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O que são células gliais?
As células gliais são células especializadas encontradas em todo o sistema nervoso para apoiar suas funções.
Historicamente, eles não foram muito estudados porque os pesquisadores estavam mais interessados nos neurônios, acreditando que as células da glia agiam principalmente como argamassa para manter o sistema nervoso coeso.
Pesquisas na década de 1960 começaram a revelar que essas células realmente desempenhavam uma série de papéis importantes, incluindo a capacidade de sinalizar umas para as outras e controlar a sinalização com outras células.
Estudos sobre sua função são importantes para entender como o sistema nervoso funciona e se recupera de lesões.
Uma das funções da célula glial é a de isolante. Um subtipo específico conhecido como oligodendrócito produz mielina, que protege os neurônios uns dos outros e regula o movimento dos sinais. As células da glia, como os astrócitos, oferecem suporte estrutural para manter os neurônios em posição e também fornecem um suprimento de comida e limpeza. À medida que os neurônios produzem resíduos, as células ao redor os removem para processamento. Outras células gliais, conhecidas como microglia, podem atacar organismos invasores e engolfar neurônios mortos para remoção.
Os pesquisadores que trabalham com neurônios devem cultivar a glia ao lado deles para fornecer o suporte necessário. Caso contrário, os neurônios não podem sobreviver em cultura.
O equilíbrio exato dos números entre as células gliais e os neurônios é um assunto de discussão; originalmente acreditava-se que fosse em torno de nove para um, mas outras pesquisas sugerem que pode haver mais neurônios presentes do que os pesquisadores que tentaram contá-los acreditavam. Mais células gliais do que neurônios estão presentes em geral no sistema nervoso, mesmo que o número exato seja incerto.
A microglia surge da medula óssea e é continuamente renovada ao longo da vida. Outras células se desenvolvem a partir do tubo neural e da crista, as mesmas estruturas que dão origem ao restante do sistema nervoso.
Eles são distribuídos por todo o sistema nervoso central e periférico para fornecer suporte para uma variedade de funções. Regular seu ambiente é uma de suas tarefas mais importantes, tornando possível que sinais neurológicos complexos passem pelos neurônios.
Os distúrbios podem surgir nas células gliais. Isso pode incluir câncer, onde as células começam a se reproduzir fora de controle. Astrocitoma, por exemplo, é um câncer que surge nos astrócitos que ocorre quando os mecanismos de controle normal de uma célula se desligam e ela continua se dividindo e crescendo. O tratamento dessas condições pode ser complexo, pois pode exigir cirurgia e outras terapias em áreas delicadas do cérebro, o que pode expor os pacientes a riscos como danos cerebrais que levam a deficiências cognitivas.
O que são Células da Glia – Neuroglia
O tecido nervoso é responsável por diversas funções, entre elas controlar todos os estímulos e atividades dos corpos. Esse tecido é composto majoritariamente, por neurônios, que tem função a propagação dos impulsos nervosos, e as células da glia(ou neuroglia).
Descritas há 150 anos, em 1858, as células glia foram chamadas pelo patologista alemão Rudolf Virchow (1821-1902), como nervenkitt (cimento de nervo), traduzida como neuroglia. Nessa época, Virchow atribuiu a unica função as células como suporte, ou cola, das células neuronais.
Posteriormente, com o avanço dos estudos, descobriu-se que essas células tinham muito mais funções e atividades.
A neuroglia pode ser classificada como dois grandes grupos distintos morfológica e funcionamente de acordo com a origem embriológica: a microglia, responsável pela função de defesa imune do sistema nervoso central (SNC) e a macroglia, compreende síntese de mielina, revestimento e crescimento.
Micróglia
Essas são as menores células da glia, ficam dispersas no sistema nervoso central. Os prolongamentos do citoplasma são em forma de ondas e ramificados.
Elas são capazes de fagocitar e também estão envolvidas na defesa do sistema nervoso central.
As células da macroglia, variam em forma e função e divididas em 3 tipos principais:
Astrócitos: Esses são células maiores, apresentam o núcleo em forma de esfera e no meio da célula, esse tipo de célula possui vários prolongamentos do citoplasma, uma espécie de “estrela”.
Oligodendrócitos: Os oligodendrócitos possuem o corpo menor que os astrócitos, e possuem bem poucos prolongamentos, quando existem são finos. Eles são responsáveis por sintetizar a mielina da fibra nervosa no sistema nervoso central (no periférico as células de Shwann que fazem essa função).
Células Ependimárias: Esse tipo de célula reveste a cavidade do encéfalo e da medula. Elas formam uma camada de células cúbicas, com microvilosidades e cílios, isso favorece a função que ela está associada, a de secreção, movimentação e absorção de líquido cefalorraquidiano, que é um líquido importante para o metabolismo do tecido nervoso, além de proteger de traumatismos externos.
Células da Glia – Células neurais
Neuroglia é o termo coletivo para células gliais, células especializadas que protegem e regulam o funcionamento das células neurais no cérebro. Além de promover a comunicação elétrica entre as sinapses nervosas, algumas dessas células protegem fisicamente as células neurais, envolvendo-as para formar uma barreira isolante.
Outras células desse tipo estão envolvidas no fornecimento de oxigênio e outros nutrientes, enquanto outras ainda desempenham um papel no direcionamento e eliminação de patógenos invasores.
O nome “glial” deriva da palavra grega glia, que significa literalmente “cola”, indicando sua contribuição significativa no desempenho dos sistemas nervosos central e periférico.
O tamanho do cérebro determina o número de neuroglia cerebral
Existem seis tipos distintos de células da neuroglia, quatro das quais residem no sistema nervoso central.
Os oligodendrócitos circundam e protegem as células neurais formando uma barreira conhecida como bainha de mielina.
As células ependimárias são ativas no revestimento da rede de cavidades ventriculares cheias de líquido encontradas no cérebro e na medula espinhal.
Os astrócitos regulam a troca de nutrientes entre os vasos sanguíneos e as células neurais, enquanto a microglia vasculha e destrói os patógenos celulares e outros detritos.
Anatomia do neurônio humano
Os oligodendrócitos protegem as células neurais formando uma barreira conhecida como bainha de mielina
No sistema nervoso periférico, os neurolemócitos desempenham a mesma função que os oligodendrócitos em termos de formar a bainha protetora de mielina que circunda os neurônios.
Essas células da neuróglia também são conhecidas como células de Schwann e são capazes de iniciar o reparo ou regeneração de axônios neurais e dentritos que foram danificados devido a trauma ou lesão. Por último, as células da neuroglia satélite habitam o tecido ganglionar que envolve e suporta as células neurais.
Coletivamente, a neuroglia regula uma variedade de processos biológicos para garantir que certas condições permaneçam equilibradas e constantes no corpo, um estado conhecido como homeostase. Por exemplo, algumas células gliais se concentram na regulação de certas condições internas para manter o funcionamento adequado em resposta às mudanças nas condições ambientais externas, como a temperatura.
Essas células também auxiliam na regulação e metabolismo da glicose, insulina e outras enzimas pancreáticas.
Uma característica única das células da neuroglia é que elas são capazes de divisão celular após atingir a maturidade, enquanto a maioria das células neurais perde essa capacidade em algum ponto de seu desenvolvimento.
Embora o número total de células gliais no cérebro humano seja quase igual ao número de neurônios, elas superam os neurônios em algumas partes do cérebro em até 50 vezes.
O tamanho do cérebro também determina o número de neuroglia cerebral. Portanto, diferentes espécies de animais contêm concentrações variáveis de células gliais. O cérebro de uma mosca da fruta, por exemplo, é composto por 24% de células gliais, em comparação com 90% em um ser humano e 97% em um elefante.
Fonte: Ana Rosa Calheiro Luz