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15 de Abril – Dia da Conservação do Solo
A comemoração do Dia da Conservação do Solo, em 15 de Abril, se deve a data de aniversário norte-americano Hammond Bannett, o maior estudioso na área da conservação dos solos, nos Estados Unidos.
Considerado conservacionista, Hugh pesquisou muito sobre essa área, produziu conhecimento e publicou vários trabalhos, ajudando na recuperação de solos degradados. Foi muito premiado durante o século XX pelos seus trabalhos.
É importante lembrar que o solo não pode ser lembrado apenas nessa data comemorativa. Ele faz parte das nossas vidas, pois é dele que nós obtemos a comida para viver. É necessário o cuidado diário, em todas as esferas, para que o solo seja bem cuidado e preservado, evitando futuros problemas para a natureza e população.
Portal São Francisco
15 de Abril
Durante a década de 1980, o mundo viveu um rico período de produção de gêneros alimentícios, como resultado do avanço tecnológico, sobretudo no campo.
Esse fenômeno, chamado de “revolução verde”, foi uma época de grande progresso para a humanidade. Hoje, há uma gradual perda de produtividade. A fome vem se instalando em diversos lugares, a começar pelos países mais pobres. Se, por um lado, a evolução tecnológica do campo permitiu haver aumento de produtividade, de outro, a exploração irracional do solo está promovendo a sua degradação contínua, o que pode provocar um fenômeno inverso à revolução verde.
Infelizmente essa é uma realidade já prevista por diversos institutos e centros de pesquisa criado para desenvolver programas de conservação do solo no Brasil e no exterior, em busca de fórmulas que evitem tal catástrofe. Segundo esses órgãos, a ação humana está diretamente relacionada à degradação do solo, contribuindo para o esgotamento de nutrientes e para a erosão de solos abandonados ou mal cultivados.
Os números têm sido alarmantes nos últimos anos, pois apontam que a degradação do solo já reduziu significativamente a produtividade de um quinto das áreas cultivadas no mundo todo. A América Central aparece em primeiro lugar, com três quartos de terras seriamente deterioradas. O Nordeste brasileiro é outra área em que os índices não são dos melhores.
Segundo o maior estudioso do solo, no Brasil, o pesquisador Altir Corrêa, o crescimento da população, a urbanização e a falta de cuidados com o solo nos países em via de desenvolvimento devem provocar um aumento notável da procura de alimentos de origem animal. Os governos e a indústria devem preparar-se para essa revolução contínua, com políticas de longo prazo e investimentos.
Entre os principais fatores que contribuem para a degradação do solo, estão as causas naturais – como o clima, que provoca erosão – e as causas artificiais, ligadas à intervenção do ser humano. Mesmo as causas naturais sofrem a influência humana. O clima árido, por exemplo, pode ser provocado pelos poluentes despejados na atmosfera, fato que eleva a temperatura global. O desmatamento e as queimadas são também fatores importantes que desestruturam o solo, deixando-o vulnerável à erosão.
Em virtude de a intervenção humana não só potencializar os fatores naturais de degradação do solo, como também acelerar esse processo por meio de uma exploração irracional dos meios naturais, é necessário encontrar saídas para proteger esse patrimônio, para que as futuras gerações não sofram com a fome.
Conservação do Solo
A data de 15 de Abril foi escolhida para o Dia da Conservação do Solo em homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (15/04/1881- 07/07/1960), considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos, o primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos daquele país. Suas experiências estudando solos e agricultura, nacional e internacionalmente, fizeram dele um conservacionista dedicado. Também pela capacidade de comunicação de seus textos, muito conquistou para a causa mundial da conservação.
O solo, também chamado de terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos, ele atua como suporte à água e ao ar e sobre ele construímos as nossas moradias.
O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo e a ajuda dos organismos vivos (fungos, liquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até que viram um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral.
Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais (como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem) passam a ajudar no desenvolvimento do solo.
Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta. Além disso, os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
A composição do solo
O solo é composto de quatro partes: ar; água; matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); parte mineral (que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o barro que gruda no sapato e o limo que faz as pessoas escorregarem).
Os quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.
Dentro do solo existem pequenos furinhos, que chamamos de poros do solo, onde ficam guardados a água e o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar.
Como numa esponja que usamos para tomar banho, existe água e ar dentro do solo.
Como o solo é estudado e organizado
O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho: areia (a parte mais grosseira); silte (uma parte um pouco mais fina, ou seja o limo que faz escorregar) e argila (uma parte muito pequena que para ser visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja, a mesma que gruda no sapato). Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma organização. Como num bolo de aniversário que tem várias camadas, o solo também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo.
Como os solos se apresentam na natureza
As grandes diferenças na vegetação e nas plantações são em grande parte decorrentes dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza. Essa diversidade de solos reflete as variações dos fatores de formação que ocorrem na natureza.
Esses solos se apresentam com diferentes cores: amarela, vermelha, marrom, preta, cinza, azulada, esverdeada e branca. Além de possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais depressa ou menos.
Degradação dos solos
Um solo se degrada quando são modificadas as suas características físicas, químicas e biológicas. O desgaste pode ser provocado por esgotamento, erosão, salinização, compactação e desertificação.
A utilização dos solos para o fornecimento de produtos agrícolas, por exemplo, não pode ser do mesmo tipo para todas as regiões brasileiras. Para cada uma, há um conjunto de fatores que devem ser devidamente analisados, para que os terrenos proporcionem uma maior produtividade.
A expansão das culturas de subsistência e a criação de animais para utilização pelos homens, os cultivos da cana-de-açúcar e do café e, mais recentemente, a da soja, têm sido realizados com rotinas inadequadas (isso desde a descoberta do Brasil pelos europeus), resultando em agressões aos elementos naturais, especialmente, ao solo e à água. Sempre tivemos uma rotina de “rotação de terras”, sem a preocupação de qualquer programação para restaurar os solos e as florestas que foram esgotados.
Por falta de conhecimento, não só muitos agricultores e pecuaristas estão degradando intensamente os nossos recursos naturais, mas também madeireiros, garimpeiros e carvoeiros.
Quem mais utiliza tem ainda pouca consciência de que o solo, a água e as florestas são recursos naturais finitos e que, após a sua degradação, a recuperação pode ser irreversível. É fundamental a disseminação da idéia de que “é mais econômico manter do que recuperar recursos naturais”.
Derrubada a vegetação e queimados os restos, os terrenos ficam sujeitos à ação direta da água da chuva, que provoca a erosão hídrica do solo, carregando os seus nutrientes. Em poucos anos, a terra torna-se empobrecida, diminuindo a produção agrícola e dos pastos. Agricultores e pecuaristas acabam deslocando-se para outras zonas, deixando para trás as áreas degradadas.
A ação da água da chuva sobre os terrenos continua sendo um dos principais agentes da degradação dos solos brasileiros. As terras transportadas dos terrenos pelas enxurradas são, em grande quantidade, depositadas nas calhas dos cursos d’água, reduzindo a sua capacidade de armazenamento da água da chuva, ocasionando inundações, com graves conseqüências socioeconômicas. O total de terras arrastadas pelas enxurradas é calculado em torno de 2 a 2,5 bilhões de toneladas, anualmente. Há prejuízos diretos e indiretos; há efeitos agora e haverá no futuro.
O que é Conservacionismo
O conservacionismo é a gestão, pelo ser humano, da utilização dos elementos da biosfera, de modo a produzir o maior benefício sustentado para a população atual, mantendo as potencialidades e o equilíbrio necessários às gerações futuras.
O conservacionismo compreende as atividades
De Manutenção (para serem utilizados, os recursos naturais sofrem modificações, mas são mantidas as suas peculiaridades e corrigidas as deficiências, se ocorrerem, sem lhes afetar a potencialidade – é a utilização conservacionista)
De Preservação (quando os ecossistemas não devem sofrer qualquer alteração. Uma área pode ser destinada à preservação, não só para que o solo não sofra a ação da erosão, como para a conservação dos componentes da biosfera local)
De Restauração ou Recuperação (quando um elemento natural necessita de processos que o capacitem a exercer suas funções primitivas, eliminando-se os fatores que concorrem para sua degradação).
Conservação do Solo
Fonte: www.paulinas.org.br/www.ibge.gov.br
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