Anticorpos

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Anticorpos – Definição

Um anticorpo é uma proteína componente do sistema imunológico que circula no sangue, reconhece substâncias estranhas como bactérias e vírus e os neutraliza. Após a exposição a uma substância estranha, chamada antígeno, os anticorpos continuam a circular no sangue, fornecendo proteção contra futuras exposições a esse antígeno.

A produção de anticorpos é uma função importante do sistema imunológico e é realizada por um tipo de glóbulo branco denominado célula B (linfócito B).

Os anticorpos podem ser desencadeados e dirigidos a proteínas, microrganismos ou toxinas estranhas. Alguns anticorpos são autoanticorpos e se dirigem contra nossos próprios tecidos.

O termo “anticorpo” data de 1901. Antes dessa época, um “anticorpo” se referia a qualquer uma de uma série de substâncias diferentes que serviam como “corpos” (soldados rasos) na luta contra a infecção e seus efeitos nocivos.

Anticorpos – Como funciona

Nosso corpo tem um exército especializado de busca e destruição. Os anticorpos são peças-chave nessa luta

Eles são o batalhão de “busca” do sistema de busca e destruição do sistema imunológico, encarregado de encontrar um inimigo e marcá-lo para destruição.

Quando os anticorpos encontram seu alvo, eles se ligam a ele, o que desencadeia uma cascata de ações que derrotam o invasor. Os anticorpos fazem parte do chamado sistema imunológico “adaptativo”, o braço do sistema imunológico que aprende a reconhecer e eliminar patógenos específicos.

Os dois braços na parte superior da forma de Y do anticorpo se ligam ao que é conhecido como antígeno. O antígeno pode ser uma molécula ou um fragmento molecular – geralmente alguma parte de um vírus ou bactéria.

A parte inferior do Y, ou haste, se liga a vários outros compostos do sistema imunológico que podem ajudar a matar o antígeno ou mobilizar o sistema imunológico de outras maneiras.

Anticorpos, também chamados de imunoglobulinas (Ig), todos têm a mesma forma básica de Y, mas há cinco variações sobre esse tema – chamados de IgG, IgM, IgA, IgD e IgE.

Cada variação parece ligeiramente diferente e desempenha papéis ligeiramente diferentes no sistema imunológico. Por exemplo, a imunoglobulina G, ou IgG, é apenas um Y, enquanto a IgM se parece um pouco com a deusa hindu de 10 braços Durga, com cinco Ys empilhados juntos, e cada pino pode ligar um antígeno.

IgG e IgM são os anticorpos que circulam na corrente sanguínea e vão para os órgãos sólidos.

IgE é o anticorpo que normalmente desencadeia respostas alérgicas.

O IgD tem sido historicamente enigmático, mas um de seus papéis é ajudar a ativar as células que produzem anticorpos.

O que são anticorpos?

Os anticorpos, também conhecido como imunoglobulina, é uma proteína encontrada no sangue ou fluido corporal de um animal.

Essas proteínas têm receptores especiais que permitem que se liguem a substâncias estranhas conhecidas como antígenos.

Seu objetivo é identificar e neutralizar antígenos para que não causem doença ao organismo hospedeiro. Os anticorpos constituem o núcleo do sistema imunológico, agindo como tropas de choque para reprimir rapidamente as incursões dos antígenos.

Os anticorpos têm uma estrutura em forma de Y

A estrutura química dos anticorpos pode ficar bastante complexa, mas a versão resumida é que eles são estruturas em forma de Y compostas por cadeias ligadas de polipeptídeos conhecidos como cadeias leves e pesadas.

A cadeia de aminoácidos determina em qual classe o anticorpo está e também a quais antígenos ele pode se ligar. Cada um pode se ligar a apenas um antígeno, em um sistema que pode ser comparado a uma fechadura e uma chave. Os receptores nas pontas das estruturas permitem que ele se ligue a um determinado antígeno.

Alguns anticorpos flutuam livremente no sangue, produzidos pelas células B conforme a necessidade. As células B sabem quando produzir mais dessas proteínas, porque elas têm proteínas ligadas à membrana que ficam grudadas em suas superfícies o tempo todo. Esses anticorpos atuam como detectores de invasão, alertando a célula B quando detectam um antígeno ao qual se ligam para que a célula B possa desencadear a produção de mais proteínas para combater o antígeno.

Alguns exemplos de antígenos incluem bactérias e vírus. O corpo desenvolve anticorpos quando é inicialmente exposto ao antígeno e os armazena para uso futuro. Alguns antígenos são astutos, capazes de alterar seu código genético apenas o suficiente para que as gerações futuras não interajam com os anticorpos porque a fechadura e a chave não combinam.

Outros são confiáveis e comuns o suficiente para que as pessoas possam ser vacinadas contra eles sendo apresentadas a uma pequena amostra do antígeno, de modo que seus corpos estejam preparados para reconhecer e lutar contra o antígeno no futuro.

Ocasionalmente, a produção de anticorpos fica descontrolada. Nas doenças autoimunes, o corpo desenvolve anticorpos contra si mesmo, e eles começam a atacar substâncias que são realmente criadas pelo corpo sob a impressão equivocada de que essas substâncias são prejudiciais.

As pessoas também podem desenvolver as proteínas quando são expostas a certos compostos normalmente inofensivos, como alimentos, pêlos de animais ou ácaros.

Quando o corpo encontra essas substâncias novamente, ele vai produzir mais e desencadear uma reação alérgica enquanto o corpo tenta lutar contra o antígeno percebido.

Estruturação molecular

As imunoglobulinas são glicoproteínas produzidas por uma gama variada de tipos moleculares.

Todos os anticorpos são imunoglobulinas, porém nem toda imunoglobulina são anticorpos.

Tipos de anticorpos

Os anticorpos variam entre si de acordo com a composição da cadeia.

Cinco isótipos (tipos diferentes de anticorpos):

Imunoglobulina A-IgA: dois subtipos 1, 2, cadeia H alfa,monômero, dímero ou trímero, imunidade das mucosas (boca, bexiga).
Imunoglobulina D-IgD:
 nenhum subtipo, cadeia H delta, monômero, receptor antigênico de célula B inativa.
Imunoglobulina E-IgE:
 nenhum subtipo, cadeia H épsilon, monômero, hipersensibilidade imediata.
Imunoglobulina G-IgG:
 quatro subtipos 1-4, cadeia gama, monômero, combate de agentes infecciosos.
Imunoglobulina M-IgM:
 nenhum subtipo, cadeia H micro, pentâmero, ativação complemento, inativa toxinas.

Determinantes antigênicos

Como alguns antígenos são macromoléculas muito grandes, os anticorpos não precisam reconhecer todo o antígeno, mas sim uma porção do mesmo.

A maior parte dos antígenos que são reconhecidos pelos anticorpos são moléculas proteicas (todas proteínas), então a maior parte das proteínas produzidas pelos organismos vivos são muito grandes, ficando difícil para o anticorpo reconhecer a proteína inteira, por isso ele reconhece apenas uma porção e, desencadeia uma resposta imune.

Esse ponto que é reconhecido pelo anticorpo é denominado como determinante antigênico ou epítopo.

Há três condições determinantes:

Determinante conformativo: reconhecimento depende da conformação do antígeno. Caso ocorra a desnaturação do antígeno, o anticorpo não consegue reconhecer o mesmo.
Determinante linear:
 reconhecimento depende da sequência do antígeno. Caso ocorra a desnaturação do antígeno, o anticorpo ainda sim consegue reconhecer o mesmo.
Determinante neoantigênico:
 reconhecimento depende de uma modificação proteolítica do antígeno.

Reconhecimento antigênico

Alguns fatores são extremamente preponderantes para o reconhecimento antigênico.

Esses fatores são: especificidade, diversidade, valência e avidez.

Especificidade: capacidade do anticorpo se ligar a um antígeno específico.
Diversidade:
 vários tipos de anticorpos no organismo, para combater diversos antígenos.
Valência:
 quantidade de antígenos com que o anticorpo se liga.
Avidez:
 afinidade que o anticorpo tem pelo antígeno. Modificação para o reconhecimento.

Fonte: Camila Correia/medlineplus.gov/www.livescience.com/www.genome.gov/www.pacificimmunology.com

 

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