O que são Briófitas
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Você já deve ter passado por elas, mesmo que não tenha percebido. Muitas vezes, elas estão em cascas de árvores, ou muros com umidade. Podem ainda estar no solo ou até mesmo em pedras. São pequenas, gostam demais de lugares úmidos e sombreados. Mas afinal, de quem estamos falando? Estamos falando das briófitas, ou para facilitar, conhecidas popularmente como musgos ou hepáticas.
As briófitas estão presentes em ambientes terrestre úmidos e são sempre dependentes da água, lembrando que esta divisão da botânica não tem representantes marinhos. As briófitas se dividem em hepáticas, antóceros e musgos.
De forma geral, as briófitas não apresentam vasos condutores, contando com rizoides, que são filamentos que servem para fixação das plantas no ambiente. Estas plantas são criptógamas, apresentando o órgão reprodutor escondido e, além disso, não apresentam flores.
Quando se comparam as plantas hepáticas, antóceros e musgos, as hepáticas são as plantas mais simples, sendo que elas não apresentam estômatos e nem células condutoras especializadas.Os antóceros, por sua vez, embora não tenham células especializadas para condução, apresentam estômatos. Já os musgos apresentam células condutoras e estômatos. Vale ressaltar que, como estas plantas não têm vasos condutores, o transporte de água é muito lento, ocorrendo por meio da difusão celular.
Os Musgos
Os musgos, dentro das briófitas, são o grupo mais diverso. São plantas abundantes, sempre presentes em áreas com umidade. Estas plantas podem ser utilizadas, inclusive, como bioindicadoresambientais, ou seja, por serem muito sensíveis, principalmente à poluição do ar, estas plantas podem indicar alguma mudança no ambiente.
Embora necessitem de água, algumas destas espécies podem ser encontradas no deserto. Mesmo em ambientes secos, elas podem estar vivas, esperando pela época das chuvas para se reproduzir. Inclusive, há musgos que apresentam uma grande capacidade de sobreviver em ambientes frios, como no continente antártico. Vale lembrar que não existem musgos em ambiente marinhos, muito embora possam ser encontradas estas plantas próximas ao mar.
Juliano Schiavo
Biólogo e mestre em Agricultura e Ambiente
Referência: RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. 1996. Biologia Vegetal, 5a. ed. Coord. Trad. J.E.Kraus. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.
Briófitas
Briófitas
O que são
Briófitas são vegetais, na maioria terrestres, apresentando características que as separam das algas e das plantas vasculares. Seus gametângios são pluricelulares, com uma camada estéril (epiderme) que protege as células sexuais da dessecação, sendo esta uma adaptação à vida no ambiente terrestre. Em algumas, possuem células especializadas para a condução de água (hidróides) e de elementos fotossintetizados (leptóides). O corpo vegetativo é trófico corresponde ao gametófito haplóide (n), sendo que o esporófito diplóide (2n) cresce sobre este e tem vida efêmera. São vegetais relativamente pequenos, habitando ambientes mésicos, xéricos e higrófilos, tendo alguns representantes aquáticos continentais.
Crescem em uma variedade de substratos, naturais ou artificiais, sob diversas condições microclimáticas. Abrigam vasta comunidade biótica, como pequenos animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e protozoários. Propiciam condições, em muitos ambientes, para o desenvolvimento de plantas vasculares devido à capacidade de reter umidade.
A Flora briofítica do Brasil conta com 3.125 espécies distribuídas em 450 gêneros e 110 famílias.
Características Gerais
A grande maioria das espécies é terrestre de ambiente úmido e sombreado (musgos, hepáticas anthóceros).
São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula a célula.
Ocorrem ainda espécies com a Ricciocarpus natans que flutua em H2O doce e a Riccia flutuantes que vive submersa em água doce.
O musgo do gênero Shpagnum forma a turfa, que funciona como adubo na melhoria solo, quando seco e moído pode ser utilizado como combustível.
Classificação
Classe Musci
Classe em que seus representantes são os musgos, vegetais que apresentam o corpo divido em três regiões específicas rizoíde, caulóide, e filóide.
Reprodução Assexuada: Ocorre por fragmentação, quando a planta adulta cresce, divide-se em pedaços irregulares chamados propágulos, e estes são levados pela ação do vento e da água da chuva até o solo, germinando e formando uma nova planta.
Reprodução Sexuada: Ocorre alternância de gerações (Metagênese).
Gametângios: Órgãos produtores de gametas
Planta masculina: Anterídeo: produz anterozóides.
Planta feminina: Arquegônio: produz oosferas
Classe Hepaticae
Conceito: O termo hepática (hepato=fígado), deve-se a forma de fígado do gametófito, são briófitas, cujo gametófito têm forma de fígado e são características de ambientes terrestres úmidos, sombreados.
Gênero: O mais conhecido é o Marchantia
Reprodução Assexuada: Os gametângios ficam localizados na ponta de estruturas denominadas gametóforos. Gametófitos masculinos -> anteridióforos -> anterídeos Gametófitos femininos -> arquegonióforos -> arquegônios. Nos arquegônios formam-se os zigotos que crescem e originam esporófitos fechado o ciclo com a produção dos esporos.
Classe Anthocerotae
Conceito: Briófitas que crescem em locais úmidos e sombreados, seu gametófito é folhoso, arredondado, e multilobado, mede cerca de 2 cm e preso ao substrato por rizóides.
Gênero: Anthóceros
Reprodução: Os gametângios estão mergulhados nos tecidos dos gametófitos, podendo ser homotálicos ou heterotálicos. Vários esporófitos são formados em uma mesma planta após a fecundação. Possuindo uma base e um esporângio alongado, produtor de esporos.
Importância das briófitas
As briófitas, tal como os fungos liquenizados, por suas características anatômicas, apresentam sensibilidade específica aos poluentes, sendo bons indicadores de poluição, prestando-se eficientemente para estudos de biomonitoramento ambiental.
Ainda as briófitas podem ser utilizadas como: antibactericidas, ornamentais em floriculturas, na fabricação de Whisky, controle de erosão do solo e o gênero Sphagnum usado na 2ª Guerra Mundial como algodão (anti-séptico).
Portal São Francisco