Obras Literárias

fevereiro, 2017

  • 24 fevereiro

    Falsos loores os dán (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio: De vuestros ojos centellas, que encienden pechos de hielo suben por el aire al cielo, y en llegando son estrellas. VOLTAS Falsos loores os dan, que essas centellas tan raras no son nel cielo más claras que en los …

  • 24 fevereiro

    Eu, pera levar a palma (1668)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Com razão queixar-me posso de vós, que mel vos queixais; pois, Senhora, vos sangrais, que seja num corpo vosso. VOLTAS Eu, para levar a palma com que ser vosso mereça, quero que o corpo padeça por vós, que dele sois …

  • 24 fevereiro

    Eu sou boa testemunha (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto [seu?] Com vossos olhos Gonçalves, Senhora, cativo tendes este meu coração Mendes. VOLTAS Eu sou boa testemunha que Amor tem por cousa má que olhos, que são homens já, se nomeiem sem alcunha, pois o coração apunha e diz: olhos, …

  • 24 fevereiro

    Este tempo vão (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga A este cantar velho: Saudade minha, quando vos veria? VOLTAS Este tempo vão, esta vida escassa, para todos passa, só para mim não. Os dias se vão sem ver este dia, quando vos veria? Vede esta mudança se está bem perdida, em tão …

  • 24 fevereiro

    Este mundo es el camino (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas do Autor, na Índia, conhecidas pelo nome de «Disparates» Este mundo es el camino adó ay ducientos vaus ou por onde bons e maus todos somos del menino. Mas os maus são de teor que, dês que mudam a cor, chamam logo a …

  • 24 fevereiro

    Esses alfinetes vão (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Trovas que mandou com um papel d’alfinetes a üa Dama Esses alfinetes vão a vos picarem, não mais, só porque julgueis então, o como me picarão os com que vós me picais. Mas os que dessas estrelas vêm, têm pontas tão agudas que, em …

  • 24 fevereiro

    Entre estes penedos (1598)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio. Verdes são as hortas com rosas e flores; moças que as regam matam-me d’amores. VOLTAS Entre estes penedos que daqui parecem, verdes ervas crecem, altos arvoredos. Vai destes rochedos água com que as flores d’outras são regadas que matam …

  • 24 fevereiro

    Eles verdes são (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este mato alheio: Menina dos olhos verdes, porque me não vedes? VOLTAS Eles verdes são, e têm por usança na cor, esperança e nas obras, não. Vossa condição não é d’olhos verdes, porque me não vedes. Isenções a molhos que eles dizem …

  • 24 fevereiro

    E se a pena não me atiça (1598)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a üa Dama que perguntou ao Autor quem o matava MOTO: Pergunteis-me quem me mata? Não quero responder nada, por vos não fazer culpada. VOLTAS E se a pena neo me atiça a dizer pena tão forte, quero-me entregar à morte, antes que …

  • 24 fevereiro

    É muito pera notar (1595)

    Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Da doença em que ardeis eu fora vossa mezinha, só com vós serdes minha VOLTAS É muito para notar cura tão bem acertada, que podereis ser curada somente com me curar. e quereis, Dama, trocar, ambos temos a mezinha: eu …