São Nicolau

São Nicolau (de Mira e de Bari)

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Nicolau é também conhecido por São Nicolau de Mira e de Bari. Venerado, amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente. Sem dúvida alguma, é o santo mais popular da Igreja. Ele é padroeiro da Rússia, de Moscou, da Grécia, de Lorena, na França, de Mira, na Turquia, e de Bari, na Itália, das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso os dados de sua vida se misturam às tradições seculares do cristianismo.

Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as perseguições do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores, o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.

Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação.

O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, bispo de Constantinopla, que em 842 relatou todos os milagres atribuídos a são Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte, “Nicolau de Mira” se tornou “Nicolau de Bari”. Em 1087, a cidade de Bari, em Puglia, na Itália, sofria a subjugação dos normandos. E Mira já estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais, transferindo-as para Bari. O corpo de são Nicolau foi acolhido, triunfalmente, pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro celestial. E ele não decepcionou: por sua intercessão os prodígios e milagres ocorriam com grande frequência. Seu culto se propagou em toda a Europa. Então, a sua festa, no dia 6 de dezembro, foi confirmada pela Igreja.

A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando jovem, desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo frequentar a igreja. Costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi incluído nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao nascimento do Menino Jesus.

Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las, havia decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas. Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em torno deste santo, tão singelo e singular.

A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã, mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora, também na da humanidade toda, porque perpetuada através dos comerciantes nas vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, são Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e a alegria em poder servi-los em nome de Deus.

Fonte: www.cot.org.br

São Nicolau

São Nicolau de Bari

Prelado que segundo a tradição nasceu em Patara, na Lícia, atual Turquia, santo padroeiro da Rússia que viveu no tempo dos imperadores romanos Diocleciano, Maximiano e Constantino.

De tendências a vida monástica, na juventude realizou uma peregrinação rumo à Palestina e ao Egito e, logo depois de sua volta, por sua coragem e virtude foi eleito bispo de Mira, na Lícia, Ásia Menor.

Por ter pregado a verdadeira religião foi aprisionado pelos magistrados da cidade durante a perseguição aos cristãos pelo Imperador Diocleciano.

Libertado durante o reinado de Constantino, participou do Concílio de Nicéia (325) e ganhou fama como milagreiro. Suas relíquias ganharam fama de miraculosas, e foram transportadas no final do século XI por um grupo de mercadores italianos para a cidade de Bari, na Itália, onde até hoje são um santuário e, por isso, a designação final do nome.

Além de padroeiro da Rússia, também o é das crianças, dos estudiosos, das virgens, marinheiros e mercadores.

Conta a tradição que certa vez ele teria dado presentes secretamente às três filhas de um homem pobre, que por não poder lhes dar dotes para seus respectivos casamentos, estava para abandoná-las à prostituição. Daí teria se originado o costume de dar presentes na véspera do dia de Natal e sua personificação como o Bom Velhinho. A festa do santo arcebispo de Mira é comemorada pela Igreja Católica latina no dia 06 de dezembro.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

São Nicolau

24 de dezembro de 1914, primeiro ano da Primeira Guerra Mundial…

No front, a batalha é intensa e entra pela noite manifestando a bravura dos soldados nas trincheiras de ambos os lados.

Inesperadamente, as fileiras alemãs param de atirar! Os contingentes franceses, surpresos, também fazem o mesmo e o silencio desce sobre o campo de batalha.

De repente, os franceses percebem que, das trincheiras alemãs, saem soldados levando tochas que brilham na noite. Eles caminham sobre a neve em cortejo e entoam uma conhecida canção de natal.

Nas fileiras francesas há um momento de expectativa. Os soldados observam os alemães que se aproximam e ficam indecisos se devem ou não atirar. Quando se dão conta, o cortejo já está a poucos passos. Entendem tudo em um relance, saem sem medo de seus postos e abraçam comovidos os soldados alemães.

Era noite de natal!

Reunidos em baixo de um bosque de pinheiros, aqueles homens que instantes atrás tinham dado provas de heroísmo e de virtudes militares, recordaram-se dos seus antigos natais dos tempos de menino.

Um grupo conversa sobre São Nicolau, o legendário São Nicolau que enchia a imaginação das crianças… Alguns soldados alemãs lembram de suas aldeiazinhas montanhosas cobertas de neve.

No dia 6 de dezembro, as famílias reuniam-se na noite em preparação para o Natal. Todos se sentavam em volta das mesas cheias de bolos, doces, frutas perfumadas… o ambiente iluminado à luz de muitas velas era de grande recolhimento, de uma alegria discreta e séria, ao lado do presépio. Perto da lareira brilhava uma linda árvore de Natal. Fora de casa, a neve caia lentamente em leves flocos.

Em determinado momento, o rosto das crianças se iluminava… Ao longe se ouvia um bimbalhar de sinos e um tropel de animais em marcha. As crianças corriam para a janela e encostavam o narizinho no vidro. Viam, na curva do caminho, um trenó dourado puxado por quatro renas, nele estava sentado pomposamente um bispo de longa barba branca. Era São Nicolau, ele estava todo paramentado. Na mão direita trazia um báculo de ouro lavrado e, na mão esquerda, um grande livro cuja capa era de couro em alto relevo e cravejado de rubis e outras pedras preciosas. Seu criado conduzia o trenó. Ao lado do criado, encontrava-se um saco repleto de presentes até as bordas!

Chegando, o Bispo mandava parar o trenó. O criado tomava o saco e batia na porta da casa. O dono vinha recebê-los com a alegria estampada no rosto e em atitude de grande respeito e veneração. O alto porte do prelado, sua longa barba branca, Mitra e o báculo que trazia, tudo isso lhe conferia um ar de solenidade que se entremeava com a afabilidade da fisionomia e a doçura do olhar. Ele sorria para as crianças, erguia depois a mão de modo solene e traçava o sinal da cruz abençoando a todos!

O ancião dirigia-se às crianças com ternura. A uma pedia que cantasse uma canção de Natal, a outra, que recitasse uma poesia. A uma terceira, que rezasse uma oração. E todas as crianças, que viviam sua fase de inocência e estavam abertas para o maravilhoso e o sobrenatural, percebiam que aqueles homens eram pessoas que haviam descido dos céus. Realidade para todos nós católicos e para as almas verdadeiramente inocentes.

Dando-se por satisfeito, o respeitado visitante abria então o grande livro, o Livro de Ouro! Nele havia sido registrado, durante o ano, o comportamento das crianças. Após consultá-lo, o bispo chamava uma por uma cada criança. A algumas ele dava bolo, doces, bombons e frutas como presente, pois elas haviam sido bem comportadas.

A outras, porém, ele as colocava sentadas em seu joelho. Afável, mais serio, repreendia o mal comportamento que tiveram, fazia prometerem emenda. Caso contrario, no próximo ano, mandaria seu criado aplicar um bom castigo. Às mais especialmente insubordinadas, ele ameaçava colocar dentro do saco e levá-las caso não se corrigissem.

Assim, São Nicolau ia de casa em casa dando bons conselhos, presentes e também reprimendas. Nas casas em que ele não podia passar, deixava presentes nos sapatos postos do lado de fora da janela, À ninguém o ancião esquecia!

Depois destas recordações, os soldados alemãs despediram-se dos franceses.

Comemoraram juntos o Natal. Agora, deviam voltar para suas trincheiras! Comovidos, os franceses viram formar-se o mesmo cortejo e os alemãs se afastaram pouco a pouco… deixando na neve a marca de seus passos.

E o som da maravilhosa canção cortou novamente o campo de batalha, cada vês mais distantes.. e o silêncio acabou por se fazer no front, deixando nas almas o eco daquela canção!

Fonte: www.lepanto.com.br

São Nicolau

O santo deste dia é São Nicolau, muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas.

Filho de pais ricos com profunda vida de oração, nasceu Nicolau no ano 275 em Pátara, na Ásia Menor.

Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.

São Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados.

Certa vez, Nicolau sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, aconselhou a prostituição, jogou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens.

Daí que nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro.

São Nicolau

Sagrado Bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado a morte, mas felizmente se salvou em 313, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.

São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai.

Entrou Nicolau no Céu em 324 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegasse ao povo.

Fonte: www.cancaonova.com

São Nicolau

A tradição diz queSão Nicolau, bispo de Mira, é proveniente de Petara, na Ásia Menor (Turquia), onde nasceu na segunda metade do século III, e faleceu no dia 6 de dezembro de 342. A ele foram atribuídos vários milagres. Daí sua popularidade em toda a Europa como protetor dos marinheiros e comerciantes, santo casamenteiro e, principalmente, amigo das crianças.

De São Nicolau, bispo de Mira (Lícia) no século IV, temos um grande número e notícias, mas é difícil distinguir as autênticas das abundantes lendas que germinaram sobre este santo muito popular, cuja imagem todos os anos é reproposta pelos comerciantes nas vestes de Papai Noel (Nikolaus na Alemanha e São Claus nos países anglo-saxões), um velho corado de barba branca, trazendo nas costas um saco cheio de presentes.

Sua devoção difundiu-se na Europa quando as suas relíquias, roubadas de Mira por 62 soldados de Bari, e trazidas a salvo subtraindo-as aos invasores turcos, foram colocadas com grandes honras na catedral de Bari a 9 de maio de 1807. As relíquias eram precedidas pela fama do grande taumaturgo e pelas coloridas lendas: “Nicolau – se lê na Lenda Áurea – nasceu de ricas e santas pessoas. No dia que tomou o primeiro banho, levantou-se sozinho na bacia…”, menino de excelentes qualidades e já inclinado à ascese, pois conforme acrescenta a Lenda, nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno. Ficando um pouquinho maior desprezava os divertimentos e vaidades e frequentava mais a igreja.

Elevado à dignidade episcopal por inspiração sobrenatural dos bispos reunidos em concílio, o santo pastor teve cuidado do seu rebanho, distinguindo-se sobretudo pela sua generosa caridade. “Um vizinho seu chegou a tal extremo de pobreza que mandou suas três filhas virgens venderem o próprio corpo para assim não morrerem de fome…” Para que fosse evitado esse pecado, São Nicolau, passando três vezes à noite diante da casa do pobrezinho deixou cada vez uma bolsa cheia de moedas de ouro e com esse dote cada uma das filhas teve um bom marido. […]

São Nicolau, Arcebispo de Myra em Lycia

São NicolauTaumaturgo da cidade de Mira, da província de Lícia, é um santo especialmente querido pelos ortodoxos, e em particular, pelos russos. Ele ajuda ràpidamente em diversas calamidades da vida e perigos das viagens. Nasceu na Ásia Menor no final do séc. III, e desde a sua infância, demonstrou a sua profunda religiosidade e aproximou-se do seu tio, bispo da cidade de Patara sendo, ainda jovem, ordenado sacerdote.

Após a morte dos seus pais, Nicolau herdou uma grande fortuna a que começou a distribuir entre os pobres. Ele se empenhou em ajudar secretamente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe.

O seguinte caso mostra, como ele ajudava aos infelizes:

Havia na cidade de Patara um rico comerciante com 3 filhas. Quando as suas filhas chegaram à maturidade, as transações comerciais de seu pai fracassaram e ele chegou a completa falência. Teve então ele a idéia criminosa de usar a beleza das filhas para conseguir meios de sobrevivência. São Nicolau ficou a par do seu plano e decidiu salvar, a ele e as filhas de tal pecado e vergonha. Aproximando-se durante a noite da casa do comerciante falido, jogou pela janela aberta um saquinho com moedas de ouro. O comerciante, achando o ouro, com grande alegria preparou o enxoval da filha mais velha e arranjou-lhe um bom casamento. Passado um pouco de tempo, São Nicolau novamente jogou na janela um saquinho com ouro, o suficiente para o enxoval e o casamento da segunda filha. Quando o jogou o terceiro saquinho com ouro para a filha mais nova, o comerciante já estava a sua espera . Prostrando-se diante do Santo, agradeceu-lhe com lágrimas pela salvação da sua família de um horrível pecado e vergonha. Após o casamento das três filhas, o comerciante conseguiu recuperar os seus negócios e começou a ajudar aos próximos, imitando o seu benfeitor.

São Nicolau desejou visitar os lugares santos e embarcou num barco de Patara para a Palestina. O mar era calmo, mas ao Santo foi revelado que em breve haveria uma tempestade e ele avisou aos outros viajantes. Veio uma tremenda tempestade e o barco virou um brinquedo indefeso nas ondas violentas. Como todos sabiam que São Nicolau era padre, pediram que rezasse pela salvação dos que ali estavam. Após a oração do Santo, o vento se acalmou e veio uma grande calmaria. Depois disto, um dos barqueiros foi derrubado pelo vento do mastro ao convés e morreu. São Nicolau, com suas orações, fez voltar à vida.

Após a sua peregrinação a lugares santos, São Nicolau queria se isolar num deserto e passar sua vida inteira longe dos homens. Mas não era esta a vontade de Deus que o escolheu para ser o pastor de almas. São Nicolau ouviu uma voz que ordenava a ele voltar à sua pátria e servir àquele povo.

Não querendo morar na cidade onde foi tão bem conhecido, São Nicolau dirigiu-se a uma cidade vizinha, Mira, capital da província de Lícia e sede episcopal, estabelecendo lá como um pobre. Com profundo amor pela Igreja, visitava-a diariamente, logo cedo quando eram abertas suas portas.

Nesta época o bispo de Mira faleceu e os bispos vizinhos se reuniram para eleger o seu sucessor.Como não conseguissem chegar à unanimidade na escolha, um deles aconselhou: “O Senhor deve Ele mesmo nos indicar a pessoa certa. Assim, irmãos, vamos rezar, jejuar e esperar pelo escolhido de Deus.” E, ao mais velho dos bispos Deus revelou, que a primeira pessoa a entrar na igreja após a abertura das portas devia ser o eleito para ser o bispo daquela sede. Ele contou o seu sonho aos outros bispos e, antes da missa da manhã, ficou vigiando a porta e esperando pelo escolhido de Deus. São Nicolau, como de costume, chegou cedo para para fazer suas orações. Vendo o Santo, o bispo lhe perguntou: “Qual é seu nome?” E, com humildade, São Nicolau prontamente lhe respondeu. “Siga-me, meu filho” – disse o bispo, e tomando-o pela mão, conduziu-o até a igreja dizendo-lhe que seria ordenado bispo de Mira. São Nicolau não se sentia a altura de tão elevado cargo, mas finalmente cedeu à vontade dos bispos e do povo.

Após a sua ordenação, São Nicolau resolveu: “Até agora pude viver para mim mesmo e para a salvação de minha própria alma, mas daqui em diante, todo o tempo da minha vida deve ser dedicado aos outros.” E, esquecendo-se de si mesmo, abriu a porta de sua casa a todos, tornando-se o verdadeiro pai dos órfãos e pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor de todos. Conforme testemunho de seus contemporâneos, ele era humilde, pacífico, vestia-se com simplicidade, alimentava-se com o estritamente necessário e uma única vez por dia, à noite.

Quando, no reinado do imperador Diocleciano (284-305) teve a perseguição da Igreja, São Nicolau foi encarcerado. Na prisão ele também esquecia-se de si mesmo, indo ao encontro de dos mais fracos e necessitados, animando-os com suas palavras e seu exemplo aos que com ele sofriam. Mas, certamente, não era desígnio e vontade de Deus que ele sofresse o martírio. O novo imperador Constantino era benévolo aos cristãos e deu à eles o direito de abertamente confessar a sua fé e suas convicções religiosas. São Nicolau pode assim retornar ao seu povo.

Seria uma tarefa quase impossível enumerar todos os seus feitos, de ajuda ao próximo e de milagres que se fez por seu intermédio:

Aconteceu na Lícia uma grande fome. São Nicolau apareceu em sonho a um comerciante que, na Itália, carregava seus barcos com trigo, dando a ele moedas de ouro e mandando-lhe navegar para a cidade de Mira na Lícia. Ao acordar, o comerciante achou moedas de ouro em sua mão e, possuído de um grande temor, não ousou desobedecer à ordem do Santo. Trouxe seu trigo para a Lícia e contou aos habitantes o seu milagroso sonho, graças ao qual chegou lá.

Naquele tempo, em muitas igrejas, teve início uma forte agitação sobre a heresia de do arianismo que negava a Divindade do Senhor Jesus Cristo. Para apaziguar a Igreja, o imperador Constantino, o Grande, convocou o Primeiro Concílio na cidade de Nicéia, em 325. Entre os bispos deste Concílio estava também São Nicolau. O Concílio condenou a heresia de Ário e estabeleceu o Credo onde, com palavras bem claras expressa a fé ortodoxa em Nosso Senhor Jesus Cristo, como Filho Unigênito, da mesma essência do Pai. Durante os debates, São Nicolau, ouvindo a blasfêmia ariana ficou tão indignado que agrediu seu opositor diante de todos. Pela indisciplina, o Concílio retirou a dignidade episcopal a São Nicolau. Logo após este incidente, porém, alguns bispos tiveram uma visão em que Senhor Jesus Cristo entregava à São Nicolau Evangelho e a Virgem Mãe de Deus impunha-lhe Seu manto. Os bispos entenderam como contrária a vontade de Deus a heresia ariana, reintegrando São Nicolau em seu múnus e sede episcopal.

Da hagiografia de São Nicolau sabemos que uma vez o imperador condenou à morte 3 dos seus chefes. Estes se lembraram dos milagres de S. Nicolau e mandaram-lhe um pedido de ajuda. O Santo rezou piedosamente e, no sonho, apareceu ao imperador ordenando que libertasse seus fiéis servos, ameaçando, caso contrário, de castigos divinos. Quem és tu – perguntou o imperador – que ousas dar ordens aqui?” – “Eu sou Nicolau, arcebispo de Mira,” respondeu o Santo. Não ousando desrespeitar a ordem, o imperador reviu com atenção o caso dos seus chefes, libertando-os com as devidas honras.

Aconteceu, que saiu do Egito para a Líbia um barco. Em alto mar começou uma horrível tempestade e o barco estava já quase afundando. Algumas pessoas se lembraram de São Nicolau e começaram a rezar a ele. Viram claramente como o Santo corria em direção a eles por sobre as ondas enfurecidas e, entrando no barco, tomou o leme com as suas mãos. A tempestade acalmou e o barco chegou a salvo no porto.

São Nicolau morreu já muito idoso em meados do século IV, mas com a sua morte, não cessou sua ajuda aos que a ele recorrem. Durante mais de 1500 anos, muitos são os que atribuem a ele grande ajuda em atenção às suas orações e pedidos de intercessão. Estes testemunhos constituem uma vasta literatura, e o amor dos cristão ortodoxos por este Santo cresce a cada dia.

Quando, em 1087 a província de Lícia foi devastada, o Santo apareceu em sonho a um padre em Bari, na Itália pedindo que suas relíquias fossem trasladadas para aquela cidade. Esta ordem do Santo foi rapidamente atendida e, desde aquela época, suas relíquias repousam na igreja de Bari. Delas vertem bálsamo que cura os doentes. Este acontecimento é comemorado em 22 de maio de cada ano (9 de maio no antigo calendário).

Fonte: www.ecclesia.com.br

São Nicolau

S. Nicolau nasceu em 350 d.C., em Patara, uma cidade com um porto movimentado e viveu em Mira, na Lícia, no sudoeste da Ásia Menor (onde hoje se situa a Turquia).

Filho de Eipifânio e Joana, devotos cristãos, recebeu o nome de Nicolau que significa “pessoa virtuosa”.

Nicolau pertencia a uma família abastada e, segundo a lenda, cedo deu sinais da sua bondade.

Uma das histórias mais conhecidas sobre a sua generosidade relata que, ao saber que na sua cidade um homem bastante pobre estava decidido a encaminhar as suas três filhas para a prostituição, já que não tinha dinheiro para lhes dar um dote, Nicolau decidiu deixar às escondidas um saco cheio de ouro para a filha mais velha, já que esta estava em idade de casar e logo era a que necessitava mais do dote.

Nicolau repetiu o ato por mais duas vezes, ou seja, sempre que uma das filhas atingia a idade para casar. Segundo a mesma lenda, Nicolau colocava o saco dentro da casa pela chaminé, onde secavam algumas meias (daí o hábito das crianças, em alguns países, deixarem meias na chaminé à espera dos presentes).

São Nicolau

Os pais de Nicolau morreram cedo. Então, por recomendação de um tio, que o aconselhou a ir visitar a Terra Santa, Nicolau decidiu viajar até à Palestina e depois ao Egipto. Durante a viagem, houve uma tempestade, que segundo a lenda, acalmou milagrosamente, quando Nicolau começou a rezar com toda a sua Fé. Foi este episódio que o transformou no padroeiro dos marinheiros e pescadores.

Quando voltou da sua viagem, decidiu que não queria viver mais em Patara e mudou-se para Mira, onde viveu na pobreza, já que tinha doado toda a sua herança aos mais pobres e desfavorecidos.

Mais tarde, quando o bispo de Mira morreu, os anciões da cidade não conseguiam decidir quem seria o seu sucessor e decidiram colocar o problema nas mãos de Deus.

Segundo a lenda, nessa mesma noite o ancião mais velho sonhou com Deus, e Este disse-lhe que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte seria o novo bispo de Mira.

Como Nicolau tinha o hábito de se levantar cedo para ir rezar à igrejal, foi o primeiro homem a entrar nela e logo foi indicado bispo.

S. Nicolau morreu a 6 de Dezembro de 342. Em meados do século VI, o santuário onde este foi sepultado transformou-se numa nascente de água. Em 1087, os seus restos mortais foram transferidos para a cidade de Bari, na Itália., que se tornou num centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares de milagres foram creditados como sendo sua obra.

Atualmente S. Nicolau é um dos Santos mais populares entre os cristãos e milhares de igrejas por toda a Europa receberam o seu nome (só em Roma existem 60 igrejas com o seu nome, na Inglaterra são mais de 400).

Fonte: www.pititi.com

São Nicolau

Lendas de Natal: São Nicolau e suas estranhezas

Nos países católicos da Europa Central – por exemplo, sul da Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia e Croácia – “São Nicolau” é ou era acompanhado por “ajudantes” que usam máscaras e roupas pretas (ou pintam a cara de preto), peles de bode ou outros adereços supostamente “diabólicos” e se encarregam de ameaçar ou assustar as crianças que foram mal-comportadas durante o ano.

Esses ajudantes, tradicionalmente representados por crianças pobres disfarçadas, são conhecidos como Knecht Ruprecht (Servo Ruperto) na Alemanha, Krampus (Garra) na Áustria e Schmutzli (Sujo) na Suíça. Dependendo do lugar, limitam-se a deixar pedaços de carvão em vez dos presentes, ou uma vara como aviso de que, se não melhorarem de comportamento, o ajudante “preto” de São Nicolau virá castigá-los.

Talvez isso tenha tornado a fama de Nicolau um tanto ambígua. Em alemão, “Nickel”, que pode ser uma contração de Nikolaus, era o “capeta”, como diríamos em português. O nome original do metal níquel era Kupfernickel (cobre do capeta), por ser visto como a falsificação da prata por um malicioso duende das minas. Em inglês, Nick ou Old Nick também é sinônimo de capeta.

Por que São Nicolau, e por que nesses países? Vejamos a lenda de Nicolau – rica, mas não tão focada em crianças quanto se pensa. Um de seus principais papéis é o de patrono dos marinheiros e pescadores, pois sua família possuía uma frota de pesca – o que ajuda a explicar sua popularidade na Grécia, na cidade italiana de Bari (da qual é patrono) e mesmo na Holanda medieval, mas não em terras distantes do mar.

Outro papel é de protetor dos estudantes. Nicolau teria sido enviado pela família, quando jovem, a estudar em Alexandria. É principalmente nessa qualidade que ele é conhecido e festejado em Portugal, pelos universitários de Guimarães, seguindo uma tradição que, na Idade Média e início da Idade Moderna, era comum na Europa Ocidental, inclusive nas famosas universidades de Paris, Salamanca e Louvain. Suas festas, as Nicolinas, constituem-se de desfiles, danças, músicas e coletas tradicionais que se estendem de 29 de novembro a 7 de dezembro.

Seu ponto culminante é o romântico ritual das “maçãzinhas”. No dia de São Nicolau, os rapazes, disfarçados e ajudados por “escudeiros”, levantam com vigor uma enorme lança enfeitada com laços previamente pedidos às garotas, que por meio de cores, símbolos e mensagens dão suas “dicas” para os rapazes. Com a ponta da lança, maçãzinhas são oferecidas às jovens que esperam nas varandas e devolvem o gesto trocando-as por uma prenda, às vezes com significado especial. Quando acabam as maçãs, a lança é oferecida àquela que o rapaz escolher – por ter lhe dado uma fita “atraente”, ou por já ser sua namorada. Caso esta não exista, a lança é oferecida à mãe. A lança e a maçã não seriam mistérios para Freud, é claro.

Um lado menos agradável de Nicolau, ao menos a olhos modernos, é o da intolerância. Teria sido bispo da cidade grega de Mira (hoje Demre, na Turquia), no século IV, teria sido expulso (e depois perdoado) do concílio de Nicéia por esbofetear Ário, mais tarde condenado pela heresia de pregar que o Filho e o Espírito Santo são criaturas, não pessoas da Trindade divina. Os documentos oficiais de Nicéia, porém, não citam o incidente nem mencionam um Nicolau entre os bispos presentes.

Nicolau também teria sido o responsável pela destruição de um magnífico templo de Ártemis em Mira – exemplo seguido com ainda mais ferocidade, em 401, por São João Crisóstomo, ao destruir, de uma vez por todas, o (várias vezes reconstruído) templo de Ártemis em Éfeso, uma das Sete Maravilhas. Talvez por isso, Nicolau é festejado em 6 de dezembro: originalmente, essa era a data do nascimento de Ártemis. A maioria dos santos da Antiguidade são celebrados na data de seu martírio, mas Nicolau foi um dos poucos a morrer na cama.

Nicolau também é conhecido, por outro lado, como defensor dos injustiçados e oprimidos: teria aparecido em sonho a Constantino para intervir em favor de três de seus servidores que, embora inocentes, haviam sido condenados à morte. O imperador, em seguida, os teria absolvido. É principalmente por esse atributo que Nicolau é venerado na Rússia, da qual é patrono.

A lenda também inclui um estranho milagre: teria ressuscitado três crianças assassinadas por um açougueiro, picadas em pedaços e jogadas num barril para serem servidas como carne salgada durante uma época de fome. Na sua história mais conhecida no Ocidente, Nicolau ajudou as três filhas de um comerciante falido, que pretendia forçá-las à prostituição, jogando um saco de ouro que serviu ao pai de dote para casar a filha mais velha. Depois jogou outro para a segunda filha. O pai o descobriu quando jogou o terceiro e lhe pediu perdão. Em honra dessa lenda, São Nicolau foi geralmente representado na heráldica por três besantes (moedas) de ouro.

Nicolau tem, uma fama de justiceiro, uma lenda sobre crianças não relacionada a presentes e outra de presentes não relacionada a crianças. Tudo isso teria confluído, sem mais, na imagem folclórica do santo da Europa Central e seus estranhos ajudantes a distribuírem prêmios e castigos? Talvez a história seja um pouco mais complicada.

Fonte: terramagazine.terra.com.br

São Nicolau

Conhecido como Mikulas; Nicolas; Niklas; Klaus; Santa Claus; Nicholas of Bari; Nicolaas

Patrono da cidade de Alicante, da Rússia e da Grécia. Foi bispo de Mira (Turquia ) viajou a Terra Santa e ao Egito onde converteu vários ao cristianismo. Faleceu em 325.

É conhecido como São Nicolau de Bari e suas relíquias foram levadas em 1087 para esta cidade italiana. A partir de então seu culto se estendeu a todo o ocidente.

Diz a tradição que em Mira ele tinha grande afeto para com os meninos pobres e era o protetor dos meninos que o re-batizaram de Papai Noel.

São Nicolau

A tradição da figura de Papai Noel se estendeu por toda a França e todos os países nórdicos e particularmente no continente americano onde levou o nome de Santa Claus ou Santa Klaus .

A representação cultural de São Nicolau é baseado nos países baixos e no costume de dar as crianças um presente no dia do seu padroeiro e os Protestantes de New Amsterdã (agora Nova York) juntaram o folclore mágico a festa do Natal.

É de se notar que a figura de Santa Claus ou Papai Noel é baseado numa figura não cristã, no deus Thor, que associava o inverno a carruagem puxada pelas renas chamadas de Cracker e Gnasher.

São Nicolau

Por toda a Europa, na idade media, a festa de São Nicolau era a ocasião de se eleger um “Bispo menino” que reinava até a “Festa dos Inocentes” em 28 de dezembro. Até hoje este costume existe em Montserrat, na Catalunha , Espanha.

São Nicolau, na arte litúrgica da Igreja, as vezes é mostrado como um jovem jogando três bolas de ouro na direção de três crianças pobres e as vezes retirando três crianças de um navio naufragando. É padroeiro dos marinheiros e dos navegantes.

Muito venerado em Mari, Monserrat e na Rússia e é padroeiro dos fazedores de perfumes, isto porque do seu templo em Bari, de quando em vez, exala inexplicavelmente, odores de Mirra.

Sua festa é celebrada no dia 6 de dezembro.

Fonte: www.cademeusanto.com.br

São Nicolau

São Nicolau, uma lenda européia

Neste 6 de dezembro, comemora-se em muitos países da Europa o dia de São Nicolau: o bom velhinho trajado de bispo e de longas barbas brancas que traz chocolates e presentes aos que se comportaram bem durante o ano.

O dia 6 de dezembro do ano de 350 é a data da morte de um bispo que ficou conhecido por sua caridade e afinidade com as crianças. Devido à sua imensa generosidade e aos milagres que lhe foram atribuídos, foi santificado pela Igreja Católica e tornou-se um símbolo ligado diretamente ao nascimento do Menino Jesus. São Nicolau é atualmente um dos santos mais conhecidos da cristandade.

Diferentemente do que se imagina, este ícone de bondade é considerado pelo catolicismo o verdadeiro Papai Noel. Sem barriga rechonchuda nem roupa vermelha ou botas pretas, o bom velhinho de natais passados era alto, esbelto, vestia um tipo de batina branca e usava mitra, comuns aos bispos de sua época.

São Nicolau, salvador e padroeiro

Nascido na Turquia, na cidade de Demre, antigamente conhecida como Myra, Nicolau é personagem de diversas lendas. Ele teria sido ordenado bispo aos 19 anos de idade e toda sua riqueza teria sido doada aos pobres.

Certo dia, ele teria ajudado um pai que não podia casar suas filhas porque lhes faltava um dote. Durante três noites seguidas, Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Nicolau jogou pepitas de ouro nos quartos das garotas, até que elas conseguiram bons casamentos. Com o passar do tempo, as pepitas teriam se transformado em maçãs de ouro.

São Nicolau é visto como um salvador e padroeiro ou, até mesmo, como um protetor contra os perigos do mar. Por esse motivo, em muitas cidades costeiras ainda se encontram igrejas que levam seu nome. Só na Inglaterra existem mais de 400 e em Roma, mais de 60.

Histórias e lendas

A ilha alemã de Borkum, no Mar Báltico, tem uma tradição singular. É o “tio Nicolau” (em dialeto plattdeutsch, Klaasohm), que perambula pela ilha na noite de 5 para 6 de dezembro para surrar, com um grande chifre de vaca, o traseiro de jovens mulheres.

Para que nenhuma delas seja esquecida, há seis “tios Nicolau”, fantasiados com uma enorme máscara feita com pêlo de ovelha, um nariz vermelho e um rabo de vaca. Às crianças, distribuem doces; bebem cachaça com os homens e dançam sobre as mesas nos bares.

Para salientar a importância desta tradição, basta citar que os jovens da ilha já acertam os detalhes da ação vários meses antes, pela internet. Este antigo costume herdado dos tempos dos pescadores de baleias tem tanta relação com o clássico São Nicolau europeu quanto um pescador de baleias da Frísia Oriental tem a ver com um bispo da Ásia Menor do século quarto – isto é, quase nada.

Nomes diferentes em países vizinhos

São Nicolau

Na vizinha Holanda, o bom velhinho é chamado Sinterklaas. Ele e seu ajudante, o mouro Zwarte Piet, moram na Espanha, de onde observam o que as crianças holandesas fazem durante o ano. Em meados de novembro, a chegada deles, de navio, à Holanda, é transmitida ao vivo pela televisão. Depois, eles prosseguem viagem por todo o país. O dia 6 de dezembro é o dia da troca de presentes na Holanda.

Sinterklaas vem em roupas de bispo e o Zwarte Piet normalmente é uma pessoa branca pintada de preto. Em vez de cholocates, as crianças que não se comportaram bem, apanham com a vara do Zwarte Piet. Conta-se até que algumas crianças bem desobedientes já teriam sido levadas no saco de Sinterklaas e levadas para a Espanha.

Na Alemanha, o ajudante de São Nicolau chama-se Knecht Ruprecht (o criado Ruprecht); na Suíça, o ajudante do Samichlaus é chamado de Schmutzli; e na Áustria, Krampli. Com suas varas, correntes e chicotes, eles são o oposto da figura generosa e simpática do bom velhinho. Sua origem remonta ao final da Idade Média, quando panfletos com “comedores de criancinhas” advertiam para a importância da religiosidade e do temor a Deus.

Joulupukki é o nome do bom velhinho na Finlândia. Ele vem da Lapônia e no dia 6 de dezembro distribui presentes. Há quem veja em seu saco de presentes e em sua vara antigos símbolos da fertilidade masculina.

São Nicolau x Papai Noel

Há 75 anos, o atual gordinho de roupas vermelhas tem disputado lugar do velhinho de vestes brancas. Tudo começou em 1931, quando a Coca-Cola lançou uma propaganda com a nova versão de Santa Claus. O cartunista americano Thomas Nast foi o criador do atual Papai Noel, que na época apareceu nas telas da televisão oferecendo uma garrafa de refrigerante para uma garotinha.

Fonte: www.dw-world.de

São Nicolau

São Nicolau de Flüe, Padroeiro da Suíça

Na Suíça alemã do século XV, um santo que aliou as virtudes de audaz guerreiro e hábil diplomata com extraordinário espírito eremíticopor Luís Carlos Azevedo

A sagrada liturgia celebra a 21 de março a festa de São Nicolau de Flüe.

Nasceu em 1417, em Flüeli, no cantão suíço de Unterwalden, de uma família de agricultores.

Era por natureza obediente, veraz e afável no trato com todos, mas especialmente amoroso da solidão. Sempre procurava lugares ermos em bosques e vales, para melhor recolher-se em oração.

Tinha dezesseis anos quando, atravessando o formoso vale do rio Melch, viu uma torre de singular estrutura, que se erguia da terra perdendo-se no céu. Considerou simbolicamente o fato: aquela torre isolada significava o edifício de sua vida espiritual e o que lhe convinha fazer para elevar-se até o seio de Deus. Entendeu que deveria, em algum lugar, entregar-se à vida solitária.

Numa outra ocasião, enquanto guardava seu rebanho, viu uma flor-de-lis magnífica, que saindo de sua boca se elevava até às nuvens, e depois, caindo na terra, era devorada por um cavalo. E compreendeu novamente, por essa visão, que a contemplação das coisas celestes nele era absorvida pelas preocupações desta terra. E novamente acalentou o desejo de levar vida solitária.

Guerreiro destemido e misericordioso

Ainda não havia completado vinte e três anos quando, a pedido de magistrados, brandiu armas em uma campanha empreendida contra o cantão de Zurique, que desejava separar-se da Liga Helvética. E novamente o fez quatorze anos mais tarde, comandando pessoalmente uma companhia de cem homens. Combateu com tamanha bravura que recebeu uma condecoração de ouro. Nessa ocasião, foi graças às suas exortações que os suíços desistiram de incendiar o mosteiro feminino de Katharinenthal, onde os inimigos se haviam refugiado. Razão pela qual até hoje sua memória é reverenciada naquele mosteiro como o libertador.

Na guerra, São Nicolau levava numa das mãos a espada e na outra o terço. Refulgia nele o esplendor do guerreiro destemido e misericordioso: protegia as viúvas e os órfãos, e jamais permitia que os vencedores se entregassem a atos de vandalismo em relação aos vencidos.

Foi eleito juiz e conselheiro em sua terra natal, ocupando durante dezenove anos essas funções, em meio à satisfação geral de seus concidadãos. Demitiu-se desses cargos para poder retornar à vida de oração.

São Nicolau, anacoreta

São Nicolau foi um autêntico asceta. Jejuava quatro dias por semana, e durante a Quaresma não comia nada quente, contentando-se com pão e frutas secas. Esse regime, longe de enfraquecê-lo, fortalecia-o.

Por insistência dos pais, casou-se e teve dez filhos, os quais, seguindo suas pegadas, chegaram às mais altas dignidades do país. Embora casado, seguia o mesmo regime de vida: levantava-se de madrugada para rezar durante duas horas, e recitava todos os dias os salmos em honra de Nossa Senhora.
No outono de 1467, com o consentimento da esposa, aos cinquenta anos de idade, revestiu-se do traje de peregrino e chegou à cidade de Lichstall, no cantão de Basiléia. Dali dirigiu-se novamente para o vale do rio Melch e recolheu-se a uma gruta. Certa manhã, ao despertar, sentiu uma dor agudíssima varar-lhe o coração. A partir desse dia, nunca mais sentiu necessidade de beber nem de comer.

Algum tempo depois de sua reclusão, alguns caçadores o encontraram, manifestando-lhe a tristeza de seus familiares, advertindo-o de que morreria de fome e de frio, ou mesmo atacado por animais selvagens. Ao que ele respondeu: “Irmãos, não morrerei de fome, pois há onze dias não tenho comido nem bebido nada, e, entretanto, não sinto fome nem sede. Não temo também o frio nem os animais ferozes“.

Aproveitou a oportunidade para pedir que lhe enviassem um padre, a fim de se confessar e pedir alguns conselhos de que tinha necessidade.

Sua fama começou a crescer. E os habitantes da região chegavam cada dia em maior número até a gruta, a fim de recomendarem-se às suas orações. Consentiu em estabelecer sua cela no vale, junto à qual sua família fez edificar uma capela, onde um sacerdote todos os meses vinha celebrar Missa, ocasião em que São Nicolau comungava.

O Santo viveu nessas condições cerca de vinte anos, não tendo outro alimento senão a Sagrada Eucaristia.

As autoridades civis e eclesiásticas mobilizaram-se para certificar-se de que não havia fraude no que dizia respeito à sua alimentação. O Bispo de Constança enviou o Bispo de Ascalon para fazer essa averiguação. Este último chegou a Saxlen, abençoou a capela e entrou na cela de São Nicolau, perguntando-lhe qual era a primeira virtude do cristão.
O Santo respondeu: “É a obediência”. “Pois bem, ordeno-te em nome da obediência que comas em minha presença este pedaço de pão e bebas esta taça de vinho”, disse-lhe o Prelado.

Nicolau obedeceu. Sobreveio-lhe então dor de estômago tão intensa que o Bispo julgou que iria morrer. Crendo no milagre, o Bispo lavrou um documento, no qual se lia, entre outras coisas, que “Nicolau retirou-se para um lugar ermo chamado Ranft, no qual se conservou com a ajuda de Deus sem tomar qualquer alimento, vivendo ainda ali e desfrutando, até a data em que este documento é escrito, de todas as suas faculdades, levando uma vida bastante santa, do que nós garantimos e afirmamos em toda verdade, por termos sido nós mesmo testemunha.“

Crescia dessa forma cada vez mais o número daqueles que acorriam para pedir orações e conselhos ao Santo.

Deus o favoreceu com o dom da profecia. Repetidas vezes advertiu o povo para que se premunisse contra a sedução de futuras novidades religiosas. Com efeito, dezenas de anos depois os erros de Lutero e Zwinglio lamentavelmente devastaram diversos cantões suíços.

São Nicolau, diplomata

Em 1477, com a derrota do duque francês de Borgonha, as tropas confederadas dos cantões suíços reuniram-se para deliberar sobre a divisão do espólio de guerra e a admissão das cidades de Solero e Friburgo na Confederação Helvética.

Sucedeu que a discussão e a divergência foram tão grandes que se receou a eclosão de uma guerra civil. O pároco de Stanz, amigo de São Nicolau, fez-lhe um relato do que acontecia naquela assembléia, pedindo-lhe que a ela acorresse a fim de serenar os ânimos. Ao entrar na sala, no momento da mais violenta disputa, todos se levantaram, abaixando a cabeça e mantendo silêncio para ouvi-lo.

O Santo saudou-os em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo ter sido chamado pelo comum amigo, o pároco de Stanz, “para vos falar a propósito de vossas discórdias, que podem desfechar na ruína da pátria. Sou um homem pobre e sem letras, mas quero vos aconselhar na sinceridade de meu coração, e vos falo como Deus me inspira. Desejo-vos enorme bem, e se eu fosse capaz de vo-lo dar um pouco, quereria que minhas palavras vos conduzissem à paz”.

Prosseguiu com palavras de tal modo eloquentes e eficazes, que no mesmo momento as pesadas nuvens das desavenças se dissiparam. Após o que, serenamente, voltou para a placidez de sua ermida. Relatos daquela assembléia registraram que “todos os enviados devem, em primeiro lugar, fazer que todos conheçam a fidelidade, a solicitude e o devotamento manifestados pelo piedoso irmão Nicolau em toda essa questão. É a ele que se devem render graças por tudo quanto foi feito”.

A morte de um homem de Deus

Antes de morrer, Deus lhe enviou uma doença aguda, cujas dores penetravam-lhe até à medula dos ossos. Foram oito dias de agonia de intenso sofrimento.

A tudo isso suportou com católica resignação, exortando ainda os circunstantes a sempre se portar nesta vida de maneira a poder deixá-la com a consciência tranquila: “a morte é terrível, mas ainda é mais terrível cair nas mãos do Deus vivo“.

Pressentindo a morte que chegava, o Santo, com grande ardor e piedade, pediu a Santa Comunhão e o Sacramento dos Enfermos. Junto de seu leito estavam todos os familiares e alguns amigos, que o viram entregar sua alma a Deus no próprio dia de seu aniversário natalício: 21 de março de 1487, aos setenta anos de idade.

Todo o povo enlutou-se com sua morte. As lojas fecharam, e em cada casa se chorava como se houvesse perdido o pai da família. E logo o Santo tornou-se célebre não apenas na Suíça, mas também na Alemanha, França e Países Baixos. Vários Papas aprovaram o seu culto. Seu processo de canonização iniciou-se em 1590, sendo interrompido diversas vezes. Foi canonizado por Pio XII em 1947.
Pedindo sua intercessão, rezemos sempre a pequena oração que São Nicolau de Flüe ensinava àqueles que o vinham procurar na gruta do vale de Melch: “Senhor, dai-me tudo o que me una a Vós e afastai tudo que me separe de Vós”.

Fontes de referência:

Abbé Profillet, Les Saints Militaires, Retaux-Bray, Paris, 1890, t. II.
Enciclopedia Cattolica, Cidade do Vaticano, vol. VIII, 1952.

Fonte: ocatolicismo.wordpress.com

São Nicolau

A lenda do bom velhinho foi inspirada em um pessoa verdadeira: São Nicolau, que viveu há muitos séculos atrás. Embora tenha sido um dos santos mais populares do Cristianismo, atualmente muito poucas pessoas conhecem sua história.Ele viveu em Lycia, uma província da planície de Anatólia no sudoeste da costa da Ásia Menor onde hoje existe a Turquia.

A História diz que ele nasceu no ano de 350 e viajou para o Egito e Palestina ainda jovem onde tornou-se bispo.Durante o período da perseguição aos Cristãos pelo Imperador Dioclécio, ele foi aprisionado e solto posteriormente pelo sucessor Constantino, o Grande.

Em meados do século 6, o santuário onde foi sepultado, transformou-se em uma nascente de água.Em 1087 seus restos mortais foram transportados para a Cidade de Bari na Itália que tornou-se um centro de peregrinação em sua homenagem.

Milhares de igrejas na Europa receberam o seu nome e a ele foram creditados vários milagres.Uma das lendas conta que ele salvou três oficiais da morte aparecendo para eles em sonhos.
Sua reputação de generosidade e compaixão é melhor exemplificada na lenda que relata como São Nicolau salvou da vida de prostituição três filhas de um homem pobre.Em três ocasiões diferentes o bispo arremessou uma bolsa contendo ouro pela janela da casa da família abastecendo, desta forma, cada filha com um respeitável dote para que pudessem conseguir um bom casamento.

São Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia. É também o patrono das crianças e dos marinheiros.

A transformação de São Nicolau em Papai Noel começou na Alemanha entre as igrejas protestantes e sua imagem passou definitivamente a ser associada com as festividades do Natal e as costumeiras trocas de presentes no dia 6 de Dezembro (dia de São Nicolau).Como o Natal transformou-se na mais famosa e popular das festas, a lenda cresceu.

Em 1822, Clement C. Moore escreveu o poema “A Visit from St. Nicholas”, retratando Papai Noel passeando em um trenó puxado por oito pequenas renas, o mesmo modo de transporte utilizado na Escandinávia.O primeiro desenho retratando a figura de Papai Noel como conhecemos nos dias atuais foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper”s Weekly” no ano de 1866.

Quem é o Papai Noel?

Papai Noel tem um número muito grande de nomes, mas todos se referem à pessoa de São Nicolau que nasceu há muitos séculos atrás, no ano de 350 d. C., na Ásia. Sua cidade, Patara, era um porto muito movimentado.
São Nicolau viajou muito antes de se tornar um bispo da Igreja Católica em Myra. Muitos milagres são atribuídos a ele, todos associados com a doação de presentes.

Fonte: pt.shvoong.com

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