17 de Maio
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Telecomunicações, o nome já diz, quer dizer comunicações à distância: tele (do grego têle = ao longe) + comunicações. Em nosso mundo atual, de relações internacionais cada vez mais estreitas e dependentes e, portanto, cada vez mais necessárias do ponto de vista social e econômico, as comunicações se apresentam como um domínio de extrema força.
São vias imprescindíveis para a disseminação de ideologias e culturas, aproximando povos que vivenciam tanto realidades semelhantes quanto radicalmente diferentes.
Através da telecomunicação, representada pelas chamadas infovias (rodovias da informação), não existem barreiras nem fronteiras possíveis. Satélites artificiais, fibra ótica, levam mensagens em forma de som, imagens ou dados informáticos, viabilizando a transmissão de um fato ou documento para vários lugares ao mesmo tempo. Mas, que bobagem, isso não é nada. É apenas a nossa realidade. A realidade do século XXI.
COMO TUDO COMEÇOU
Tudo começou com o telégrafo, primeiro aparelho moderno de telecomunicação. Como no século XIX já eram conhecidas as leis da eletricidade e do eletromagnetismo, foi possível a Samuel Morse registrar, em 1840, a patente do telégrafo. Baseado em um código binário de pontos e traços (o chamado Código Morse), mensagens eram enviadas rapidamente a grandes distâncias. O método foi logo aceito no mundo todo.
Tempos depois, em 1866, um cabo transatlântico já ligava a Europa à América, funcionando regularmente sem problemas. Não foi preciso mais que dez anos, após essa data, para que Alexander Graham Bell patenteasse o primeiro telefone. Também ainda naquele século, no ano de 1890, Heinrich Hertz fez uma descoberta importantíssima: as ondas eletromagnéticas, que contribuíram para a radiodifusão que viria a ser implantada futuramente. Era apenas o começo.
OS SISTEMAS UM A UM
Telégrafo
Funciona com um transmissor, cabo e receptor.
Telex
Da junção do telégrafo e da telefonia surgiu o telex, que transmite textos escritos à distância, por uma linha telefônica.
Radiotelefonia
Transmissão telefônica através de ondas eletromagnéticas ou hertzianas, também conhecida como telefonia sem fio (não se trata, no entanto, da telefonia móvel). Outro exemplo de sistema que funciona por meio dessas ondas é o radar.
Telefonia
Microfone que converte as ondas sonoras (voz humana, no caso) em impulsos elétricos.
Fax
Permite a transmissão de imagens via telefone, não só de textos, como é o caso do telex.
Modem
Converte a informação digital de um computador em sinais que serão enviados via telefone para outro computador (modulação). O computador receptor da mensagem faz o caminho contrário (o de desmodulação). Daí a palavra modem, originada das letras iniciais de duas outras palavras inglesas: modulation e demodulantion.
Video texto
Possibilita o acesso a grandes bases de dados, por linha telefônica, a partir de um aparelho terminal de videotexto. Os principais serviços oferecidos por esse sistema são: consulta a listas telefônicas, a contas bancárias, a horários e preços de passagens de trens, aviões, ônibus e compra de ingressos para espetáculos e encomenda de produtos para serem entregues em casa.
Telefonia móvel digital
As estações de telefone móvel são interligadas entre si, por cabos de fibra ótica ou por ondas de rádio terrestres e o sinal recebido pelo telefone móvel vem dessas estações.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
A Interface entre uma Empresa de Telecomunicações e suas Fontes de Tecnologia: Um Estudo de Caso em uma Multinacional (MNC) Instalada no Brasil e um Centro de Pesquisa.
Introdução
As mudanças tecnológicas e políticas no cenário mundial têm provocado alterações significativas no contexto das organizações e na sua forma de se relacionar com os demais atores sociais. O avanço no setor de telecomunicações, em nível mundial, corrobora esta idéia. As empresas necessitam se adequar ao arranjo competitivo imposto pelo mercado, ampliando tanto sua capacidade interna de inovação e de incorporação de novos conhecimentos, como buscando novas fontes de tecnologia que sejam complementares, a fim de proporcionar um grande diferencial no mundo competitivo.
Observa-se também a grande possibilidade de difusão da tecnologia por inúmeros canais, o que obriga as empresas a serem mais criativas, de modo a obter benefícios mais rápidos com a inovação, comparativamente com seus concorrentes e assim se destacarem no mercado. No setor de telecomunicações, as informações sobre tecnologia e inovação são de extrema importância, pois será por meio destas que as empresas desse setor conseguirão obter vantagens competitivas perante aos seus concorrentes.
Assim, este estudo analisa o que faz com que uma empresa do setor de telecomunicações busque fontes de inovação e/ou tecnologia, como essa empresa seleciona estas fontes, quais são as fontes mais utilizadas para produtos e para processo, quais são as contribuições mais relevantes em relação a produtos e processos que estas fontes fornecem. Outro ponto analisado são os mecanismos utilizados pela empresa para garantir a transferência da tecnologia, tanto aquela contratada quanto à adquirida.
II. Referencial Teórico
II.1 As Fontes de Inovação e Tecnologia
As fontes de inovação e tecnologia são de extrema relevância para a performance inovadora apresentada pelas empresas. De acordo com Quadros et alii (2001), os esforços tecnológicos realizados pelas empresas brasileiras são reduzidos, assim as atividades relacionadas à inovação deveriam ser identificadas de modo a explicar como a atividade inovadora no Brasil é desenvolvida.
Daim et alii (1998) verificaram que dentre os possíveis canais de aquisição de tecnologia os mais importantes eram justamente o desenvolvimento interno, seguido pelos fornecedores, suporte à educação dos funcionários e encontros tecnológicos. Os autores concluíram que as fontes de aquisição tecnológica podem ser agrupadas em três fatores: a) a pesquisa e educação (Consórcio com universidades, Consórcio de pesquisa, Educação de funcionários, Faculdades, P&D externo); b) Redes de trabalho (Encontros tecnológicos, Periódicos, feiras); c) Desenvolvimento interno/ fornecedores, (Interno, Licença, Fornecedores).
Barañano (1998), em um estudo com 652 empresas portuguesas, identificou como as fontes de inovação mais utilizadas para produtos ou serviços, a interligação com outras empresas; as associações com organizações externas de P&D; a imprensa, as feiras ou exposições; o departamento interno de P&D; as equipes interfuncionais; a inovação no equipamento adquirido; a relação próxima com concorrente, fornecedor, clientes-chave; as necessidades dos clientes; a análise minuciosa dos produtos concorrentes. Neste estudo a principal fonte para as empresas foi a necessidade do cliente, fato que ressalta a preocupação em adaptar novos produtos e serviços às exigências do mercado.
Bicalho-Moreira e Ferreira (2000) destacam que a interação universidade-empresa é crucial para a sobrevivência e eficiência de ambas instituições bem como para o desenvolvimento tecnológico do país. Na universidade percebe-se a falta de uma definição clara do que é considerado atividade científica ou tecnológica. Essa característica pode ser resultado de vários fatores: culturais, econômicos, institucionais, ou então, a não existência de uma consciência, tanto da instituição quanto do pesquisador, da importância de tornar visíveis os resultados dos desenvolvimentos tecnológicos.
2 O Processo de Inovação no Setor de Telecomunicações
As telecomunicações vêm ocupando cada vez mais uma posição de destaque, em nível mundial, em face do intenso desenvolvimento tecnológico atribuído ao setor, e da globalização de atividades produtivas e financeiras.
Segundo Szapiro (2000), o sistema de inovação das empresas do setor de telecomunicações está sofrendo mudanças drásticas. Durante as décadas de 70 e 80, o Brasil desenvolveu uma base de conhecimento no setor. O governo implementou políticas econômicas e industriais que resultaram na formação e no desenvolvimento de um sistema de inovação, altamente concentrado no interior de São Paulo, em Campinas. As interações entre universidades, CPqD, produtores de equipamentos e companhias em operação desenvolveram uma base tecnológica para o setor telecomunicações. Entretanto, com a privatização do Sistema Telebrás, ocorreu uma atração de investimento estrangeiro no setor, não só no fornecimento de serviços, mas também para a indústria de equipamentos, e sem fortes instrumentos políticos, ocorreu uma redução de esforços tecnológicos locais.
Szapiro (2000) observa que para as subsidiárias de MNCs, a principal fonte de tecnologia é a companhia mãe e estas não têm desenvolvido uma base tecnológica forte no local. Tal fato tem gerado um efeito negativo no sistema de inovação local. Como consequência, deste novo cenário, o CPqD , vem reduzindo o número de projetos de pesquisa e aumentando o número de consultorias e assistência tecnológica de curto prazo, o que tem gerado recursos para sua manutenção. O autor salienta sua grande preocupação com a dispersão da capacidade tecnológica brasileira devido a mudança estrutural ocorrida na década de 90, sinalizando a necessidade de medidas estratégicas governamentais para reconstruir o Sistema de Inovação em Campinas.
Por outro lado, há a expectativa de que o fundo setorial FUNTEL – Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações, venha ao encontro a esta necessidade. Outro instrumento de ação política é a Lei da Informática nº10.176, de 11/01/2001 que objetiva a criação de inteligência nacional e o fomento ao setor.
Brufato e Maculan (2000, p.9), no estudo sobre a dinâmica da inovação no setor de equipamentos de telecomunicações, concluem que não há interações entre as empresas locais. Também não há interações entre as empresas locais e as filiais de multinacionais instaladas no país, ou seja, não há fluxos de tecnologia localizados no país. Essa limitada articulação das empresas locais com empresas internacionais restringe o acesso dessas empresas a novas tecnologias e a novos produtos, colocando o país em uma posição modesta no mercado mundial e revelando que o processo de inovação de geração de inovações é exógeno ao ambiente nacional.
III. Aspectos Metodológicos
Esta pesquisa é um estudo de caso em um instituto de pesquisa e uma empresa multinacional fabricante de equipamentos para o setor, que segundo o modelo de Frassman (2001) encontra-se no nível 1 que abrange os fabricantes de equipamentos. O autor classificou o setor de telecomunicações em cinco níveis: I) Equipamentos; II)Operadora de Telefonia; III) Provedores de Acesso; IV) Sistemas de Busca e V)Informação Processada. Foram realizadas entrevistas em profundidade com os dirigentes da área de P&D para obtenção de informações sobre as fontes e arranjos para inovação que a empresa utiliza e com o diretor de inovação tecnológica de um Instituto de Pesquisa.
IV. A Empresa Alpha
A empresa analisada trata-se de uma multinacional, fabricante de equipamentos e softwares para o setor, a qual passa a ser denominada de Alpha. A matriz está localizada nos EUA, onde a empresa possui um dos maiores centros de pesquisa do mundo. É dentro desse centro de pesquisa que a maioria das inovações radicais são geradas para toda a corporação.
IV.1 Fontes de Inovação e Tecnologia
A empresa Alpha para entrar no mercado brasileiro adquiriu duas empresas brasileiras para incorporar a tecnologia de centrais telefônicas. Essas empresas desenvolviam a sua tecnologia internamente no país por meio de grupos de pesquisa próprios e institutos de pesquisa, os quais eram fomentados pela antiga lei nº 8248 de 23 de outubro de 1991, que mais tarde deu origem a lei nº 10.176 de 11 de janeiro de 2001. Atualmente, a empresa não faz desenvolvimentos internos, mas continua investindo
recursos próprios e os da lei, para desenvolver novos projetos e tecnologias no País. A empresa investe em parcerias com universidades e centros de pesquisa, tais como: UFMG, PUC-MG, UNICAMP, PUC-RJ, INATEL, CÉSAR, FITec e o CPqD.
O trabalho desenvolvido com as universidades em conjunto com a empresa Alpha é um pouco diferenciado, pois a experiência de parceria com essas instituições, segundo o entrevistado, tem apresentado dificuldades ao longo dos projetos. Dentre as dificuldades mais relevantes foram destacados os custos elevados quando a empresa deseja ser detentora exclusiva dos resultados, já que essa é uma política interna da organização. No quesito negociação, geralmente estas têm sido avaliadas como muito burocráticas. A avaliação da empresa é que as universidades apresentam dificuldades para atingir os prazos nos projetos de cooperação. Dessa forma, quando a empresa deseja gerar inovações, opta buscar associação com as fundações ou institutos de pesquisa em razão destes apresentarem um comportamento mais ágil. Esse cenário decorre em parte da atual posição que as universidades têm perante a indústria, uma vez que priorizam a sua independência e têm-se dificuldades para trabalhar com prazos rígidos, enquanto a empresa visa resultados em prazo determinado.
Um outro ponto de divergência é a discussão da propriedade dos resultados das pesquisas, uma vez que as indústrias, em geral, requerem 100% da propriedade intelectual e muitas universidades não aceitam esta situação, já que possuem políticas de divisão da propriedade industrial, as quais diferem conforme a instituição de pesquisa.
Quando o objetivo é o desenvolvimento de pesquisa básica e capacitação tecnológica, desenvolvimento de cursos específicos e treinamento do pessoal, estes são realizados nas universidades, que revelam possuir maior competência nestas atividades. No caso de desenvolvimento dos softwares, a parceria com universidades também tem sido avaliada como bem sucedida.
A empresa desenvolve grande número de pesquisas básicas com o centro de P&D da matriz; estas pesquisas não necessitam de um fim específico, sendo dirigidas para romper fronteiras do conhecimento. Tal fato corrobora os estudos de Galina (2001) e Gasmam et alii (1999), quando destacam que as estruturas de P&D estão se tornado cada vez mais globais. Quando a intenção da empresa Alpha é o desenvolvimento de novas tecnologias consideradas estratégicas, ela não desenvolve projetos de cooperação com as universidades, pois não consegue ter um gerenciamento adequado para manter o sigilo das novas tecnologias.
No Brasil, a empresa concentra-se em pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico específico para atender metas internas de desenvolvimento científico. Com as fundações e centros de pesquisa, citados anteriormente, a empresa realiza projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos.
IV.2 Seleção das Fontes de Tecnologia
Para selecionar as fontes de inovação acima citadas, a empresa Alpha possui um grupo que visita universidades e institutos de pesquisa e classifica-os segundo as suas melhores competências, com o propósito de melhorar a transferência da tecnologia e monitorar as tendências tecnológicas. O Gerente de P&D citou como exemplo deste procedimento alguns centros de pesquisa e universidades que possuem uma área com competência diferenciada. Dentre os exemplos, destaca-se o INATEL na área de telecomunicações, a UFMG, na área de telemática e o CESAR – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, no desenvolvimento de software.
A empresa, normalmente, também envia um ou mais funcionários para o centro de pesquisa localizado nos EUA, para fazer um estágio a fim de trazer conhecimentos inovadores. Segundo o gerente de P&D da organização estudada, os pesquisadores brasileiros possuem muita competência e são reconhecidos nesse centro. Devido a essa característica, a empresa desenvolve projetos em parceria com a matriz para o mercado internacional, além dos projetos específicos para o mercado brasileiro. Essa também é uma maneira que a empresa utiliza para buscar inovação.
Outro mecanismo utilizado pela empresa para inovação tecnológica é a Intranet, onde há muitos cursos de treinamento disponíveis; além disso, informações sobre tudo o que está sendo desenvolvido por toda a corporação também se encontra na Intranet. Nessa rede há, também, uma troca de informações entre os pesquisadores via tele-conferências. A empresa é muita aberta em relação à disseminação das informações, o que revigora a capacidade inovativa da empresa.
O papel do cliente tem sido importante dentro do processo de inovação da empresa. A organização faz monitoramento dos concorrentes, pois o mercado de telecomunicações está sempre sofrendo mudanças rápidas e os produtos têm um ciclo de vida muito curto, assim se faz necessário estar à frente do concorrente. Além deste estar se tornando muito fragmentado.
As operadoras, que constituem-se no consumidor final da empresa Alpha, participam na definição dos produtos que eles desejam, destacando os custos e as especificações que gostariam que fossem atendidos, assim a empresa busca antecipar o que o seu consumidor final realmente necessita.
A empresa também monitora as tecnologias comercializadas junto às operadoras, a fim de manter sua operacionalidade e sanar eventuais deficiências, ou fazer melhorias, ou mesmo simplificar processos. Tudo isso é feito para minimizar esses problemas, por meio de processos inovadores.
Observa-se que as tecnologias desenvolvidas pela corporação, na sua maioria são inovadoras, sendo esta uma tendência do setor de telecomunicações. As inovações incrementais, ou seja, as melhorias, são mais frequentes em atendimento a solicitações por parte das operadoras.
Segundo o entrevistado, a participação da empresa na geração do conhecimento em relação à corporação como um todo é pequena, entretanto, no Brasil a sua representação é expressiva no desenvolvimento de produtos.
IV.3 Fontes mais utilizadas e Gerenciamento dos Projetos
A fonte mais utilizada pela empresa, tanto para produtos quanto para processos, é o centro de pesquisa da matriz localizado nos EUA. Os processos são desenvolvidos sempre pela matriz devido à universalização dos processos produtivos utilizados nas diferentes plantas.
Já os equipamentos desenvolvidos no Brasil são sempre desenvolvidos em conjunto com as fundações e institutos de pesquisa. Pesquisadores da empresa responsabilizam-se pelas especificações a serem atendidas; além disso, empregados da empresa participam diretamente do projeto em conjunto com essas fundações e institutos, de maneira a garantir um melhor gerenciamento do desenvolvimento, podendo colocar mais pessoas quando o projeto está atrasado, ou mais recursos financeiros quando for necessário. Além disso, por meio deste grupo interno a transferência de tecnologia é feita naturalmente ao longo do processo de desenvolvimento dos projetos.
Outra característica observada pela empresa é o fato de que o desenvolvimento de projetos com as universidades é mais barato do que o desenvolvimento interno, apesar dessas instituições terem dificuldades em cumprir prazos, no caso de projetos de pesquisa aplicada.
O gerenciamento dos projetos internos é feito por gestores específicos para cada projeto com o suporte de uma ferramenta de controle, que atualiza diariamente a situação dos projetos. O controle dos projetos é realizado por meio do acompanhamento das horas gastas em cada atividade, dos custos, do número de pessoas que estão trabalhando e das compras realizadas. Já as universidades e os centros externos possuem ferramentas próprias, e, desta forma, para que a empresa acompanhe os resultados são feitas reuniões semanalmente.
Os centros mais usados pela empresa são CETUC, CESAR, USP, UNICAMP, CPqD, INATEL e FITec. A matriz não possui contatos diretos com esses centros e fundações. Todos os projetos realizados no País são coordenados pela organização brasileira junto a esses centros, sem triangulação.
Quando a tecnologia é desenvolvida pela matriz, o processo de produção é importado e na subsidiária são feitas as melhorias dos processos e adaptações ao mercado brasileiro, caracterizando a tropicalização dos produtos. No desenvolvimento de produtos em conjunto com a matriz, ou gerados no Brasil, para garantir a transferência de tecnologia, são enviadas várias pessoas do Brasil para o centro de pesquisa da corporação. No caso das patentes, quando a tecnologia é desenvolvida no Brasil, ela é patenteada também nos EUA, com o nome do pesquisador, sendo os direitos atribuídos à empresa local.
V. O Centro de Pesquisas Beta
O Centro de Pesquisas Beta foi criado, na década de 70, com o intuito de desempenhar um papel estratégico na capacitação tecnológica brasileira no setor de telecomunicações. Integrava uma grande empresa estatal e o Governo Federal o tinha como instrumento de política setorial. Como a economia brasileira pautava-se pelo modelo de substituição de importações, era atribuída ao Centro de Pesquisas a tarefa de liderar as iniciativas de desenvolvimento local em tecnologias de telecomunicações, articulando as atividades empreendidas por Universidades, empresas e demais centros de pesquisa, por meio da concepção e desenvolvimento de equipamentos e sistemas. Nesse período o centro possuía grande demanda devido ao poder de compra do Estado. A oportunidade tecnológica dessa época foi a quebra do paradigma no setor de telecomunicações, com a transição da tecnologia analógica para a tecnologia Digital, mudando assim o perfil dos produtos e fazendo com que o Brasil não tivesse uma defasagem muito grande quando comparado com os outros países.
Até então o modelo era composto por um tripé, Indústria Centro de Pesquisas Beta – Universidades (Recursos Humanos,) que se configurava como uma base consistente para o desenvolvimento de novas tecnologias. As principais universidades que participaram de pesquisas conjuntas eram a Unicamp, a PUC-Rio, a USP, o ITA e a UFMG. O centro era responsável pela transformação do conhecimento gerado pelas atividades de pesquisa em produtos industrializáveis. Nesse período surgiram várias empresas por estímulo da política de tripé e que vieram a se beneficiar, junto com outras já existentes, da transferência de tecnologia gerada pelo centro, podendo-se citar os exemplos da Promon Eletrônica, Xtal, Avibrás, e Elebra.
os anos 90, iniciou-se o processo de abertura da economia brasileira, ocorrendo no setor uma grande entrada de produtos estrangeiros, o que enfraqueceu substancialmente a posição da indústria nacional. Por outro lado, as empresas operadoras de telecomunicações procuraram tornar-se mais dinâmicas, buscando um aumento das suas receitas e a redução de seus custos, tornando-se oportuna a automação dos processos internos por meio de software. Este movimento na direção de maior dinamismo poderia ser interpretado como uma antecipação do jogo da liberalização do mercado de telecomunicações, seja no sentido de proteger-se de futura concorrência, seja no sentido de melhorar a sua posição no momento da privatização.
Nesse novo contexto, o Centro de Pesquisas Beta passou a enfatizar o desenvolvimento de aplicativos de software, como por exemplo, o SAGRE (sistema de gerenciamento da planta por meio de informações geográficas). O desenvolvimento de hardware passou a ser feito de forma bastante seletiva, destacando-se apenas o projeto da central telefônica Trópico e da tecnologia de telefone público a cartão indutivo (TPCI).
V.1 Transformação do centro em uma fundação de direito privado
Com a privatização das empresas de telecomunicações, o Centro de Pesquisas foi transformado em uma fundação de direito privado. Assim, o centro foi posto diante do desafio de transformar suas competências acumuladas conhecimentos, sistemas, tecnologias em recursos aptos para garantir a sobrevivência da instituição em um ambiente de mercado.
O Centro de Pesquisas, após essa mudança institucional, passou a ter uma dupla função, a primeira voltada para o mercado, para a comercialização direta de seus desenvolvimentos e a segunda de caráter estratégico, voltada para preservação da competência em pesquisa e desenvolvimento, conforme preconizado em lei federal. Do ponto de vista temático, o centro intensificou a sua concentração no desenvolvimento de software, sem, contudo abandonar o perfil de atividades adotado ao longo da década de 90.
V.2 Comercialização de tecnologia e oportunidades de negócios
O Centro Pesquisas Beta se apresenta como fonte de tecnologias sob três formas principais: provedor de serviços tecnológicos de telecomunicações, provedor de tecnologias de equipamentos e sistemas de telecomunicações e provedor de sistemas software para telecomunicações.
Esta última forma é a que deverá ter maior peso do ponto de vista comercial, pois é onde acredita-se que estejam as maiores oportunidades brasileiras no novo cenário mundial das telecomunicações.
A instituição também manteve uma competência para transferir para a indústria a tecnologia gerada nos projetos de P&D. Algumas empresas que possuem um interesse específico em determinadas tecnologias podem concretizar essas oportunidades propondo projetos em parceria com o centro e utilizando mecanismos governamentais, como os incentivos da lei da informática e os recursos do FUNTTEL. Esta é uma área que apresenta um grande potencial para a instituição, seja pelo lado da receita, seja pelo lado do benefício para as empresas do país.
Outros produtos vendidos pelo Centro são as consultorias e os ensaios laboratoriais para homologar e certificar equipamentos para as indústrias. No caso dos ensaios, o centro prepara relatórios e emite certificados para verificação, por exemplo, da qualidade do produto. A instituição é credenciada pelo INMETRO e outras instituições do gênero. A ANATEL é um grande usuário dos serviços e consultorias do Centro, em razão da grande vantagem competitiva que este detém, pois congrega competência tecnológica ao conhecimento do mercado brasileiro.
Segundo o Diretor de Gestão da Inovação do Centro, vislumbram-se, no momento, grandes oportunidades no desenvolvimento de novos serviços de telecomunicações para as operadoras, no fornecimento de aplicativos de software para suporte a operação e negócios dessas prestadoras e, de uma forma geral, serviços e software para aquelas empresas que desejam utilizar tecnologias de telecomunicação e tecnologia da informação voltadas para a melhoria dos seus produtos e processos.
O fornecimento de tecnologia (hardware) para as indústrias sem o apoio do governo não é mais a principal forma de comercialização de tecnologia da instituição. O entrevistado ressaltou que a maioria das empresas operadoras e fornecedoras de equipamentos de telecomunicações são de origem estrangeira e possuem centros de P&D próprios em seus países de origem. Hoje, no Brasil, são poucas as instituições nãoacadêmicas que possuem um trabalho independente com linhas de pesquisa próprias, podendo-se citar o CPqD, CERTI, LACTEC e CESAR.
Uma possibilidade interessante para desenvolvimento tecnológico é explorar certas exigências da nova regulamentação das telecomunicações como o desenvolvimento de tecnologias que venham permitir a desagregação do acesso à casa do usuário (unbundling). Outra oportunidade é o desenvolvimento de aplicativos de software de telecomunicações adaptados para uso no setor elétrico.
VI. Considerações Finais:
Uma vez que esta pesquisa está em andamento e, ainda não foi possível alcançar o seu objetivo principal que é verificar como funciona a dinâmica da inovação das empresas fabricantes de equipamentos do setor de telecomunicações, o estudo ora apresentado está restrito a apenas uma das empresas e um dos centros de pesquisa.
Observa-se que a empresa estudada segue a mesma tendência apresentada por Barañano (1998) e Daim et alii (1998) em que as principais fontes de inovação identificadas foram o departamento interno de P&D, o consórcio com universidades, as associações com organizações externas de P&D, e as necessidades dos clientes.
A empresa Alpha utiliza principalmente como fontes de tecnologia a fundação interna, as universidades, centros de pesquisa como: o CÉSAR, o INATEL e o CPqD; e tem o cliente final como fator chave no processo de inovação, fato que comprova a preocupação em adaptar novos produtos e serviços às necessidades do mercado, corroborando com a colocação feita por Baranãno (1998).
Outra atuação observada é a interação empresa-universidade, a qual ainda apresenta algumas dificuldades. Na ótica da empresa não há uma definição clara da postura das universidades perante as mesmas, o que pode ser causado pelos fatores culturais, econômicos e institucionais. Isso demonstra que há uma necessidade de mudança na postura das empresas e universidades para que o intercâmbio de informações e conhecimentos seja mais efetivo e dinâmico.
Outra evidência é que a empresa Alpha realiza somente desenvolvimento tecnológico, no Brasil, ou seja, a adaptação de novos produtos e/ou produção de produtos novos que atendam as necessidades do cliente. As inovações revolucionárias são realizadas na matriz, o conhecimento é gerado fora do país, contribuindo assim para a fragilidade da infra-estrutura científica do País.
Em relação ao centro de pesquisa, observa-se que este vem se adaptando às mudanças organizacionais e as necessidades do mercado. O atual foco é oferecer para o mercado novos serviços, empregando novas estratégias, que inclui atender outros setores que não sejam somente o setor de telecomunicações. Com a nova configuração, o centro deixou de ser o player para o desenvolvimento da pesquisa nacional, fato que contribuí para a dispersão da capacidade tecnológica brasileira.
VII. Referências Bibliográficas:
Barañano, A. M.. A Relação entre a Inovação e a Dimensão de Empresas, XX Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 1998.
Bicalho-Moreira, Lucinéia Maria; Ferreira, Marta Araújo Tavares. Inovação Tecnológica na Universidade: Representação nos indicadores de ciência e tecnologia. XXI Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 2000.
Brufato, Aline Winckler; Maculan, Anne-Marie. A Dinâmica da Inovação no Setor de Equipamentos de Telecomunicações, XXI Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 2000.
Daim, T.; Kocaoglu, D. F.. Technology Acquisition in the US Electronics Manufacturing Industry, Management of Technology, Sustainable Development and Eco-Efficiency, 1998.
Galina, Simone Vasconcelos Ribeiro. O envolvimento do Brasil no desenvolvimento tecnológico do setor de telecomunicações medido através de indicadores quantitativos concessão de patentes e dados bibliométricos, 3° Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produto, Florianópolis, 25-27 setembro de 2001.
Krogh, G. V. Care in Knowledge Creation, California Management Review, 40(3):1998.
Leonard, Barton. Building and sustaining the sources of innovation, Strategy & leadership Julho/ agosto, 1997.
López, Vladimir. How R&D is Changing, The OECD OBSERVER, n. 213, 1998.
Quadros, Ruy; Furtado, André; Bernardes, Roberto; Franco, Eliane. Technological Innovation in Brazilian Industry: An Assessment Based on the São Paulo Innovation Survey, International Journal of Technological Forecasting and Social Change, 67(2): 2001.
Stuck, Bart; Weingarten, Michael. The Death of Innovation? Business Communications Review, Abril, 1997.
Szapiro, M. H. S. Technological Capability in Telecommunications Industry in Brazil. Development and Impacts of the Structural Reform in the 90s. Anais da 4 th Internacional Conference on Technology Policy and Innovation, Curitiba, 28 a 31 agosto, 2000.
Fonte: www.fearp.usp.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
I – Introdução
Eletrônica é o campo da ciência e da engenharia que trata dos dispositivos eletrônicos e de sua utilização. É a parte da física que estuda e utiliza as variações de grandezas elétricas para captar, transmitir e processar informações. Trata dos circuitos elétricos e instrumentos constituídos por válvulas termiônicas, dispositivos semicondutores (tais como transistores, termitores e circuitos integrados), tubos de raios catódicos e outros componentes, entre os quais aqueles baseados no efeito fotoelétrico (células fotoelétricas, válvulas fotomultiplicadoras, etc..).
II – Origem
A origem dos aparelhos eletrônicos remonta às pesquisas de Thomas Alva Edison, que em 1883 descobriu o que chamamos hoje de “Efeito Edison”, ou efeito termiônico. Ele demonstrou a formação de uma corrente elétrica fraca no vácuo parcial entre um filamento aquecido e uma placa metálica. A corrente era unidirecional e cessava se a polaridade do potencial entre o filamento e a chapa fosse invertida. Ficou comprovado que os transmissores da eletricidade estavam eletrizados. Mais tarde, estes transmissores receberam o nome de elétrons.
Em 1887, Heinrich Hertz, durante as suas experiências com arcos voltaicos, observou que a luz emitida durante a descarga de alta voltagem de um arco elétrico influía consideravelmente na descarga produzida por outro arco menor, colocado diante dele. No momento em que o menor deixava de receber a luz da descarga do maior, produzia-se uma faísca muito mais curta do que enquanto iluminado. Iniciou-se assim o estudo da Fotoeletricidade.
Em 1888, William Hallwachs demonstra que um eletroscópio com esfera de zinco perde sua carga negativa se a esfera for exposta à luz ultravioleta. O fenômeno tornou-se conhecido como “Efeito Hallwachs” e determinou serem negativas (elétrons) as cargas emitidas pela esfera de zinco sob a ação do ultravioleta.
Elster e Geitel, ambos físicos alemães, estudam o fenômeno e observam (1889) que os metais alcalinos sódio e potássio emitem elétrons também sob influência da luz comum. Trabalharam juntos pesquisando a ionização da atmosfera e o efeito fotelétrico. Descobriram em 1899 o fenômeno da descarga de um eletroscópio na proximidade de um radioelemento e enunciaram, em decorrência dessa observação, a Lei do Decrescimento Radioativo.
Construíram a primeira célula fotoelétrica de utilização prática (1905) de elementos alcalinos; criaram o primeiro fotômetro fotoelétrico e um transformador Tesla.
Em 1897, J.A. Fleming, físico inglês, faz a primeira aplicação prática do “Efeito Edison”. É considerado um dos pioneiros da radiotelegrafia. Usa a propriedade unidirecional da corrente movida a elétrons para criar um detector de sinais telegráficos. A válvula de Fleming (foto 1) é a origem do tubo díodo (1904). Esse aparelho foi a origem de todas as válvulas utilizadas em telecomunicações. Criou também um ondímetro, um amperímeto térmico para correntes de alta freqûencia e um manipulador de indução variável . Deve-se a ele a regra, hoje clássica, dos “três dedos”, que dá o sentido das forças eletromagnéticas. Essa regra é usada para a determinação do campo magnético, a partir do produto vetorial da carga e do campo elétrico.
Válvula de Fleming
Lee de Forest, inventor norte-americano, se lançou à promoção da radiocomunicação, organizando uma companhia telegráfica. Fracassou nessa primeira tentativa. Em 1906 inventa a lâmpada de três eletrólitos ou tríodo. Acrescenta um terceiro eletrólito (grade) à válvula de Fleming. A utilidade dessas válvulas como geradores, amplificadoras e detectoras, foi aos poucos impondo-se. Em 1910, transmitiu a voz do maior tenor de todos os tempos, Caruso. Mas só com a primeira Guerra Mundial sua invenção tornou-se amplamente utilizada e foi produzida em larga escala. Inventou também, o fonofilme, aparelho precursor na indústria do sistema falado.
Jonathan Zenneck, físico alemão, contribuiu para o desenvolvimento na radiotelefonia e das técnicas de alta frequência na Alemanha. Inventou o medidor de ondas elétricas (1899) e um processo para multiplicação das frequências (1900). Em 1905 desenvolve o Tubo de Braun e cria o osciloscópio catódico, origem dos cinescópios dos atuais aparelhos de televisão. Data de 1907 sua teoria da difusão das ondas elétricas. Depois da Segunda Guerra Mundial, construiu a primeira estação ionosférica alemã.
Edwin Howard Armstrong, engenheiro eletrônico norte-americano, tem como invenções no campo da radiotelefonia: o circuito regenerativo (1912), o circuito super-heteródino (1918) e o circuito super-regenerativo (1920). Desenvolveu um sistema radiofônico de frequência modulada, diminuindo as interferências nas transmissões e aumentando o nível de som.
A partir das invenções de Vladimir Zworykin, engenheiro e inventor russo, que se desenvolveu todo o sistema eletrônico da televisão moderna. É o primeiro a conseguir transformar uma imagem em uma corrente elétrica. Teve como importante trabalho a aplicação da eletrônica à medicina.
Inventor do iconoscópio, ponto de partida para o sistema de televisão, colaborou na elaboração de outros equipamentos eletrônicos, como o microscópio eletrônico.
Sir Robert Alexander Watson-Watt, físico escocês, concebeu um sisema de detecção de um objeto e de medida da distância por intermédio de ondas eletromágnéticas (1925). Dessa forma nasceu o RADAR (RAdio Detection And Ranging), cujas primeiras estações foram instaladas na Inglaterra.
Nos anos seguintes os aparelhos que produzem e detectam ondas eletromagnéticas – sobretudo curtas e ultra curtas – são desenvolvidos e as teorias de modulação aprofundadas. Em 1927 Carson empreende estudos matemáticos relativos ao transporte de um sinal por uma corrente elétrica portadora (modulação). A modulação de frequência é prevista por Armstrong em 1928. A modulação de uma mesma onda portadora por várias comunicações telefônicas simultâneas permite o surgimento da técnica das comunicações múltiplas com um mesmo suporte material, colocando o telefone à disposição do grande público.
Blumldin e Schönberg desenvolvem em 1930 um sistema comercial para tratar a imagem elétrica produzida pelo tubo de Zworykin para permitir o transporte à distância e a reconstituição local.
Manfred Barthélemy, físico francês, é considerado um dos criadores da televisão na França. Dedicou-se primeiro à criação de aparelhos de medição, e depois à radiofonia. Durante a Primeira Guerra Mundial, construiu instrumentos emissores e participou da instalação do centro de comunicação na Torre Eiffel. Interessou-se em seguida pela televisão, aperfeiçoando o dispositivo do escocês John Baird, e foi encarregado de uma emissão regular de TV em 1935. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, realizou pesquisas sobre radares. Mais tarde, criou o isoscópio, um tubo aperfeiçoado para a TV.
Manfred e René elaboraram a transformação da imagem elétrica em imagem lumisosa. Câmaras, amplificadores, geradores de sinais de imagem, sinais de linha, sinais de sincronização, multiplicadores de frequência são desenvolvidos e produzidos.
Apesar do desenvolvimento de computadores digitais estar enraizado no ábaco e em outros instrumentos de cálculo anteriores, foi creditado a Charles Babbage o design do primeiro computador moderno. O primeiro computador totalmente automático foi o Mark I, ou Automatic Sequence Controlled Calculator, iniciado em 1939 na Universidade de Harvard, por Howard Aiken, enquanto o primeiro computador digital eletrônico, ENIAC (foto 2) – Electronic Numeral Integrator and Calculator – que usava centenas de válvulas eletrônicas, foi completado em 1946, na Universidade da Pensilvânia.
O UNIVAC (UnIversal Automatic Computer)
O UNIVAC (UNIversal Automatic Computer) se tornou em 1951 o primeiro computador a lidar com dados numéricos e alfabéticos com igual facilidade. Também foi o primeiro computador disponível comercialmente, usado no censo americano da década de 50.
Os computadores de primeira geração foram suplantados pelos transistorizados, entre o fim da década de 50 e início da década de 60. Esses computadores de segunda geração já eram capazes de fazer um milhão de operações por segundo. Por sua vez, foram suplantados pelos computadores de terceira geração, com circuitos integrados (foto 3), de meados dos anos 60 até a década de 70. A década de 80 foi caracterizada pelo desenvolvimento do microprocessador e pela evolução dos minicomputadores, microcomputadores e computadores pessoais, cada vez menores e mais poderosos.
Circuito integrado
Um circuito integrado consiste de muitos elementos, como transistores e resistores fabricados em uma mesma peça de silício ou outro material semicondutor . O pequeno microprocessador mostrado acima é o coração de um computador pessoal (PC). Ele contém muitos milhões de transistores, e pode executar até 100 Milhões de Instruções por Segundo. As filas de pinos (pernas) são usadas para conectar o microprocessador à placa de circuitos.
III – Etapas
III . 1 : Radar
Criado em 1935 por Watson-Watt. Designa um dispositivo eletrônico que permite ao homem detectar e localizar objetos à distância, e sob condições de luminosidade muito precárias para o olho humano.
O radar é largamente empregado em atividades tanto civis como militares. Suas aplicações mais comuns encontram-se na navegação aérea e marítima, para facilitar por exemplo o tráfico nos aeroportos e tornar mais simples as manobras dos navios . Os modernos aviões são equipados com radares, para que o piloto possa detectar obstáculos à sua trajetória com uma certa antecedência, realizando assim, as manobras necessárias com segurança.
Principais fins militares com que o radar é empregado:
Detecção de aeronaves inimigas, antes que estas sobrevoem o território;
Localização de submarinos;
Incursões noturnas
Uso conjugado com outros dispositivos eletrônicos, para permitir que projéteis persigam alvos móveis;
O radar também é aplicado à radionavegação, permitindo aos aviões orientarem-se mesmo em condições de pouca ou nenhuma visibilidade. Também é usado na astronomia, especialmente no estudo da superfície dos planetas por satélites, e na meteorologia, para a previsão do tempos a curto prazo. A miniaturização dos circuitos permitiu a produção de unidades menores de radares, usadas no trânsito, pela polícia, para a detecção da velocidade dos automóveis, baseado no Efeito Doppler.
III . 2 – Tungstênio, Selênio e Germânio
A descoberta de certas propriedes elétricas em alguns metais (destacadamente o tungstênio, o selênio e o germânio), foi de grande importância no desenvolvimento da indústria eletrônica, na criação de numerosos componentes e na expansão de seus usos a muitos aparelhos novos, destinados a diversas atividades técnicas e científicas. Por suas qualidades de peso e dureza, e principalmente por seu elevado ponto de fusão (3.370 øC), o tungstênio é empregado na fabricação de filamentos para lâmpadas comuns e tubos de televisão. O selênio, por sua sensibilidade à luz e outras características, é utilizado nos fotômetros de aparelhos fotográficos, nas células fotoelétricas de portas automáticas, nos equipamentos preventivos de incêndios, etc. Já o germânio, tem largo emprego em vários dispositivos semicondutores. Dos três metais, o tungstênio é o que tem maior importância comercial.
III . 3 : Aplicações
Os aparelhos eletrônicos têm numerosas aplicações em nosso dia-a-dia. Eles integram os sistemas de Telecomunicações, Radiodifusão, Televisão, Radio-astronomia, Telecomando e Telemedidas, Eletromedicina, aparelhagem auxiliar de navegação marítima e aérea e sistemas de aplicações industriais, entre outros.
Os aparelhos eletrônicos são capazes de medir, controlar, comandar e regular diversas operações. Destacamos o microscópio eletrônico, os contadores e detetores de partículas, os aceleradores, radiotelescópios, o eletroencefalógrafo, o eletrodiógrafo, os computadores, etc.
Existem aparelhos eletrônicos para melhorar a audição e regular o batimento cardíaco (marcapassos). O rádio e o radar aumentaram a segurança dos transportes. Computadores eletrônicos, que realizam cálculos e operações das mais complexas e variadas com uma rapidez espantosa, são usados tanto por bancos, indústrias, repartições públicas, universidades ou em mesmo casa, no mundo inteiro. O estudo de harmônicos possibilitou o desenvolvimento de sistemas de comunicação mais modernos e eficientes.
III . 4 : Indústria Eletrônica
Mesmo depois da invenção do tríodo, os tubos eletrônicos demoraram a ser comercializados. Durante a Primeira Guerra Mundial até encontraram aplicação na radiocomunicação, mas a indústra eletrônica em si só foi surgir em 1922, com o advento das emissões radiofônicas. Entre 1922 e 1960, o total anual de vendas de equipamentos eletrônicos subiu de U$ 60 milhões para U$ 10,2 bilhões. Com os extraordinários progressos alcançados pelas atividades espaciais desenvolvidas principalmente na esfera estatal da economia das grandes potências, assim como pela expansão relativamente rápida das técnicas de automatização em todo o mundo, pode-se admititr que o valor dos produtos eletrônicos tem atingido, a partir da década de 70 somas muito elevadas, desempenhando um papel imortante na economia mundial.
Nos países mais industrializados da América Latina, como o Brasil, o México e a Argentina, a indústria eletrônica está dando os primeiros passos, restringindo-se à produção da chamada “eletrônica de lazer”, que abrange televisores, rádio-receptores e aparelhos de som em geral. Em alguns casos porém, já vemos outros aparelhos e dispositivos de aplicação técnico-científica.
III . 5 : Circuitos Elétricos
São associações de componentes elétricos com a finalidade de transmitir controladamente a potência elétrica que lhes é aplicada. Os constituintes elementares do circuitos elétricos são chamados de componentes. São eles:
Resistores: são componentes que fornecem uma resistência pré-determinada. Eles são constituídos por um pequeno cilindro de cerâmica em torno do qual é colocada uma fina camada de carvão, grafite ou uma mistura de carvão e boro. Nas extremidades do cilindro são colocados terminais de fio de cobre estanhado e então o resitor é coberto de uma camada protetora de esmalte epecial.
Capacitores: são dispositivos capazes de armazenar energia elétrica sob forma estática. São constituídos por dois eletrodos condutores isolados por um dielétrico.
Transformadores: constam de dois ou mais indutores acoplados por um mesmo circuito magnético.
Geradores Elétricos: são dispositivos capazes de fornecer potência elétrica.
Linhas de Transmissão: são dispositivos destinados ao transporte de potência elétrica sob a forma de ondas eletromagnéticas.
Válvulas Eletrônicas: são dispositivos que consistem de dois ou mais eletrodos, mantidos em ambiente fechado, total ou parcialmente vacuofeito, entre os quais circulam correntes eletricamente controláveis pela excitação externa de um ou mais destes eletrodos. Foram quase que totalmente substituídas pelos transistores. Uma aplicação onde as válvulas predominam é em amplificadores para guitarras. E, ao contrário do que muita gente pensa, os guitarristas não preferem os amplificadores valvulados por terem estes uma resposta de frequência mais extensa. Justamente o contrário! Os amplificadores valvulados para guitarras pouco tem a ver com os amplificadores valvulados para alta-fidelidade (hi-fi). Uma das razões da preferência dos guitarristas é que a distorção produzida pelas válvulas é mais suave (menos harmônicos ímpares). Alguns guitarristas chegam mesmo a usar apenas a distorção do amplificador, sem recorrer a distorcedores do tipo em pedal. Quanto às distorçoes ditas mais “pesadas” (ou seja, com maior ganho), os amplificadores valvulados também proporcionam melhores resultados, pois sua resposta limitada em altas frequências (combinada com o uso habitual de alto-falantes de 12 polegadas – sem tweeters) atenua um pouco as frequências mais altas, “limpando” (subjetivamente falando) o som.
Transistores: são dispositivos simplificados basedos no comportamento elétrico de semicondutores. Eles são responsáveis pela amplificação dos sinais nos circuitos. Substituem as válvulas, hoje em dia, na maioria das aplicações.
III . 6 – Televisão
Em 1817, o químico sueco Jakob Barzelius (1779-1848) descobriu um novo elemento, o selênio, que está na origem da história da origem da televisão. Em 1873, o inglês Willwghby Smith comprovou que o selênio tinha a propriedade de tranformar a energia luminosa em energia elétrica: ficava assim estabelecida a premissa teórica segundo a qual era possível transmitir imagens por meio da corrente elétrica.
Mas, somente em 1920 é que se realizaram verdadeiras transmissões de imagens, graças às experiências de dois grandes cientistas: John Logis Baird (1888-1946), no Reino Unido, e Charles F. Jenkins (1867-1934), nos EUA. Ambos utilizaram analisadores mecânicos, porém um não tinha conhecimento do trabalho do outro.
A Segunda Guerra Mundial veio atalhar o progresso da televisão. Mas, já em 1939 cinco países haviam adotado o sistema eletrônico. O pós-guerra assinalou um veloz desenvolvimento da TV
TV a cores
Emprega-se na TV a cores, basicamente o princípio da tricomia na arte gráfica. com a decomposição da imagem a ser transmitida em três imagens secundárias, nas cores primárias azul, verde e vermelho. O sperfeiçoamento desse sistema acompanhou o progresso da televisão em preto e branco.
IV – Conclusão
Percebemos que no decorrer dos anos, a eletrônica assumiu grande importância em nossas vidas. Tudo que está ao nosso redor está envolvido de alguma forma com a eletrônica, que facilitou o nosso dia-a-dia. Os componentes eletrônicos foram realmente um marco nas descobertas e que nos proporcionaram um imenso avanço tecnológico e tornou mais simples nosso modo de viver.
Fonte: www.if.ufrj.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
Telefonia Fixa – O que é
Telefonia é a área do conhecimento que trata da transmissão de voz e outros sons através de uma rede de telecomunicações. Ela surgiu da necessidade das pessoas que estão a distância se comunicarem. (Dic. Aurélio: tele = longe, a distância; fonia = som ou timbre da voz).
Os sistemas telefônicos rapidamente se difundiram pelo mundo atingindo em 2001 mais de 1 bilhão de linhas e índices de penetração apresentados na tabela. Fonte: UIT (2001).
– | Linhas/100 hab. |
Estados Unidos | 66,45 |
Europa | 40,62 |
Brasil | 21,78 |
Mundo | 17,21 |
Com o aparecimento dos sistemas de comunicação móvel com a Telefonia Celular o termo Telefonia Fixa passou a ser utilizado para caracterizar os sistemas telefônicos tradicionais que não apresentam mobilidade para os terminais.
A figura a seguir apresenta as partes básicas de um sistema telefônico.
Terminal telefônico
O terminal telefônico é o aparelho utilizado pelo assinante. No lado do assinante pode existir desde um único terminal a um sistema telefônico privado como um PABX para atender a uma empresa com seus ramais ou um call center. Um terminal é geralmente associado a um assinante do sistema telefônico.
Existem também os Terminais de Uso Público (TUP) conhecidos popularmente como orelhões.
Rede de acesso
A Rede de Acesso é responsável pela conexão entre os assinantes e as centrais telefônicas.
As Redes de Acesso são normalmente construídas utilizando cabos de fios metálicos em que um par é dedicado a cada assinante. Este par, juntamente com os recursos da central dedicados ao assinante é conhecido como acesso ou linha telefônica.
A Anatel acompanha a capacidade de atendimento das operadoras telefônicas através do número de acessos instalados, definido simplesmente como o número de acessos, inclusive os destinados ao uso coletivo, que se encontram em serviço ou dispõem de todas as facilidades necessárias para entrar em serviço.
A tecnologia wireless tem sido empregada como forma alternativa de acesso. Uma rede para Wireless Local Loop (WLL) é implantada de forma semelhante aos sistemas celulares, com Estações Rádio Base (ERBs) que, uma vez ativadas, podem oferecer serviço em um raio de vários quilômetros.
Central Telefônica
As linhas telefônicas dos vários assinantes chegam às centrais telefônicas e são conectadas entre si quando um assinante (A) deseja falar com outro assinante (B). Convencionou-se chamar de A o assinante que origina a chamada e de B aquele que recebe a chamada. Comutação é o termo usado para indicar a conexão entre assinantes. Daí o termo Central de Comutação (switch).
A central telefônica tem a função de automatizar o que faziam as antigas telefonistas que comutavam manualmente os caminhos para a formação dos circuitos telefônicos.
A central de comutação estabelece circuitos temporários entre assinantes permitindo o compartilhamento de meios e promovendo uma otimização dos recursos disponíveis.
A central a que estão conectados os assinantes de uma rede telefônica em uma região é chamada de Central Local.
Para permitir que assinantes ligados a uma Central Local falem com os assinantes ligados a outra Central Local são estabelecidas conexões entre as duas centrais, conhecidas como circuitos troncos. No Brasil um circuito tronco utiliza geralmente o padrão internacional da UIT para canalização digital sendo igual a 2 Mbps ou 1 E1.
Em uma cidade podemos ter uma ou várias Centrais Locais. Em uma região metropolitana pode ser necessário o uso de uma Central Tandem que está conectada apenas a outras centrais, para otimizar o encaminhamento do tráfego. As centrais denominadas Mistas possuem a função local e a função tandem simultaneamente.
Estas centrais telefônicas locais estão também interligadas a Centrais Locais de outras cidades, estados ou países através de centrais de comutação intermediarias denominadas de Centrais Trânsito. As Centrais Trânsito são organizadas hierarquicamente conforme sua área de abrangência sendo as Centrais Trânsito Internacionais as de mais alta hierarquia. É possível desta forma conectar um assinante com outro em qualquer parte do mundo.
Fonte: www.detel.rj.gov.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
Em 17 de maio de 1865, representantes de 20 países europeus se encontraram em Paris e assinaram a Primeira Convenção Internacional do Telégrafo para controlar a primeira rede internacional de telégrafos. Como consequência, foi estabelecida a mais antiga organização intergovernamental do mundo a União Internacional do Telégrafo.
Desde 1969, o Dia Mundial das Telecomunicações é celebrado anualmente em 17 de maio para comemorar este importante evento histórico. De seu nascimento humilde, quase 11 anos antes da invenção do telefone, a União Internacional do Telégrafo gradualmente se tornou a atual União Internacional de Telecomunicação (ITU), uma agência especializada das Nações Unidas com membros que incluem quase todos os países do mundo e mais de 500 membros privados, dos setores de tecnologia da telecomunicação, transmissão e informação.
Seus incansáveis trabalhos e realizações hoje afetam positivamente a vida de todos os que fazem chamadas de telefone, escutam o rádio, assistem televisão, surfam na Web ou exploram de outra maneira os frutos da recente revolução das telecomunicações. É difícil imaginar como seria o mundo das telecomunicações hoje em dia sem os esforços da ITU para harmonizar em termos globais as políticas nacionais, construindo pontes sobre as diferenças tecnológicas e promovendo a interconectividade e interoperabilidade dos sistemas. O Dia Mundial das Telecomunicações pode, assim, ser corretamente considerado como uma celebração das realizações da ITU.
Entretanto, o Dia Mundial das Telecomunicações é também um dia para se refletir sobre o crescente espaço criado entre aqueles que detém as tecnologias e seus frutos e aqueles no mundo que não foram nem mesmo remotamente tocados por esta revolução. Apesar do rápido desenvolvimento tecnológico, que em cada momento permite enormes e inimagináveis movimentos da informação de um lado ao outro do globo, mais de 70% das pessoas no mundo nunca ouviram o som de um telefone, sem nem mencionar o uso da internet.
Esta divisão digital pode ser ilustrada, por exemplo, pelo fato que há mais linhas de telefone em Manhattan, que é só uma parte da cidade de Nova Iorque, ou em Tóquio, do que em toda a África. E mesmo se sistemas e computadores para telecomunicações estivessem disponíveis em todos os lugares, a maioria dos pobres do mundo seriam ainda excluídos da revolução da informação, por causa do analfabetismo e de uma falta de habilidades básicas para usar o computador.
Além disso, quatro quintos da Web estão em inglês, uma língua compreendida por somente uma em cada dez pessoas no planeta. A divisão digital separa ricos e pobres, tanto nacional como internacionalmente, mas também homens e mulheres, novos e velhos. Claramente, o desafio à frente para ajudar a todos os povos do mundo a se comunicar é enorme.
Já em 1989, a Conferência Plenipotenciária da ITU, realizada em Nice, reconheceu que a importância de dar auxílio técnico aos países é tão fundamental como suas atividades tradicionais de gerência e de normalização, e isto foi refletido mais tarde em sua nova estrutura.
Jan Kavan (da República Tcheca), presidente da Assembléia Geral da ONU, em 17 de maio de 2003
Fonte: www.consciencia.net
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
O dia 17 de maio foi eleito como Dia Internacional das Telecomunicações porque, nesse dia, em Paris, em 1865, foi fundada a União Telegráfica Internacional, que na década de 1930 transformou-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT). A partir daí, o simbolismo das barreiras de tempo e espaço foi superado.
O principal instrumento dessa transformação, que marcou o final do século XX e o alvorecer do século XXI, foram as telecomunicações, que constituem uma infra-estrutura essencial ao desenvolvimento econômico, social e das atividades culturais, políticas e religiosas.
Há datas importantes que remetem aos primórdios das telecomunicações:
1791 – Claude Chappe faz em Paris, as primeiras demonstrações do funcionamento do telégrafo óptico.
1794 – A construção da linha telegráfica Paris-Lille é concluída com o emprego do telégrafo óptico de Chappe.
1800 – Alessandro Volta, físico italiano, inventa a pilha elétrica.
1832 – Samuel Morse inventa o telégrafo elétrico (patenteado em 1840). O telégrafo óptico já tinha atingido cinco mil km de linhas na França.
1850 – França e Inglaterra ligam seus portos (Calais e Dover), no canal da Mancha, por cabo submarino para transmissões telegráficas.
1854 – David Hughes, físico inglês, inventa um telégrafo impressor, o teletipo.
1865 – A União Telegráfica Internacional é fundada em Paris, em 17 de maio. Em 1930, transforma-se na União Internacional de Telecomunicações (UIT), com sede em Genebra.
1876 – Alexander Graham Bell obtém a patente da invenção do telefone, concedida no dia 10 de março.
1878 – O primeiro telefone público do mundo é instalado nos Estados Unidos.
1879 – D. Pedro II autoriza, mediante decreto, o funcionamento da Empresa de Telefonia no Brasil. Começam a funcionar os primeiros telefones no Rio de Janeiro.
1895 – Guilherme Marconi produz o primeiro aparelho de rádio.
1896 – Marconi obtém, em Londres, a primeira patente mundial para o telégrafo sem fios.
1920 – Nasce a radiodifusão.
1922 – É efetuada a primeira transmissão radiofônica no Brasil.
1926 – As primeiras demonstrações de televisão são realizadas por Baird, na Inglaterra, e pelos Laboratórios Bell, nos Estados Unidos.
1928 – Baird faz as primeiras transmissões de televisão em cores.
1930 – A primeira vídeo conferência pública é efetuada em Nova York.
1936 – A estação Britsh Broadcasting Corporation (BBC) inicia suas transmissões regulares de TV, em Londres.
1939 – O americano Guilherme González Camarena demonstra, na Cidade do México, o funcionamento da primeira TV em cores, embora Baird seja considerado pioneiro.
1946 – O Electronic Numerical Integrator and Calculator (Eniac), primeiro computador eletrônico do mundo, começa a funcionar na Universidade da Pensilvânia, utilizando 18 mil válvulas a vácuo.
1947 – Três cientistas dos Laboratórios Bell inventam o transistor.
1950 – A TV Tupi, Canal 3, primeira estação de televisão da América Latina, entra em funcionamento em São Paulo.
1951 – Os norte-americanos fazem a primeira transmissão de um programa de TV em cores do mundo.
1952 – O cinerama é apresentado pela primeira vez publicamente.
1957 – O primeiro satélite artificial, o Sputnik-I, é lançado pela ex-união das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
1962 – O primeiro satélite mundial de telecomunicações, o Telstar, é construído pelos Laboratórios Bell.
1962 – No Brasil, a lei no 4.117, de 27/8/1962, cria o Código Brasileiro de Telecomunicações e o Conselho Nacional de Telecomunicações (Contel).
1965 – A Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) é criada com a finalidade de explorar industrialmente os serviços de telecomunicação.
1967 – O decreto-lei no 200, de 25/2/1967, cria o Ministério das Comunicações.
1969 – A nave Apollo-XI é lançada ao espaço e o ser humano pisa pela primeira vez na Lua, em 20 de julho, com transmissão ao vivo pela TV.
1978 – A telefonia móvel celular é ativada no Japão.
1990 – O Rio de Janeiro é a primeira cidade brasileira a usar a telefonia móvel celular.
1991 – O serviço de videoconferência é implantado no Brasil.
1992 – O primeiro telefone público com cartão é implantado no Rio de Janeiro, na Feira Eco-92.
1995 – A Rede Mundial de Computadores, a internet, é implantada no Brasil.
1997 – O primeiro serviço celular digital da Banda B começa a operar em Brasília.
2000 – O serviço Assymetric Digital Subscriber Line (ADSL) internet de alta velocidade é implantado no Brasil.
Esse avanço fantástico da tecnologia fez do presente uma era em que as relações internacionais se transformaram em uma necessidade social e econômica. É comum que um grande número de pessoas dos países desenvolvidos viaje para todos os cantos do planeta, tornando imprescindível o estudo de idiomas, aproximando povos e culturas. Caem as barreiras comerciais e a economia desenvolve-se num mercado mundial. Os satélites artificiais e a fibra óptica permitem que todo tipo de informação – imagem, som, ou texto – circule quase instantaneamente entre os países. Essa rede de telecomunicações, constituída pelas infovias, vem produzindo, cada vez mais, mudanças significativas no modo de vida das sociedades.
Fonte: www.paulinas.org.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
Este dia foi criado com o objetivo de divulgar, entre os jovens e adultos, a importância do papel que as telecomunicações desempenham na vida das pessoas. As comemorações contribuem para despertar o interesse e promover as tecnologias de telecomunicações.
Este dia serve também para que as pessoas reflitam a respeito do crescente espaço que vem sendo criado entre aqueles que detêm essas tecnologias e seus frutos e aqueles que não foram, nem ao menos, tocados por esta revolução.
Apesar do rápido desenvolvimento tecnológico, que a cada dia permite enormes e inimagináveis movimentos da informação de um lado a outro do globo, mais de 70% das pessoas no mundo nunca ouviram o som do toque de um telefone. Isso sem falar no uso da Internet. É preciso pensar uma maneira de apresentar e ensinar a essas pessoas o uso das diversas novidades no campo das telecomunicações, para que elas não fiquem, em curto espaço de tempo, completamente marginalizadas.
Algumas instituições, preocupadas com o avanço das tecnologias e com as dificuldades que muitas pessoas têm em lidar com elas, criaram cursos específicos para cada faixa etária. Foi assim que surgiram alguns cursos para a 3ª idade, que têm como objetivo capacitar essas pessoas a utilizar e usufruir dos benefícios que ela traz.
Imagine uma pessoa idosa, que precisa sair de casa e enfrentar as filas de bancos para transferir dinheiro ou pegar um extrato bancário, por exemplo. Mesmo com o atendimento preferencial, seria bem melhor se elas soubessem acessar computadores e movimentar suas contas via Internet. Mais cômodo, mais seguro.
Vamos, neste dia, divulgar e promover o uso das novidades na área das telecomunicações.
Sandra Cristina Pedri
Fonte: www.ftd.com.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU KOFI ANNAN,
Todos os anos, a celebração do Dia Mundial das Telecomunicações, que assinala a criação da União Internacional das Telecomunicações (UIT), a 17 de Maio de 1865, é uma ocasião para salientar as atividades da UIT e os grandes reptos das comunicações a nível mundial. Desde os dias do telégrafo, passando pelas comunicações na era espacial, até à nova era do ciberespaço em que hoje estamos, a UIT sempre ajudou a ligar a humanidade no mundo inteiro.
Em reconhecimento desta evolução das telecomunicações, na Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, que decorreu em duas fases (em Genebra, em 2003, e em Túnis, em 2005), foi proposto que se comemorasse, a 17 de Maio, o Dia Mundial da Sociedade de Informação. O objetivo da Cúpula foi criar uma sociedade da informação aberta a todos, inclusiva, centrada nas pessoas e baseada no conhecimento, que fosse capaz de acelerar o desenvolvimento. O dia de hoje destaca a relação entre as enormes potencialidades das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e o nosso objetivo de acelerar o ritmo do desenvolvimento.
Na Cúpula, reconheceu-se a importância de criar um clima de confiança no domínio das TIC. Daí o tema do Dia, em 2006: “a promoção da cibersegurança em escala mundial”. Num mundo cada vez mais interligado e interdependente, graças às redes informáticas, é extremamente importante proteger os nossos sistemas e infra-estruturas fundamentais dos ataques dos cibercriminosos e, paralelamente, demonstrar que as transações efetuadas on-line são seguras, a fim de promover as trocas, o comércio, a atividade bancária, a telemedicina, o governo eletrônico e inúmeras outras aplicações da informática. Tudo isto depende das práticas em matéria de segurança adotadas por cada país, cada empresa e cada pessoa, pelo que é preciso criar uma cultura mundial de cibersegurança.
Exorto, pois, vivamente, todos os Estados-membros e todos os interessados, a participarem neste esforço de sensibilização e a criarem uma rede internacional de iniciativas e de contramedidas informáticas próprias, com vistas a reforçar a segurança e a criar um clima de confiança. O crescimento e o desenvolvimento econômicos dependem disso, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Neste primeiro Dia Mundial da Sociedade da Informação, assumamos o compromisso de ajudar os que estão excluídos do ciberespaço a integrarem-se nele e de construir uma sociedade da informação livre e segura, que estimule o desenvolvimento em todo o mundo.
17 de Maio de 2006
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas – RUNIC
Vivemos numa época em que a comunicação entre as pessoas é essencial para a realização dos objetivos comuns de desenvolvimento e a coexistência pacífica. Os últimos avanços no domínio das tecnologias da informação e comunicação reforçaram de maneira exponencial a nossa capacidade de nos ligarmos uns aos outros. Devemos explorar as potencialidades dessas tecnologias para conseguir que todos os habitantes do planeta se beneficiem das vantagens da educação, dos cuidados de saúde, do comércio e da proteção do ambiente.
O tema que foi escolhido este ano para o Dia Mundial das Telecomunicações Criar uma sociedade da informação equitativa: chegou o momento de agir, convida-nos a concretizar o projeto adotado na primeira fase da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, que transcorreu em 2003. Convido todos os Estados-membros e todas as partes envolvidas a reafirmarem o seu compromisso de contribuir para este processo e de participar ao mais alto nível na segunda fase da Cúpula, que terá lugar em Túnis, no próximo mês de Novembro.
A construção de uma sociedade da informação equitativa e acessível depende do estabelecimento de parcerias sólidas entre os governos, a sociedade civil e as empresas, com o apoio de organizações internacionais tais como a Organização das Nações Unidas. Por ocasião do Dia Mundial das Telecomunicações, em que se assinala o 140º aniversário da União Internacional das Telecomunicações, devemos assumir o compromisso de reduzir as disparidades tecnológicas e de promover a interconectividade entre todos. Juntos, podemos construir uma sociedade da informação verdadeiramente global, em benefício de todos os habitantes da terra.
17 de Maio de 2005
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas – RUNIC
Hoje, muitas pessoas seriam incapazes de imaginar a sua vida sem a utilização de tecnologias da informação e comunicação (TCI) cada vez mais sofisticadas, desde a televisão e a rádio até à Internet, passando pelo telefone móvel. No entanto, para milhões de habitantes dos países mais pobres do mundo, continua a existir um “fosso digital” que os exclui dos benefícios das TIC.
Este ano, o tema da celebração do Dia Mundial das Telecomunicações – TIC: Abrir o caminho para o desenvolvimento sustentável – recorda-nos que as TIC são instrumentos cruciais para alcançar o progresso econômico. As tecnologias a preços comportáveis, nas mãos das comunidades locais, podem ser motores de mudança eficazes, tanto no plano social como no material. O acesso à informação e aos conhecimentos tecnológicos é essencial, se se pretender que o mundo vença a fome, proteja o ambiente e alcance os outros Objetivos de Desenvolvimento do Milênio acordados pelos Chefes de Estado e de Governo na Cúpula do Milênio da ONU, em 2000. Mas, para aproveitar essas potencialidades, temos de forjar parcerias mundiais em prol do desenvolvimento entre os governos, o setor privado, a sociedade civil e o sistema das Nações Unidas.
Em Dezembro passado, na primeira fase da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, que decorreu em Genebra, os dirigentes definiram uma visão comum de como o mundo pode eliminar o fosso digital no que se refere a conteúdos e infra-estrutura física. Tratou-se da primeira reunião mundial desse gênero e animou-me ver as iniciativas inovadoras que foram apresentadas e ouvir expressões de forte empenho em que se superem as desvantagens com que tantos habitantes do planeta se vêem confrontados. Exorto os Estados Membros e todas as outras partes interessadas a manterem esse empenho, numa altura em que nos preparamos para a fase da Cúpula que se realizará em Túnis, no próximo ano.
No Dia Mundial das Telecomunicações, tomemos a decisão de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para abrir o caminho para uma era das telecomunicações que se caracterize por ser verdadeiramente aberta, inclusiva e próspera.
17 de Maio de 2004
Fonte: Rádio das Nações Unidas
Este ano, o tema da celebração do Dia Mundial das Telecomunicações — Ajudar Todas as Pessoas do Mundo a se Comunicarem” — recorda-nos, uma vez mais, o papel crucial da comunicação em todos os aspectos da atividade humana. Também nos recorda que milhões de pessoas, nos países mais pobres, continuam a ser excluídas deste “direito de comunicar”, que é cada vez mais considerado um direito humano fundamental.
“Ajudar todas as pessoas do mundo a se comunicarem” faz parte integrante dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aprovados pelos Chefes de Estado e de Governo na Cimeira do Milênio das Nações Unidas, que se realizou em 2000. Mais concretamente, o oitavo objetivo visa “criar uma parceria mundial para o desenvolvimento” e “em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em particular os das tecnologias da informação e comunicação”. As tecnologias da informação e comunicação devem servir para reduzir o fosso digital e acelerar o progresso nos lugares mais pobres do planeta.
Os meios de comunicação livres e bem informados são a pedra angular da sociedade da informação e desempenham um papel essencial no que se refere a ajudar todas as pessoas do mundo a se comunicarem. Ao mesmo tempo, é preciso enfrentar as desigualdades entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, no que diz respeito ao conteúdo da informação, e incentivar os meios de comunicação social e os habitantes dos países em desenvolvimento a privilegiarem um conteúdo local, que reflita a cultura local, e seja oferecido na língua local. A liberdade de imprensa e o pluralismo do conteúdo podem e devem andar a par da nossa sociedade da informação.
Têm sido utilizadas expressões como “sociedade da informação”, “fosso digital” ou “era da informação” para se descrever a época atual. Seja qual for a expressão que utilizarmos, a sociedade que estamos a construir deve ser uma sociedade aberta e pluralista, uma sociedade em que todos, onde quer que se encontrem, tenham acesso à informação e ao saber. Eis o principal objetivo da Cimeira Mundial sobre a Sociedade da Informação, cuja primeira fase se realizará em Dezembro, em Genebra.
A Cimeira proporcionará à comunidade internacional uma ocasião única de trabalhar, em conjunto com os governos, as empresas privadas e a sociedade civil, para reduzir o “fosso digital” e lançar as bases de uma sociedade da informação verdadeiramente inclusiva. Não podemos perder essa oportunidade.
Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal
17 de Maio de 2003
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em
Fonte: www.nossosaopaulo.com.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
A indústria de Telecomunicações
As telecomunicações vêm ocupando cada vez mais uma posição de destaque, em nível mundial, em face do intenso desenvolvimento tecnológico atribuído ao setor e da globalização de atividades produtivas e financeiras.
Nas cinco últimas décadas, o setor de telecomunicações passou por transformações estruturais significativas no Brasil e no mundo, como, por exemplo, a mudança no acervo tecnológico e a alteração das forças que regulam as relações comerciais na cadeia produtiva.
Breve Histórico
No Brasil, o setor de telecomunicações teve sua primeira ação com a Lei 4.117, de agosto de 1962, que instituiu o Código Brasileiro de Telecomunicações e disciplinou a prestação do serviço, colocando-o sob o controle de uma autoridade federal. Essa lei definiu também a política de telecomunicações, a sistemática tarifária e o plano para integrar as companhias em um Sistema Nacional de Telecomunicações. Ainda na década de 1960, outra referência importante foi a criação do Ministério das Comunicações em 1967, o qual passou a fiscalizar as diversas concessionárias do serviço telefônico.
Nos anos 60, portanto, não só houve uma etapa na evolução tecnológica, como também se destacou a institucionalização da ação do Estado nas redes de telecomunicação. Esta participação governamental teve sua lógica estruturada para organizar, por via de fiscalização, estatização, centralização e integração, o serviço prestado à população.
Todavia, até o final da década de 1960, o sistema de telecomunicações brasileiro mostrava-se incipiente para ampliação e modernização de seus serviços que eram fornecidos por empresas nacionais e estrangeiras. No início da década de 1970, embora os serviços de comunicação de longa distância apresentassem níveis aceitáveis de qualidade, a telefonia urbana mantinha-se bastante deficiente, em razão tanto dos problemas tecnológicos não-resolvidos quanto da não-integração das empresas. Para se ter uma idéia, por volta de 1972, aproximadamente mil empresas exploravam os serviços públicos de telecomunicações, a maioria de capital privado.
No final dos anos 70 e durante a década de 1980 cresceram os negócios da indústria de equipamentos e uma boa parte das máquinas e equipamentos elétricos e eletrônicos importados destinou-se ao setor de telefonia e de telecomunicações. Nesse período fortaleceram-se os fabricantes que vieram a dominar o setor na década seguinte. No Brasil, o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND, 1974) estabelecia metas progressivas de nacionalização dos equipamentos fabricados pelas multinacionais aqui implantadas.
Como a inovação tecnológica é uma das molas mestras do setor, e sendo os investimentos diretos e os incentivos em pesquisa e desenvolvimento, uma das ferramentas de política industrial mais utilizadas nos países desenvolvidos, a criação do CPqD (1976) foi o instrumento usado para reduzir a dependência tecnológica externa ao longo do período. Porém, as modificações no cenário político e a piora da situação econômico-social do país na década de 1980 reverteram o ritmo acelerado de desenvolvimento do setor. Mesmo assim, esses anos apresentaram conquistas, impulsionadas, sobretudo pelo avanço tecnológico. Em 1985 e 1986, foram lançados os satélites de comunicação brasileiros e em 1987 começou a ser estudada a implantação da telefonia móvel no país.
Do ponto de vista internacional, também ao longo da década de 1980, iniciaram-se processos de liberalização em países desenvolvidos, sendo privatizadas as principais operadoras estatais. No Brasil, na década seguinte, especificamente no ano de 1998 temos a privatização do Sistema Telebrás.
O cenário atual
Recentes pesquisas divulgaram que a indústria eletroeletrônica viveu no ano de 2004, um dos seus melhores momentos graças, sobretudo, ao desempenho do segmento de telecomunicações e utilidades domésticas, com um aumento das exportações. Segundo essas pesquisas, a área de telecomunicações, por exemplo, teve um faturamento 51% maior em relação a 2003, salto que equivale a 33% em termos reais. Depois de telecomunicações, o segmento com maior salto na receita frente a 2003 foi o de utilidades domésticas, cujas vendas cresceram 20% em termos nominais.
Esses resultados não se devem ao acaso ou somente às políticas do governo. As dinâmicas evolutivas fizeram com que fosse necessário rever a própria definição das fronteiras na indústria de telecomunicações, isto é, a classificação de cada um de seus segmentos de atuação. Por exemplo, ao longo das últimas três décadas, três grandes inovações fac-símile, telefonia móvel e a Internet demonstraram como a rede de telecomunicações pode ser usada para criar novos produtos para o mercado de massa bem como modificar a forma que as pessoas vivem e trabalham. A criação da telefonia celular em 1973 foi outro importante passo. Da mesma forma que o computador pessoal alavancou a indústria de computadores no mundo, as novas necessidades da sociedade moderna em termos de comunicação tem sido a mola propulsora para a industria de telecomunicações.
O desenvolvimento de novos modelos de negócio na área de convergência digital que suportem a gestão da inovação tecnológica na indústria de telecomunicações também é uma realidade. Para desenvolvimento de novos projetos, empresas e universidades firmam parcerias que possibilitam a criação de modernos laboratórios, ficando em condições de viabilizar novos produtos, desde a sua concepção e plano de negócios, passando pelo design, testes de laboratório, prototipagem e até a produção industrial de uma série piloto. Essa cooperação possibilita disponibilizar ao mercado soluções inovadoras, de alto valor agregado, para operação em redes da nova geração, abrangendo principalmente terminais de convergência digital, aplicações em rede inteligente, entre outras.
Tendências
Observa-se que o setor de telecomunicações é extremamente dependente de inovação e das várias fontes geradoras de pesquisa e informação. As mudanças que estão ocorrendo na indústria de telecomunicações são muito significativas e estão alterando de forma permanente suas características. O aumento da concorrência, a entrada de novas empresas no mercado e o fortalecimento da competição mundial está levando as empresas a focalizarem os segmentos onde são competentes e fazendo com que estas procurem se tornar mais fortes nas suas áreas de atuação. Este fato significa que o desenvolvimento tecnológico que sempre foi fundamental para essa área, é um dos principais sustentáculos dessa indústria na atualidade.
As empresas do setor estão alterando o seu comportamento e estratégias para se tornarem cada vez mais competitivas, levando ao aprimoramento das atividades na área de pesquisa e desenvolvimento. Por sinal, a atual indústria de telecomunicações é um mercado de trabalho para profissionais com formação em áreas diversificadas, não só com formação em Telecomunicações, mas também em Administração, Sistemas de Informação e Redes de Computadores, entre outros. Concessionárias dos serviços de telecomunicações, centros de pesquisa e desenvolvimento, universidades e centros de treinamento, redes de rádio e televisão, indústria de telecomunicações e informática, indústria eletroeletrônica e petrolífera e quaisquer outras empresas que utilizem serviços de telecomunicações, são algumas das opções que o profissional encontra no mercado de trabalho.
Conclusão
A indústria das telecomunicações que durante a última década exerceu um papel importante no aumento da produtividade e na difusão tecnológica, vem experimentando um período de transformações tecnológicas, organizacionais e institucionais sem precedentes na atualidade, passando a compor um novo complexo estrutural que envolve desde o suprimento de novas tecnologias até serviços ao usuário final.
Enquanto infra-estrutura de apoio às novas tecnologias de comunicação, ao comércio eletrônico e à ampliação e difusão da Internet, a indústria de telecomunicações tornou-se um fator-chave na nova economia e nas mudanças das estruturas econômicas vigentes.
Fonte: www.projetoderedes.com.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação
Logotipo da efeméride: em inglês, Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação
“A capacidade de transmitir informação importante com rapidez através de grandes distâncias, preenchendo os vazios do tempo e do espaço, ampliou de forma exponencial todas as atividades humanas, desde enviar mensagens pessoais até realizar transações financeiras complexas ou abordar aspectos críticos da guerra e da paz. O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação evidencia a função transformadora e estimulante das comunicações e da informação nas sociedades e a necessidade universal de se comunicar e cooperar através das fronteiras.”
Com estas palavras, Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, deixa clara a importância de celebrar o dia 17 de maio, que a Assembléia Geral da própria ONU instituiu como Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação.
Não se trata, porém, de uma simples comemoração: o dia serve para evidenciar o esforço promovido cotidianamente pela UIT - União Internacional de Telecomunicações, agência especializada das Nações Unidas para o setor.
A UIT foi criada em 17 de maio de 1865. Era, então, a União Internacional de Telegrafia, e foi estabelecida pelos representantes de 20 países europeus, que criaram um conjunto de normas para regulamentar o uso internacional do telégrafo.
União Internacional das Telecomunicações
Primeira organização intergovernamental do planeta, a UIT ampliou suas atividades paralelamente ao desenvolvimento dos meios de comunicação à distância ou telecomunicação (“tele”, em grego, significa “ao longe”). Atualmente, a agência trabalha para coordenar o funcionamento dos meios de comunicação no mundo, tornando compatíveis, por exemplo, os diversos sistemas técnicos.
Também desenvolve atividades para difundir o acesso equitativo às tecnologias de comunicação e informação. Vem daí o tema do Dia Mundial da telecomunicação de 2008: “Conectar as pessoas com deficiências: oportunidade das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para todos”. Se a data do ano põe a ênfase nos deficientes, convém lembrar que a maior parte da população mundial ainda não têm acesso pleno aos meios de comunicação.
Como em vários outros setores, neste também é grande a distância entre ricos e pobres. A responsabilidade recai tanto no analfabetismo como na falta de habilidades básicas para lidar com os computadores. Para quem dispõe de acesso à internet, pode parecer incrível, mas 70% da população mundial nunca ouviram o som de um telefone. Aliás, há mais telefones em Manhattan, o principal distrito da cidade de Nova York, do que em todo o continente africano. Os dados são da própria UIT.
Sociedade da Informação
Se a noção de telecomunicações dispensa esclarecimento, o mesmo não ocorre com o conceito de Sociedade da Informação, a que o dia também se refere. O que é essa sociedade?
Antes de mais nada, um produto da globalização, da integração das economias dos países do mundo que se desenvolveu a partir do fim da Segunda Guerra Mundial e se amplificou com o colapso da União Soviética, cujo regime servia de obstáculo ao capitalismo liberal ou liberalismo. É também resultado das revoluções tecnológicas das duas últimas décadas do século 20, em especial no campo das telecomunicações e da informática, que convergiram e possibilitaram a produção e difusão de informações numa escala jamais imaginada.
Entretanto, a Sociedade da Informação mais do que um estágio a que se chega é um processo em andamento. Para isso, tem contribuído especialmente o desenvolvimento da internet, a rede mundial de computadores (ou www, world wide web), que permite o acesso a esse fluxo ininterrupto de informações a qualquer pessoa que disponha de um computador e de um meio de conexão.
Além de ter possibilitado o surgimento de novas formas de comércio e prestação de serviços, a internet também tem tido grande impacto na vida cotidiana de milhões de pessoas, seja mudando seus hábitos, seja aproximando-as por meio de uma possibilidade de comunicação rápida e relativamente barata.
Inclusão digital
Veículo interativo, em que o usuário tem a possibilidade de se incluir e atuar, a rede de computadores possibilita os mais variados tipos de trocas entre os seres humanos, desde a manifestação de uma opinião política, através de abaixo-assinados ou e-mails para parlamentares, até os encontros amorosos.
Aliás, a interatividade é a chave para um novo desenvolvimento da internet, a Web 2.0, conceito ainda não de todo formulado, mas que abrange o exercício intensivo da interação, com os usuários criando individualmente ou em grupos seus meios de se comunicar e difundir informação através de sites e blogs.
Entretanto, por mais breve que seja a exposição do conceito de Sociedade de Informação, é impossível encerrá-la sem voltar à questão da divisão entre ricos e pobres, entre os que têm e não têm acesso a essa Sociedade. Trata-se não só de apontar a existência da separação, mas de trazer à tona outro conceito importante: o de inclusão digital, que vem a ser a necessidade de estender os benefícios das novas tecnologias de comunicação e informação e ampliar o acesso a elas a toda a população mundial.
Fonte: educacao.uol.com.br
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
Em 1968, a União Internacional das Telecomunicações, no 23.º Conselho Administrativo, decidiu escolher o dia 17 de Maio como Dia Mundial das Telecomunicações, exigindo dos seus membros que no Dia Mundial das Telecomunicações, desenvolvam atividades comemorativas, divulguem o papel importante que as telecomunicações desempenham, promovam-nas e despertem o interesse dos jovens em conhecer as telecomunicações.
Considerando o enorme poder das Tecnologias da Informação e da Comunicação para o desenvolvimento sócio-econômico, é essencial dar oportunidades de acesso às mesmas a todos aqueles que ainda não tiveram a possibilidade de participar plenamente na economia digital baseada no conhecimento.
O advento da Internet teve, segundo alguns, um efeito tão significativo na sociedade como o do telefone ou mesmo da imprensa. Enquanto o telefone precisou de três quartos de século para o número dos seus utilizadores alcançar os 50 milhões, a World Wide Web (WWW) realizou o mesmo feito em apenas quatro anos.
Na verdade, desde o seu humilde começo em 1981, em que contava apenas com 213 sistemas anfitriões, com sistemas de computadores pessoais utilizados para estabelecer ligação à Internet e tão somente com uns milhares de utilizadores, cresceu de tal modo que, em 1999, já tinha mais de 56 milhões de sistemas anfitriões e mais de 190 milhões de utilizadores.
Estes números são, certamente, impressionantes, mas, se olharmos para eles com mais atenção, detectaremos que há grandes disparidades no acesso à Internet entre as diversas regiões geográficas. Hoje, há tantos sistemas anfitriões em França como em toda a América Latina e Caraíbas e há mais na Austrália, Japão e Nova Zelândia do que em todos os outros países da região Ásia-Pacífico juntos. E, o que é ainda mais revelador, há mais sistemas anfitriões em Nova Iorque do que em toda a África.
Os benefícios da Internet para os países em desenvolvimento são claros. Pode permitir que as empresas vendam os seus bens e serviços diretamente a clientes de locais situados fora das fronteiras nacionais e facilitar a prestação de serviços básicos, como os cuidados de saúde e a educação, que estão distribuídos de uma forma desigual pela população do mundo.
Há muito que conhecimento é sinónimo de poder, mas, com o advento da Internet, o acesso ao conhecimento está tornando-se rapidamente um requisito de poder, seja ele social, político ou económico. No nosso mundo cada vez mais interligado, devemos trabalhar em conjunto para que todos tenham acesso ao conhecimento que a Internet pode proporcionar. Neste dia, empenhemo-nos nessa tarefa e façamos dos nossos esforços uma ponte que transponha o “fosso digital”.
UIT – União Internacional de Telecomunicações
A União Internacional de Telecomunicações foi criada em Madrid, em 1932, como resultado da fusão da União Internacional de Telegrafia (fundada em 1865) e da União Internacional de Radiotelegrafia (1906). Inicialmente com responsabilidades sobre as áreas de telegrafia, telefonia e rádio, a organização é, desde 1949, a agência especializada das Nações Unidas para telecomunicações. Com sede em Genebra, a UIT é a organização internacional em que governos, empresas e instituições científicas e industriais cooperam para o desenvolvimento e uso racional das telecomunicações. A UIT desempenha, também, papel de destaque no campo da cooperação técnica em telecomunicações para países em desenvolvimento. Uma das funções técnicas de maior relevo desempenhadas pela organização é a alocação de faixas do espectro de radiofrequências e o registro de posições orbitais para satélites geoestacionários.
O Brasil é membro do Conselho da UIT e tem participado das Conferências Plenipotenciárias, das Conferências Internacionais de Telecomunicações e dos trabalhos desenvolvidos pelos diversos setores da organização. O País já ocupou a presidência e a vice-presidência do Conselho da UIT. Em 1988 e em 1996, o Brasil realizou, em conjunto com a UIT, o evento “Americas Telecom”, feira e seminário sobre telecomunicações em que empresas brasileiras apresentaram seus produtos ao mercado internacional e efetuaram negócios na área. Em 1995, o Governo brasileiro autorizou a UIT a abrir no País um escritório regional.
Em 1988 e em 1996, o Brasil realizou, em conjunto com a UIT, o evento “Américas Telecom”, feira e seminário sobre telecomunicações em que empresas brasileiras apresentaram seus produtos ao mercado internacional e efetuaram negócios na área. Em abril do corrente ano, o Rio de Janeiro sediará mais uma edição daquele evento.
Desde fevereiro de 1999, o Engenheiro Roberto Blois Montes de Souza ocupa o cargo de Secretário-Geral Adjunto da organização, após ter sido eleito na Conferência de Plenipotenciários realizada na cidade de Mineápolis, em outubro de 1998.
O quotidiano não mais voltou a ser o mesmo desde que Alexander Graham Bell anunciou ao mundo a invenção do telefone em 1876. Após os primeiros progressos, o século XX significou para o setor das telecomunicações o desenvolvimento e a implementação de novos meios de comunicação que marcaram a vida de todos.
O Futuro da Rádio – O Futuro das Comunicações
Dominará a Tecnologia ou o Desenvolvimento Humano? – Por Thomas Hilley, da União Internacional de Telecomunicações – Genebra, Junho de 2001
A União Internacional das Telecomunicações (UIT), sediada em Genebra, pertence à Organização das Nações Unidas. Tem por missão, em conjunto com os vários governos e iniciativa privada, regulamentar as rádiocomunicações.
Surgiu durante a década de 1920 e constituiu-se, desde logo, como um dos principais progressos das telecomunicações.
Com o rápido desenvolvimento das novas tecnologias, e a avançada corrida por mercados de consumo, os ouvintes de rádio de todo o mundo questionam-se sobre o futuro do rádio.
O que será daqui a dez anos? As emissoras internacionais de rádio irão desaparecer? Certamente nenhuma das respostas pode ser prevista, mas é do conhecimento geral que grandes emissoras como a Voz da América, Voz da Alemanha e BBC de Londres terão que se adaptar aos novos tempos.
Diante delas, emissoras regionais e de médio alcance terão maior autonomia para registar a sua presença. Genericamente falando, as emissoras internacionais de grande porte estarão conflitualizando umas com as outras e não com os seus países alvo. Em determinado momento, acredita-se que a rádio internacional se encontre num estágio de expansão, onde as suas várias audiências se encontrem, viabilizando os seus altos custos de transmissão, mas também cumprindo com o seu principal fator de existência: informar.
Mesmo com o rápido desenvolvimento das principais tecnologias de transmissão, como a DRM (Digital Radio Mondiale) que pretende transmitir sinais digitais em Ondas Médias e Curtas, muitas populações ainda se encontrarão em estado de desenvolvimento social. Terá de se encontrar uma forma de equilibrar ciência e tecnologia, com desenvolvimento humano e economia. Nenhuma emissora de rádio transmite os seus sinais sem que existam interesses económicos e políticos junto ao público alvo. As emissoras de rádio que hoje não podem ser captadas porque os seus sinais são encobertos pelos potentes sinais das grandes emissoras, serão o próximo foco destas audiências. As grandes emissoras devem aprender a trabalhar da mesma forma com públicos diferentes. Tanto os ouvintes de Ondas Curtas quanto os locais, que captam os seus sinais por emissoras filiadas, continuarão a ouvir e a manter-se fiéis aos seus programas.
Existe porém, uma situação que deve ser observada: o poder político da massa que ouve estas emissoras.
Nenhuma estação de rádio internacional manterá os seus serviços no ar pelo simples prazer de transmitir, mas isso não quer dizer que estas emissoras não tenham que cumprir com as suas obrigações. Informar de forma séria e coerente é o mínimo que todas as emissoras precisam oferecer. Tudo o que houver acima disso, é lucro.
As grandes audiências, bem como as pequenas, não devem ter medo do seu relacionamento com às emissoras. O que ocorre algumas vezes, é que por falta de afinidade entre as partes, tanto os ouvintes, quanto as emissoras deixam de expor as suas ideias e muitas oportunidades deixam passar-se.
As ondas curtas, médias ou longas nunca vão acabar. Existirá sim, um momento em que as audiências se transformarão. As pessoas que se encontrarem em melhor condição para ouvir rádio por Internet ou via satélite, irão fazê-lo, mas isso não define o que toda esta audiência estará a fazer.
Muitos ainda estarão a rastrear sinais de satélites, emissoras distantes a emitir em qualquer faixa também terão a sua audiência garantida e isto prova que a prática da radioescuta não acabará.
O rádio é muito mais do que um simples veículo de comunicação, mas um meio hábil, relativamente barato e de fácil acesso que pode transformar toda uma sociedade.
Ainda nos dias de hoje, o rádio chega onde a televisão não chega. Atinge populações que nunca imaginaram o que é um simples controlo-remoto, mas principalmente, possui tecnologia muito mais barata e versátil do que qualquer outro meio de comunicação de massa conhecido até ao momento.
“A rádio poderá transformar-se, mas nunca irá acabar.”
Dia Mundial das Telecomunicações
Este ano o Dia Mundial das Telecomunicações, 17 de Maio, é celebrado antecipadamente: no dia 16. As comemorações, subordinadas ao tema “Telecomunicações e Assistência Humanitária”, terão lugar em Lisboa e contarão com a presença de personalidades destacadas ligadas ao setor das comunicações e à assistência humanitária em Portugal.
Ao pensarmos nos números que envolvem a atividade das telecomunicações a nível mundial, esquecemo-nos muitas vezes das potencialidades deste setor junto de uma das causas mais nobres da humanidade: a prevenção e a mitigação de desastres.
E esquecemo-nos também frequentemente que, apesar de todos os esforços que as organizações possam fazer em contrário, os meios que utilizamos para comunicar à distância, por cabo ou mesmo via rádio, podem ser cortados em minutos durante um desastre.
Acresce ainda que muitas das situações de desastre ocorrem em regiões com infra-estruturas de telecomunicações deficientes ou mesmo inexistentes.
De acordo com dados fornecidos pela UIT – União Internacional das Telecomunicações, em 1985 mais de 160 milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais, enquanto guerras e conflitos diversos obrigaram outros 37 milhões a abandonarem as suas casas.
Ainda de acordo com a UIT, foram dispendidos em 1994 cerca de 3,4 mil milhões de dólares em operações de socorro.
Em 1997, por todas essas razões, o ênfase das comemorações do Dia Mundial das Telecomunicações a nível mundial situar-se-á nas preparações em curso para a adopção de uma nova convenção internacional, que permitirá o mais adequado uso de rádio e telecomunicações em operações internacionais de socorro.
No nosso país, as comemorações são promovidas pelo ICP, enquanto Administração portuguesa do setor das comunicações, e contam com a presença de destacadas individualidades ligadas ao setor das comunicações e à assistência humanitária.
Terão início às 10.00 horas, na Rua do Instituto Industrial, nº 16/16A, em Lisboa, e incluirão uma sessão de conferências, envolvendo exposições de peritos nesta matéria, e uma sessão institucional, presidida pelo Ministro do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território, terminando com a inauguração e visita à exposição “Telecomunicações e Assistência Humanitária”.
O Dia Mundial das Telecomunicações celebra todos os anos a fundação da União Internacional das Telecomunicações, há 132 anos atrás, no dia 17 de Maio de 1865 em Paris.
Recorde-se que Portugal, um dos 20 membros fundadores desta organização especializada das Nações Unidas, foi eleito através do ICP, na última Conferência de Plenipotenciários da UIT, para o seu Conselho, tendo vindo a granjear um estatuto invejável no seio da organização.
Dia Mundial das Telecomunicações Celebra Liberalização do Setor
Desde a entrada em vigor, em Fevereiro passado, do Acordo sobre Telecomunicações de Base, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, que a liberalização do setor se encontra na ordem do dia. O tema do Dia Mundial das Telecomunicações deste ano – ”O Comércio das Telecomunicações” – serve, por isso, para relembrar que 1998 ficará para a história como o ano da liberalização das telecomunicações.
No dia 17 de Maio de cada ano, as Administrações das telecomunicações dos Estados membros da UIT – União Internacional das Telecomunicações, entre os quais Portugal, celebram a fundação desta organização, em 1865.
Em Portugal, as comemorações deste ano, no próximo dia 15 na Sede da Fundação Portuguesa das Comunicações, irão ser presididas pela Secretária de Estado da Habitação e Comunicações, Leonor Coutinho.
As comemorações terão início às 15h00 do próximo dia 15, Sexta-Feira, com a Sessão de Conferências, onde intervirão dirigentes da Telecel, Portugal Telecom, IBM, do Instituto do Consumidor e da Missão para a Sociedade da Informação.
Terá depois lugar a Sessão Institucional, sob a égide da Secretária de Estado da Habitação e Comunicações e onde intervirá também Neil McMillan, Presidente do Grupo de Negociações de Serviços Básicos de Telecomunicações da Organização Mundial do Comércio.
O Presidente do Conselho de Administração do ICP, Fernando Mendes, intervirá também nesta sessão, durante a qual terá lugar a cerimónia de carimbo de primeiro dia alusivo ao Dia Mundial das Telecomunicações de 1998.
Nesta data serão ainda abertos ao público oito postos de acesso Internet na Fundação Portuguesa das Comunicações e será lançada uma etiqueta de impressão de franquia automática no posto de Correios instalado no Museu das Comunicações. Os presentes terão ainda oportunidade de visitar a exposição ”Um olhar sobre as telecomunicações”, organizada pela Fundação.
Fonte: www.caestamosnos.org
Dia Internacional das Telecomunicações
17 de Maio
As Telecomunicações
A Evolução das Telecomunicações
As telecomunicações foram evoluindo ao longo do tempo, antes nem se quer havia telefone depois houve um senhor que inventou o telefone e depois o telegrafo e hoje em dia já há telefones, Internet, fax, a rede Wi-Fi, a rede wireless, o e-mail, o Messenger e muito mais.
O que é a Aldeia Global ou Globalização?
A Aldeia Global é a forma de designar que o mundo está ligado entre si através da Internet, e-mail ou pelo Messenger. Pela Aldeia Global podemos estabelecer contato com o mundo inteiro a milhares de quilómetros.
A Globalização é uma espécie de Aldeia Global mas a comunicação é feita por satélite.
O que é a comunicação por Satélite?
A comunicação por satélite serve para as comunicações a longa distancia quer dizer que pode comunicar a partir de qualquer lado do mundo por exemplo se estiver na sua casa e quiser telefona para o Canadá a informação vai de sua casa para o satélite e do satélite para o Canadá.
A Difusão das Redes de Comunicação
Com o desenvolvimento das telecomunicações, a difusão de informação ganha uma dinâmica completamente nova, uma vez que as distâncias-tempo quase se anularam e, simultaneamente, as distâncias-custo são cada vez menores.
N.º de aparelhos/1000 habitantes
Os meios de comunicação que se encontram ao dispor de um número crescente de pessoas são cada vez mais diversificados, o que torna ainda mais verdadeira a afirmação de que o mundo se transformou numa enorme aldeia a Aldeia Global.
O que são as telecomunicações? E para que servem?
As telecomunicações são uma forma de comunicar, mas basicamente são uma forma de comunicar que todas as pessoas podem utilizar.
As telecomunicações servem para as pessoas comunicarem entre si. E hoje em dia há satélites por todo o lado e pode-se comunicar para qualquer parte do mundo.
Os diferentes tipos de telecomunicações?
Há muitos tipos de telecomunicações como por exemplo o telemóvel, o telefone que e exatamente o mesmo só que o telefone e de rede fixa, há também o fax, a Internet, a TV por cabo, etc.
Como surgiu a Internet?
A Word Wide Web é uma larga rede internacional (Internet) de computadores. Nela podemos encontrar sites de pesquisa e entretenimento. A Web foi inventada em 1990 por dois cientistas informáticos, Tim Berners-Lee e Robert Cailliau, que trabalham na CERN (Centre dÉtudes Nucléiares) na Suiça. A Web foi desenvolvida para a troca de ideias de cientistas. Quando Foi tornada pública em 1993, ela cresceu muito depressa. Na Atualidade é usada por milhões de pessoas em todo o mundo.
O que é a tecnologia sem fios?
A tecnologia sem fios e a tecnologia que utiliza os infravermelhos ou o Bluetooth em vez dos fios e facilita porque não temos que nos estar a preocupar sempre com os fios.
Fonte: www.geografia9.com.sapo.pt
Redes Sociais