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O Gineceu é formado pelos carpelos, que constituem uma das principais novidades evolutivas nas Angiospermas.
Os carpelos irão abrigar os óvulos (=gametângio) em uma estrutura denominada ovário.
Existem ainda uma estrutura cuja função é receber o pólen, denominada estigma que pode se conectar ao ovário por um estilete.
O que é
Gineceu do Grego gyne, que significa “mulher”.
É o conjunto de órgãos reprodutores femininos de uma flor, o conjunto dos pistilos. Engloba os carpelos, constituídos pelos estigmas, estiletes e ovários, localizando-se, em quase todos os casos, no centro da flor.
Gineceu ou pistilo é o aparelho reprodutor feminino e o seu ovário (formado pelos carpelos) contém um ou mais óvulos (megasporângios).
Cada óvulo é constituído por 2 integumentos (primina e secundina) e saco embrionário ou gametófito feminino (1 célula, contendo 8 núcleos (n): três antípodas, dois sinergídeos, dois núcleos polares e o gâmeta feminino, a oosfera).
O Gineceu é a parte feminina da flor, o gineceu (do grego gynekos, mulher), é formada por folhas modificadas férteis, chamadas folhas carpelares ou carpelos, a partir das quais se originam os óvulos. As folhas carpelares dobram-se e fundem-se, dando origem a uma estrutura que lembra um vaso de pescoço estreito e alongado, o pistilo. A base dilatada do pistilo é o ovário, e sua extremidade livre, localizada na ponta do tubo ligado ao ovário, é chamada estigma. Um pistilo pode ser constituído por uma ou mais folhas carpelares fundidas, dependendo do tipo de flor.
Em geral, o número de câmaras internas de um ovário corresponde ao número de carpelos que se fundiram para formá-lo.
Gineceu
FLORES
As flores são responsáveis, na maioria das plantas pela reprodução, pois é onde ocorre a fecundação, ou seja a união das células sexuais masculina e feminina.
Depois da fecundação, algumas partes da flor transformam-se em frutos e sementes. A semente contém uma nova planta, semelhante àquela da qual originou.
PARTES DAS FLORES
PEDÚNCULO: É a haste que prende a flor ao caule ou aos ramos
RECEPTÁCULO: É a extremidade dilatada do pedúnculo
3. CÁLICE: É formado por um conjunto de folhas modificadas, as sépalas, quase sempre verdes, que ficam ligadas ao receptáculo. Em algumas flores, como o cravo, as sépalas são unidas, formando uma peça única. Em outras, como a rosa, elas são separadas.
4. COROLA: É a parte mais bonita e colorida da flor. Constitui-se de folhas modificadas chamadas pétalas. Como as sépalas, também as pétalas podem ser unidas ou separadas, como o cravo e a rosa.
5. ANDROCEU:
É o órgão masculino da flor. Compõe-se de uma ou várias peças alongadas, chamadas estames.
Cada estame é formado de:
* Antera: região dilatada situada na ponta do estame, onde ocorre a formação do grão de pólen (pó amarelo que pode ser visto facilmente no miolo das flores) sendo a estrutura reprodutora masculina.
* Filete: haste que sustenta a antera.
* Conectivo: região onde se ligam o filete e a antera.
6. GINECEU:
É o órgão feminino da flor.
Constitui-se de um ou mais carpelos, que são folhas modificadas e possuem as seguintes partes:
* Estigma: Parte achatada do gineceu,situada na extremidade superior do carpelo, possui um líquido pegajoso que contribui para a apreensão do grão de pólen.
* Estilete: tubo estreito e oco que liga o estigma ao ovário.
* Ovário: parte dilatada do carpelo, geralmente oval, onde se formam os óvulos, estrutura reprodutora feminina.
O cálice e a corola constituem o Perianto, que é a região de proteção da flor, sendo também um elemento de atração de insetos e pássaros (que se alimentam de seu néctar), desempenhando um papel importante na polinização das flores.
Algumas flores não apresentam todos os verticilos: umas não têm cálice, outras não têm corola. Em certas plantas, como a abóbora e o mamão, há flores masculinas (nas quais só existe androceu) e flores femininas (que possuem apenas gineceu). Existem também vegetais, como o pinheiro, cujas flores não têm ovário. Dizemos então, que essas plantas possuem sementes nuas.
Então, as flores podem ser classificadas da seguinte forma:
1. Unissexuadas Masculinas: são aquelas que só possuem androceu.
2. Unissexuadas Femininas: são aquelas em que existe apenas gineceu.
3. Hermafroditas: são as flores que têm gineceu e androceu.
Fonte: www.geocities.com
Gineceu
FLOR
A flor é o órgão reprodutor das Angiospermas.
Origem: a partir de células meristemáticas situadas abaixo das camadas externas do ápice da gema.
Constituição: O padrão básico de uma flor constitui-se de um eixo caulinar de crescimento limitado, o receptáculo, que porta verticilos divididos em: cálice (sépalas), corola (pétalas), androceu (estames) e gineceu (carpelos). A flor é sustentada por um pedicelo (eixo caulinar que nasce na axila de uma ou mais brácteas).
Se o cálice for diferente da corola, o conjunto dessas estruturas é chamado perianto (ex.: maioria das dicotiledôneas, onde o cálice é verde e a corola de cores variadas). Se o cálice for semelhante à corola, esse conjunto recebe o nome de perigônio.
Exs.: Zephirantes atamosco e Hemerocalis flava (lírio amarelo).
O cálice pode ter as sépalas unidas, sendo chamado gamossépalo, ou livres, denominado então dialissépalo. O mesmo ocorre com a corola, podendo ser gamopétala ou dialipétala.
A corola pode estar ausente e a flor, nesse caso, é chamada monoclamídea; se cálice e corola estiverem ausentes, a flor é aclamídea e se os dois existirem, diclamídea. As flores diclamídeas podem ser diclamídeas heteroclamídeas, quando possuem perianto ou diclamídeas homoclamídas, quando possuem perigônio.
Androceu: o androceu é formado pelo conjunto dos estames, que têm sua origem filogenética nas folhas. Cada estame é formado por um filete, o qual está ligado a uma antera, através do conectivo; as anteras são divididas em tecas, geralmente em número de duas. No interior das anteras se encontra o saco polínico, contendo células diplóides (2n) que, ao sofrerem divisões reducionais, originam o grão de pólen.
Os estames podem ser livres, se estiverem presos apenas ao receptáculo e epipétalos, se estiverem presos às pétalas. As flores podem ser isostêmones, quando o número de estames é igual ao de pétalas; oligostêmones, quando o número de estames é inferior ao número de pétalas e polistêmone, quando o número de estames é maior que o número de pétalas.
Gineceu: É o conjunto dos carpelos e óvulos; os carpelos dividem-se em ovário, estilete e estigma; o ovário porta os óvulos, que podem estar alojados em lóculos, formados a partir de dobramentos das margens dos carpelos. O número de óvulos pode variar de um a muitos; enquanto algumas famílias como Poaceae (ex.: milho – Zea mays) possuem um único óvulo, outras possuem até 50! O gineceu pode ser formado por um ou mais carpelos, que podem estar unidos, caracterizando um gineceu sincárpico, ou livres, constituindo um gineceu apocárpico.
Obs.:
a- para se determinar a sincarpia ou apocarpia de um gineceu, deve-se examinar o ovário, pois os estigmas podem estar unidos.
b- quanto ao número de carpelos, a informação deve ser obtida com base no ovário, pois a ponta do estilete pode estar dividida. Quando os carpelos se unem, formando um gineceu bi a multilocular e os óvulos se arranjam na porção central, temos uma placentação axial; se os óvulos ficam presos à parede do ovário ou suas expansões, temos uma placentação parietal mas se o gineceu é apocárpico, este tipo de placentação passa a chamar-se laminar. Além desses tipos, existem a placentação central livre, exclusiva de ovários uniloculares, onde a placenta ocorre em uma coluna de tecido central; placentação basal, quando o óvulo é fixo na base do ovário; placentação apical, quando o óvulo é fixo no ápice do ovário e placentação marginal, quando a placenta se localiza ao longo da margem do carpelo de um ovário unilocular.
Envolvendo o ovário pode existir uma estrutura denominada hipanto, que pode ter duas origens:
a- a partir do receptáculo, denominado hipanto receptacular.
b- a partir da fusão de sépalas, pétalas e estames, denominado hipanto apendicular.
Só é possível discernir a origem do hipanto efetuando-se cortes anatômicos; o hipanto apendicular apresentará cortes com nervuras (características foliares) e o receptacular apresentará uma estrutura tipicamente caulinar.
O ovário pode ser súpero (quando é livre, acima do receptáculo) ou ínfero (quando está preso ao hipanto).
Se o ovário for súpero, a flor pode ser:
a. hipógina (na qual o ovário está posicionado acima do ponto de inserção de sépalas e pétalas) ou
b. perígina ( na qual o ponto de inserção de sépalas e pétalas coincide com a região mediana do ovário, que não está preso ao hipanto).
Se o ovário for ínfero, diz-se que a flor é epígina e, como já foi dito, o ovário é preso ao hipanto.
As flores podem ser monoclinas (bissexuadas), quando possuem androceu e gineceu ou diclinas (unissexuadas), quando possuem apenas uma dessas estruturas.
A maioria das flores é monoclina (cerca de 70%).
As plantas com flores diclinas podem ser monóicas (quando possui flores estaminadas e flores pistiladas) ou dióicas (quando possui flores estaminadas ou flores pistiladas).
As flores podem ser representadas por fórmulas florais ou por diagramas florais. As fórmulas florais indicam o número de peças de cada verticilo floral.
Exemplo de fórmula floral: K4 C5 A4 G3 onde: K = cálice; C = corola; A = androceu e G = gineceu.
O diagrama floral mostra, além do número de verticilos, a disposição dos mesmos na flor, fornecendo a simetria da flor.
Quanto à simetria, as flores podem ser:
a. actinomorfa: quando, em vista superior, é possível traçar linhas, obtendo-se vários planos de simetria
b. zigomorfa: quando, em vista superior, é possível obter-se apenas dois planos de simetria – ./.).
Obs.: Existem flores assimétricas, ou seja, flores que não permitem a execução de planos de simetria; no entanto, esta condição é rara.
INFLORESCÊNCIAS: São ramos modificados portando flores.
Os diversos tipos são classificados ontogenéticamente em duas grandes categorias:
1- Inflorescências cimosas ou determinadas: Onde cada eixo termina numa flor. A flor terminal se desenvolve antes das laterais; o crescimento desse tipo de inflorescência se dá através de gemas laterais, caracterizando um crescimento simpodial.
TIPOS:
a- Dicásio: O ápice da gema principal se transforma numa flor, cessando logo o desenvolvimento desse meristema: as duas gemas nas axilas das duas brácteas subjacentes prosseguem o crescimento da inflorescência e se transformam cada uma em uma flor, novamente pode o mesmo processo simpodial prosseguir a ramificação da inflorescência.
b- Monocásio: após a formação da flor terminal do eixo, apenas uma gema lateral se desenvolve em flor, e assim por diante. Esse desenvolvimento pode se dar em lados alternados (monocásio helicoidal) ou sempre de um mesmo lado (monocásio escorpióide)
2- Inflorescências racemosas ou indeterminadas: Onde o ápice meristemático da inflorescência jovem não forma uma flor, mas continua crescendo e produzindo flores lateralmente, caracterizando um crescimento monopodial.
TIPOS:
a- Racemo ou cacho: eixo simples alongado, portando flores laterais pediceladas, subtendidas por brácteas.
b- Espiga: eixo simples alongado, portando flores laterais sésseis (sem pedicelo) na axila de brácteas.
c- Umbela: eixo muito curto, com várias flores pediceladas, inseridas praticamente no mesmo nível.
d- Corimbo: tipo especial de racemo, onde as flores têm pedicelos muito desiguais e ficam todas num mesmo plano.
e- Umbela: flores com pedicelos iguais, inseridos num mesmo níve do eixo principal.
f- Capítulo: eixo muito curto, espessado e/ou achatado, com flores sésseis densamente dispostas. Geralmente existe um invólucro de brácteas estéreis protegendo a periferia do capítulo.
g- Panícula: cacho composto (racemo ramificado: eixo racemoso principal sustentando 2 a muitos eixos racemosos laterais). Os tipos acima podem aparecer combinados entre si, sendo comuns os corimbos de capítulos, racemos de capítulos, etc.
3- Tipos especiais de inflorescência
a- Espádice: tipo especial de espiga com eixo muito espessado, com uma grande e vistosa bráctea protegendo a base. Típica de Araceae (família dos antúrios) e Palmae (família das palmeiras).
b- Espigueta: unidade básica das inflorescências de gramíneas, constituindo uma espiga muito reduzida, envolvida por várias brácteas, densamente dispostas.
c- Sicônio: típico de Ficus (Moraceae), é uma inflorescência carnosa e côncava, com numerosas pequenas flores encerradas na concavidade.
d- Pseudantos: nome genérico aplicado à inflorescências condensadas em que muitas flores ficam dispostas de forma a formar uma única flor. Exs: capítulos, da família Compositae e ciátios, da família Euphorbiaceae. As flores representam um importante meio para se estudar taxonomia, a origem e a história das plantas.
Em seus caracteres se baseiam os mais utilizados sistemas de classificação, como o de Cronquist (1981) e o de Dahlgren (1981).
Além disso, sementes, frutos e pólen fossilizados são ótimos indicadores de local e data de origem dos vegetais.
O pólen, por ser revestido pela exina, constituída de esporopolemina, uma substância muito resistente a ácidos, se mantém inalterado durante milênios.
Quando ao estudo filogenético, ou seja, o estudo das relações de ancestralidade e descendência, os caracteres são polarizados como plesiomorfos (primitivos) ou apomorfos (avançados Acredita-se, por exemplo, que as inflorescências sejam adaptações evolutivas (apomorfia), pois incrementam a atração de polinizadores, aumentam a efetividade da polinização, por apresentarem muitas flores reunidas e, em plantas polinizadas pelo vento, contribuem para a produção de uma maior quantidade de pólen.
Fonte: professores.unisanta.br