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19 de Agosto
O que é Aviação Agrícola
A Aviação Agrícola é um serviço especializado, regulamentado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento e pelo Ministério da Aeronáutica.
A aplicação de defensivos, uréia granulada, semeadura de pastagens e coberturas, reflorestamento, povoamento de lagos e rios com peixes, o auxílio à saúde pública no combate a doenças endêmicas, entre diversas outras atividades, fazem do avião agrícola uma importante ferramenta na prestação de serviços.
No Brasil, a Aviação Agrícola iniciou-se em 1947, devido ao ataque de uma praga de gafanhotos na região de Pelotas, Rio Grande do Sul, onde foi realizado o primeiro vôo agrícola no País no dia 19 de agosto daquele ano, com a Aeronave MUNIZ, modelo M-9, bi-plano de fabricação nacional, prefixo GAP, monomotor de 190 HP, autonomia de vôo de 4 horas, equipada com depósito metálico, constituído em dois compartimentos em forma de moéga e dosador próprio, controlado pelo piloto com capacidade de carga de aproximadamente 100 kg, tendo ainda o apoio técnico do Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelles, na aplicação de BHC.
Este dia foi instituído como o Dia Nacional da Aviação Agrícola, e o piloto civil Clóvis Candiota, que realizou o vôo, é considerado o Patrono da Aviação Agrícola
Clóvis Candiota – AeroClube de Pelotas(RS)
Atividades Exercidas pela Aviação Agrícola
Emprego de defensivos agrícolas, sólidos e líquidos
Emprego de fertilizantes
Semeadura
Povoamento de águas
Combate a incêndios
Combate a vetores
Nucleação de nuvens e outros
Pequeno Histórico
O 1o. avião projetado especificamente para uso agrícola foi o AG-1, desenvolvido em 1950 nos EUA.
No Brasil, o 1o. vôo agrícola deu-se em 1947, no Rio Grande do Sul (estado que sempre se destacou neste tipo de aplicação), no combate a uma praga de gafanhotos.
A aviação agrícola foi oficial e formalmente reconhecida no Brasil em 07/10/1969, através do DL No.917. Esse Decreto Lei foi regulamentado pelo Decreto No. 86.765 de 22/12/1981.
Aviação Agrícola no Brasil
Décadas de 40 e 50
Em 1947 foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis Candiota aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.
No ano de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma época foram criadas as “Patrulhas de Tratamento Aéreo” do Ministério da Agricultura (PATAE).
No ano de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de bananas na região de Itanhaém-SP, começou realizar aplicações aéreas objetivando o controle do mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.
A empresa Sociedade Agrícola Mambú, foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo bastante desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200 litros no assento traseiro, uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores fabricados pela própria empresa. Conseguiram na época ótimos resultados no controle fitossanitário do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.
Décadas de 60, 70, 80 e 90
No ano de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda. que desenvolveu a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura do algodão.
No ano de 1968 foi criado o CAVAG. No ano de 1969 foi fundada a EMBRAER.
Na década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea, mas na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela falta de tecnologia.
No início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de aplicação aérea de agroquímicos acompanhando o grande desenvolvimento das culturas da soja e do algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.
No final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela aviação agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas, novas barras de pulverização aerodinâmicas, aperfeiçoamento dos equipamentos nacionais e o GPS.
De todas essas novas tecnologias foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou como um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi responsável pelo fechamento de muitos contratos de aplicação aérea com muitos produtores.
Atualmente, no Brasil existem cerca de 1.500 aviões agrícolas em operação. O mercado potencial para essas aeronaves é de 10.000 unidades. Esse potencial de mercado leva em consideração somente as áreas agrícolas atualmente exploradas e não levam em consideração ainda as áreas com possibilidades de exploração. Por exemplo, o Estado do Mato Grosso ainda tem aproximadamente 60% do potencial de áreas agrícolas para serem exploradas pelas extensivas culturas da soja e do algodão.
Poderemos observar nos próximos anos um grande desenvolvimento de novas tecnologias na área de aplicação com aeronaves agrícolas no Brasil. Empresas fabricantes de aviões agrícolas e equipamentos do Brasil e de outros países estarão, nos próximos anos, buscando esse grande mercado potencial da aviação agrícola no Brasil que existe ainda a ser conquistado.
ATIVIDADES DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA
SETOR |
BIOAERONÁUTICA |
ALTURA DE VÔO |
Agricultura, Silvicultura e Pecuária |
Inspeções; Mapeamentos; Sensoriamento remoto; Previsão de safra; Adubação; Semeadura; Controle de pragas, doenças e ervas daninhas; Maturação; Desfolhamento; Outras. | 3 a 5 m acima da vegetação |
Piscicultura |
Peixamento e Cultivo químico. | Sem informações |
Saúde Pública |
Controle de vetores (malária, dengue e oncocercose) | 50 a 100 m do solo |
Modificação do tempo |
Nucleação de nuvens (chuva artificial); Controle de geadas; e Supressão de neve. | Até 2.000 m (nuvens baixas) |
Ecologia |
Controle de poluição marinha (óleo) | Sem informações |
Diversos |
Inspeção de linhas de alta tensão; Controle de incêndios florestais; Outras | 15 a 30 m acima da copa |
19 de Agosto
A aviação agrícola é praticada em todos os continentes, totalizando mais de 40 mil aeronaves em todo o mundo, sendo que a sua maior parte opera nos Estados Unidos e na União Soviética.
Na Austrália e Nova Zelândia a aviação agrícola é também muito utilizada em operações de aplicação aérea de agroquímicos e fertilizantes em áreas de reflorestamento.
Quase 60% de toda a proteção química da safra comercialmente usada nas terras agrícolas dos Estados Unidos são aplicadas com aeronaves.
Em toda a nação, existem aproximadamente 15 mil aeronaves dedicadas ao uso agrícola. Os Helicópteros representam 9% do total dos vôos. Aproximadamente, 400 novas aeronaves agrícolas são produzidas por ano nos Estados Unidos.
Novo Avião Agrícola KA-01 (2.000 litros 750 SHP)
O potencial de mercado no Brasil para a aviação agrícola, considerando somente a área agriculturável, é para 10.000 aeronaves.
Atualmente a área agrícola explorada no Brasil é de aproximadamente 70 milhões de hectares, mas ainda existem cerca de 500 milhões de hectares de áreas disponíveis para a agricultura a serem utilizadas. Essa área agrícola brasileira ainda a ser explorada corresponde área total de 32 países da Comunidade Européia.
Usos Especiais da Aviação Agrícola
O avião agrícola também pode ser usado no combate a endemias urbanas como a dengue e a malária, substituindo os tradicionais caminhões que pulverizam inseticidas pelas ruas das cidades.
Aplicações aéreas de óleo magnético e dispersantes aditivados biologicamente em derramamentos ou vazamentos de petróleo no oceano ou plataformas marítimas poderiam diminuir os riscos de contaminação ambiental nessas áreas extremamente sensíveis.
É importante lembrar também o uso da aviação agrícola no combate aos incêndios florestais, sempre operando em conjunto com o pessoal e meios em terra.
19 de Agosto
AVIAÇÃO AGRÍCOLA Aspectos gerais interessantes ao curso MMA
História da aviação agrícola
O Avião Agrícola Snow
Leland Snow em 1951 começou a desenvolver o avião agrícola S-1.
Os primeiros testes de vôo aconteceram em 1953, e a sua produção desenvolveu-se em Harlingen.
Leland Snow
O S-1 desenvolveu trabalhos de aplicação no Texas até 1957, depois foram desenvolvidos os modelos S-2 e S-2B produzidos em Olney no Texas.
Snow S-1
Snow S2-A
Snow S2-B
Mais de 2.000 Snow foram fabricados e em 1965 Leland Snow vendeu sua companhia para a empresa Rockwell. Como Vice-Presidente da divisão Aero- Comander da Rockwell desenvolveu o S-2R que posteriormente foi rebatizado de Thrush. Leland Snow demitiu-se da Rockwell em 1970.
Em 1972 começou a produzir o modelo Air Tractor 300, desenhado e desenvolvido por ele nos dois anos anteriores.
Em 1977 começou a ser produzido o primeiro Air Tractor turbinado designado AT-302.
Atualmente, os modelos Air Tractor e Aryes Thrush são considerados as mais completas e avançadas aeronaves agrícolas, desenvolvendo aplicações de agroquímicos em todo o mundo.
Air Tractor 802 (1.300 hp)
Aryes 660 Thrush (1.230 hp)
Aviação Agrícola nos E.U.A.
Atualmente, no mundo existem aproximadamente 24.000 aeronaves agrícolas, sendo que a sua maior parte opera nos E.U.A. e Russia.
Aproximadamente 375 novas aeronaves agrícolas são produzidas por ano nos E.U.A.e aproximadamente 300.000.000 de acres são aplicados pela aviação agrícola.
Mais que 65% de todo o agroquímico utilizado na proteção de culturas nos E.U.A. é aplicado com aeronaves agrícolas. Em toda a nação, existem aproximadamente 8.000 aeronaves dedicadas ao uso agrícola. Helicópteros agrícolas representam 9% do total dos vôos.
Aviação Agrícola no Brasil
História da Aviação Agrícola no Brasil
No ano de 1946 um ataque maciço de gafanhotos (Schistocerca cancelata) devasta a região Sul do Brasil, mais precisamente a região de Pelotas (RS).
O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelles, Chefe do Posto de Defesa Agrícola do Ministério da Agricultura em Pelotas e o Comandante Clóvis Candiota, utilizando um avião de instrução modelo Muniz M-7 (Prefixo PP-GAP) do aeroclube de Pelotas, realizaram em 19 de Agosto de 1947 a primeira aplicação aérea no Brasil.
Esse trabalho conjunto entre Leôncio Fontelles e Clóvis Candiota teve repercussão nacional e marcou o dia 19 de Agosto como o Dia Nacional da Aviação Agrícola. O piloto civil Clóvis Candiota é considerado o Patrono da Aviação Agrícola no Brasil.
Existem ainda outras datas e eventos importantes para a aviação agrícola no Brasil, dentre elas podemos citar:
a) Em 1967 foi realizado o primeiro CAVAG (Curso de Aviação Agrícola 02/09 a 12/12/67.
b) Em 19 de Agosto de 1969 foi criada a Empresa Brasileira de Aeronáutica EMBRAER.
c) Em 1970 o avião agrícola EMB 200 Ipanema, batizado PP-ZIP, fez seu vôo inaugural no dia 30 de Julho.
Durante toda a década de 70 a aviação agrícola teve grande desenvolvimento. Nessa primeira década de fabricação do avião agrícola nacional Ipanema foram produzidas aproximadamente 400 aeronaves. Durante o período de 1970 até o ano de 2005 foram produzidas um número estimado de 1.050 aeronaves agrícolas Ipanema.
Dentre os novos projetos de aviões agrícolas nacionais, merece destaque o avião agrícola KA-01, que está sendo desenvolvido pela empresa nacional Kraüss Aeronáutica. O novo avião agrícola KA-01 terá capacidade para 2.000 litros de produto agrícola e será equipado com uma turbina de 750 SHP.
O novo avião agrícola KA-01 da Kraüss Aeronáutica
19 de Agosto
AVIAÇÃO AGRÍCOLA
O Professor José Luiz Viana do Couto fez o Curso de Aviação Agrícola na UFRRJ em 1988 (coordenado pelo Eng. Agr. Marcos Vilela de Magalhães Monteiro, um dos pioneiros da Aviação Agrícola no Brasil), quando também atuou como Mestre nos Capítulos de Combate ao Mosquito, Incêndios Florestais e Microclimatologia. De lá para cá, não teve mais chances de se atualizar no assunto. Portanto, os especialistas que quiserem colaborar (com o que acharem ultrapassado no texto que se segue), fiquem à vontade.
PEQUENO HISTÓRICO
A aviação agrícola foi inventada pelo agente florestal alemão Alfred Zimmermann em 29/03/1911 mas só teve aplicação comercial nos EUA, em 1921.
Nessa ocasião, o inseticida era jogado do avião por um 2o. passageiro, de um saco. As técnicas modernas de aplicação, como a do Baixo-Volume (10 a 30 l/ha) só iniciaram a partir de 1943. O 1o. avião projetado especificamente para uso agrícola foi o AG-1, desenvolvido em 1950 nos EUA.
Avião Agrícola IPANEMA da Embraer
No Brasil, o 1o. vôo agrícola deu-se em 1947, no Rio Grande do Sul (estado que sempre se destacou neste tipo de aplicação), no combate a uma praga de gafanhotos. A aviação agrícola foi oficial e formalmente reconhecida no Brasil em 07/10/1969, através do DL No.917.
Esse Decreto Lei foi regulamentado pelo Decreto No. 86.765 de 22/12/1981.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. – Embraer produziu o seu primeiro avião agrícola, o EMB-200 ou Ipanema, em 1970. Em 1988 a frota brasileira de aviões agícolas era de aproximadamente 600 aeronaves. Em 1978 a Comissão de Agricultura do Congresso dos Estados Unidos considerou a aviação agrícola como a tecnologia mais importante para o aumento a curto prazo da produtividade agrícola daquele país e sugeriu investimentos do Governo Federal com a finalidade de aprimorar a atividade.
Aeronave de Asa Rotativa
Os primeiros ensaios de aplicação aérea com helicópteros (aeronaves de asa móvel) foram realizados por W.E.Ripper, em 1944, na Inglaterra.
Em 1988 estes aparelhos representavam cerca de 10 a 12% da frota agícola mundial total.
As vantagens dessa aeronave sobre os aviões agrícolas é que podem ser usadas em áreas pequenas, topografia acidentada e ausência de pistas; daí no Japão, ser o único veículo usado nas aplicações aéreas.
Sua potência varia de 300 a 1800 HP, suporta de 120 a 1500 kg de carga e possui uma velocidade operacional de 60 a 100 milhas por hora (m.p.h.).
ATIVIDADES DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA
SETOR | BIOAERONÁUTICA |
Agricultura, Silvicultura e Pecuária | Inspeções; Mapeamentos; Sensoriamento remoto; Previsão de safra; Adubação; Semeadura; Controle de pragas, doenças e ervas daninhas; Maturação; Desfolhamento; Outras. |
Piscicultura | Peixamento e Cultivo químico. |
Saúde Pública | Controle de vetores (malária, dengue e oncocercose) |
Modificação do tempo | Nucleação de núvens (chuva artificial); Controle de geadas; e Supressão de neve. |
Ecologia | Controle de poluição marinha (óleo) |
Diversos | Inspeção de linhas de alta tensão; Controle de incêndios florestais; Outras |
CATEGORIAS DE AERONAVES
Leve = PA-18 e similares
Médio = Ipanema e similares
Pesado = Air tractor e similares
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Decolar com carga total numa distância de 400 m, atingindo 15 m de altura
Operar a velocidades de 60 a 100 milhas por hora (m.p.h.) ou mais
Ter velocidade mínima de operação segura igual a 45 m.p.h. para poder aplicar a 60 m.p.h.
Possibilitar excelente visão do piloto para frente e para baixo, a fim de evitar colisões com cercas, árvores, fios elétricos, etc.
Possuir motores de até 300 HP e 800 kg de carga nos aviões agrícolas e de até 80 HP e 200 kg de carga nos ultraleves
Serem vantajosos para operações em grandes áreas (superiores a 1.000 ha)
Dimensões mínimas do campo de pouso e decolagem para ultraleves: 700 x 30 m; e
O produto da altura de pulverização pela velocidade do vento, deve situar-se entre 40 e 90
ALTURA DE VÔO (H) VERSUS VELOCIDADE DO VENTO (V)
H(m) | V(km/h) | HxV | DERIVA |
3 | 5 | 15 | pequena |
3 | 10 | 30 | pequena |
3 | 15 | 45 | média |
5 | 15 | 75 | grande |
VOLUMES DE APLICAÇÃO
TÉCNICA | l/ha | ha/h |
Alto volume-AV | 40-60 | 30-50 |
Baixo volume-BV | 10-30 | 60-70 |
Ultra baixo volume-UBV | < 5 | 80-120 |
DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE BICOS
Seja, por exemplo, o caso de se desejar calcular o número de bicos a serem utilizados na barra de pulverização de um avião agrícola (com velocidade de cruzeiro de 110 milhas por hora e faixa de deposição de 15 metros), para aplicar o volume de 40 l/ha à pressão de 40 psi, usando bicos D10-45 da Spraying Systems do Brasil Ltda. (Tabelado em função do tipo de jato, no caso, cônico).
A – Área tratada por minuto: A = mph x fd x 0,00265 = 110 x 15 x 0,00267 = 4,4 ha/min
B – Vazão total do equipamento: Q = l/ha x ha/min = 40 x 4,4 = 176 l/min
C – Vazão unitária do bico: q = 4,16 l/min (tabelado)
D – Número de bicos: N = Q/q = 176/4,16 = 42 bicos
NOTA: A barra de pulverização do avião Ipanema comporta até 50 bicos.
Uma das atividades agrícolas mais desumanas é a pulverização de lavouras com o uso de aviões agrícolas. Havia a necessidade de uma ou duas pessoas sinalizarem as linhas por onde o avião deveria passar e, estas, geralmente levam um arrepiante banho de agrotóxicos.
Para não haver desperdício de produtos (que pode chegar a 70%), não se deve pulverizar com temperaturas superiores a 35oC e nem com umidade relativa do ar inferior a 60%.
Atualmente os aviões agrícolas contam com sistemas DGPS (Sistemas Diferenciais de Posicionamento por Satélites) que, semelhante ao que ocorre na aerofotogrametria, podem seguir um planejamento de vôo, composto por linhas projetadas que recobrem a área a ser pulverizada.
A aeronave pode ser mantida segundo estas linhas, acionando automaticamente o sistema de pulverização ao cruzar o limite da área e encerrando ao sair.
Aviões Agrícolas
Eliminou-se assim a necessidade de pessoas sinalizando as linhas (os “bandeirinhas”), que corriam sérios riscos de intoxicação nesta tarefa.
O sistema possui a capacidade de monitorar a quantidade aplicada, informando com mapas e relatórios o que foi realizado, permitindo avaliações e decisões mais eficientes por parte do piloto e do contratante.
A mesmo tempo possibilita maior controle reduzindo o desperdício e a probabilidade de acidentes ambientais. Na imagem acima vê-se o painel de comando de um Ipanema, sobressaindo-se pelo tamanho e posição (ao centro) um aparelho de DGPS, para indicar ao piloto a posição exata da aeronave (quando em vôo) e assim, dispensar os antigos “bandeirinhas” que ficavam no solo para indicar ao piloto a direção exata que deveria seguir para aplicar na faixa correta o agrotóxico.
Luvas de borracha, compridas e bem vedadas
Capas de plástico, cobrindo todo o corpo (dos punhos ao tornozelo)
Botas de borracha e cano alto
Óculos para serem usados no preparo do concentrado
Chapéu de palha ou plástico; e
Respiradores de cartucho (para boca e narinas).
Fonte: www.agrolink.com.br/ www.pulverizar.com.br/ www.unicentro.br/www.ufrrj.br
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