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Em 9 de agosto de 1992, reuniu-se pela primeira vez o Grupo de Trabalho sobre Povos Indígenas da Subcomissão de Promoção e Proteção dos Direitos Humanos.
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) declarou o dia da memória em dezembro de 1994 e, desde então, é comemorado todos os anos.
O Dia Internacional dos Povos Indígenas é um passo importante para reconhecer as culturas e práticas dos povos indígenas em todo o mundo.
É também uma forma de dar voz aos povos indígenas, principalmente no que diz respeito aos direitos humanos.
Hoje, devemos respeitar a riqueza das antigas culturas tradicionais e a contribuição dessas nações para a diversidade cultural do mundo.
Devemos expressar nossa determinação em proteger seus interesses e direitos, onde quer que vivam.
O mundo tem cerca de 300 milhões de povos indígenas que vivem em mais de 70 países em todos os continentes e representam mais de 5.000 idiomas e culturas.
É preciso fortalecer a conexão entre cultura e modernidade.
As novas tecnologias de informação e comunicação devem ajudar a promover e dar visibilidade às culturas tradicionais vivas.
O conhecimento tradicional, o património material e sobretudo o património imaterial – que são herança do passado e continuam a ser um importante suporte de identidade e memória – também têm soluções para o desenvolvimento futuro.
Este dia internacional nos dá a oportunidade de celebrar a riqueza das culturas tradicionais e as contribuições dos povos indígenas para a família humana. Mas, mais importante, é uma oportunidade para homens e mulheres de todo o mundo examinarem a situação dos povos indígenas no mundo de hoje e os esforços que precisam ser feitos para melhorar suas vidas.
Por muito tempo, os povos indígenas foram desapropriados de suas terras, sua cultura foi desrespeitada ou diretamente atacada, sua língua e cultura foram degradadas ou exploradas e suas formas sustentáveis de desenvolvimento dos recursos naturais não foram adotadas. .considerado. Algumas dessas pessoas também estão enfrentando a ameaça de extinção.
Línguas e Culturas
Os povos indígenas somam mais de 350 milhões de pessoas repartidas em mais de 70 países do mundo e representam mais de 5.000 línguas e culturas.
Os povos indígenas, que hoje em dia ainda se encontram marginados e privados dos direitos humanos básicos, conformam o 95 por cento da diversidade cultural do mundo.
São eles quem “contribuem à diversidade e riqueza das civilizações e culturas, que constituem o património comum da Humanidade”.
O Dia Internacional dos Povos Indígenas foi instituído pela Organização das Nações Unidas ONU no ano de 1993, quando também foi definida a Década Internacional dos Povos Indígenas (1994 a 2004).
Em 20 de Dezembro de 2004, através da resolução 59/174, a Assembleia da ONU aprovou o segundo decénio dos povos indígenas (2005-2014).
A data, 9 de Agosto, é uma referência ao primeiro dia em que se reuniu o Grupo de Trabalho sobre Populações Indígenas da Subcomissão de Prevenção de Discriminação e Protecção às Minorias da ONU, em 1982.
MENSAGENS DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU, KOFI ANNAN, POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS – (9 de Agosto de 2004)
O Dia Internacional das Populações Indígenas do Mundo, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no momento do lançamento da Década Internacional das Populações Indígenas.
Este Dia Internacional proporciona-nos uma oportunidade de celebrar a riqueza das culturas indígenas e as contribuições das populações indígenas para a família humana.
Mas, o que é ainda mais importante, é uma ocasião para os homens e as mulheres do mundo inteiro avaliarem a situação das populações indígenas no mundo de hoje e os esforços que é preciso fazer para melhorar a sua vida.
Há demasiado tempo que as populações indígenas são despojadas das suas terras, que as suas culturas são denegridas ou diretamente atacadas, que as suas línguas e costumes são relegados para segundo plano ou explorados e que os seus métodos sustentáveis de desenvolver os recursos naturais não são tomados em consideração.
Algumas dessas populações enfrentam também a ameaça de extinção.
Há muitos anos que as populações indígenas vêm aos foros da ONU pedir o apoio de todo o conjunto do sistema das Nações Unidas. No contexto da Década Internacional, foram lançados um diálogo e uma parceria com as Nações Unidas.
É preciso que este processo dê frutos e, para esse efeito, há que tomar medidas decisivas ao nível regional, nacional e local, nomeadamente para assegurar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
No quadro destas medidas, os governos, as organizações intergovernamentais e a sociedade civil devem empenhar-se em dar autonomia às populações indígenas e garantir a sua participação na tomada de decisões que afetem a sua vida.
A data
A comunidade internacional celebra no dia 9 de agosto o Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo. Este dia é uma oportunidade para sensibilizar a todos com as culturas dos povos indígenas e com sua grande diversidade.
É também uma ocasião para redobrar esforços com vistas a abordar questões tais como a exclusão, a discriminação e a pobreza, que fazem parte da realidade cotidiana de muitos desses povos.
Em 1994, a Assembleia Geral da ONU decidiu que no dia 9 de agosto de cada ano, durante o Decênio Internacional dos Povos Indígenas, fosse celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas (Resolução 49/214, de 23 de dezembro).
Em sua Resolução 59/174, de 20 de dezembro de 2004, na qual a Assembleia proclamou o Segundo Decênio Internacional dos Povos Indígenas (2005-2014), também decidiu continuar celebrando em Nova York, em Genebra e em outros escritórios das Nações Unidas, o Dia Internacional dos Povos Indígenas todos os anos durante esse Segundo Decênio e pediu ao Secretário Geral que respaldasse a celebração do Dia Internacional dentro dos limites dos recursos existentes e que alentasse os governos a celebrá-lo no âmbito nacional.
O crescimento da população indígena
O crescimento de uma população indígena é algo raríssimo no planeta.
Há alguns fatores que contribuíram para esse aumento populacional: a melhoria nas condições de saúde, a vacinação das crianças e a alta taxa de natalidade com baixo índice de mortalidade. Se esse crescimento continuar, a população indígena será capaz de dobrar a cada duas décadas.
O destino dos índios brasileiros foi marcado por muitas tragédias e poucas alegrias, desde o Descobrimento até os nossos dias, pois foram vítimas de massacres e doenças, e suas terras foram tomadas pelos brancos.
Os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Vilas-Boas, que viviam no interior de São Paulo, resolveram morar na capital depois da morte do pai em 1941. Em 1943, souberam que a Fundação Brasil Central tinha organizado a Expedição Roncador-Xingu, que percorria o Brasil central, para “conhecer e desbravar os brancos do nosso mapa”. Tornaram-se funcionários da Fundação e se embrenharam na selva, onde passaram quarenta anos.
Os serviços que prestaram durante a expedição podem ser resumidos em “1.500 km de picadas nas matas, 1.000 km de rios percorridos e cinco mil índios contatados”. Mas o ponto alto foi a criação, em 1961, do Parque Nacional do Xingu, onde vivem hoje várias tribos, que foram salvas da extinção.
Os Vilas-Boas tornaram o ideal indigenista do marechal Rondon uma realidade: “Morrer, se preciso for. Matar, nunca”.
Eles criaram uma nova forma de abordar os índios, até então considerados como animais.
Os índios quase sumiram do mapa, do Brasil, pois na época do Descobrimento existiam mais de cinco milhões de índios; em 1970, eram apenas cem mil. Por isso, a festa pelos cinco séculos do Descobrimento foi marcada pelo protesto de grupos indígenas em várias regiões do país.
Neste terceiro milênio, há muito a fazer pelos índios, sobretudo reconhecer suas etnias – mais de duzentas espalhadas pelo Brasil -, que cultivam cerca de 180 línguas e mantêm uma riquíssima diversidade cultural. É fundamental respeitá-las para a sobrevivência dos vários grupos e controlar a presença dos brancos em áreas indígenas.
Existe, contudo, um dado muito importante e positivo: o número de índios aumentou nos últimos trinta anos. Os povos indígenas, que quase desapareceram, ganharam fôlego na luta pela sobrevivência, com a ajuda dos religiosos e das ONGs. Segundo dados do IBGE, existem cerca de 350 mil índios e, enquanto o Instituto Sócio-Ambiental (ISA) registra 280 mil. Seja qual for o número, hoje é maior do que em 1970.
O crescimento de uma população indígena é algo raríssimo no planeta.
Há alguns fatores que contribuíram para esse aumento populacional: a melhoria nas condições de saúde, a vacinação das crianças e a alta taxa de natalidade com baixo índice de mortalidade. Se esse crescimento continuar, a população indígena será capaz de dobrar a cada duas décadas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu essa comemoração para que os povos indígenas tenham sua importância resgatada mundialmente. Ao que tudo indica, o Brasil está dando um exemplo.
Fonte: ONU;Unesco/www.caestamosnos.org/www.adital.com.br/www.paulinas.org.br
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