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O que é ecolocalização?
Ao longo do processo evolutivo que deu origem á diversas características as espécies, cada qual com suas particularidades para melhor adaptação ao meio, observa-se um sistema sonoro de localização desenvolvido por alguns animais, ou seja, a ecolocalização, presente, por exemplo, nos morcegos.
Ecolocalização é um sentido utilizado no ar ou na água, utilizando de ondas sonoras para identificação de objetos (obstáculos no meio ambiente) e outros seres vivos que se encontrem situados a longas distâncias, ou seja, uma capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de objetos ou animais através de emissão de ondas ultrassônicas. Essas ondas são emitidas, refletem no alvo e voltam à fonte sobre a forma de eco (ondas refletidas).
Ecolocalização
Para diversos animais, como alguns mamíferos marinhos e morcegos essa capacidade é de extrema importância em condições onde a visão é insuficiente, seja para locomoção ou para captura de presas.
A ecolocalização se faz presente, por exemplo, em alguns morcegos para voarem em cavernas. Tal característica se faz indispensável na sobrevivência, pois possui um papel essencial na orientação, auxilia também na busca por alimentos, além de cumprir um importante papel nas interações sociais.
A ecolocalização está presente em morcegos, mamíferos da ordem Cetacea que habitam águas profundas e turvas nos oceanos, pequenos mamíferos conhecidos como shrew parecidos com ratos. Além destes animais, tal capacidade de localização também foi observada em alguns pássaros.
Ecolocalização artificial
Ilustração da ecolocalização de morcegos, baleias e também a
emissão de ondas ultrassônicas artificiais
A ecolocalização também conhecida como biossonar, tornou-se inspiração para a criação de tecnologias pelos seres humanos, que a partir dessa capacidade natural desenvolveram a “ecolocalização artificial”, de grande importância na navegação, aeronáutica e medicina, tais como: o radar, presente em aviões e aeroportos que utiliza ondas eletromagnéticas; o sonar encontrado em navios e submarinos e os aparelhos de ultrassonografia que contribui para o auxilio no diagnóstico médico.
Ecolocalização Humana
A ecolocalização é mais comumente associada a animais não humanos como morcegos e golfinhos, mas algumas pessoas também dominam a habilidade.
Mesmo que não sejam capazes de ouvir o ultra-som agudo que os morcegos usam para a ecolocalização, algumas pessoas cegas aprenderam a usar ruídos e ouvir os ecos que retornam para entender melhor o ambiente.
Experimentos em ecolocalização humana descobriram que aqueles que treinam em “sonar humano” podem apresentar melhor desempenho e detecção de alvos se fizerem emissões com frequências espectrais mais altas. Outros descobriram que a ecolocalização humana na verdade ativa o cérebro visual.
Ecolocalização – Animal
A Ecolocalização descreve como um animal usa ecos do som que produz para localizar objetos em seu caminho.
A ecolocalização é mais conhecida dos morcegos, mas não é única nem é uma característica definidora: outros ecolocalizadores bem conhecidos são golfinhos, botos e baleias dentadas e até mesmo alguns humanos cegos são capazes de usar a ecolocalização para navegar.
A ecolocalização requer a produção ativa de um pulso de som (sinal) e o recebimento do eco antes de produzir o próximo sinal.
As diferenças entre o sinal original e seus ecos contêm os dados brutos necessários para a ecolocalização.
A ecolocalização bem-sucedida permite que um morcego voe dentro de uma caverna escura e não se choque contra as paredes ou colida com outros morcegos; permite que os morcegos viajem à noite e não colidam com as árvores; e permite que os morcegos localizem, identifiquem, rastreiem e capturem a presa com sucesso.
Da mesma forma que os humanos podem ver através do reflexo da luz, os animais ecolocalizantes podem “ver” através do reflexo do som.
A garganta de um morcego possui músculos específicos que permitem a emissão de sons ultrassônicos, enquanto suas orelhas possuem dobras exclusivas que as tornam extremamente sensíveis à direção dos sons.
Enquanto caçam à noite, os morcegos soltam uma série de cliques e guinchos que às vezes são tão agudos que são indetectáveis ao ouvido humano. Quando o som atinge um objeto, ele salta de volta, criando um eco e informando o morcego de seu entorno. Isso ajuda o morcego, por exemplo, a pegar um inseto em pleno vôo.
Estudos sobre a comunicação social dos morcegos mostram que os morcegos usam a ecolocalização para responder a certas situações sociais e também para distinguir entre sexos ou indivíduos.
Morcegos machos selvagens às vezes discriminam morcegos que se aproximam com base unicamente em seus chamados de ecolocalização, produzindo vocalizações agressivas para outros machos e vocalizações de corte após ouvir os chamados de ecolocalização femininos.
Baleias dentadas, como golfinhos e cachalotes, usam a ecolocalização para navegar nas águas escuras e turvas nas profundezas do oceano.
Golfinhos e baleias com ecolocalização empurram cliques ultrassônicos através de suas passagens nasais, enviando os sons para o ambiente marinho para localizar e distinguir objetos de distâncias próximas ou distantes.
A cabeça do cachalote, uma das maiores estruturas anatômicas encontradas no reino animal, é preenchida com espermacetes (um material ceroso) que ajuda as ondas sonoras a ricochetearem na enorme placa em seu crânio. A força concentra as ondas sonoras em um feixe estreito para permitir uma ecolocalização mais precisa, mesmo em alcances de até 60 quilômetros. As baleias beluga usam a parte redonda e macia de suas testas (chamada de “melão”) para ecolocalizar, focalizando sinais de maneira semelhante aos cachalotes.
Ecolocalização – Morcegos
Ecolocalização – Morcegos
Os morcegos navegam e encontram presas de insetos usando a ecolocalização. Eles produzem ondas sonoras em frequências acima da audição humana, chamadas de ultrassom.
As ondas sonoras emitidas pelos morcegos ricocheteiam em objetos em seu ambiente. Em seguida, os sons voltam aos ouvidos dos morcegos, que são ajustados para reconhecer seus próprios chamados exclusivos.
Cientistas e gerentes podem identificar e estudar morcegos gravando suas chamadas com microfones e dispositivos de gravação especializados.
Os chamados do morcego podem ser traduzidos em formas que os humanos possam ver e ouvir.
Por exemplo, os morcegos usam a ecolocalização quando estão caçando.
Você pode chamá-lo de “zumbido de alimentação” e funciona assim: quando um morcego detecta um inseto que deseja comer, ele produz uma série rápida de chamados para apontar a localização exata de sua presa.
Os morcegos podem alterar suas chamadas para diferentes fins. Eles têm diferentes buscas, alimentação e chamadas sociais. E cada espécie de morcego tem seu próprio padrão de chamada único.
Fonte: Camila Correia