Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Ferro, fogo, frio e calma, todo o mundo acabarão; mas nunca vos tirarão, alma minha da minh’alma! VOLTAS Não vos guardei, quando vinha, em torre, força, ou engenho; que mais guardada vos tenho em vós, que sois alma minha. Ali, …
Obras Literárias
fevereiro, 2017
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27 fevereiro
Não sei quem assela (1598)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a esta cantiga alheia: Minina fermosa dizei: de que vem serdes rigorosa a quem vos quer bem? VOLTAS Não sei quem assela vossa fermosura; que quem é tão dura não pode ser bela. Vós sereis fermosa, mas a razão tem que quem é …
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27 fevereiro
Mi nueva y dulce querella (1595)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio: De dentro tengo mi mal, que de fuera no hay señal. VOLTAS Mi nueva y dulce querella, es invisible á la gente; el alma sola la siente, que el cuerpo no es dino della. Como la viva centena se …
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27 fevereiro
Mi corazón me han robado (1595)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Glosa a este moto: Vos tenéis mi corazón. Mi corazón me han robado, y Amor, viendo mis enojos, me dijo: fuéte llevado por los más hermosos hojos que desque vivo he mirado. Gracias sobrenaturales, te lo tienen en prisión, y si Amor tiene razón, …
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27 fevereiro
Menina mais que na idade (1595)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Menina fermosa e crua, bem sei eu quem deixará de ser seu, se vós quiséreis ser sua. VOLTAS Menina mais que na idade, se, para me querer bem, vos não vejo ter vontade, é porque outrem vo-la tem; tem-vo-la, e …
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27 fevereiro
Madre. si me fuere (1595)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Irme quieto, madre, á aquella galera, con el marinero á ser marinera. VOLTAS Madre, si me fuere, dó quiera que vó, no lo quiero yo, que el Amor lo quiere. Aquél niño fiero hace que me muera, por un marinero …
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27 fevereiro
Leva na cabeça o pote (1668)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Descalça vai para a fonte Leanor pela verdura; vai fermosa, e não segura. VOLTAS Leva na cabeça o pote, o testo nas mãos de prata, cinta de fina escarlata, sainho de chamalote; traz a vasquinha de cote, mais branca que …
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27 fevereiro
Juravas-me que outras cabras (1598)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto: Esconjuro-te, Domingas, pois me dás tanto cuidado, que me digas se te vingas: viverei menos penado. VOLTAS Juravas-me que outras cabras folgavas de apacentar; eu, por nao me magoar, fingia que eram palavras. Agora d’arte te vingas d’algum meu doudo …
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27 fevereiro
Ja’gora certo conheço (1598)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este moto alheio Vosso bem querer, Senhora: vosso mal milhor me fora. VOLTAS Já’gora certo conheço ser milhor todo tormento onde o arrependimento se compra por justo preço. Enganou-me um bom começo; mas o fim me diz agora que o mal milhor …
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24 fevereiro
Foi a Esperança julgada (1595)
Redondilhas de Luís Vaz de Camões Cantiga a este mato seu: Enforquei minha esperança; mas Amor foi tão madraço que lhe cortou o baraço. VOLTAS Foi a Esperança julgada por sentença da Ventura, que, pois me teve à pendura, que fosse dependurada. Vem Cupido co a espada, corta-lhe cerco o …
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