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Reino Monera – O que é
No Reino Monera encontramos os organismos atuais que se supõem serem os mais semelhantes aos primeiros seres vivos da Terra.
O Reino Monera é o grupo de organismos mais antigo da Terra, bem como o mais numeroso.
Nesse reino, os organismos têm DNA nu que forma uma massa chamada nucleóide, enquanto os organismos em todos os outros reinos têm DNA encerrado em um núcleo.
Como os moneras são procariontes, como as bactérias, eles não possuem organelas ligadas à membrana.
Eles também são microscópicos e geralmente vivem em ambientes úmidos.
Por exemplo, podemos encontrar moneras dentro de corpos de animais e plantas e em fontes termais.
Observe que o termo Monera não é mais usado por muitos cientistas, porque eles descobriram que os dois grupos que compõem este reino, arquéias e bactérias, não são tão intimamente relacionados como se pensava.
Em vez disso, as arquéias estão mais próximas dos eucariotos do que das bactérias.
A estrutura celular é mais simples do que a de outros organismos, pois não há núcleo ou organelas ligadas à membrana. Em vez disso, o seu centro de controle contendo a informação genética está contida num único circuito de ADN. Algumas bactérias possuem um círculo extra de material genético denominado plasmídeo. O plasmídeo geralmente contém genes que dão à bactéria alguma vantagem sobre outras bactérias.
Por exemplo, pode conter um gene que torna a bactéria resistente a um determinado antibiótico.
As bactérias são classificadas em cinco grupos de acordo com suas formas básicas: esférica (cocos), bastonetes (bacilos), espiral (espirila), vírgula (vibrios) ou saca-rolhas (espiroquetas).
Eles podem existir como células únicas, em pares, cadeias ou clusters (aglomeração).
Reino Monera – Bactérias
Reino Monera
O reino monera foi criado para agrupar somente os organismos procariontes (lembre-se de que eles não têm membrana nuclear). Os únicos procariontes são as bactérias.
As maiorias das bactérias não possuem clorofila, sendo heterótrofas: essas seriam as mais parecidas com os primeiros seres vivos.
Algumas bactérias que não possuem clorofila são autótrofas. Elas conseguem produzir alimento utilizando a energia liberada por algumas reações químicas, ao invés de utilizarem a energia da luz.
Portanto, elas não fazem a fotossíntese: o fenômeno de produção de matéria orgânica realizada por elas é chamado de quimiossíntese. Você estudará esse processo em breve.
As bactérias que possuem clorofila e que, portanto, fazem fotossíntese são chamadas de cianobactérias. Até pouco tempo, elas eram consideradas um tipo de alga e chamadas de algas cianofíceas ou algas azuis.
Com relação à respiração existem bactérias que só podem viver onde existem oxigênio: são aeróbias. Outras bactérias podem viver em ambientes com ou sem oxigênio, sendo chamadas de anaeróbias facultativas.
Existem ainda bactérias que só conseguem viver na ausência de oxigênio: são anaeróbias obrigatórias.
Apesar de microscópicas as bactérias são muito estudadas, havendo inúmeras espécies identificadas. As diversas bactérias são classificadas de acordo com o formato da célula que constitui cada indivíduo.
As bactérias são microorganismos de tamanho oscilando entre 1 e 5 mícrons. Podem viver isoladas ou formar colônias sem divisão de trabalho.
A forma das bactérias é bastante variada: esférica (cocos), bastonetes (bacilos), espiralada (espirilo), vírgula (vibrião) e outras.
Bactérias – Tipos
As bactérias são o maior grupo de organismos unicelulares da Terra e constituem a maior parte da biomassa mundialmente conhecida. Existe um número incrível de tipos de bactérias no planeta, sendo a maioria ainda não classificada. Algumas das que antes eram consideradas bactérias são, desde a década de 1990, agora consideradas parte de um domínio separado, o das arqueias.
Diferentes tipos de bactérias podem ter características muito diferentes, sendo a principal característica comum a falta de um núcleo diferenciado.
Diferentes filos são geralmente classificados em dois grupos diferentes como tendo uma membrana externa ou sem uma membrana externa, com um número de filos ainda indeterminado.
Algumas bactérias são incrivelmente pequenas, como as do gênero Mycoplasma, que são tão minúsculas quanto os maiores vírus, com cerca de 0,3 micrômetros. Outros são relativamente gigantescos, como o Epulopiscium fishelsoni, que pode realmente ser visível a olho nu, embora ainda seja muito pequeno, com cerca de 0,5 milímetro (0,019 polegada) de comprimento.
As bactérias bacilos têm a forma de bastonetes
Existem dois tipos principais de bactérias em termos de forma: bacilos e cocos.
Os cocos são bactérias esféricas, enquanto os bacilos têm a forma de bastonetes. Um terceiro grupo, menor, consiste em bactérias que se formam em formações espirais, conhecidas como espirilas.
Além desses grupos principais, existem algumas variações mais estranhas, como aquelas que se parecem com vírgulas, folhas de plantas ou mesmo escadas compridas.
Os diferentes tipos de bactérias tendem a se agrupar de maneiras diferentes, com a mesma forma de base determinando de qual grupo maior elas fazem parte.
Os bacilos, por exemplo, podem ser singulares ou ligados em cadeias. O próprio bacilo é uma bactéria única, ligeiramente arredondada, em forma de bastonete. O coccobacilo, por outro lado, também é um nó único, mas é muito mais oval. Diplobacteria se parece com dois Bacillus conectados ponta a ponta. As estreptobactérias são uma longa cadeia de bacilos, de ponta a ponta.
Existem inúmeros tipos que apresentam pequenas variações na formação básica dos bacilos.
Os cocos, da mesma forma, têm configurações diferentes. O próprio Coccus se parece com um único círculo, enquanto Diplococci se parece com dois Coccus unidos. Streptococcus, a bactéria responsável pelo Strep garganta, parece uma longa cadeia de cocos juntos, enquanto Staphylococcus, a bactéria responsável pela infecção por Staph, parece um cacho de uvas.
Entre os muitos tipos de bactérias, apenas algumas são prejudiciais aos humanos. A maioria é relativamente inócua, enquanto alguns são realmente úteis. Muitos, por exemplo, vivem no trato digestivo e ajudam a digerir os alimentos. Outras bactérias vivem na pele e lutam contra diversos fungos nocivos. Outros ainda vivem em torno das membranas mucosas, impedindo que outras membranas prejudiciais fixem residência. Na verdade, o corpo humano médio contém cerca de dez vezes mais células bacterianas do que células humanas reais, a maioria das quais faz um bom trabalho para o corpo.
Alguns tipos de bactérias, entretanto, são prejudiciais aos humanos. Os mais conhecidos são provavelmente o Staphylococcus e o Streptococcus. Outros incluem Campylobacter, que é a principal causa de intoxicação alimentar em humanos. Outra bactéria histórica bem conhecida é a Yersinia pestis, uma bactéria encontrada nas pulgas que transmite a peste bubônica aos seres humanos.
Importância das Bactérias
Bactéria
Muitas espécies de bactérias desempenham o papel de decompositores nas cadeias alimentares. Isso significa que elas conseguem desfazer a matéria orgânica morta, liberando para o ambiente moléculas simples (inorgânicas), que podem ser aproveitadas por outros seres vivos. Portanto, o processo de decomposição garante a reciclagem da matéria no planeta. Aprofundaremos este assunto no volume sobre ecologia.
A importância ecológica das bactérias não diz respeito somente à decomposição da matéria. Outros fenômenos ecológicos dos quais elas participam serão abordados mais tarde.
Aos poucos você descobrirá que esses seres invisíveis não são só importantes: são essenciais para a existência da vida na Terra. Elas têm também usos industriais (fabricação de iogurtes, por exemplo), devido ao fato de realizarem processos bioquímicos que você estudará em breve.
As bactérias estão em todos os lugares: no ar, na água, nos objetos… e as maiorias delas não fazem nenhum mal. Até no corpo humano elas estão presentes. A superfície do seu corpo está repleta de bactérias; dentro dele também há bilhões delas. No seu intestino grosso, por exemplo, vivem bactérias essenciais ao bom funcionamento desse órgão.
Algumas Curiosidades
As bactérias podem ser cultivadas em laboratório. Para isso, costumam ser usadas placas circulares de vidro nas quais é colocado um material chamado meio de cultura, que é uma mistura de substâncias nutritivas das quais as bactérias se alimentam, podendo, então, se reproduzir e formar colônias. O meio de cultura é uma espécie de gelatina.
A consistência gelatinosa se deve ao uso de uma substância chamada agar, extraída de certos vegetais (algas vermelhas, que você estudará na próxima unidade).
O objetivo de criar bactérias é poder estudá-las. Os estudos podem ter, por exemplo, finalidades médicas, pois algumas bactérias são patogênicas (causam doenças).
Se você estiver com uma infecção bacteriana pulmonar, por exemplo, e os remédios comuns não estiverem fazendo efeito, o médico poderá pedir que seja feita uma cultura para identificar a bactéria específica que está provocando o problema. Para isso, seria coletada um pouco da secreção produzida pelos seus pulmões (que, no caso do doente, é o catarro, que está cheio de bactérias) que seria usada para fazer a cultura. Depois que a colônia crescessem, o laboratório poderia identificar a bactéria e mandar o resultado do exame para o médico, que poderia receitar remédios mais eficientes. Esse é um exemplo de aplicação prática da técnica de cultura de bactérias.
Quando você coloca água oxigenada em um ferimento, o objetivo é matar alguns tipos de bactérias. Em contato com a região machucada, a água oxigenada libera gás oxigênio (por isso ela borbulha).
Se houver bactérias anaeróbias obrigatórias (como as do tétano, que morrem em presença de oxigênio) no local do ferimento, elas morreram e o seu organismo não será contaminado por elas.
Estrutura Bacteriana
As bactérias apresentam um envoltório externo à membrana plasmática denominado de parede bacteriana, que é permeável, relativamente rígido e espesso.
Este envoltório é responsável pela forma característica de cada bactéria. É o que difere da parede celulósica das células vegetais. Além da parede celular, algumas bactérias podem apresentar uma outra camada mais externa de espessura e composição química variada denominada de cápsula gelatinosa.
Esta cápsula tem consistência mucosa e provavelmente relaciona-se com a função de adesão e com os mecanismos de defesa bacteriana, pois a maioria das bactérias patogênicas a possui, e os leucócitos fagocitários têm mais dificuldade de destruir este tipo de bactéria.
Muitas bactérias possuem mobilidade graças aos movimentos executados pelos seus flagelos.
Estes filamentos proteicos ligados à membrana e à parede celular podem distribuir-se por toda a superfície da célula ou concentrar-se apenas nos pólos.
Já as fímbrias encontradas em algumas bactérias caracterizam-se por serem mais curtas, mais finas e muito mais numerosas.
As fímbrias têm a função de permitir a fixação das bactérias entre si ou a outros tipos de células.
A membrana plasmática das bactérias é de constituição lipoproteica e reveste o citoplasma. É possível surgirem invaginações da membrana plasmática, formando um complexo denominado de mesossomo.
Tais invaginações aumentam a superfície da membrana e acumulam enzimas respiratórias, assumindo, portanto, a tarefa das mitocôndrias na respiração celular.
O citoplasma bacteriano é um colóide formado por água, proteínas, íons e diversos outros tipos de moléculas. Em seu interior, não se observam organelas membranosas e, sim, pequenos vacúolos e numerosos grânulos de ribossomos responsáveis pela síntese de proteína.
Mergulhado no interior do citoplasma encontra-se o material nuclear constituído por moléculas de DNA, cujo filamento cromossômico formado solda suas extremidades a um bloco de proteína, de modo a formar um anel denominado nucleoide. É nele que se encontram todos os genes necessários ao comando da síntese de proteínas, permitindo o funcionamento, o crescimento e a reprodução das bactérias.
Algas Azuis ou Cianofíceas
As cianofíceas ou algas azuis são como todos os moneras, seres de estrutura celular procarionte. Apresentam uma organização semelhante à das bactérias.
Podem ser individuais ou formar colônias filamentosas de até um metro de comprimento, como a Anabaena e Nostoc.
Apresentam uma parede celular de composição semelhante a das bactérias. Algumas espécies apresentam uma cápsula mucilaginosa externa.
A membrana é lipoproteica e envolve o citoplasma onde estão presentes os ribossomos e os pequenos vacúolos que armazenam substâncias nutritivas e o amido das cianofíceas.
Realizam a fotossíntese, embora não apresentem plastos, apenas lamelas fotossintetizantes. A clorofila presente é do tipo a e está localizada sobre as lamelas ou dispersa pelo citoplasma. Outros pigmentos acessórios, como a ficocianina, ficoeritrina e outros carotenoides, podem estar presentes.
O material genético, assim como nas bactérias, é constituído por DNA e encontra-se no citoplasma.
A reprodução freqüente nas cianofíceas é a bipartição ou cissiparidade. As colônias filamentosas podem reproduzir-se assexuadamente por hormogonia.
Este processo consiste na quebra de pequenos fragmentos da colônia original. Os pequenos fragmentos denominados hormogônios originam novos filamentos coloniais.
Já os acinetos são esporos resistentes a condições ambientais desfavoráveis que permitem à cianofícea sobreviver em condições especiais.
Não são conhecidas as formas de reprodução sexuada entre as cianofíceas, mas é provável que possuam algum mecanismo de recombinação de seus genes. As cianofíceas podem ser encontradas na água doce, salgada ou salobra, no solo úmido, sobre casca de árvores, rochas ou até mesmo em fontes termais com temperatura superior a 80ºC.
Assim como certas bactérias elas também possuem a capacidade de fixar o nitrogênio do ar (N2), transformando em nitratos (NO3-) disponíveis aos vegetais.
As cianofíceas possuem uma extraordinária capacidade de adaptação aos mais variados e extremos ambientes. Por isso, constituem-se em excelentes exemplos de espécies colonizadoras, pioneiras de regiões abióticas.
Monera, também conhecido como Prokaryotae (Procariotos), é uma classe de organismos primitivos constituída pelas bactérias e pelas algas verde-azuladas.
Os genes dos procariotos têm uma disposição de fibra circular, que não está contida numa membrana. Além disso, as células dos procariotos carecem de muitas das estruturas (cloroplastos, mitocôndrias, flagelos complexos) que aparecem nas células cujo material genético se encontra rodeado por membrana. As células simples destes organismos são chamadas células procarióticas, e as que têm um núcleo verdadeiro se denominam células eucarióticas.
Fonte: www.ayrtonpaulinomarques.com/br.geocities.com/www.valerio.bio.br/cienciasecia.vilabol.uol.com.br/microbiologysociety.org