Antóceros

O que são antóceros?

Os antóceros fazem parte do Gênero Anthoceros, que formam a divisão Anthocerotophyta, que é um pequeno filo de plantas não vasculares. Possuem uma distribuição natural quase cosmopolita, ou seja, estão presentes em múltiplos biomas, embora prefiram regiões com abundância de umidade, ou pelo menos com elevada umidade do ar.

Possuem características comum com os musgos e hepáticas, devido apresentar uma alternância de gerações na qual o gametófito haploide persistente é a parte mais visível e duradoura do ciclo de vida, e também com seus talos (gametófitos) laminares, achatados que crescem rente ao solo. São caracterizados pelos esporófitos filamentares, alongados eretos sobre os talos, porém a filogenética entre eles é relativamente distante.

Os membros da divisão Anthocerotophyta foram considerados como pertencentes a uma classe da antiga divisão Bryophyta (briófitos). Porém com o desenvolvimento da biologia molecular e da cladística demonstraram que o antigo agrupamento taxonômico dos briófitos era parafilético, o que levou em consequência, que os musgos foram colocados na divisão Bryophyta, as hepáticas na divisão Marchantiophyta, ficando os antóceros numa nova divisão, a divisão Anthocerotophyta.

Os aspectos morfológicos usados na classificação dos antóceros são tais como:

– a distribuição celular e morfologia da camada celular protetora dos anterídios;

– o número de anterídios em cada androécio;

– a presença de um pirenoide;

– a anatomia dos cloroplastos e o seu número nas células.

O ciclo de vida inicia-se com a germinação de um esporo haploide. Na maior parte das espécies existe apenas uma única célula no interior do esporo, designada por tubo germinal, que forma uma extensão fina filamentosa no lado proximal do esporo, processo que inicia a germinação.

Os gametófitos de algumas espécies são unissexuados, enquanto outros são bissexuados e assemelham-se a rosetas.

O número de espécies desse gênero permanece incerto, devido à dificuldade de aplicação de critérios morfológicos, existindo cerca de 100-150 espécies descritas.

Camila Correia