Obras Literárias

fevereiro, 2017

  • 24 fevereiro

    Dous tormentos vejo (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Outra volta à mesma cantiga Dous tormentos vejo grandes por extremo; se vos vejo, temo, e, se não, desejo. Quando me despejo e venho a escolher se temo o desejo, desejo o temer. Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

  • 24 fevereiro

    Dotou em vos natureza (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio Vós, Senhora, tudo tendes, senão que tendes os olhos verdes. VOLTAS Dotou em vós Natureza o sumo da perfeição, que, o que em vós é senão, é em outras gentileza: o verde não se despreza, que, agora que vós …

  • 24 fevereiro

    Dióme Amor tormentos dos (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio: Amor loco amor loco, yo por vos, y vos por o otro. VOLTAS Dióme Amor tormentos dos para que pene doblado: uno es verme desamado, otro es mancilla de vos. !Ved que ordena Amor en nos! Porque me vos …

  • 24 fevereiro

    Desque una vez miré (1616)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este moto: ¿Qué veré que me contente? Desque una vez miré, Señora, vuestra beldad, jamás por mi voluntad los ojos de vos quité. Pues sin vos placer no siente mi vida, ni lo desea, si no quereis que os vea, ¿qué veré …

  • 24 fevereiro

    Después que Amor me formo (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a esta Trova de Boscão: Justa fué mi perdición, de mis males soy contento; ya no espero galardón, pues vuestro merecimiento satistizo a mi pasiôn. Después que Amor me formó todo de amor, cual me veo, en las leyes que me dió, el …

  • 24 fevereiro

    Despois de sempre sofrer (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este moto de Francisco de Morais: Triste vida se me ordena, pois quer vossa condição que os males, que dais por pena, me fiquem por galardão, Despois de sempre sofrer, Senhora, vossas cruezas, apesar de meu querer, me quereis satisfazer meus serviços …

  • 24 fevereiro

    De ver-vos a não vos ver (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto seu: Pois me faz dano olhar-vos não quero, por não perder-vos que ninguém me veja ver-vos. VOLTAS De ver-vos a não vos ver há dous extremos mortais; e são eles em si tais que um por um me faz morrer; …

  • 24 fevereiro

    De maneira me sucede (1668)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: A alma que está ofrecida a tudo, nada lhe é forte; assi passa o bem da vida como passa o mal da morte VOLTAS De maneira me sucede o que temo, e o que desejo, que sempre o que temo, …

  • 24 fevereiro

    Dama d’estranho primor (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas a üa Dama Dama d’estranho primor, se vos for pesada minha firmeza, olhai não me deis tristeza, porque a converto em amor. Se cuidais de me matar quando usais de esquivança, irei tomar por vingança amar-vos cada vez mais. Porém vosso pensamento, como …

  • 24 fevereiro

    Da lindeza vossa (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga à tenção de Miraguarda MOTO: Ver, e mais guardar de ver outro dia, quem o acabaria ? VOLTAS Da lindeza vossa, Dama, quem a vê, impossível é que guardar-se possa. Se faz tanta mossa ver-vos um só dia, quem se guardaria? Milhor deve …