Obras Literárias

março, 2017

  • 16 março

    Cinco Mulheres

    Machado de Assis Aqui vai um grupo de cinco mulheres, diferentes entre si, partindo de diversos pontos, mas reunidas na mesma coleção, como em um álbum de fotografias. Desenhei-as rapidamente, conforme apareciam, sem intenção de precedência, nem cuidado de escolha. Cada uma delas forma um esboço à parte; mas todas …

  • 16 março

    As Bodas de Luís Duarte

    Machado de Assis Na manhã de um sábado, 25 de abril, andava tudo em alvoroço em casa de José lemos. Preparava-se o aparelho de jantar dos dias de festa, lavavam-se as escadas e os corredores, enchiamse os leitões e os perus para serem assados no forno da padaria defronte; tudo …

  • 16 março

    As Academias de Sião

    Machado de Assis Conhecem as academias de Sião? Bem sei que em Sião nunca houve academias: mas suponhamos que sim, e que eram quatro, e escutem-me. I As estrelas, quando viam subir, através da noite, muitos vaga-lumes cor de leite, costumavam dizer que eram os suspiros do rei de Sião, …

  • 16 março

    Antes que Cases

    Machado de Assis I Era um dia um rapaz de vinte e cinco anos, bonito e celibatário, não rico, mas vantajosamente empregado. Não tinha ambições, ou antes tinha uma ambição só; era amar loucamente uma mulher e casar sensatamente com ela. Até então não se apaixonara por nenhuma. Estreara algumas …

  • 16 março

    Antes da Rocha Tapéia

    Machado de assis Como é que me achei ali em cima? Era um pedaço de telhado, inclinado, velho, estreitinho, com cinco palmos de muro por trás. Não sei se fui ali buscar alguma coisa; parece que sim, mas qualquer que ela fosse, tinha caído ou voado, já não estava comigo. …

  • 16 março

    Martin Heinrich Klaproth

    Nascimento: 1 de dezembro de 1743, Wernigerode, Alemanha. Falecimento: 1 de janeiro de 1817, Berlim, Alemanha. Químico alemão Martin Heinrich Klaproth descobriu um número de elementos no século 19, incluindo urânio e zircônio. Nascido na Alemanha em 1743, químico Martin Heinrich Klaproth foi o principal químico de seu tempo e …

  • 16 março

    Tristura

    Mário de Andrade “Une rose dans les ténèbres” Mallaemé Profundo. Imundo meu coração… Olha o edifício: Matadouros da Continental. Os vícios viciaram-me na bajulação sem sacrifícios… Minha alma corcunda como a avenida São João… E dizem que os polichinelos são alegres! Eu nunca em guizos nos meus interiores arlequinais!… Paulicéias, …

  • 16 março

    Tietê

    Mário de Andrade Era uma vez um rio… Porém os Borbas-Gatos dos ultra-nacionais esperiamente! Havia nas manhãs cheias de Sol do entusiasmo as monções da ambição… E as gigânteas! As embarcações singravam rumo do abismal Descaminho… Arroubos… Lutas… Setas… Cantigas… Povoar!… Ritmos de Brecheret!… E a santificação da morte!… Foram-se …

  • 16 março

    Quando eu Morrer Quero Ficar

    Mário de Andrade Quando eu morrer quero ficar, Não contem aos meus inimigos, Sepultado em minha cidade, Saudade. Meus pés enterrem na rua Aurora, No Paissandu deixem meu sexo, Na Lopes Chaves a cabeça Esqueçam. No Pátio do Colégio afundem O meu coração paulistano: Um coração vivo e um defunto …

  • 16 março

    Poemas da Amiga

    Mário de Andrade A tarde se deitava nos meus olhos E a fuga da hora me entregava abril, Um sabor familiar de até-logo criava Um ar, e, não sei porque, te percebi. Voltei-me em flor. Mas era apenas tua lembrança. Estavas longe doce amiga e só vi no perfil da …