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Pequizeiro – O que é
O pequizeiro é uma árvore sul-americana da família das cariocaracea, gênero cariocar, do qual se conhecem cerca de doze espécies. Focalizaremos nesse relato apenas uma espécie – Cariocar brasiliensis, grandemente encontrada no norte de Minas Gerais em estado nativo. Outras espécies florescem na Bahia, Brasil Central e Amazônia (Cariocar vilosum), Guianas (Cariocar muciform), Colômbia (Cariocar amigdaliform), etc.
Trata-se de uma árvore frondosa, de folhas verde-escuras, ásperas, ovais, tendo doze centímetros de maior diâmetro e seis de menor, cujas bordas são picotadas sinuosamente e prendem-se ao caule aos grupos de três em três.
O porte da árvore varia com a qualidade do terreno. Em zonas áridas, os pequizeiros não passam de arbustos – 1 a 2 metros; nos terrenos férteis ele atinge proporções maiores, alcançando tamanhos colossais na Amazônia (30 metros de altura seis metros de circunferência de tronco).
Seus galhos são tortuosos e ramificados, envolvidos por uma grossa e rugosa casca, com recortes profundos. Qualquer que seja o seu tamanho, o pequizeiro produz boa sombra.
O pequizeiro tem a madeira trançada e resistente. É largamente empregada para cerca (resiste bem à umidade), em fabricação de gamelas pilões, colheres de pau, rodas de carro e carroça, armação para cangalhas, carrancas para canoas no Rio São Francisco e uma série de artesanatos de madeira.
Raspando a entrecasca do pequizeiro obtém-se um pó fino – pó de pequi – também chamado pó de mico, de grande poder urticante, produzindo intensa coceira quando em contato com a pele. Era muito usado, como brincadeira de péssimo gosto, em salões de baile de igrejas.
As raízes do pequizeiro são riquíssimas em rotenona, sendo por isso, grandemente usada em pescarias de lagoas e pequenos rios represados. As raízes são socadas num pilão e batidas na água; dentro em pouco os peixes sobem, meio tontos e facilmente apanhados. É um timbó.
A casca do pequi tem pelo menos três utilidades:
1) Produz cinza com grande teor de potassa
2) Constitui uma excelente torta para gado
3) Serve para tingir roupas; de cinza claro até o preto
O pequizeiro é positivamente uma árvore maravilhosa; dele tudo se aproveita.
Do pequi – massa do pequi quase toda é óleo. Este depois de apurado com pouco fogo até ficar igualzinho neve é uma delícia para biscoito de toda espécie; a castanha tirada o côco, pilada, dá muito óleo.
Este óleo é curativo nas tosses crônicas. Esta castanha queimada é uma cinza muito forte. A casca do fruto cozida, dá uma tinta preta com que se tinge roupas; Enxugando e molhando até tomar a cor desejada.
O fruto do pequizeiro é o pequi, pequiá, pequirama. Em nossa região (Minas, Bahia, Brasil Central) o nome é PEQUI, com E na primeira sílaba; em outros lugares usam a grafia PIQUI, com I.
A árvore é nativa e seu fruto foi batizado pelos índios, que eram muito objetivos em suas denominações.
Em nheengatu py é pele ou casca e quya é sujo, espinhento. Piquia, puiqui (py-quyia) é casca suja. Realmente a casca do pequi parece suja. Há também a possibilidade do o i do pequi funcionar como diminutivo, a exemplo da palavra itai, pedra pequena. Assim pequi seria diminutivo de pequiá. Pequiá pequeno ou pequiá mirim.
Quem conhece os dois frutos sabe disso; o pequi é, na realidade, bem menor que o pequiá, embora muitíssimo mais saboroso. Esses frutos de cor verde acinzentado, parecendo sujos, esferóides ou lobulados, variam de tamanho conforme o número de caroços neles contidos; de um a três. A casca tem meio centímetro de espessura e os caroços têm o tamanho de um ovo pequeno de galinha, mas de cor amarela viva; deles exala um perfume agradabilíssimo para nós sertanejos e enjoativo para quem só o conhece depois de adultos.
A cor amarela constitui uma polpa de um a três milímetros de espessura, que envolve o caroço e é a principal parte comestível do fruto. Ainda fazendo parte do caroço, mas imediatamente abaixo da polpa, encontra-se uma camada de espinhos, que separa a polpa da castanha ou bala; esta de fino sabor e aroma, bem melhor tolerada por estrangeiros.
O pequizeiro é uma árvore dos cerrados, das chapadas. Nasce, cresce, frutifica, apesar das hostilidades da terra e dos homens.
Pequizeiro – Planta
O pequizeiro é uma planta típica do Cerrado, que consiste num bioma de grande variedade de sistemas ecológicos, tipos de solo, clima, relevo e altitude, e com uma vegetação caracterizada por coberturas rasteiras, arbustos, árvores esparsas e tortuosas, de casca grossa, folhas largas e raízes profundas, formando desde paisagens campestres a florestas.
Com uma vida útil estimada de aproximadamente 50 anos, o pequizeiro atinge até 10 m de altura. Sua fase reprodutiva inicia-se a partir do oitavo ano, com floração ocorrendo normalmente entre os meses de setembro a novembro.
A frutificação acontece de outubro a fevereiro, produzindo frutos por 20 a 40 dias em média, com produção variável podendo chegar a 1000 frutos por pé.
Pequizeiro – Árvore
O pequizeiro é uma árvore semidecídua com 6 a 10 m de altura, com tronco tortuoso de 30 a 40 cm de diâmetro, que habita cerrados, cerradões e matas secas ao longo de todo o bioma Cerrado.
Folhas compostas trifolioladas, opostas, com folíolos pubescentes com até 20 cm de comprimento, com bordos irregulares, com o lado inferior mais claro, recobertos por densa pilosidade, assim como as extremidades dos ramos.
Ramos grossos normalmente tortuosos, casca cinzenta com fissuras longitudinais e cristas descontínuas.
Flores com até 8 cm de diâmetro, são hermafroditas, compostas por cinco pétalas esbranquiçadas, livres entre si, com numerosos e vistosos estames.
Os frutos são do tipo drupa com seus caroços envolvidos por uma polpa carnosa.
O caroço é lenhoso e formado por grande quantidade de pequenos espinhos, que podem ferir dolorosamente a mucosa bucal quando ingerido por incautos. Um Kg de caroços contém aproximadamente 145 unidades.
Habitat – O pequizeiro (Caryocar brasilliense Camb.) é uma árvore típica do cerrado brasileiro
Ocorrência – São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Outros nomes – piqui, pequizeiro, piquiá bravo, amêndoa de espinho, grão de cavalo, pequiá, pequiá pedra, pequerim, suari, piquiá.
Características: O pequizeiro é uma árvore que habita cerrados, cerradões e matas secas ao longo de todo o bioma Cerrado.
Propagação – sementes
Madeira – moderadamente pesada, macia, resistente e de boa durabilidade natural.
Pequizeiro – Utilidade
A madeira é própria para xilografia, construção civil e naval. Os frutos são comestíveis e apreciadíssimos pelas populações do Brasil Central. O caroço com a polpa (mesocarpo) é cozido com arroz, usada para preparo de licor e para extração de manteiga e sebo, o caroço é lenhoso e formado por grande quantidade de pequenos espinhos, que podem ferir dolorosamente a mucosa bucal quando ingerido por incautos.
Os frutos são também consumidos por várias espécies da fauna, que contribuem para a disseminação da espécie. É adequado para o paisagismo tanto para grandes parques como para pequenos jardins residenciais, pois seu porte não é muito avantajado.
Fruto: os frutos são redondos do tamanho de uma laranja com casca esverdeada e um caroço espinhoso e tenro cuja amêndoa se come cura ou assada. A massa que recobre as sementes é amarela, pastosa, oleaginosa e rica em vitaminas e proteínas. A fruta pode ter de um a quatro caroços.
Aproveitamento alimentar: O pequi é aproveitado de diversas maneiras na cozinha macaubense na forma de óleo ou cozinhando os frutos.
Propriedade: o pequi (100 g) possui cerca de 200.000 U.I. (unidade internacional) de vitamina A, equivalente a 120.000 mmg. É o fruto mais rico nessa vitamina até hoje analisado.
Composição por 100 g: além da vitamina A, o fruto maduro contém: 89 calorias, 14 mg de cálcio, 10 mg de fósforo, 1,39 mg de ferro, 0,241 de cobre, 0,03 mg de vitamina B1, 0,046 mg de vitamina B2 e 12,09 mg de vitamina C.
Pequizeiro – Usos
Utilização – empregado na alimentação humana, na perfumaria e na medicina caseira:
Raiz: é toxica e, quando macerada, serve para matar peixes
Madeira: fornece dormentes, postes, peças para carro-de-boi,construção naval e civil e obras de arte; suas cinzas produzem potassa utilizada no preparo de sabões caseiros.
Folhas: adstringentes, que estimulam a secreção da bílis.
Fruto: produz óleo empregado como condimento no preparo de arroz e carnes, contendo proteínas, açucares, vitaminas A, Tiamina, sais de
cálcio, ferro e cobre. É empregado no combate a gripes e resfriados.
Sementes: fornecem óleo ( manteiga de pequiá ), possuindo ainda propriedades aromáticas e sendo utilizadas no preparo de licores.
Casca: fornece tinta, de cor acastanhada, utilizada pelos artesãos no tingimento de algodão e lã.
Outros usos: Licores e sabão.
Florescimento – agosto a novembro
Frutificação – setembro a fevereiro
Ameaças – destruição do habitat
Pequizeiro – Classificação
Nome científico: Caryocar brasiliense.
Nome popular: Piqui (MT), piquiá-bravo, pequi (MG, SP), amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari, piquiá.
Família: Caryocaraceae
Gênero: Caryocar L
Espécie: Caryocar brasiliense Cambess
Vegetação de ocorrência: cerrado.
Características Morfológicas: Altura de 6-10m, com tronco tortuoso de 30-40cm de diâmetro. Folhas compoostas trifolioladas, com folíolos pubescentes.
Pequizeiro – Fotos
Pequizeiro
Pequizeiro
Pequizeiro – Fruto
Flor de Pequizeiro
Fonte: www.arara.fr/www.vivaterra.org.br/www.macaubasemfoco.hpg.ig.com.br/www.ecologiaonline.com
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