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Anticorpo Monoclonal – Definição
O anticorpo monoclonal é um anticorpo produzido por um único clone de células. Um anticorpo monoclonal é, portanto, um único tipo puro de anticorpo.
Os anticorpos monoclonais podem ser produzidos em grandes quantidades no laboratório e são a base da imunologia. Os anticorpos monoclonais estão cada vez mais sendo usados como agentes terapêuticos.
O que são anticorpos monoclonais?
Anticorpos são proteínas produzidas pelos linfócitos B do sistema imune, em resposta a proteínas alheias, chamados antigênios.
Anticorpos funcionar como marcadores, de ligação ao antígeno, de modo que as moléculas de antígeno podem ser reconhecidos e destruídas por fagócitos.
A parte do antígeno que o anticorpo liga-se a chama do epitopo. O epitopo é, portanto, uma sequência curta de aminoácidos que o anticorpo é capaz de reconhecer (Campbell NA, 1996).
Duas características da relação anticorpo-epitopo são essenciais para a utilização de anticorpos monoclonais como uma ferramenta molecular:
Especificidade – o anticorpo liga-se apenas ao seu epítopo específico
Suficiência – o epitopo pode ligar-se ao anticorpo por si só, isto é, a presença de toda a molécula de antígeno não é necessário
Estruturalmente anticorpos são proteínas que consistem de quatro cadeias polipeptídicas.
Estes quatro cadeias formam uma estrutura quaternária que se assemelha a uma forma de Y. A
Figura abaixo mostra a estrutura tridimensional de imunoglobulina G, um anticorpo típico, e a sua representação esquemática.
Figura 1. A – representação 3-D da imunoglobulina G;
B – Representação em 3-D de imunoglobulina G rotulado cor para mostrar as quatro cadeias polipeptídicas
Cada célula B no organismo sintetiza apenas um tipo de anticorpo.
Em um organismo, existe uma população inteira de diferentes tipos de células B e os seus respectivos anticorpos que foram produzidos em resposta a vários antígenos que o organismo tinha sido exposta. No entanto, para ser útil como uma ferramenta, os biólogos moleculares necessitam de quantidades substanciais de um único anticorpo (anticorpo e que por si só).
Portanto, precisamos de um método para a cultura de uma população de células B derivadas de uma única célula ancestral B, de modo que essa população de células B nos permite colher um único tipo de anticorpo.
Esta população de células seriam corretamente descrita como monoclonais, e os anticorpos produzidos por esta população de células B são designados por anticorpos monoclonais. Em contraste, os anticorpos obtidos a partir do sangue de um animal imunizado são designados por anticorpos policlonais.
Anticorpo Monoclonal – Quimioterapia e a Radioterapia
Embora enorme avanço tenha ocorrido no tratamento do câncer, as diversas modalidades terapêuticas, especialmente a quimioterapia e a radioterapia, determinam efeitos colaterais ao atingirem, além das células cancerosas, as células normais do paciente.
Novas modalidades terapêuticas têm como objetivo dirigir o tratamento mais especificamente às células doentes, poupando as normais. Este tipo de estratégia é chamada de terapia dirigida ao alvo.
Entre os medicamentos com este perfil estão os anticorpos monoclonais, que são uma forma de imunoterapia. Neste caso imunoterapia passiva, pois os anticorpos são produzidos em laboratório e não pelo paciente.
A idéia de usar anticorpos contra células neoplásicas já era aventada há mais de um século atrás, quando Paul Erlich imaginou que os anticorpos poderiam ser utilizados como um “projétil mágico” no tratamento do câncer.
A ciência percorreu um longo caminho desde a idéia inicial de Erlich até a sua utilização na prática médica. Kohler e Milstein, ganhadores de premio Nobel, desenvolveram a técnica de hibridoma que permite a produção de anticorpos específicos. Os anticorpos monoclonais podem ser produzidos para reagir com antígenos específicos em certos tipos de células cancerosas.
À medida que se conhece melhor antígenos associados a células neoplásicas, pode-se desenvolver anticorpos monoclonais para diferentes tipos de câncer. Como as células dos linfomas são bem conhecidas, foram as primeiras a serem estudas para este tipo de tratamento.
Os primeiros anticorpos monoclonais aprovados pelo FDA, nos EUA, para tratamento de câncer, foram: rituximabe para linfomas não-Hodgkin de célula B (em 1997), transtuzumabe para câncer de mama (em 1998), gentuzumabe para leucemia mielóide aguda (em 2000) e alemtuzumabe para leucemia linfóide crônica (em 2001).
Os anticorpos monoclonais apresentam efeitos colaterais diferentes dos quimioterápicos, sendo geralmente restritos ao momento da sua infusão.
Os mais freqüentes são: febre, calafrios, dor de cabeça e rash cutâneo. Estas manifestações diminuem em intensidade e freqüência com a seqüência do tratamento.
O primeiro anticorpo monoclonal (Rituximab) aprovado para tratamento do câncer é dirigido contra uma estrutura chamada CD20, encontrada nos linfócitos B.
Portanto, é utilizado no tratamento dos linfomas B, que correspondem a 85% dos linfomas.
Diversos estudos demonstram sua utilidade no tratamento de indução do linfoma difuso de grandes células B e no linfoma folicular.
Apesar do grande número de casos no Brasil, poucas pessoas conhecem os linfomas e os sintomas desta doença. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), foram contabilizadas 2.921 novos casos de Linfoma não-Hodgkin no Brasil em 2002. Para mudar essa situação, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) realiza anualmente no dia 15 de setembro em parceria com a entidade internacional Lymphoma Coalition o “Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas”.
O objetivo da campanha é de informar a população sobre a doença e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce.
Embora o uso dos anticorpos monoclonais no tratamento dos linfomas seja uma realidade, ainda temos muito que aprender quanto ao melhor uso destas drogas, como: dose ideal, intervalo da sua aplicação, melhor associação com quimioterapia, utilidade da terapia de manutenção e aplicação em diferentes tipos de linfomas.
Anticorpo Monoclonal – Tipo
Anticorpo Monoclonal é um anticorpo produzido por um único clone de células.
Um anticorpo monoclonal é, portanto, um único tipo de anticorpo puro.
Os anticorpos monoclonais podem ser feitos em grandes quantidades, no laboratório e são a base da imunologia. Os anticorpos monoclonais têm cada vez mais utilização como agentes terapêuticos.
Os anticorpos monoclonais são glicoproteínas produzidas por um só tipo de clone de linfócitos B. Têm por isso exatamente a mesma estrutura e afinidade para o antigene.
Este tipo de anticorpos foi reconhecido pela primeira vez em pacientes com mieloma em que a expansão clonal de plasmócitos malignos leva à produção de um anticorpo idêntico resultando num tumor ou neoplasia.
Usos de anticorpos monoclonais
Corpos monoclonais têm uma variedade de usos académicos, médicos e comerciais. Seria impossível listar todos eles aqui.
Mas a seguinte lista deve indicar como onipresente tecnologia de anticorpos monoclonais tornou-se na área de biotecnologia:
Os anticorpos são utilizados em vários testes de diagnóstico para a detecção de pequenas quantidades de drogas, toxinas ou hormonas, por exemplo, os anticorpos monoclonais a gonadotrofina coriónica humana (HCG) são utilizados em kits de teste de gravidez (Biotech, 1989). Outros usos de diagnóstico de anticorpos é o diagnóstico de AIDS pelo teste ELISA.
Os anticorpos são utilizados no Radioimunodetecção e radioimunoterapia do cancro, e alguns novos métodos pode mesmo atingir apenas as membranas celulares das células cancerosas (Chaudhari et al, 1994). Um novo medicamento cancro baseado em tecnologia de anticorpos monoclonais é Ritoxin, aprovados pela FDA, em Novembro de 1997 (Orrs, 1997).
Os anticorpos monoclonais podem ser utilizados para o tratamento de doenças virais, tradicionalmente considerados “intratáveis”. Na verdade, existem alguns indícios que sugerem que os anticorpos podem levar a uma cura para a SIDA (P/S/ G, 1997).
Os anticorpos monoclonais podem ser usados para classificar estirpes de um único agente patogénico, por exemplo, a Neisseria gonorrhoeae pode ser digitada utilizando anticorpos monoclonais (Wang et al, 1977).
Pesquisadores usam anticorpos monoclonais para identificar e rastrear células ou moléculas específicas em um organismo, por exemplo, os biólogos do desenvolvimento na Universidade de Oregon tyhe utilizar anticorpos monoclonais para descobrir quais proteínas são responsáveis pela diferenciação de células no sistema respiratório (Fratella, 1998).
OKT3, um anticorpo para o antígeno de células T T3, é usado para atenuar o problema da rejeição de órgãos em doentes que sofreram transplante de órgãos (Transweb, 1996).
Anticorpos monoclonais e seus efeitos colaterais
Uma das formas pelas quais o sistema imunológico do corpo ataca substâncias estranhas é fabricando um grande número de anticorpos.
Um anticorpo é uma proteína que se liga a uma proteína específica chamada antígeno. Os anticorpos circulam por todo o corpo até encontrarem e se anexarem ao antígeno. Uma vez ligados, eles podem forçar outras partes do sistema imunológico a destruir as células que contêm o antígeno.
Os pesquisadores podem criar anticorpos que têm como alvo específico um determinado antígeno, como um encontrado em células cancerosas. Eles podem então fazer muitas cópias desse anticorpo no laboratório.
Estes são conhecidos como anticorpos monoclonais (mAbs ou Moabs).
Os anticorpos monoclonais são usados para tratar muitas doenças, incluindo alguns tipos de câncer. Para fazer um anticorpo monoclonal, os pesquisadores primeiro precisam identificar o antígeno certo para atacar. Encontrar os antígenos certos para as células cancerosas nem sempre é fácil e, até agora, os mAbs provaram ser mais úteis contra alguns tipos de câncer do que outros.
NOTA: Alguns anticorpos monoclonais usados para tratar o câncer são chamados de terapia direcionada porque eles têm um alvo específico em uma célula cancerosa que visam encontrar, anexar e atacar. Mas outros anticorpos monoclonais agem como imunoterapia porque fazem o sistema imunológico responder melhor para permitir que o corpo encontre e ataque as células cancerosas de forma mais eficaz.
Fonte: www.biomedicinapadrao.com/www.bio.davidson.edu/www.rxlist.com/www.cancer.org/www.abrale.org.br