Dia do Cerealista

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01 de Agosto

A quantidade de livros existentes sobre teorias alimentares é enorme e cada uma das teorias justifica cientificamente premissas em muitos casos completamente contraditórias uma das outras.

Mas a maioria das “escolas” alimentares e nutricionais parece estar de acordo em relação a um ponto: é essencial consumir diariamente cereais, particularmente sob a sua forma integral ou semi-refinada.

Recentemente nos Estados Unidos, o governo americano decretou que as embalagens de cereais integrais devem ter um rótulo onde se explicam as vantagens destes alimentos e onde se indica que eles são preventivos de doenças como cancro, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras.

No entanto, à medida que a população assume consciência da importância destes alimentos, as indústrias começam a comercializar todo o tipo de produtos com cereais, mas onde em muitos casos a sua qualidade é duvidosa e os cereais são acompanhados de enormes quantidades de açúcar, laticínios e outros alimentos que provocam muitas das doenças que os cereais supostamente previnem.

Ingerir cereais todos os dias implica consumirmos produtos como arroz, massas, cuscus, pão, cevada, centeio, maçarocas de milho, flocos de aveia e muitos outros, em especial sob a sua forma integral. Nem é preciso citar a importância do cerealista como agente no combate a fome e a miséria, por comercializar produtos essenciais para o desenvolvimento humano.

A Humanidade evoluiu com os cereais e não existe nenhuma cultura civilizada que não os tenha utilizado como alimento principal: na Europa o trigo, a cevada, o centeio, o milho, em África o millet e o arroz, no Oriente o arroz, na América Latina o milho.

A nossa estrutura biológica, e particularmente a estrutura dentária e intestinal mostram que os cereais são o alimento por excelência da espécie humana: temos 32 dentes, dos quais 20 são molares (concebidos para moer grãos), 8 são incisivos (para cortar fibra vegetal) e 4 são caninos (para cortar fibra animal); os nossos intestinos são relativamente longos, muito maiores do que os intestinos de um animal carnívoro e mais pequenos do que um herbívoro e têm uma estrutura adequada para digerir particularmente a fibra dos cereais.

Os cereais integrais fornecem ao organismo uma nutrição adequada e recentemente descobriu-se que contêm serotonina, uma substância que acalma significativamente o sistema nervoso.

Também, os açucares presentes nestes alimentos são açúcares polissacarídeos, ou açúcares complexos, compostos por várias moléculas, que se desdobram lentamente no organismo e são absorvidos nos intestinos, fornecendo uma energia gradual e dando uma resistência enorme; quando comemos regularmente cereais conseguimos manter níveis de energia e vitalidade regulares e sentimo-nos muito menos cansados.

Infelizmente, e em particular desde a II Guerra Mundial o consumo destes alimentos decresceu de uma forma muito acentuada; não apenas isso, mas a qualidade dos cereais modernos é francamente má e a maioria das pessoas acaba por comer apenas pão branco, completamente desprovido de vitaminas importantes do complexo B e de proteínas, ou arroz ou massas refinadas, também deficitárias nos mesmos nutrientes.

HISTÓRIA DOS CEREAIS

Há milhares de anos que o Homem cultiva cereais, como um alimento básico da sua alimentação. Desde a Idade da Pedra, os cereais têm sido um alimento chave para o sustento do Homem.

Antes de serem introduzidos no Norte da Europa, foram cultivados pelos antigos Babilónicos, Egípcios, Gregos e Romanos.

Um dos maiores benefícios trazidos pelos cereais foi a possibilidade de serem armazenados durante todo o ano, de modo a que as comunidades primitivas pudessem semear e cultivar as suas próprias colheitas num mesmo local, em vez de serem forçados a andar sempre a mudar de local, para procurarem novos terrenos de caça.

Os cereais são colhidos em todo o mundo. Desde o desenvolvimento da panificação, os cereais tornaram-se não só uma parte essencial da alimentação, mas também uma mercadoria para ser vendida e mesmo usada como moeda de troca.

Com a revolução industrial do século XIX, o rendimento das culturas aumentou notoriamente e permitiu o desenvolvimento de novas técnicas de colheita e de fabrico de produtos derivados dos cereais.

Nos séculos XIX e XX assistiu-se a uma grande expansão dos produtos cerealíferos, incluindo o início da indústria produtora de cereais de pequeno-almoço.

Com o objetivo de melhorar a alimentação das populações dos Estados Unidos e da Europa, foram desenvolvidos vários tipos de cereais de pequeno-almoço, incluindo os flocos de cereais e os muesli, os quais desde então constituem uma parte integrante da nossa alimentação diária.

Do campo à taça de cereais!

  • Colheita
    Amadurecidas pelo sol, as matérias-primas de produtos cerealíferos – cevada, trigo, aveia, centeio, arroz e milho – são colhidas dos campos.
  • Armazenamento
    Os cereais são transferidos para grandes silos de armazenagem.
  • Moagem
    Os cereais, como o milho, o trigo e o arroz são moídos para se removerem partes que poderiam interferir no sabor. A aveia é seca, descascada, polida, cortada, limpa e seleccionada.
  • Melhorar o sabor
    Podem ser combinados ingredientes extra, tais como açúcar, malte, sal e cacau.
  • Cozedura por Extrusão e secagem
    A mistura é, então, conduzida até à extrusadora, onde é adicionada água e aplicado calor. Após esta fase, o produto é moldado e seco. De seguida, é pulverizado com um xarope à base de açúcares e outros ingredientes, como chocolate e mel. No final, o produto é novamente seco para retirar humidade final.
  • Controlo de Qualidade
    Cada uma das fases do processamento é cuidadosamente verificada e controlada.
  • Enchimento
    O produto final sai do secador para as máquinas de enchimento, onde é automaticamente distribuído de acordo com o peso, para as embalagens interiores.
  • Embalamento
    As embalagens interiores, já cheias com cereais, passam em tapetes rolantes e de seguida são introduzidas nas caixas de cartão.
  • Distribuição
    Os cereais são expedidos para os pontos de venda.

CEREAIS – UMA ESCOLHA SAUDÁVEL PARA O SEU PEQUENO-ALMOÇO

Os cereais de pequeno-almoço constituem uma escolha saudável para o pequeno-almoço porque:

Têm baixo teor de gordura
Os cereais de pequeno-almoço apresentam um baixo teor de gordura. Qualquer gordura presente nos cereais deriva naturalmente do grão e por isso é principalmente insaturada. A ingestão de gordura pode ser ainda mais reduzida pelo cuidado na escolha do tipo de leite utilizado com o cereal de pequeno-almoço.

Alguns são uma boa fonte de fibra e de cereais integrais.
Alguns cereais de pequeno-almoço contêm cereais integrais e são uma boa fonte de fibra alimentar, tanto solúvel (que reduz o colesterol), como insolúvel (essencial para um sistema digestivo saudável). Os cereais integrais são importantes, pois ajudam a proteger o organismo contra certos tipos de cancro e doenças cardiovasculares, assim como fornecem vitaminas, minerais e antioxidantes. A fibra promove a sensação de saciedade e, por essa via, pode ajudar a manter um peso saudável.

São boas fontes de vitaminas do complexo B e de minerais na alimentação
Alguns cereais, como é o caso da aveia, são naturalmente ricos em vitaminas do complexo B. Muitos cereais de pequeno-almoço são igualmente fortificados com outras vitaminas e minerais essenciais (como o ferro), o que pode ajudar a atingir as Doses Diárias Recomendadas (DDR). A fortificação dos cereais de pequeno-almoço baseia-se nas recomendações de nutricionistas de que o pequeno-almoço deve fornecer 20 a 25% das necessidades nutricionais diárias. Os cereais de pequeno-almoço constituem uma excelente forma de assegurar uma ingestão de cálcio adequada, quer em crianças, quer em adultos, uma vez que incentivam o consumo de leite (29). Alguns cereais são fortificados com cálcio, o que constitui uma outra forma de aumentar a sua ingestão.

Fornecem uma mistura complexa de diferentes tipos de hidratos de carbono, de absorção rápida e lenta.
Uma adição moderada de açúcar ajuda a proporcionar energia de manhã, sendo também utilizado para melhorar o aroma, a textura e o sabor dos alimentos. Ao mesmo tempo, é importante não se verificar um consumo excessivo de açúcar. As recomendações atuais vão no sentido de se consumir menos de 10% das necessidades energéticas de açúcar adicionado.

Contribuem em pequena quantidade para a ingestão diária de sal
Os produtores de cereais de pequeno-almoço têm vindo a trabalhar há já vários anos de forma a reduzir a quantidade de sal adicionada durante o processo de fabrico.

Nutricionalmente, mas não energeticamente densos
Os cereais de pequeno-almoço são alimentos nutricionalmente densos – fornecem uma quantidade relativamente pequena de calorias (energia), face à significativa contribuição para a ingestão de nutrientes essenciais.

Fáceis e rápidos
Colocar leite numa taça de cereais, demora apenas um minuto!

OS CEREAIS DE PEQUENO-ALMOÇO:

Têm baixo teor de gordura

Alguns são boa fonte de fibra e de cereais integrais

Fornecem uma mistura complexa de hidratos de carbono

Contribuem em pequena quantidade para a ingestão de sal

São nutricionalmente mas não energeticamente densos

São fáceis e rápidos!

GLOSSÁRIO

Alegações de saúde – são genericamente entendidas como sendo frases, símbolos ou outras representações que descrevem a relação entre a alimentação e a saúde, incluindo a diminuição do risco de doenças, associada ao consumo de certos géneros alimentícios.

Alimentos fortificados – são alimentos aos quais foram adicionados vitaminas e/ou minerais essenciais (quer o nutriente exista naturalmente ou não no alimento) em níveis superiores aos que existam naturalmente ou após restituição. Os nutrientes são adicionados para melhoria da contribuição nutricional do produto na alimentação.

Cereais integrais – são grãos de cereais em que o farelo, o gérmen e o endosperma estão presentes nas suas proporções naturais, em contraste com os cereais refinados, que podem perder algumas camadas do grão durante o processamento.

Doses Diárias Recomendadas – conhecida como DDRs, são recomendações para a ingestão de nutrientes, que definem a quantidade de um certo nutriente necessária para a maioria dos indivíduos se manter saudável. São diferentes para crianças, adultos, homens e mulheres.

Farelo – camada exterior do grão de cereal. Embora seja a camada que contém mais fibra, esta é removida durante a moagem, para se produzir farinha branca.

Hidratos de Carbono – os hidratos de carbono podem ser de 2 tipos: açúcares simples e amido. Aproximadamente 50% da energia para o nosso organismo deve ser proveniente dos hidratos de carbono. Os alimentos ricos em hidratos de carbono incluem o arroz, o pão, os cereais, a fruta e os produtos hortícolas.

Índice de Massa Corporal – O IMC é um número calculado a partir da altura e do peso do indivíduo. O IMC é um indicador fiável da gordura corporal para a maioria das pessoas e é utilizado para monitorizar as categorias de peso que podem condicionar problemas de saúde.

Níveis de açúcar no sangue – açúcar no sangue é um termo utilizado para referir os níveis de glicose no sangue. A concentração de açúcar no sangue, ou nível de glicemia, é rigorosamente regulado no organismo. A glicose transportada pela corrente sanguínea é a primeira fonte de energia para as células do organismo.

Proteínas – nutrientes que consistem em pequenas unidades denominadas aminoácidos que, quando combinados entre si, podem formar diferentes tipos de proteínas. Os aminoácidos são utilizados pelo nosso organismo na substituição de tecidos, assim como no desenvolvimento de músculos, cabelo, unhas e pele. Os aminoácidos participam na formação de sangue e ajudam a produzir anticorpos para combater doenças. Alimentos ricos em proteínas incluem o leite, o peixe, a carne, os frutos secos, o queijo e os ovos.

Valores Diários de Referência – são valores baseados em valores alimentares de referência. São orientações para adultos e para crianças saudáveis, sobre a quantidade aproximada de calorias, gordura, gordura saturada, hidratos de carbono, açúcares totais, proteínas, fibra, sal e sódio necessários para uma alimentação saudável. Não devem ser utilizados como metas individuais, mas como valores de referência, em relação aos quais a contribuição por porção de um género alimentício pode ser aproximadamente avaliado no contexto global da alimentação.

Os cereais : pequena introdução

São cultivados há muito tempo. Há as grandes estrelas e os outros, um pouco mais esquecidos. Há até novos cereais, criados há pouco tempo pelo Homem.

A grande família dos cereais

Os cereais são plantas cultivadas pelos seus grãos. São utilizados para a alimentação humana e animal. A família dos cereais é composta por plantas muito diferentes. Entre elas, o trigo é o cereal mais universal. É cultivado em todo o mundo.

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Trigo no princípio do século

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O trigo é o cereal mais nobre. É preciso distinguir o trigo
duro e o trigo mole.

O centeio adapta-se a terrenos difíceis (nomeadamente os ácidos). Com o centeio, faz-se o pão escuro. É muito comum na Dinamarca, na Alemanha, na Suécia, na Finlândia e em Portugal.

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A cevada tem um grão mais longo do que o trigo. A sua espiga tem longas barbas. É principalmente utilizada na
alimentação animal e no fabrico de cerveja.

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A aveia é principalmente cultivada para consumo animal : o cavalo é o seu principal admirador. Também encontramos
aveia nos mueslis do pequeno-almoço e nas papas britânicas.

As culturas de milho, arroz e sorgo exigem temperaturas mais altas. Estas culturas são praticadas no Sul da União Europeia.

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O sorgo é cultivado para a alimentação animal.

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O milho é uma planta alta, muito exigente com a temperatura.

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O arroz precisa de muita água, calor e luz.

O último a chegar : o triticale

Quando temos dois cereais muito bons, como o trigo, que é muito rentável, e o centeio, que é muito rústico*, porque não juntar as qualidades dos dois na mesma planta ?

Foi o que fizeram os cientistas há vinte anos, quando criaram o triticale, uma mistura entre o trigo (nome científico : Triticum) e o centeio (nome científico : Secale).

Criou-se assim uma nova planta, a que se dá o nome de « híbrida , porque foi criada a partir do cruzamento entre duas espécies diferentes. O seu nome mostra a sua origem ! Este novo cereal substitui muitas vezes o centeio e é mais produtivo

* ! É utilizado principalmente na alimentação de animais.

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Triticale

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A ceifa : Ceres ensina a agricultura ao rei Triptólemo, cujo filho alimentava.

O trigo, o cereal da alimentação europeia

O trigo é cultivado em todos os países da União Europeia. O trigo acompanha-nos todos os dias.

O trigo pode ser duro ou mole

Um grão de trigo contém principalmente dois produtos: o amido e o glúten.

O amido é um produto de reserva para a semente.

Serve para o desenvolvimento do gérmen na altura da germinação*: o amido é energia concentrada.

O glúten é uma proteína*. Se puderes, prova alguns grãos de trigo, fica algum tempo com eles na boca e mastiga-os bem: vais ficar com pastilha elástica !

A explicação?

Quando mastigas, a tua saliva elimina o amido dos grãos, ficando apenas o glúten, uma matéria elástica. É o glúten que dá flexibilidade ao miolo do pão e às massas depois de cozidas.

O trigo mole

A qualidade de um grão de trigo depende do seu teor de proteínas* (o glúten). A qualidade das proteínas varia de acordo com a variedade de trigo utilizada.

Se o grão for rico em glúten, é reservado ao fabrico de farinha de padeiro.

Se o grão for pobre em glúten, é utilizado em pastelaria.

As variedades de qualidade média são reservadas para a alimentação animal.

O grão de trigo

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O trigo mole tem um grão farinhoso, rico em amido. Serve para fazer pão (indústria de panificação) e bolachas.

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O trigo duro tem um grão rijo. É utilizado no fabrico de sêmola e massas.

Os trigos duros dão-se melhor no Sul da Europa ; são principalmente produzidos por agricultores do Mediterrâneo para o fabrico de massas. Quanto aos trigos moles, são cultivados em todo o lado onde se produz o pão branco !

Do grão à farinha

Moer o grão é uma atividade tão antiga como cultivar o trigo: as duas atividades sempre andaram ligadas. Antigamente, o vento, a água e os animais eram usados para fazer girar os moinhos.

Nos nossos dias, as mós continuam a girar, mas a técnica evoluiu: agora é a eletricidade que faz funcionar as fábricas de moagem.

Da farinha ao pão

Antigamente, o pão tinha um papel muito importante na alimentação: muitas vezes, era o alimento principal do dia. Há 100 anos, comia-se 500 g de pão por dia !

Atualmente, consome-se menos de 150 g por dia !

É verdade que comemos muitas outras coisas…

Atenção ao glúten

Algumas crianças, principalmente as mais novas, não podem comer glúten: são alérgicas a esse produto e a sua ingestão pode ser perigosa.

Por isso, em alguns alimentos para bebé, está escrito: não contém glúten .

Essa alergia normalmente desaparece à medida que a criança vai crescendo.

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As respigadoras

Este quadro ilustra um direito concedido aos camponeses pobres há muito tempo: eles podiam colher as espigas de trigo esquecidas após a colheita.

Muitas vezes, eram as mulheres e as crianças que faziam essa recolha.

Com os cereais não se faz só pão !

Sabemos que o trigo e o centeio são usados para fazer pão.

Mas, atualmente, os cereais são produzidos para muitos outros fins: os cereais transformaram-se mesmo numa matéria prima para as indústrias.

Uma utilização muito antiga : a produção de cerveja

A cerveja já existia no tempo dos Egípcios. Os Gauleses também tinham a sua cervoise.

A cerveja é fabricada em todos os países, mas alguns são particularmente conhecidos: a Alemanha, a Bélgica, a Irlanda, a Dinamarca…

Seja qual for a sua cor e o seu sabor, o processo é o mesmo: fermenta-se* a cevada germinada.

Como se faz a cerveja ?

Os fabricantes de cerveja fazem germinar a cevada: o amido do grão transforma-se então num açúcar que pode ser usado pelo gérmen. Esse açúcar chama-se maltose.

Quando o gérmen sai do grão, ao fim de alguns dias, o fabricante de cerveja entra em ação: ele pára a germinação e elimina o gérmen.

Ficam então as sementes inchadas, que estão cheias de maltose: é o malte que se fez fermentar*.

O fabrico de cerveja pode então começar: aquece-se o malte para o caramelizar, misturam-se outros cereais como o trigo e doseia-se a quantidade de lúpulo.

É o segredo dos fabricantes de cerveja: cada cerveja tem a sua receita.

Para o fabrico de cerveja, são utilizadas variedades de cevada de grande qualidade. São cevadas para as fábricas de malte, que são diferentes das cevadas reservadas à alimentação animal.

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Especialidade escocesa (e irlandesa).

É também com a cevada que se fabrica o uísque.

Uma alimentação melhor para os animais

Antigamente, dava-se aveia aos cavalos, e as galinhas comiam todo o tipo de sementes. Atualmente, empresas especializadas fabricam alimentos com o objetivo de fazerem uma boa ração. Sabemos o que cada animal precisa, dependendo da sua idade e do que cada um produz. Aveia, triticale, trigo, milho, sorgo e ervilhas entram na composição desses novos alimentos. Alguns trigos estão reservados apenas à alimentação animal. Os cereais dão muita energia. Enriquecidos com proteínas* (soja, ervilha), são o complemento ideal das forragens*.

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Os usos do amido

O amido* encontra-se nos grãos de trigo, de milho, de arroz e nos tubérculos de batata. É extraído das sementes ou dos tubérculos para ser utilizado na indústria.

Usos alimentares

Utilizamos o amido para preparar um molho, para o tornar mais grosso e suave. Os industriais que preparam pratos cozinhados fazem o mesmo. Em confeitaria, os moldes usados para fabricar os bombons são feitos de amido de arroz.

Usos industriais

Os maiores utilizadores de amido são os fabricantes de papel. Utilizam principalmente o amido de batata, que dá ao papel o seu brilho. As indústrias químicas utilizam o amido de trigo e de milho para o fabrico de colas, de fraldas para bebés, de plásticos biodegradáveis, de detergentes… O amido de trigo é utilizado para o fabrico de biocarburante* (o bio-étanol).

O milho, uma planta de muitos recursos

Cresce rapidamente e alimenta os animais e os homens.

Fornece também matérias primas aos industriais: é possível obter mais de 100 produtos diferentes a partir do milho.

Se comeres pipocas, estás na verdade a comer uma variedade* especial de milho, cujos grãos explodem quando recebem calor. É melhor colocar uma tampa no tacho se fores tu a fazer as pipocas !

Quando comes milho em salada, estás a comer uma variedade* de milho doce. Nesse caso, os grãos são colhidos antes de estarem maduros. Ainda está mole e pode ser comido em salada.

Para a polenta, deves utilizar o milho « grão » clássico. Estes grãos de milho foram moídos para fazer a sémola. Podemos igualmente utilizar a farinha de milho para fazer pão.

O cereal das civilizações ameríndias

O milho é originário dos países da América Central e do Sul. Continua a ser um alimento quotidiano nestes países. O milho é a base da alimentação de um em cada cinco habitantes a nível mundial. Esta planta foi descoberta pelos europeus durante as expedições de Cristóvão Colombo, embora fosse já consumida há milhares de anos pelos Índios da América.

O milho nos nossos dias : um híbrido

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As variedades cultivadas atualmente são híbridas*, ou seja, plantas que surgiram de cruzamentos de diferentes tipos de milho. Os especialistas da produção de gramíneas tentam reunir, numa mesma variedade*, as qualidades das várias variedades existentes. Mas se o agricultor voltar a semear o seu milho híbrido, vai obter uma cultura muito estranha ! Os milhos obtidos são diferentes uns dos outros, havendo grandes e pequenos, fortes e frágeis… Com efeito, ele encontra todas as variedades que foram utilizadas para criar o híbrido. Assim, o agricultor é obrigado a comprar sementes todos os anos.

Os produtores de milho para ensilagem

São os agricultores que semeiam o milho para a colheita da planta inteira, tendo em vista a alimentação dos animais. Esta cultura é praticada principalmente nas regiões de produção leiteira.

Mas como podemos armazenar este milho e mantê-lo até à Primavera seguinte ? Fazendo a ensilagem, um método eficaz de conservação que permite alimentar as vacas durante todo o Inverno, até serem levadas para os novos pastos. O milho é colhido antes de amadurecer porque se estiver maduro e seco de mais a vaca não consegue digeri-lo.

A máquina de ensilagem corta e tritura em pequenos pedaços, metendo-os depois num reboque. Os tratores levam-nos até à quinta para serem ensilados.

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O milho triturado é colocado em grandes covas.

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Um trator muito pesado empilha todo o milho, para retirar o ar. O milho ensilado é tapado com toldos de plástico.

O ar é o inimigo da ensilagem. Se entrar em contato com o ar, o milho apodrece, mas, pelo contrário, se não se deixar entrar ar, o milho vai fermentar*. Depois, pode conservar-se durante meses. Todas as manhãs o criador vai buscar a quantidade de que precisa para alimentar os seus animais.

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Os produtores de milho para a obtenção do grão

Neste caso, o milho é cultivado pelo seu grão. Apenas o grão é colhido. É ceifado como os outros cereais. Como o milho em grão exige muito calor, encontramo-lo essencialmente nos países mediterrânicos. Ele é, por vezes, utilizado na alimentação humana, embora seja mais frequentemente destinado ao gado.

Quando o grão está muito húmido para ser utilizado ou conservado, é necessário secá-lo.

Esta secagem é feita em silos* ventilados ou em reservatórios ao ar livre: trata-se de grandes caixas resguardadas, que muitas vezes vemos nos campos, os crivos. Estes crivos são sempre construídos de frente para o vento …a secagem é feita naturalmente !

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Em Espanha, mais precisamente na região da Galiza, o milho era conservado em pequenas cabanas construídas em lugares altos. Os pilares das cabanas terminam em grandes rodas em pedra na ponta, para impedir a entrada de roedores e outros devoradores de milho…

História dos Cereais. O que são?

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Cereais

São espécies de ervas cuidadosamente cultivadas, para que produzam grandes quantidades de sementes. Essas sementes são conhecidas como grãos.

Quando o homem primitivo descobriu como desenvolvê-las, pôde fixar-se em determinada região ao invés de percorrer sem descanso vastas áreas em busca de alimento.

Esta descoberta tornou possível a construção de cidades e o começo do que hoje chamamos de civilização.

Os cereais foram, originalmente, cultivados nas terras do Fértil Crescente, que incluíam os vales dos rios Eufrates, Tigre e Nilo.

O nome cereal vem de Ceres, a deusa da agricultura. O trigo é o cereal mais usado para fazer o pão.

O trigo, a cevada, a aveia e o centeio crescem principalmente nas zonas temperadas do mundo: Estados Unidos, Canada, Europa e CEI.

arroz é produzido em zonas mais quentes e úmidas, como China, Índia, Pasquitao e Birmânia .

O milho é também bastante cultivado nos Estados Unidos, na América do Sul e  na Índia.

A LENDA DA DEUSA CERES

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DEUSA CERES

Mitologia Latina

Entre os romanos, a deusa da colheita chamava-se Ceres. Seu equivalente na Grécia era Deméter, irmã de Zeus. Ceres amava ardentemente sua filha Perséfona (chamada Proserpine entre os romanos). Certo dia, enquanto Perséfona colhia flores no campo, foi raptada por Hades, deus dos infernos.

Ceres procura-a dia e noite, pelo mundo inteiro, até que finalmente se encontra com o Sol, que lhe conta o rapto de sua filha. ‘A vista da afronta e tomada de cólera contra a Terra, nega-se a permitir que nela cresçam os grãos e os frutos. Zeus finalmente resolve interceder junto a Hades para
que devolva Perséfona, desde que esta nada houvesse comido enquanto no inferno.

Desgraçadamente, porém, havia comido os grãos de uma romã e por isso só lhe foi permitido passar seis meses do ano com sua mãe e os outros dois no inferno. Perséfona simboliza as sementes que permanecem sob a terra meio ano e depois frutificam sobre a mesma.

A palavra cereal deriva-se do nome da deusa romana Ceres, a quem os romanos dedicavam, no mês de abril, grandes festas que duravam uma semana. O famoso templo de Eleusis, na Grécia, era dedicado ao culto de Deméter.

Ceres = deusa romana da colheita e da agricultura, filha de Saturno e Cibele = Corresponde à deusa grega Demeter. Foi-lhe consagrado um templo no Aventino. Dois jogos decaráter helênico e plebeu realizavam-se em sua honra anualmente, de 12 a 19 de abril.

Ceres

Ceres era a deusa da Terra e a deusa do milho. Sua filha foi Proserpine.

Pluto se apaixonou por Proserpine e a carregou para o mundo subterrâneo.

Ceres a procurou por toda parte, mas não consegui encontrá-la.

Eventualmente, Ceres se recusou a deixar as plantas crescerem e todo mundo começou a morrer de fome. Assim, Pluto admitiu que tinha Proserpine, mas disse que ela somente voltaria para casa se ela nunca comesse a comida da Morte. Proserpine quase não comia nada de modo a ficar tão doente por ter sido mantida no subterrâneo, mas tinha comido seis sementes de uma romãzeira. Assim, ela podia ir para casa durante seis meses por ano, mas teria que retornar ao seu marido pelo resto do período anual. Ceres então interrompeu todo crescimento das plantas enquanto
isso acontecia. Surgiu assim o inverno.

Ceres era a antiga deusa latina da vegetação, cuja divindade emergiu completamente com a da deusa grega Demeter.

CERES (Ceres-eris)- deusa romana da fertilidade da terra, nomeadamente dos cereais. Era o equivalente da deusa grega Démeter; era a deusas dos cereais, das searas, do campo, da agricultura.

Ceres – a deusa da agricultura.

A antiga deusa italiana da Agricultura, dos grãos, e do amor que uma mãe dedica a seus filhos. O culto a Ceres foi originalmente muito ligado com o de Tellus, a deusa da Terra. Na mitologia antiga, Ceres é identificada como a deusa grega Demeter. Ela á a filha de Saturno e a mãe de Proserpina.

Ceres possuía um templo no monte Aventine, onde ela era adorada juntamente com Liber e Libera. Sue festival, a Cerealia, era celebrado em 19 de Abril. Ceres é representada em gravura portando um cetro, uma cesta com flores ou frutas, e uma grinalda feita com espiguetas de milho.
Outro festival era o Ambarvalia, iniciado em Maio.

Mitologia grega

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DEUSA CERES

Nascida dos Titãs, Demeter era a irmã de Zeus e a outra filha de Cronus e Rhea.

Seu nome significa : “mãe-cevada” ou “mãe-terra” e deusa da fertilidade . Ela é também conhecida como Ceres ( Romana ) e algumas vezes como Deo. Demeter é muitas vezes vista segurando uma haste de cereal ou milho, algumas vezes como uma tocha, coroa ou cetro. Sagrados a ela eram as criações e os produtos agrícolas ( com ênfase no milho ) , papoula, narciso e o grou.

Teve muitos amores, incluindo seu irmão Zeus. Uma de seus filhos foi Persephone ( com Zeus ) , que foi raptada por Hades. Iasion foi entre os mais atraentes. Demeter se apaixonou por ele e eles viveram em um relacionamento triplo. É dito por muitos que foi por isso que Zeus o matou com um raio, mas outros dizem que ele foi destruído por seus cavalos.Contudo, muitos dizem que Demeter sentia falta de seus cabelos grisalhos.

Hades rapta Persephone

Persephone e Demeter estavam colhendo flores em uma campina quando Hades agarrou Persephone e em sua carruagem a levou para o subterrâneo. Tudo aconteceu tão rápido que Demeter não teve idéia de onde Persephone poderia ter ido. Hades ( deus do sub-mundo ) a enganou.

Hades ofereceu a Persephone as sementes de uma romanzeira que ela aceitou. O ato de ingerir sementes de romanzeira simboliza a consumação de seu relacionamento e é considerada como esposa de Hades.

Padecimento de Demeter

Demeter parecia em sofrimento devido a perda de sua filha, procurando por ela por todo mundo em vão. Em seu padecimento Demeter deixou a terra estéril ( inverno). Além disso, ela se recusou a deixar as sementes germinarem na terra escura e todo o mundo começou a passar fome.

Até mesmo os deuses padeceram pela falta de dádivas e sacrifícios. Zeus enviou Íris e outros deuses para intercederam junto a ela, mas Demeter não cedeu.

Finalmente, com a ajuda de Hekate e Helios, ela ficou sabendo do sequestro de sua filha e descobriu que isso tinha sido aprovado pelo próprio Zeus.

Retorno de Persephone

Finalmente, Zeus enviou Hermes até Hades, de modo a propor ao senhor do sub-mundo que ele libertasse Persephone e a deixasse vir até sua mãe.

Hades concordou relutante mas primeiro tramou para que Persephone provasse um pedaço de alimento – preparado com sementes de romanzeira – somente para assegurar, por uma espécie de divina simetria, que ela sempre deveria passar um terço de todo ano com ele (durante o inverno).

E assim Persephone foi capaz de deixar o sub-mundo e retornar para a luz, onde se reuniu finalmente com sua mãe, e somente quando Persephone retornava a ela, seis meses por ano, ela deixava a terra se tornar fértil outra vez ( verão ).

Alguns foram punidos por Demeter

A Erysichthon, Demeter enviou a fome por ter cortado um carvalho sagrado. Assim, quanto mais ele comia mais fome sentia. Ao final ele acabou comendo a si mesmo e morreu.

Triopas: rei dos Tessalios demoliu o templo de Demeter, construído pelos homens. Assim, por ter destruído o templo de Demeter, a fome foi trazida a ele e ele nunca mais conseguiu se satisfazer por qualquer quantidade de alimento.

Misterios Eleusianos

Havia um movimento religioso na Grécia antiga, dedicado a Eleusis. Os ritos sagrados, que celebravam o seqüestro de Persephone e seu retorno a sua mãe Demeter, simbolizando o ciclo anual de morte e renascimento na natureza, tanto quanto a imortalidade da alma. Dionysius era também muito glorificado durante o festival. Sua adoração envolvia ritos de fertilidade e ritos para a morte, e seu mais importante festival era a Cereália, em alegria pelo retorno da filha. Demeter fez com que a terra se cobrisse de flores, frutas e grãos durante a primavera. Seu pesar retornava em cada outono quando Persephone tinha que retornar para Hades. O inverno era lembrado como a manifestação anual da penúria de Demeter.

Ceres ou Deméter, a Mãe Terra.

Na mitologia grega, Ceres(Deméter) era a responsável pelo amadurecimento anual do grão de ouro,o trigo, e ao final do verão, o povo lhe rendia graças pela fartura que o solo havia lhes proporcionado. Ela regia os ciclos da natureza e de todas as coisas vivas. Presidia a gestação e o nascimento da vida nova e abençoava todos os ritos do matrimônio como meios de perpetuação da natureza.

Ceres é uma deusa matriarcal, a imagem do poder das entranhas da terra, o qual não necessita de nenhum reconhecimento espiritual dos céus.diz-se que ela ensinou aos homens as artes de arar, plantar e colher, e às mulheres, como moer o trigo e fazer o pão.

Ceres morava com a filha, Perséfone, alheias, aos conflitos e disputas terrenas, na mais completa harmonia. Entretanto certo dia, essa vida tranqüila e feliz foi violentamente alterada. Perséfone saiu para passear e não voltou mais. Angustiada, Ceres procurou pela filha em todos os lugares, mas, para seu espanto, Perséfone havia sumido sem deixar vestígios. Finalmente, depois de anos e anos de busca desesperada e muita tristeza, Ceres ficou sabendo o que acontecera à filha.

Hades, o tenebroso senhor das trevas, havia se apaixonado perdidamente por Perséfone e subira a superfície da terra em sua majestosa carruagem, puxada por imponentes cavalos negros, e a raptara.

Enfurecida , Ceres ordenou que a terra secasse, recusando-se a devolverlhe abundância, porque não conseguia aceitar as mudanças bruscas em sua vida. Mantinha-se irredutível, embora Perséfone tivesse comido de boa vontade os grãos de romã( a fruta das trevas) e Hades, a tratasse com todas as honras de rainha. Nada a faria mudar e o mundo estava condenado a perecer por falta de alimentos. Finalmente, e graças à intervenção, do astuto e bondoso Hermes, chegaram a um acordo. durante nove meses do ano, Perséfone viveria com sua mãe, devendo retornar para o marido nos três outros meses.

Embora o acordo fosse mantido, Ceres nunca se conformou totalmente com a perda da filha e todos os anos, nos três meses em que Perséfone estava ausente, a Mãe Terra chorava e se lamentava. As flores desapareceriam, as folhas caíam das arvores e a terra se esfriava e não produzia nada. Entretanto, todo ano, no regresso de Perséfone, iniciava-se a primavera…

Fonte: Instituto Macrobiótico de Portugal/www.afloc.eu/www.ceja.educagri.fr/ ihaa.com.br/www.confaeab.org.br

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