Dia Internacional da Cruz Vermelha

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8 de Maio

Cruz Vermelha é uma entidade internacional, com sede em vários países do globo, cuja missão é levar assistência a quem necessite, nas mais diversas condições: feridos, prisioneiros, refugiados, enfermos.

Na guerra ou na paz, a Cruz Vermelha tem como primeiro objetivo promover o bem-estar; por isto, suas atividades podem se estender ao campo da educação, da assistência social, da prevenção de doenças, do combate de epidemias, fome e muito mais.

Na esfera social, trabalha com minorias (idosos, deficientes físicos e mentais, por exemplo), doentes crônicos, dependendo da realidade de cada país em cada época.

O importante é que a Cruz Vermelha não age sob interesse de nenhum país, empresa ou organização. Seu interesse maior é a vida, sem discriminar etnia ou nacionalidade.

Sua data é comemorada no dia do nascimento de Henri Dunant, que primeiro concebeu a idéia da Cruz Vermelha e acompanhou sua criação. Dunant ganhou o primeiro Prêmio Nobel da Paz, em 1901, e morreu em 1910. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também recebeu um Prêmio Nobel da Paz em 1917 – o único durante a Primeira Guerra Mundial – e outro em 1944, pelo desempenho na Segunda Guerra. Quando do centenário da Fundação da Cruz Vermelha, em 1963, mais dois prêmios Nobel da Paz: um foi para o Comitê Internacional e outro para a Liga das Sociedades.

COMO SURGIU A CRUZ VERMELHA?

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Henri Dunant

A idéia da Cruz Vermelha nasceu em 1859, mais de cinqüenta anos antes de sua efetiva criação e reconhecimento internacional.

Tudo começou quando Henri Dunant, um jovem suíço, se comoveu com o sofrimento no campo de batalha de Solferino, no Norte da Itália, onde os socorros militares não eram suficientes. A forte impressão causada pela dor das pessoas inspirou Henri Dunant a escrever um livro: “Recordações de Solferino”, em que descrevia dramáticas cenas da guerra. A partir dali, Dunant já percebia a necessidade de uma entidade que pudesse ajudar pessoas naquele tipo de situação.

A diferença é que, no livro, ele não se limitou a relatar as desgraças da guerra. Mais do que isto, ele sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda e apontava a necessidade de se pensar “um princípio internacional, convencional e sagrado”, que inspiraria posteriormente a Convenção de Genebra.

Dia Internacional da Cruz Vermelha

Em 1863, também sob influência do livro, seis pessoas se reuniram – entre elas, Henri Dunant – para tomarem providências práticas em relação à situação exposta. Com a presença de representantes de 16 nações, o resultado foi a criação da Cruz Vermelha, a partir de quatro resoluções.

A primeira delas dizia respeito à criação de comitês de socorro, de âmbito nacional, para prover ajuda ao serviço de saúde dos exércitos. Em tempos de paz, seria responsável também pela formação de enfermeiras voluntárias. Também ficou decretada a neutralização de uma equipe de ambulâncias, hospitais militares e pessoal de saúde, a fim de fornecer ajuda sem distinção. Por fim, resolveu-se adotar a cruz vermelha como símbolo, aplicada sobre um fundo branco.

Um ano depois acontecia a primeira Convenção de Genebra, com proposições semelhantes, reunindo assinaturas de 55 países. Era o início da história do direito humanitário.

Nesta época, a Cruz Vermelha era dirigida por cidadãos suíços apenas. As Sociedades Nacionais eram compostas por membros diretamente treinados em primeiros socorros e emergência. Foi após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que cada Sociedade Nacional formou seu próprio grupo. Unidas, formaram a Liga das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha, hoje conhecida como Federação das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

A preocupação com os direitos humanos levou à atitude contra a guerra e pela paz, principalmente depois da Primeira Guerra Mundial.

Em 1946, este objetivo foi reiterado durante uma Conferência Internacional da Cruz Vermelha, em que se colocou que “… a tarefa essencial da Liga e das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha consiste em um esforço cotidiano para manter a paz e em uma aglutinação de todas as forças e de todos os meios para impedir futuras guerras mundiais”. É bom lembrar que isto foi dito em plena Segunda Guerra Mundial.

Dois anos depois, a Conferência Internacional já reunia 46 nações. O marco desta reunião foi a Declaração sobre a Paz.

A Cruz Vermelha Brasileira foi fundada em 1908, com sede no Rio de Janeiro, e tornou-se reconhecida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha em 1912.

ESTRUTURAS E ATRIBUIÇÕES

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Cruz Vermelha

Em sua estrutura internacional, a Cruz Vermelha é formada por um Comitê Internacional e uma Liga das Sociedades, que engloba as diversas Sociedades Nacionais e todas as Sociedades do Crescente Vermelho.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha tem 25 membros suíços e está ligado diretamente às Convenções de Genebra. É um importante órgão de divulgação dos direitos humanitários, com base nos princípios da Cruz Vermelha.

A atividade da Liga das Sociedades da Cruz Vermelha procura coordenar as sociedades-membro no contexto internacional e participar na orientação e no incentivo da criação de novos membros. Fornece apoio operacional em operações de socorro em tragédias internacionais.

Existe ainda a Conferência Internacional da Cruz Vermelha, a mais alta autoridade, convocada de quatro em quatro anos ou quando há alguma necessidade extraordinária. Uma Comissão Permanente coordena as atividades da Cruz Vermelha nos intervalos entre as Conferências Internacionais.

INFORMAÇÕES RÁPIDAS

Desde sua criação, em 1919, a Liga das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha já coordenou mais de 300 operações de socorro de emergência no mundo inteiro.

Na última década, foram lançados cerca de 150 apelos que resultaram em um valor de cerca de 500 milhões de francos-suíços (mais de 750 bilhões de reais).

Ao todo, são 171 Sociedades Nacionais em 171 países.

Para se ter uma idéia, em 1919 havia apenas uma Sociedade Nacional na África; em 1948 eram duas e em 1979 o salto foi enorme. Já eram 37 Sociedades Nacionais.

A Cruz Vermelha salvou pessoas em terremotos nos seguintes países: Guatemala, Itália, Peru, Nicarágua, Turquia e Romênia; inundações, tufões ou ciclones em Bangladesh, Filipinas, Honduras e Romênia; secas na África, Etiópia, Haiti e Somália;

Em 1953, o número de membros adultos era de cerca de 56 milhões.

08 de Maio

O emblema como um símbolo de proteção (uso de proteção)

Esta é a finalidade essencial do emblema: em tempos de conflito, ele constitui um símbolo visível de proteção concedido pelas Convenções de Genebra. O emblema existe para mostrar aos combatentes que as pessoas (voluntários das Sociedades Nacionais, pessoal médico, delegados do CICV e assim por diante), unidades médicas (hospitais, postos de primeiros socorros etc.) e os meios de transporte (por terra, mar ou ar) são protegidos pelas Convenções de Genebra e seus Protocolos Adicionais.

O emblema, quando usado como um dispositivo de proteção, deve provocar um reflexo entre os combatentes: contenção e respeito. O emblema deve, portanto, ser de grandes dimensões.

O emblema como um símbolo de filiação ao Movimento (uso indicativo)

O uso indicativo do emblema é destinado a mostrar, em tempos de paz, que uma pessoa ou objeto estão ligados ao Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho – à uma Sociedade Nacional da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho, à Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, ou ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Neste caso, o emblema deve ser de menor tamanho. O emblema também serve como um lembrete de que estas instituições trabalham de acordo com os Princípios Fundamentais do Movimento; é, portanto também um símbolo de humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, serviço voluntário, unidade e universalidade.

Quem tem o direito de usar o emblema?

Em tempos de paz

Uso indicativo (dimensões pequenas)

AS SOCIEDADES NACIONAIS DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO, primária e prioritariamente

Elas estão autorizadas a usar o emblema de acordo com a sua legislação nacional, que regulamenta o uso indicativo do emblema, e também com os Regulamentos sobre o Uso do Emblema pelas Sociedades Nacionais, de 1991. As Sociedades Nacionais somente podem exercer atividades sob a égide do emblema caso estas sejam consistentes com os Princípios Fundamentais e que, portanto, sejam tão somente destinadas a prover assistência voluntária e imparcial a todos aqueles que estejam sofrendo.

As Sociedades Nacionais também podem usar o emblema na promoção de eventos ou campanhas de arrecadação de fundos, sob os termos do Artigo 23, parágrafos 1º e 2º, dos Regulamentos sobre o Uso do Emblema. Terceiros (por exemplo, firmas comerciais ou outras organizações) podem estar associados a tais eventos ou campanhas, porém somente na medida em que estes cumpram fielmente com as condições descritas no Artigo 23, parágrafo 3, e nos Artigos 24 e 25 dos Regulamentos.

AMBULÂNCIAS e POSTOS DE PRIMEIROS SOCORROS

Operados por terceiros podem usar o emblema como um instrumento indicativo, porém somente em tempos de paz e sob a condição de que este seja usado em conformidade com a legislação nacional, e de que a Sociedade Nacional tenha expressamente autorizado tal uso, e ainda que os postos de primeiros socorros sejam destinados exclusivamente a fornecer tratamento gratuito.

Uso de proteção(grandes dimensões)

As UNIDADES MÉDICAS DAS SOCIEDADES NACIONAIS (hospitais, postos de primeiros socorros, e assim por diante) e os meios de TRANSPORTE (por terra, mar ou ar), cuja destinação para finalidade médica em caso de um conflito armado tenha sido decidida, podem usar o emblema como dispositivo de proteção durante tempos de paz, desde que permitido pelas autoridades.

O COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA e a FEDERAÇÃO INTERNATIONAL DAS SOCIEDADES DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO podem usar o emblema sempre (em tempos de paz bem como em tempos de conflito armado), sem restrições.

Em tempos de conflito

Uso indicativo (pequenas dimensões)

Somente as SOCIEDADES NACIONAIS DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO.
Para evitar qualquer confusão com o emblema usado como dispositivo de proteção, o emblema usado como indicativo não pode ser colocado em braçadeiras ou nos tetos dos prédios.

Uso de proteção (grandes dimensões)

SERVIÇOS MÉDICOS DAS FORÇAS ARMADAS

SOCIEDADES NACIONAIS DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO

Devidamente reconhecidas e autorizadas pelos seus governos para assistir os serviços médicos das forças armadas. Elas podem usar o emblema para fins de proteção, porém somente para o pessoal e equipamento que assistem os serviços médicos oficiais em tempos de guerra, que sejam empregados exclusivamente para as mesmas finalidades dos últimos, e desde que sujeitas às leis e regulamentos militares.

HOSPITAIS CIVIS

Que sejam reconhecidos como tais pelo Estado e que sejam autorizados a exibir o emblema para fins de proteção.

TODAS AS UNIDADES MÉDICAS CIVIS (hospitais, postos de primeiros socorros etc.) reconhecidas e autorizadas pelas autoridades competentes (isto diz respeito somente aos Estados Partes do Protocolo I).

OUTRAS SOCIEDADES DE ASSISTÊNCIA VOLUNTÁRIA

Estando sujeitas às mesmas condições daquelas das Sociedades Nacionais: elas devem ser devidamente reconhecidas e autorizadas pelo governo; somente podem usar o emblema para o pessoal e equipamento designados aos serviços médicos das forças armadas; e também estão sujeitos às leis e regulamentos militares.

Abuso do emblema

Cada Estado Parte às Convenções de Genebra tem a obrigação permanente de adotar medidas para coibir e reprimir qualquer abuso do emblema. Cada Estado deve, em particular, formular legislação destinada à proteção dos emblemas da cruz vermelha e do crescente vermelho. Qualquer uso que não seja expressamente autorizado pelas Convenções de Genebra e seu Protocolos Adicionais constitui um abuso do emblema. Os exemplos a seguir são típicos:

Imitação

O uso de símbolos que podem ser confundidos com o emblema da cruz vermelha e do crescente vermelho (e.g., cores ou design similares).

Uso impróprio

O uso do emblema da cruz vermelha e do crescente vermelho por pessoas não autorizadas (firmas comerciais, organizações não-governamentais, indivíduos, médicos privados, farmacêuticos, e assim por diante);

Uso do emblema por pessoas que têm o direito de fazê-lo, porém que o fazem com finalidades que não são consistentes com os Princípios Fundamentais do Movimento (e.g., alguém autorizado a exibir o emblema, mas que o faz para facilitar o cruzamento de fronteiras estando fora de serviço)

Médicos, estabelecimentos de beneficiência, clínicas privadas, ou farmácias não têm o direito de exibir o emblema.

O uso do emblema para fins comerciais não é permitido.

Abuso grave (perfídia)

O uso do emblema da cruz vermelha e do crescente vermelho em tempos de guerra para proteger combatentes armados ou equipamento militar (e.g., ambulâncias ou helicópteros marcados com o emblema e usados para transportar combatentes armados; depósitos de munição disfarçados com bandeiras da cruz vermelha) é considerado um crime de guerra.

Caso você testemunhe algum abuso do emblema, contate a Sociedade Nacional de seu país ou entre em contato com a Delegação mais próxima do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, ou a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho!

Histórico do emblema

1859

Henry Dunant testemunha a Batalha de Solferino, onde milhares de soldados feridos foram deixados à morte sem nenhum cuidado e seus corpos ficaram expostos a saqueadores e predadores.
Os serviços médicos das forças armadas foram incapazes de executar a sua missão, pois dentre as razões figurava o fato de não serem distinguidos por um emblema uniforme que facilmente os identificasse por todas as partes envolvidas no conflito.

1863

Uma Conferência Internacional ocorreu em Genebra para tentar encontrar meios de mitigar a ineficácia dos serviços médicos das forças armadas no campo de batalha. A Conferência adotou a cruz vermelha sobre um fundo branco como o símbolo característico das sociedades de assistência aos soldados feridos – as futuras Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

1864

Foi adotada a primeira Convenção de Genebra da história: a cruz vermelha sobre um fundo branco foi oficialmente reconhecida como o símbolo característico dos serviços médicos das forças armadas.

1876

Durante a Guerra entre a Rússia e a Turquia, travada nos Bálcãs, o Império Otomano decidiu usar um crescente vermelho sobre um fundo branco, ao invés da cruz vermelha. O Egito também decidiu optar pelo crescente vermelho, e a Pérsia subseqüentemente escolheu o leão vermelho e o sol sobre um fundo branco. Estes Estados fizeram ressalvas às Convenções, e desta forma seus símbolos diferenciados foram subscritos nas Convenções de 1929.

1949

O Artigo 38 da Primeira Convenção de Genebra de 1949 confirmou os emblemas da cruz vermelha, do crescente vermelho e do leão vermelho e o sol, sobre um fundo branco, como os símbolos de proteção dos serviços médicos das forças armadas. Portanto, foram excluídos os usos de quaisquer outros símbolos excepcionais além do crescente vermelho e do leão vermelho e o sol.

1980

A República Islâmica do Irã decidiu abrir mão do leão vermelho e do sol e passou a usar o crescente vermelho em seu lugar.

1982

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho adotou, como seu emblema, a cruz vermelha e o crescente vermelho sobre um fundo branco.

O Fundador

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Jean Henry Dunant

1828

Nasce em Genebra, Rua Verdaine, na cidade velha. (8 de maio)

1854

Lança-se em negócios, na Argélia.

1855

Dá origem à “Aliança Universal das Uniões Cristãs dos Jovens”.

1858

Constitui a “Sociedade Anônima dos Moinhos di Mons-Djemila”, na Argélia. Devido à morosidade administrativa, Dunant decide expor ao Imperador Napoleão III suas idéias sobre a fertillzação da Argélia.

1859 (25 junho)

Com esse fim, desloca-se para o campo de batalha de Solferino e se empenha em improvisar cuidados e socorros para os combatentes dos exércitos austríaco e franco-sardo.

1862

Publicação em Genebra de “Recordações de Solferino” enviado aos soberanos e chefes de Estado europeus.

1863

A “Sociedade Genebresa de Utilidade Pública” decide pôr as suas idéias em prática.

Set. e Out.

Percorre a Europa Central e consegue interessar numerosos reis, príncipes e chefes militares a respeito de suas idéias e projetos.

26/29 Out.

Conferência Internacional de Genebra, onde foram lançadas as bases da Cruz Vermelha.

1864

Assinatura da Primeira Convenção de Genebra, a 22 de agosto.

1871

Encontra-se em Paris durante o cerco. Leva, em seguida, uma vida errante na Alemanha, na Inglaterra e na França.

1892

Admitido no Hospital de Heiden (Suíça), onde escreve as suas Memórias.

1901 (dezembro)

Recebe o primeiro Prêmio Nobel da Paz.

1910

Morre em Heiden, a 30 de outubro, com a idade de 82 anos.

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Jean Henry Dunant

HITÓRICO DA CRUZ VERMELHA

Em junho de 1859, na região de Solferino (norte da Itália), o jovem suíço Jean Henry Dunant, em busca de Napoleão III imperador da França, o qual presenciou uma guerra de Franceses e Italianos contra Austríacos que se desenrolava na região. Na oportunidade, Dunant participou do sofrimento de milhares de soldados que morriam abandonados nos campos de batalha. Ferimentos simples, pequenas fraturas e lesões por armas, ainda que com pouca gravidade, eram causas de mortes desses muitos soldados que em meio à batalha não recebiam quaisquer tipo de atendimento e por complicações destas lesões vinham a perder suas vidas.

Dia Internacional da Cruz Vermelha

Em face do horror que presenciava, Dunant organizou um grupo de voluntários com os habitantes da região, no sentido de ministrar os primeiros socorros a aqueles soldados feridos. Permaneceu ali organizando este grupo por três dias quando, ao retornar à sua cidade, empenhou-se por escrever um livro publicado em novembro de 1862 intitulado “Uma Recordação de Solferino”, onde descreve sua experiência naquele campo de batalha. Neste livro, Dunant propõe a criação de grupos de socorros destinados simplesmente ao atendimento dos feridos que deveria ser reconhecido e protegido pelos países em guerra.

Propõe ainda “um princípio internacional convencional e sagrado, o qual uma vez acordada e ratificado, serviria de base às sociedades de socorro para os feridos nos diversos países…” que vai inspirar mais tarde a elaboração das primeiras Convenções de Genebra. Com o espírito de solidariedade que sempre demonstrava, Jean Henry Dunant, que anteriormente já participara da fundação da Aliança Universal Cristã de Moços, em 17 de fevereiro de 1863, recebeu o apoio da Sociedade Pública de Genebra, fundando um Comitê Internacional de Socorro aos Feridos.

Esta comissão era formada por

Gustave Moynier, advogado e presidente da Sociedade de Utilidade Pública citada;

Guillaume Henri Dufour, general;

Louis Appia, médico;

Théodore Maunior, médico;

Além do próprio Henry Dunant.

Todos eles eram cidadãos suíços que se empenharam no sentido de organizar uma Conferência Internacional em Genebra, que agrupou representantes de 16 países. Nesta, foram adotadas 10 resoluções e 3 moções que deram origem à Cruz Vermelha.

Estas resoluções previam, dentre outras medidas

A criação, em cada país, de um Comitê de Socorro, que ajudaria em tempos de guerra, os serviços de saúde dos exércitos;

A formação de enfermeiras voluntárias em tempos de paz;

A neutralidade das ambulâncias, dos hospitais militares e do pessoal de saúde;

A adoção de um símbolo definitivo uniforme: uma braçadeira branca com uma cruz vermelha em fundo branco.

O símbolo adotado é uma inversão da bandeira suíça, em homenagem ao país natal do comitê inicialmente formado pelo próprio Henry Dunant. O Comitê passa a adotar a denominação de Comitê Internacional da Cruz Vermelha (C.I.C.V.).

Dia Internacional da Cruz Vermelha

Em função do possível relacionamento da cruz como um símbolo cristão, alguns países (a maioria de predominância Islâmica) passaram adotar o símbolo de um crescente vermelho sobre um fundo branco.

Dia Internacional da Cruz Vermelha

 

8 de Maio

Fundação da Cruz Vermelha

História da Cruz Vermelha

Tudo aconteceu:

Em 1854
Na Itália
Prto da aldeia de Solferino
Q uando dois países, França e Áustria estão em guerra.

No campo de batalha havia 300000 soldados que lutaram durante 15 horas, do amanhecer ao pôr do sol.

O exército Francês ganhou e houve 42000 feridos.

O que lhes vai acontecer?
Quem pode ajudá-los?
Como salvá-los?

Durante toda a noite, na planície de Solferino, ouvem-se os gemidos dos feridos. No dia seguinte, um suíço chega ao local da batalha, decidido a socorrer estes infelizes, pedindo ajuda aos camponeses.

Durante vários dias, tenta-se curar os feridos, salvando-os assim da morte. Mas para muitos deles já é tarde. Perderam demasiado sangue e as feridas estão infectadas, porque ficaram abandonados durante muito tempo no campo de batalha.

Henry Dunant pensa “Isto não pode voltar a acontecer. Mesmo se por infelicidade os homens combatem, eles devem ser suficientemente civilizados e humanos para socorrer e tratar das vítimas”.

Henry Dunant estava determinado a fundar um sociedade que reunisse voluntários para prestarem socorro a feridos de guerra e que se mantivessem neutros relativamente ao conflito, ou seja, deveriam tratar igualmente os soldados de todos os exércitos envolvidos na luta.

Como fez ele isso?

Henry Dunant viajou pela Europa, pedindo audiências e reunindo com governantes.

Para quê?

Para constituir um comité de 5 elementos de nacionalidade Suíça

Henry Dunant

Gustave Moynier, advogado e banqueiro

Dr. Louis Appia e Dr. Théodore Maunoir, médicos

Dufour, general

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Henry Dunant

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Gustave Moynier

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Dr. Louis Appia

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Guillaume-Henri Dufour

Dia Internacional da Cruz Vermelha
Dr. Théodore Maunoir

Este “ Comité dos Cinco” reuniu no dia 23 de Outubro de 1863 em Genebra com representantes de 16 países.

Após um longo debate

Fundou-se o “ Comité Internacional de socorro a feridos”

Cada país montaria o seu “ Comité Nacional”

A cruz vermelha sobre o fundo branco seria o símbolo para a organização.

O símbolo

A cruz vermelha é o símbolo conhecido em todo o mundo e onde quer se esteja transmite paz porque toda a gente sabe que significa ajuda generosa.

Crescente Vermelho

Acontece que o símbolo tenha sido escolhido como homenagem à Suíça, o fato de ser uma cruz levou os muçulmanos a pensarem que se confundia com o símbolo do cristianismo.

Assim, nos países muçulmanos passou a usar-se como símbolo o crescente vermelho.

Os Sete princípios da Cruz Vermelha

Humanidade

Aliviar o sofrimento humano sempre e em toda a parte.

Imparcialidade

Socorrer toda a gente sem distinção

Neutralidade

Não tomar partido dos conflitos políticos, raciais, religiosos ou ideológicos

Independência

Assegurar às Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha total autonomia, ou seja, liberdade de decisão e ação.

Voluntariado

Socorrer toda a gente de forma generosa.

Unidade

Criar uma só sociedade em cada país.

Universalidade

As sociedades Nacionais da Cruz Vermelha seguem as mesmas regras de ação e tem o mesmo dever de se entreajudarem.

CIVE – Comité Internacional da Cruz Vermelha

Sede: Genebra, Suíça

Atividades: Socorro a Feridos de Guerra Proteção de Vítimas em Poder do Adversário.

Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho

Sede: Genebra, Suíça

Funcionários: Um Conselho Executivo com colaboradores de muitas nacionalidades

Atividades: Agir em caso de catástrofe Socorrer refugiados em zonas de combate Apoiar as Sociedades Nacionais dos outros países

A Cruz Vermelha Portuguesa

22 de Agosto de 1864 – Portugal assinou a primeira Convenção de Genebra. O delegado que representou o nosso país foi o médico militar Dr. António Marques.

11 de Fevereiro de 1865 – Foi organizada em Lisboa a Comissão Provisória de Socorro a Feridos e Doentes em Tempo de Guerra

1870 – Dissolveu-se a Comissão para dar lugar à SPCV – Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha.

1924 – passou a CVP – Cruz vermelha Portuguesa.

A Cruz Vermelha Portuguesa, ao longo da sua já longa existência, tem prestado valiosos serviços ao país, tanto em tempo de guerra como em tempo de paz. Por isso, foram-lhe já atribuídas diversas condecorações. De entre estas, merecem destaque:

1919-foi concedida a Ordem Militar de Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito

1925 – foi concedida a Ordem Militar de Cristo

1933 – foi concedida a Grã-cruz de Benemerência

1982- foi concedida a Ordem do Infante D. Henrique

e muitas outras demonstrações de homenagem e reconhecimento, no país e no estrangeiro.

A Cruz Vermelha Portuguesa – Hoje

A Cruz Vermelha Portuguesa amplia constantemente as suas áreas de intervenção. Além de acorrer em auxílio das vítimas por ocasião de catástrofes no país ou no estrangeiro, dispões de serviços que realizam atividades muito diversas e permanentes não só na capital onde se localiza a sede mas também nas 27 delegações distritais e nos 148 núcleos espalhados por todo o país.

Fonte: www.ibge.br/www.cruzvermelhasm.org.br/www.anossaescola.com

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