que amasse (1668)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Quando, Senhora, quis Amor que amasse essa grã perfeição e gentileza, logo deu por sentença que a crueza em vosso peito amor acrescentasse. Determinou que nada me apartasse, nem desfavor cruel, nem aspereza; mas que em minha raríssima firmeza vossa isenção cruel se executasse. …
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3 março
Quando vejo que meu destino ordena (1595)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Quando vejo que meu destino ordena que por me exprimentar de vós me aparte, deixando de meu bem tão grande parte que a mesma culpa fica grave pena; o duro disfavor que me condena, quando pela memória se reparte, endurece os sentidos de tal …
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3 março
Quando se vir com água o fogo arder (1685-1668)
Sonetos de Luís Vaz de Camões Quando se vir com água o fogo arder, e misturar co dia a noite escura, e a terra se vir naquela altura em que se vem os Céus prevalecer; o Amor por razão mandado ser, e a todos ser igual nossa ventura, com tal …
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