Recifes de Corais

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Recifes de Corais – O que são

Corais ou recifes de corais ou ainda antozoários são animais e uma das maravilhas do mundo submarino.

Os corais constituem colônias coloridas e de formas espantosas que crescem nos mares e podem formar recifes de grandes dimensões que albergam um ecossistema com uma biodiversidade e produtividade extraordinárias.

O maior recife de coral vivo encontra-se na Grande Barreira de Coral, na costa de Queensland, na Austrália. Ele é também considerado o maior indivíduo vivo da Terra. Porém, devido à poluição e o aquecimento marinho, está a morrer.

A maioria dos corais desenvolve-se em águas tropicais e subtropicais, mas podem encontrar-se pequenas colônias de coral até em águas frias, como ao largo da Noruega.

Ameaças aos recifes de coral

Por ser um dos ecossistemas mais frágeis do mundo, os recifes estão sob ameaça constante. Nas últimas décadas, cerca de 35 milhões de recifes de corais foram destruídos pelo Homem, em 93 países.

Se a situação continuar assim, 70% dos corais do mundo serão destruídos ainda durante as nossas vidas.

Onde crescem os recifes de coral?

Os recifes de coral crescem na região fótica de mares tropicais, de forte ação de ondas, forte o suficiente para manter disponível na coluna de água alimento e oxigénio dissolvido.

Os recifes de coral também dependem de águas limpas e pobres em nutrientes para crescer. Os corais são organismos coloniais que na sua maioria constroem esqueletos calcários.

Tais esqueletos são responsáveis pela estrutura rochosa chamada recifes de coral.

Recifes de Coral: um bem que precisa de ser protegido por todos nós

Os recifes de coral são sistemas complexos que incluem muitos animais e plantas, para além dos próprios corais, que são animais. Eles providenciam alimento e proteção a uma grande variedade de organismos vivos.

Para todos nós, seres humanos, uma boa parte dos animais relacionados com os recifes de coral são uma importante fonte de alimento: peixes, caranguejos, lagostas, conchas e amêijoas, vivem permanentemente ou uma parte da sua vida, junto dos recifes de coral.

Porque é que os corais são tão importantes ?

Os recifes de coral só crescem em águas pouco profundas, e transparentes. Existem áreas com essas condições e, por isso mesmo, nós temos muitos recifes de coral. Calcula-se, por exemplo, que os recifes de coral em Moçambique ocupam uma área de cerca de 1.290 km2, o equivalente a 320 campos de futebol.

Os benefícios que os recifes trazem:

1. Constituem uma barreira contra a força das ondas evitando a erosão
2.
 Constituem uma fonte de proteínas para a dieta alimentar da população costeira; calcula-se que num km2 de recife de coral se produzem cerca de 30 toneladas de marisco por ano
3.
 Providenciam alimento, abrigo e proteção a cerca de um milhão de espécies marinhas, sendo um importante viveiro para os peixes em crescimento
4.
 Proporcionam empregos através da pesca e da indústria do turismo.
5. 
São importante atrativo turístico para os mergulhadores que querem vê-los, filmar e tirar fotografias.
6. 
São fonte de substâncias com valor medicinal que ajudando a combater várias doenças. Mais recentemente, os corais têm sido utilizados na reconstrução do tecido ósseo nos seres humanos.

A constituição de um recife

A constituição de um recife
A constituição de um recife de coral

A ação do Homem é a que mais afeta neste momento os recifes de coral no mundo

1. Os corais são partidos e colhidos para serem vendidos aos turistas
2.
 Âncoras fixas atiradas sobre os recifes de coral podem destruí-los
3. 
Métodos destrutivos de pesca, como a dinamite e os venenos, são usados para a pesca nos recife de coral, acabando por destruir outros organismos marinhos
4.
 A pesca de algumas espécies com a retirada de demasiados exemplares de apenas uma espécie cria desequilíbrios entre os seres vivos de um recife de coral
5. 
A poluição das águas que circundam os corais provocada pelos esgotos das cidades, fábricas, pelo combustível dos barcos ou simples lixo, pode levar à morte destes organismos.

É muito simples proteger os recifes de coral

Eis algumas das medidas:

1. Não compre nenhum coral, conchas, carapaças de tartaruga, ou outros organismos marinhos à venda nas lojas ou nas praias; desencoraje também os seus amigos a fazê-lo
2. 
Não lance âncoras e redes de pesca sobre os recifes de coral
3. 
Não toque nos corais quando mergulha
4. 
Não colha nenhum organismo quando mergulha, por muito atrativo que ele possa ser
5. 
Não caminhe em cima dos corais
6. 
Não deite lixo ou óleos combustíveis na água do mar
7. 
Não utilize venenos e/ ou dinamite para pescar nos recifes e em qualquer outro lugar do mar
8.
 Contribua para a demarcação dos recifes que precisam de ser geridos e protegidos de uma maneira especial
9. 
Ajude no estabelecimento de áreas de recifes de coral protegidas, onde a sua pressão tem sido negativa e de alguma maneira, o recife precisa de recuperar

Recifes de coral – Como eles se formam

Corais em formação num recife
Corais em formação num recife

recife de Coral é composto por camadas muito finas de carbonato de cálcio que foram produzidos ao longo de milhares de anos por bilhões de pequeninos animais de corpo mole a que chamamos de pólipos de coral.

A maior parte dos corais são constituídos por muitos pólipos juntos num grande grupo ou numa chamada colônia.

Um simples pólipo tem um corpo na forma de um tubo com uma boca rodeada de tentáculos que utiliza para capturar pequenas partículas alimentares.

Eles providenciam alimento e proteção a uma grande variedade de organismos vivos: trataram-se, aliás, ao lado das florestas tropicais, dos sistemas com maior diversidade biológica concentrada.

Os recifes de corais formam um complexo ecossistema marinho, formados por pequenas colônias de animais chamados pólipos, que têm estrutura externa de composição calcária.

Trata-se de um dos mais ricos e fascinantes ecossistemas marinhos.

Para todos nós, seres humanos, umas boas partes dos animais relacionados com os recifes de coral são uma importante fonte de alimento: peixes, caranguejos, lagostas, conchas e amêijoas, vivem permanentemente ou uma parte da sua vida, junto dos recifes de coral.

No entanto, os cientistas de todo o mundo, estão preocupados porque os recifes de coral têm sofrido uma grande pressão e como resultado, estão a degradar-se rapidamente.

Qual a forma do corpo dos corais?

Os corais podem ser divididos em dois tipos principais. Os corais duros possuem um esqueleto externo rígido e ocorrem numa variedade de tamanhos e formas.

Os corais moles, as gorgonêas, tais como os leques marinhos, os chicotes marinhos, não possuem um esqueleto externo e movimentam-se com as correntes.

Que regiões do Brasil possuem recifes de corais?

Os recifes de coral são ambientes compostos por formações rochosas de origem biológica, principalmente formada por animais delicados, certos Cnidários coloniais.

Estes animais apresentam uma relação mutualística com algas microscópicas: estas oferecem alimento e oxigênio para os corais, os quais, por sua vez, fornecem nutrientes e abrigo.

Esta associação é muito importante para o crescimento dos corais e, por isso, os recifes são típicos de águas rasas, onde ocorre penetração da luz, necessária às atividades de fotossíntese. Além da luminosidade, as águas devem ser limpas e a temperatura em torno dos 25C, sem variação superior a 6C.

Qual a importância dos recifes de corais para o ambiente?

Recifes de Corais

Um dos ambientes mais importantes dos mares é o ambiente recital.

A importância dos recifes de corais consiste no fato de que estes ambientes dão suporte e abrigo a uma variedade de comunidades marinhas, muitas delas de interesse econômico direto, como os peixes, os polvos, as lagostas, os camarões, as algas, entre outros, servindo de habitat para mais de 25% de toda vida marinha.

Estima-se que entre um e nove milhões de espécies estão associadas aos recifes de corais, pois a produtividade primária dos ambientes recifais é muito alta, unicamente comparável à das regiões de manguezais.

Isto se deve, sobretudo, às algas que fazem simbiose com os corais, as chamadas zooxantelas.

Recifes de Corais – Localização

Se localizam em águas limpas e rasas, até 50 metros de profundidade, com temperaturas acima de 180 C, para que os vegetais possam receber a luz do sol e produzir alimentos.

A melhor condição de desenvolvimento dos recifes de corais se encontra entre 5 e 10 metros de profundidade entre 22 e 260 C. No Brasil, em virtude da pouca transparência da água, a melhor condição se situa até 5 metros de profundidade.

Os recifes de corais são exemplos de relações harmônicas através de simbiose entre os pólipos, onde as pequenas algas chamadas de zooxantelas vivem dentro dos corais, absorvendo o nitrogênio e fósforo dos resíduos minerais excretados pelos corais e o dióxido de carbono transforma em oxigênio. Quando o coral morre permanece o pólipo calcáreo, que possibilita servir de base para novos corais. O zooplâncton supre 5 a 20% das necessidades das zooxantelas. Estima-se que os recifes de corais tenham em média cerca de 15.000 anos em formação, tendo surgido após o último período glacial, quando o nível do mar subiu, inundando quase 100 km da plataforma continental.

Existem aproximadamente 600.000 km2 de corais no mundo, dos quais 350.000 km2 se localizam na Austrália e formam o Parque Marinho da Grande Barreira de Corais, com 2.000 km de extensão, composto por 2.000 ilhas e 3.000 colônias de corais e também uma espessura de 1.200 km entre a base vulcânica e a superfície.

As barreiras de corais, além da rica e bela flora e fauna, se constituem em uma proteção da costa, pois quebram a força do mar, minimizando a erosão marinha.

Classificação de Corais

Os corais são classificados conforme a localização em:

Franja: Perpendiculares ao mar de águas rasas, próximos às praias.
Barreira:
 Paralelos à costa, mas separados por lagos de água rasa e salgada.
Atóis:
 Crescem ao redor de vulcões, que depois afundam, deixando-os à tona.

O coral é um ser minúsculo

Os maiores não passam de 3 centímetros – que vive em colônias nos mares quentes a pouca profundidade.

A acumulação dos esqueletos calcificados de várias gerações é a base das estruturas complexas e delicadas dos recifes e atóis. Num recife de corais, a parte viva corresponde apenas à camada superficial e tem poucos centímetros de espessura. Há mais de 2 000 espécies conhecidas.

Os animais mais vistosos são os chamados corais-moles, bastante coloridos, que parecem arbustos floridos ou um grande leque com ramos entrelaçados. O ecossistema criado pelos corais protege os peixes pequenos, as algas e os moluscos da força das correntes marítimas, fornece alimentos em abundância e também refúgios contra predadores maiores.

Grande parte dos corais só vive em águas transparentes e quentes, com temperatura em torno dos 22 graus. Um dos responsáveis pelos estragos nos recifes é o aquecimento global, que provocou um fenômeno chamado branqueamento. Trata-se, na verdade, da perda de algas minúsculas que vivem em associação com os corais e não resistem ao aumento da temperatura.

Além de responsáveis pelo colorido exuberante de alguns corais, as algas contribuem com uma dose extra de nutrientes. Sem elas, os corais ficam brancos e, se o fenômeno for prolongado, morrem. Em 1998, uma colossal onda de branqueamento matou 16% dos corais do planeta.

O fenômeno repetiu-se nos últimos dois anos na Austrália, com resultados desastrosos. É possível que esse seja um acontecimento cíclico, que se repete há milênios.

A complicação é que está ocorrendo no momento em que a pressão humana sobre os corais se tornou mais intensa.

No Pacífico, pescadores de peixes ornamentais jogam cianeto nos recifes para atordoar peixes ornamentais e facilitar a captura – a técnica também mata os corais. “No Brasil, atiram água sanitária nos corais para pegar polvos”. Os corais da costa brasileira não são tão exuberantes e coloridos como os do Pacífico ou do Caribe.

Mas também são um ponto de concentração de vida marinha. Apesar de ser um parque nacional, o Arquipélago de Abrolhos, onde se localiza a maior formação de corais do Brasil, não está livre das ameaças. “O volume de turistas que o visita aumentou 400% nos últimos anos”.

Barcos com mergulhadores lançam âncoras sobre os recifes, quebrando-os.

Outro problema é a poluição. Os resíduos provenientes dos esgotos e do lixo urbano de cidades como Prado, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa, a mais de 60 quilômetros de distância, provocam proliferação de algas nos recifes, que competem com os corais.

Situação parecida ocorre na Austrália, na Grande Barreira de Corais, uma formação com 350.000 quilômetros quadrados. Cientistas estimam que, se não houver maior controle sobre a poluição e o turismo predatório, 50% dos corais da Barreira estarão mortos até 2030.

A única solução possível para preservar os corais parece ser a mais radical: a criação de zonas de proteção internacional em que o acesso humano seja controlado com rigor. Definitivamente, o homem não combina com tanta beleza marinha.

Fonte: Filipe Fernandes/Flávio Silva/Mafalda Magalhães/Ricardo Macedo

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