Dia do Sapateiro

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25 de Outubro

O ofício de sapateiro é muito antigo e de início era discriminado, comparado ao ofício de curtidores e carniceiros.

O cristianismo fez com que essa situação se reverte-se com o surgimento de três santos sapateiros: Aniano, sucessor de São Marcos como arcebispo de Alexandria (século I), e os irmãos Crispim e Crispiniano, martirizados em Saisson sob Domiciano.

Por muito tempo, os sapateiro continuaram trabalhando de forma artesanal. O início da uniformização e da padronização começou na Inglaterra, quando em 1305, o rei Eduardo I estabeleceu medidas uniformizadas e padronizadas para a produção de sapatos.

O Rei decretou que uma polegada fosse considerada como a medida de três grãos secos de cevada, colocados lado a lado.

Os sapateiros da época compraram a ideia e passaram a fabricar seus calçados seguindo as medidas do rei. Assim, um par de sapatos para criança que medisse treze grãos de cevada, passou a receber o tamanho treze.

A partir daí a padronização tornou-se uma tendência mundial. Na idade moderna, surgem e crescem o número de indústrias produtoras de sapatos. Hoje, os sapateiros artesanais têm que disputar com as grandes indústrias de calçados ou trabalham apenas com concertos.

O primeiro sapato – O primeiro calçado foi registrado na história do Egito, por volta de 2000 a 3000 a.C.. Trata-se de uma sandália, composta por duas partes, uma base, formada por tranças de cordas de raízes como, cânhamo ou capim, e uma alça presa aos lados, passando sobre o peito do pé.

Sapateiro

O ofício de sapateiro nasceu no momento em que o homem percebeu a necessidade de proteger seus pés.

O sapateiro é aquele que com arte e maestria, manuseia artesanalmente: sapatos, sandálias, chinelos, botas, etc., dando-lhes a limpeza, o arranjo e o tratamento adequado que garanta o bem-estar dos pés.

A profissão de sapateiro sobreviveu através dos séculos, sendo transmitida de geração à geração. Antigamente, os sapateiros, além de consertar sapatos, tinham também que fazê-los. Hoje em dia, ainda existe quem procure o artesão de mãos sábias, que faz renascer algo que para nós parece estar muito velho ou acabado.

O sapateiro precisa gostar e ter convicção ao escolher essa profissão tão tradicional, pois como diz a sabedoria popular: “é ingrata à profissão de sapateiro, o artista mete as mãos onde os outros colocam os pés”. Um sapateiro que utiliza o processo artesanal, ou seja, faz o calçado sob feito sob medida e à mão, torna-se muito conceituado e bem remunerado, pois o sapato é considerado uma jóia. Com a industrialização, houve um aumento pelo consumo de calçados e uma difusão do uso, sobre tudo com o aumento das populações urbanas. O processo de construção de formas individuais foi sendo ajustado a um maior número de pessoas, o que levou ao desenvolvimento de uma padronização deste produto.

Este processo foi conduzido pelas fábricas de formas, a partir de um esforço do setor e do governo, sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra, o que originou seus atuais sistemas de medidas padronizadas. É interessante ressaltar que a transformação das oficinas de calçados em indústrias, começou com o excedente de sapateiros que havia no mesmo período da expansão do capitalismo, e por isso, coube a ele, artesão sapateiro, executar todo o processo evolutivo do novo trabalho.

A etapa seguinte foi a da separação de tarefas, a divisão em operações simples e repetitivas que aos poucos foram sendo substituídas por máquinas. Neste momento, o antigo artesão sapateiro que dominava todo o processo de manual do trabalho, perdeu o controle de seu produto e também se tornou uma espécie de profissional em extinção. Também, nesse processo, existe a importância elaboração do projeto de criação do calçado, que através da especificação de desenhos, tamanhos e de todo conhecimento específico sobre as matérias primas, possibilitou a divisão do trabalho.

O processo de industrialização está intimamente ligado a uma transformação nos meios de produção artesanal, no mercado de trabalho, no perfil da profissão de sapateiro e na concepção do produto.

A data escolhida para celebrar o Dia do Sapateiro, é a mesma da festa dos seus santos padroeiros: São Crispim e São Crispiniano. Eles eram irmãos, nascidos em Roma e pertenciam a uma família cristã muito rica. Foram para a Gália, atual França, para propagarem a fé em Cristo, onde trabalharam como sapateiros.

Sapateiro – O artista dos pés

Cinco da manhã. O despertador emite um barulho repetitivo e ensurdecedor. José abre lentamente os olhos, senta na cama e desliga o frenético aparelho. Após fazer o sinal da cruz e entrelaçar os dedos das mãos, agradece por mais um dia e pede a benção do Divino. Na cozinha a mulher está com a mesa posta e, enquanto aguarda o marido, prepara o lanche das crianças. José senta-se a mesa e toma uma xícara de café passado com duas colheres de açúcar. Enquanto molha o pão com margarina naquele líquido escuro e amargo, organiza mentalmente as tarefas do dia.

Quando os primeiros raios de sol começam a surgir no horizonte e os galos, ainda tímidos, iniciam a sinfonia matinal, José está pronto para iniciar mais uma jornada de trabalho. O doce beijo da esposa sinaliza o momento de partir. A bicicleta Caloi, ano 72, está aposta esperando seu condutor.

As pedaladas lentas e compridas guiam a magrela em direção ao bairro Rio Branco, onde se localiza a fábrica de calçados femininos Requinte. Assim que chega ao seu destino, José fica por alguns minutos parado fitando a velha casa branca. A pintura descascada revela a implacável ação do tempo. Os finos e compridos filetes de rachadura confundem-se com as trepadeiras e, discretamente, dão a volta no antigo casarão. No topo da fachada o ano 1953, que antigamente servia para marcar com orgulho o início de uma grande e próspera indústria calçadista, ainda permanece com ar imponente.

José bate o cartão, cumprimenta os colegas, leva a marmita à geladeira e veste seu guarda pó azul claro manchado de cola. Já na sua mesa, afia a faca de corte com o charuto de pedra, pega um talão da prateleira do chefe e começa a cortar o couro marrom escuro conforme a referência indicada. Sua função é participar de todas as etapas de construção do sapato.

Da maior para a menor numeração, sempre com a instrução de economizar, ele segue a dança da navalha sobre aquele espesso e duro pedaço de matéria prima. Outros tecidos mais finos entram na fila e, um a um, ganham forma, transformando-se em pilhas de forros e palmilhas.

Por alguns minutos, cai em grande nostalgia ao relembrar o aprendizado do ofício. Seu pai fora sapateiro e tinha um atelier nos fundos de casa. Aos dez anos de idade José começou a ajudá-lo encaixotando os pares de sapatos. Com o passar do tempo, aprendeu a cortar forros e palmilhas. Sempre sendo supervisionado de perto, tomou gosto pelo trabalhou e iniciou os cortes com couro. No ano que completou 16 anos, seu pai se aposentou e encerrou com as atividades no atelier. Foi então que José partiu em busca de emprego.

Naquela época, Novo Hamburgo era considerada a Capital Nacional do Calçado e o Vale dos Sinos uma das maiores regiões coureiro-calçadista do Brasil. Oportunidades de trabalho não faltavam, ainda mais para quem tinha experiência na área. José chegou a ser supervisor de esteira. Mas, desde 2005, a região passa por uma forte crise no setor. Agora, está cada dia mais difícil ser sapateiro.

José está quase se aposentado. Falta só mais um ano, pensa ele, e volta a se concentrar nas suas atividades. Materiais cortados, é hora de serem chanfrados.

Agregam-se a eles fitas de reforço, metais, elásticos e os mais variados ornamentos utilizados no modelo. O cabedal está pronto. O calçado é encaminhado para a montagem. A sineta toca e os trabalhadores partem para o almoço.

Na fila do microondas José conversa com os colegas sobre o baixo volume de pedidos. O mercado chinês acabou com as horas extras e as viradas de noite.

Está na hora de pensar em trabalhar com outra coisa, mesmo aposentado, ele não pode ficar parado, mas fazer o que? Durante quarenta anos de sua vida sempre exerceu a mesma função.

O seu oficio: sapateiro. E dos bons! Em nenhum outro lugar do mundo existem pessoas que conhecem tão bem os detalhes da confecção de um bom sapato como aqui. Pensa ele.

Chega a sua vez. Quatro minutos são o suficiente para aquecer o feijão, o arroz e a carne de panela. José aprecia com gosto a comida da mulher. Quando está em casa sempre repete. Na mesa do refeitório, composta por vinte homens, os talheres movem-se rapidamente para lá e para cá. Quem senta na ponta tem a sensação de estar assistindo a uma dança de palhetas de pára-brisas durante um forte temporal.

As raspadas no fundo do pote indicam fim da refeição e início da pestana. Sobre caixas de papelão ou no refeitório, aqueles mais cansados estiram o corpo e fecham os olhos. Outros se arriscam no carteado.

Uma e meia. A sineta indica que tudo deve voltar a ser como antes do meio dia. O sol a pino disputa um duelo com a força das pás do ventilador. O mais forte vence e o calor faz as testas daqueles homens expelirem gotículas de suor.

O contraforte é preso ao sapato é posto por José no contraforte e a forma, entregue por Pedro com a palmilha de montagem presa em sua base, está pronta para ser selada com a torquesa e o espichador. Logo após a lixadeira entrar em ação está na hora de receber a sola. A colagem só fica uniforme se as duas partes forem para a sorveteira receber forte calor.

José retira o sapato da máquina e o leva para o torno, cola a palmilha, espera secar e dá o toque na escovadeira. E a missão se repete por toda a tarde. Sapato pronto, é a vez de Inácio colocar a bucha de papel de ceda e encaixotar os 100 pares produzidos durante todo o dia na fábrica. Há alguns anos eram mil. Seis horas da tarde. José faz seu trajeto de volta para seu lar.

Ao chegar em casa as crianças param de fazer o tema e correm ao seu encontro. São elas, juntamente com a esposa, que dão forças para José continuar, dia após dia, a sua digna batalha pelo alimento e pelo futuro de seus filhos. José se orgulha da profissão e do seu trabalho, ele ama o que faz. Este sentimento foi passado adiante, assim como seu pai o fez. O filho mais velho já disse: quando crescer quero ser sapateiro, igual ao papai!

Dia do sapateiro

Este trabalho enobrecedor nasceu quando o homem percebeu a necessidade de proteger e proporcionar conforto aos pés. Com arte, imaginação e maestria, desenvolvem artesanalmente sapatos, sandálias, chinelos, botas e etc. Tudo para o conforto e tranquilidade de quem os usará, garantindo o bem-estar dos pés.

A profissão de sapateiro perdurou e perdurará pelos séculos, sendo transmitida de geração à geração. Antigamente, os sapateiros, além de consertar sapatos, tinham também que fazê-los, sendo assim até os dias de hoje. Ainda existe quem procure o artesão de mãos sábias, aquele que com um “toque de mágica” faz renascer os espíritos antigos, que junto a atualidade, se fundem em um emaranhado de novas tendências, gostos e moda. Sem dúvidas, verdadeiros professores.

Um sapateiro que utiliza o processo artesanal, ou seja, faz o calçado sob medida e à mão é visto com outros olhos, pois o sapato é considerado uma relíquia.

Com a industrialização, houve um aumento pelo consumo de calçados e uma difusão do uso, sobre tudo com o aumento das populações urbanas. O processo de construção de formas individuais foi sendo ajustado a um maior número de pessoas, o que levou ao desenvolvimento de uma padronização deste produto.

Também, nesse processo, existe a importante elaboração do projeto de criação do calçado, que através da especificação de desenhos, tamanhos e de todo conhecimento específico sobre as matérias primas, possibilitou a divisão do trabalho, dinamizando e modernizando gradativamente.

O processo de industrialização está intimamente ligado a uma transformação nos meios de produção artesanal, no mercado de trabalho, no perfil da profissão de sapateiro e na concepção do produto.

A data escolhida para a celebrar o Dia do Sapateiro, é a mesma da festa dos seus santos padroeiros: São Crispim e São Crispiniano.

Que esta profissão sobreviva e que com o passar das gerações, continue a ser prestigiada, cada vez mais, contribuindo com a economia de nossa cidade, estado e país.

“Criatividade consiste apenas em perceber o que já está lá. Você sabia que os sapatos direito e esquerdo só foram inventados há pouco mais de um século?” Bernice Fitz-Gibbon

De acordo com estudos históricos, existem evidências que a utilização do sapato começou a partir de 10.000 anos antes de Cristo. Pinturas dessa época encontradas em cavernas na Espanha e no sul da França fazem referência à existência do calçado. Nas câmaras subterrâneas usadas para enterros no Egito, que têm idade entre 6 e 7 mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancamon usava sandálias e sapatos de couro.

Em Roma, o calçado indicava a classe social do usuário. O calceus, sapato fechado dos cidadãos, originou o nome calçado e não podia ser usado por escravos.

Os cônsules usavam sapato branco; os senadores, sapatos marrons. A numeração do sapato originou-se na Idade Média, na Inglaterra, quando o rei Eduardo I uniformizou as medidas, decretando que uma polegada correspondia a três grãos de cevada colocados um atrás do outro. Até a metade do século 19, os dois pés do sapato eram iguais. O primeiro par feito com pé direito e pé esquerdo apareceu entre 1801 e 1822, na Filadélfia.

A primeira referência à industrialização do calçado ocorreu em 1642 com o fornecimento de 4.000 pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército inglês. As campanhas militares dessa época iniciaram uma demanda muito grande por botas e sapatos. A fabricação em massa só começou a partir de 1760, quando foi construída a primeira fábrica de sapato nos Estados Unidos.

Em meados do século 19, começam a surgir as máquinas para auxiliar na confecção do calçado, mas só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível. A partir de 1940, grandes mudanças começam a acontecer na indústria calçadista com a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos. E, a partir de então, iniciou-se a saga calçadista na cidade de Birigüi. Em 1941, a família Tokunaga começava a produzir botinas e sapatões, na antiga Sapataria Noroeste. Em 1947, o senhor Avak Bedouian inaugurava a Indústria de Calçados Birigüiense com uma produção de 40 a 50 pares por dia. A partir de então, a revolução calçadista nunca mais parou. Outras cidades também deram início a essa atividade. Jaú, Franca e Novo Hamburgo são outros exemplos.

Muitos outros corajosos e valorosos homens se lançaram nessa jornada sem volta, enfrentando incontáveis dificuldades para, de sapateiros, transformarem-se em prósperos industriais. Com muito suor e perseverança, transformaram a cidade de Birigüi na capital nacional do calçado infantil, como hoje é mundialmente conhecida. Hoje, a indústria calçadista emprega milhares de anônimos trabalhadores diretos. Outros tantos milhares de trabalhadores e prestadores de serviços vivem em torno desse setor. Tudo por conta de um punhado de abnegados, sonhadores e corajosos homens.

A data escolhida para celebrar o Dia do Sapateiro, 25 de outubro, é a mesma da festa dos seus santos padroeiros: São Crispim e São Crispiniano. Eles eram irmãos, nascidos em Roma, e pertenciam a uma família cristã muito rica. Foram para a Gália, atual França, para propagarem a fé em Cristo, onde trabalharam como sapateiros. Por conta disso é que nas antigas sapatarias era comum vermos um quadro com a figura desses santos. Os industriais mais antigos da cidade ainda mantêm a tradição em suas modernas indústrias.

O artista mete as mãos onde os outros colocam os pés, diz o ditado popular. Muitos ainda devem se recordar da profissão de sapateiro, do pequeno e suarento cômodo, a boca cheia de tachinhas, sem poder engoli-las, batendo o martelo com a cabeça redonda no sapato colocado na fôrma, o cheiro do couro, as mãos machucadas, conversando e sonhando… Olhando para os santos protetores e pedindo forças para alçar vôos maiores, sem imaginar naquilo em que se transformariam. Sorte nossa!

Sapateiros: profissionais quase em extinção

Ofício, que já foi passado de pai para filho, virou raridade

Encontrar um sapateiro em Limeira é cada vez mais raro. A profissão, em alguns casos transmitida de pai para filho, já não é mais procurada pelos jovens. Com isso, a busca por serviços de reparo e modificação em calçados fica concentrada naqueles que desenvolvem o ofício há pelo menos dez anos.

“Levamos em média duas semanas para entregar um serviço”, disse o sapateiro Rafael Basseto, o Faé, de 49 anos. Ele está há 33 anos na profissão e aprendeu o ofício com seu pai. “Na época que comecei, o importante era trabalhar de alguma forma, então, meu pai me ensinou para que eu seguisse a sua profissão”, contou.

Faé acredita que, em alguns anos, já não haverá mais profissionais do ramo no município. “Estimo de 10 a 15 anos para não haver mais sapateiros na cidade, pois não temos mais jovens que queiram aprender o ofício e continuar nesse ramo”, considerou. “Sou um dos sapateiros mais novos e acredito que depois de mim poucos irão surgir, pois os jovens já não querem essa profissão”, comentou. Ele calcula que existam atualmente dez a 15 profissionais em Limeira.

Assim como Faé, Antônio Furlan, de 70 anos, 60 deles como sapateiro, considerou que logo não haverá mais esse tipo de profissional em atividade. Para Furlan, o principal problema é que muitos clientes não retornam para buscar o calçado depois de terminado o serviço. “Hoje em dia, nosso trabalho já não é mais valorizado, pois tem muito sapato barato nas lojas e facilidades para pagar, por isso algumas pessoas não voltam para buscar o sapato depois de pronto”, comentou.

Furlan começou na profissão ainda quando criança, aos 10 anos. “Em 1949, meu pai adquiriu um estabelecimento e um profissional me ensinou o que eu precisava para começar”, relatou. Durante a semana, saía do Grupo Brasil, onde estudava, e ia para a sapataria, cuidar de seu negócio. Por ser tão jovem, disse que trocou a diversão pelo trabalho. “Nunca sai, nunca passeei, pois sempre estive trabalhando. A profissão foi minha vida.”

Agora, Furlan deve se aposentar. “Já chegou a hora de parar, mas como vivo com uma simples aposentadoria, preciso continuar a trabalhar enquanto der”, relatou. Os filhos de Furlan não quiseram continuar com sua profissão e, assim, o sapateiro não tem para quem passar o seu ponto.

Por outro lado, Odair José de Carvalho, 59, sapateiro há 39 anos, tem em seu estabelecimento auxiliares, que devem levar adiante o trabalho em sua sapataria assim que chegar a aposentadoria. “A profissão pode se extinguir caso não haja pessoas interessadas em aprender o ofício”, disse. Mas até lá, Carvalho tem planos de criar um curso de sapateiros.

PROCURA MAIOR

De acordo com Faé, os serviços mais procurados são as trocas dos “saltinhos” de sandálias e botas femininas, troca do solado e bico de calçados, entre outras reformas, que incluem até mesmo substituições de zíperes em bolsas ou costuras. Ele vê que a falta de mais profissionais tem causado um excesso de trabalho aos que estão na atividade. “A demora para entregar é por que temos muito serviço”, disse.

Segundo Carvalho, em sua sapataria são recebidos de 45 a 50 pares de sapatos por dia. “É enorme a quantidade de pessoas que nos procuram diariamente, por isso tenho ajudantes para conseguirmos entregar tudo a tempo”, narrou. Mesmo assim, o prazo para entrega é de no mínimo uma semana para consertos mais simples, que varia conforme o serviço.

Sapateiro planeja ensinar ofício

O sapateiro Odair José de Carvalho, 59, aprendeu o ofício quando trabalhava em uma fábrica, a “Calçados Atlântida”, na época situada em Limeira. Com 14 anos, começou a trabalhar na empresa e foi se aperfeiçoando. “Eu era o tipo coringa, fazia todo tipo de função, então aprendi tudo relacionado a sapatos”, revelou.

Desde então, Carvalho passou a aproveitar as horas vagas em sua casa, sempre durante a noite, para fazer trabalhos ã parte. “Eu fazia serviços por conta e fui tomando gosto pela profissão, tanto que resolvi abrir meu próprio negócio”, contou. Com 20 anos, Odair já tinha seu empreendimento, que hoje recebe pelo menos 1.200 pares de calçados por mês.

Perto de se aposentar, ele afirmou que sonha ensinar seu ofício a jovens carentes. “Planejo daqui há alguns anos me aposentar e, para isso, as pessoas que hoje me auxiliam vão assumir meu negócio, mas quero continuar ensinando voluntariamente aquilo que sei para jovens que não têm uma profissão e se encontram desempregados.”

DESEJO

O sapateiro planeja firmar um acordo com entidades que abrigarão o curso de sapateiro. “Logo vou parar com as atividades e quero firmar um acordo com algum órgão ou com igrejas em comunidades carentes para oferecer aulas gratuitas a jovens. Além de dar continuidade à profissão, irei colaborar na formação social dessas pessoas”, comentou.

“É um desejo que possuo, já que tenho muito amor na minha profissão e, se Deus quiser, vou formar jovens sapateiros para a sociedade.”

Ele relatou que teve uma infância carente e as conquistas que teve como sapateiro são motivadoras para realizar o projeto. “Fui um menino pobre e hoje valorizo essa profissão que considero maravilhosa, que envolve até mesmo um lado artístico do profissional”, falou.

O Sapateiro

O sapateiro, como o nome nos diz, é uma pessoa que trata de sapatos. Tanto os faz, por medida, como os conserta, quando estão estragados.

Fazer um sapato não é nada fácil, é preciso juntar muitos elementos de maneira a que sejam confortáveis e fortes. Tem que se fazer a sola, cortar o couro juntar as duas partes, coser, pintar, polir e engraxar!

Dá muito trabalho! Por isso também é importante saber arranjá-los. Sempre que a sola está gasta vai-se de novo ao sapateiro para ele pôr solas novas.

Às vezes os sapateiros até aumentam o tamanho do sapato com umas formas especiais.

Fazem um trabalho tão bom que uns sapatos que lhes chegaram à loja com um ar muito velho saem de lá como novos, todos engraxados e brilhantes!

Sabias que há pessoas que precisam de sapatos especiais? Porque têm os pés sensíveis ou precisam de ser corrigidos. Para isso há sapateiros especializados!

A profissão

Os sapateiros atuais não são mais aqueles que fabricam sapatos, mas sim consertam. A profissão de sapateiro, como fabricante de sapatos, está praticamente extinta.

A importância dos sapatos não representa mais, em primeiro plano, a proteção. O uso do sapato passa a revelar fetiches, tendências e modas nas pessoas.

O sapato sob medida, entretanto, passou a ser coisa do passado. Mesmo assim, encontramos alguns remanescentes dessa técnica pelo caminho.

A razão desta extinção, se dá pela industrialização e produção em série, que tomaram conta do mercado. Neste caso, as pessoas não fazem mais sapatos personalizados, mas compram prontos nas lojas.

Da mesma maneira, esta relação se dá com a profissão sapateiro atual, ou seja, o que conserta. As pessoas estão preferindo comprar novos, ao invés de mandar consertar.

Mesmo assim, a partir dessa profissão, surgem outras mais modernas. Um exemplo são as lojas de conserto de tênis, que se adaptaram ao mercado.

Entretanto, resta saber se a profissão de sapateiro vai mesmo desaparecer ou se vai ser rearranjada.

Fonte: UFGNet/www.pmmg.6rpm.mg.gov.br/novohamburgo.org/www.amazonas.com.br/www.folhadaregiao.com.br/www.jornaldelimeira.com.br/ www.junior.te.pt/conta-gotas.podomatic.com

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