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Amanita – Definição
Amanita é qualquer um dos vários cogumelos do gênero Amanita, muitos dos quais extremamente venenosos.
Amanitas tem esporos brancos e geralmente um anel ao redor do caule e um bulbo arredondado na base.
As espécies se assemelham a cogumelos comestíveis e são freqüentemente confundidas com eles.
Amanita muscaria, é um alucinógeno e deve ser considerada venenosa. Esses atraentes fungos costumam aparecer em grupos e são comuns em todos os tipos de bosques.
Amanita – O que é
As Amanitas são seres pertencentes ao reino Fungi, que não apresentam atividade fotossintética, obtendo os seus nutrientes através da decomposição de matéria orgânica morta.
No seu ciclo de vida forma-se um fruto que contém numerosos esporos (elementos reprodutivos). Estes fungos são basidiomicetos e por isso produzem basidiósporos (esporos), que levam à formação do fruto (basidiocarpo), vulgarmente designado por cogumelo.
As espécies do gênero Amanita mais perigosas (A. verna, A. virosa e A. phalloides) representam cerca de 90% dos casos fatais de envenenamentos por cogumelos.
Mas nenhum cogumelo é mais temido do que a Amanita phalloides. É responsável pela maioria das mortes e envenenamentos causados por cogumelos.
Existem outras espécies também muito venenosas, mas esta, em particular, causa mais envenenamentos que todas as outras.
A explicação para esta situação é simples e relaciona-se com a semelhança física da Amanita phalloides com espécies de cogumelos comestíveis, tal como Volvariella volvacea.
As vítimas de envenenamento são frequentemente crianças e jovens que usam estes cogumelos na esperança de obter efeitos alucinogénicos, não sendo porém essa uma das suas propriedades.
Amanita
Os cogumelos venenosos têm uma longa história.
O Imperador Romano Tibério Cláudio Nero César Druso morreu de causa desconhecida, mas a tradição romana é unânime em afirmar que a sua morte resultou de envenenamento.
Acredita-se que a sua esposa Agripina lhe terá servido cogumelos venenosos, que se pensa pertencerem ao gênero Amanita.
Amanita – Toxinas
A Amanita phalloides possui três grupos de toxinas identificados: as falotoxinas, as amatoxinas e as virotoxinas. As falotoxinas possuem esqueleto heptapeptídico cíclico.
As amatoxinas possuem esqueleto octapeptídico. As virotoxinas são hepapetideos monociclícos.
Todos os grupos possuem um resíduo de triptofano substituído na posição 2 do anel indol por um átomo de enxofre.
Estas toxinas não são destruídas pelo calor, sendo por isso resistentes a operações culinárias.
A concentração de toxinas é menor num fruto jovem do que num já bem desenvolvido.
Amatoxinas
As amatoxinas são mais tóxicas que as falotoxinas, especialmente a alfa-amanitina. Numa primeira fase causam dano no nucléolo e mais tarde no núcleo das células hepáticas.
O efeito mais importante das amatoxinas é a inibição da RNA polimerase. Esta interação conduz à formação de um complexo e inibição não-competitiva. As primeiras alterações nucleares acontecem ao nível do núcleo, com fragmentação deste e condensação da cromatina, causando necrose do fígado, e também em parte do rim, com as alterações celulares surge a fragmentação e segregação de todos os componentes nucleares.
A concentração de amatoxinas varia consoante a espécie, mas estão presentes em todos os tecidos do cogumelo em concentração tal que 2 a 3 g são potencialmente fatais. No caso da A. phalloides estas toxinas encontram-se em concentrações de 2 a 7.3 mg por grama de tecido.
Exposição
O maior risco associado aos cogumelos está na dificuldade em distinguir as espécies tóxicas das comestíveis. A ingestão leva à intoxicação e às consequentes sequelas.
Torna-se importante o alerta às pessoas para o risco de colher cogumelos para consumo de forma “amadora”, sem conhecimento da sua toxicidade e potenciais perigos.
Diagnóstico
O atraso no início dos sintomas associado ao fato destes, numa fase inicial, serem semelhantes ao influenza e a vírus gastrintestinais, causam dificuldades no diagnóstico e tratamento.
Na maioria dos doentes o diagnóstico é tardio devido ao fato de muitas pessoas só recorrerem às urgências apenas quando o seu estado é já muito grave.
O desenvolvimento de uma intoxicação por A. phalloides apresenta 3 fases distintas.
Na primeira o sistema gastrintestinal é o mais afetado, sendo que os primeiros sintomas começam a surgir em 6 a 24 horas após a sua ingestão e com uma duração máxima de 24 a 48 horas.
Nesta altura os sintomas são inespecíficos e incluem náusea, vómitos, diarreia severa, febre, dor abdominal, taquicardia, hipoglicemia, hipotensão e desequilíbrio dos eletrólitos, com distúrbio ácido-base.
Logo a seguir surge uma segunda fase, com duração de 2 a 3 dias, em que parece existir uma melhoria (desparecimento dos sintomas gastrintestinais), mas por esta altura deterioram-se gravemente as funções hepática e renal.
Na última fase, mais severa, ocorre geralmente necrose hepática e culmina com uma rápida degeneração do sistema nervoso central.
Em simultâneo ocorre coagulação intravenosa com manifestações hemorrágicas severas e disseminação, falha renal e ocasionalmente a morte.
A cura raramente é total, pelo que grande parte dos doentes desenvolve hepatites crônicas.
Tratamento
No caso de um diagnóstico precoce as terapias eficazes incluem doses massivas de penicilina; o uso de extrato de cardo mariano (contendo os flavonoides silimarina, silibina e silibinina), que inibe os efeitos da amatoxina; diálise com albumina. Nos casos mais severos, especialmente quando o diagnóstico é mais tardio, o transplante de fígado torna-se muitas vezes a única opção a oferecer um prognóstico razoável.
Carvão ativado (reduz a absorção e por consequência os níveis sistêmicos da toxina):
25 a 100g nos adultos e adolescentes
25 a 50g nas crianças de 1 a 12 anos
1g/Kg nas crianças com menos de 1 anos de idade
Ingerir com água, na proporção de 240ml para cada 30g de carvão
Podem ser necessárias doses múltiplas de carvão ativado:
Depois da dose inicial (descrita anteriormente), considerar a administração de 12.5g por hora nos adultos e 6.25g por hora em crianças de 1 a 12 anos de idade, em intervalos de 1 a 4 horas
Lavagem gástrica
Correção da desidratação e hipovolemia
Monitorização da pressão arterial e do ?output? urinário
Pode considerar-se a administração de silibina intravenosa em doses de 20 a 50mg/kg/dia, ou de penicilina G em doses de 300.000 a 1.000.000 units/kg/dia (no caso da penicilina não há suporte com ensaios clínicos controlados)
Na ocorrência de falha renal suportar os procedimentos anteriores com uma dieta pobre em proteínas, podendo mesmo ser necessário recorrer a hemodiálise
No caso da falha hepática severa deve ser consultado um especialista para que se proceda à avaliação da necessidade de transplante de fígado
Carvão ativado – Uso terapêutico
Antídoto, com largo espectro de atividade adsortiva. A sua ação é rápida e valiosa, sendo considerado o agente mais eficaz para o tratamento de emergência de um grande número de casos de envenenameno, onde se destacam as toxinas de A. phalloides, digoxina, teofilina, fenobarbital, antidepressivos tricíclicos. No entanto, é preciso ter em conta que o carvão ativado não é eficaz contra todos os venenos.
Interrompe a circulação entero-hepática das substâncias, pela adsorção das partículas à sua superfície.
A sua ação está muito dependente do tempo que passa desde a ingestão do tóxico e a sua toma; alguns estudos afirmam que o ideal é que a toma se realize até 30 minutos após a ingestão do veneno.
Amanita muscaria
A Amanita muscaria é encontrado em bosques de Pinus sp., este fungo pertencente à família Amanitaceae (Basidiomycotina, Agaricales), que vive em associação micorrízica (ectomicorriza) com várias coníferas, inclusive do gênero Pinus. Embora de aparência inocente e aspecto apetitoso, quando ingerido pelo homem ou animais domésticos este cogumelo é tóxico.
Dependendo da quantidade ingerida é capaz de induzir alterações no sistema nervoso, levando a alteração da percepção da realidade, descoordenação motora, alucinações, crises de euforia ou depressão intensa.
Espasmos musculares, movimentos compulsivos, transpiração, salivação, lacrimejamento, tontura e vômitos são também sintomas referidos na literatura.
Amanita muscaria
Esse cogumelo, originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e na América do Norte. No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região metropolitana em Curitiba – PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982. Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo.
Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica com Pinus pseudostrobus.
Algumas espécies de Amanita são comestíveis – A. cesarea (Fr.) Mlady, A. ovoidea, A. valens Gilbert., A. giberti Beaus. etc. – mas o gênero é notório pelos seus representantes venenosos, sendo alguns mortais. Entretanto, segundo alguns autores, 90 a 95% das mortes ocorridas na Europa como resultado de micetismo — nome dado ao envenenamento por cogumelos — foram atribuídos a uma única espécie de Amanita, ou seja, A. phalloides, espécie conhecida popularmente como “taça da morte” (death cup) ou ainda por “taça verde da morte” (Taça verde da morte).
Esta espécie possui um píleo ou “chapéu” de coloração verde oliva, com cerca de 12 cm de diâmetro e 10 a 15 cm de altura no estipe. O problema de envenenamento com A. phalloides é que, por vezes, isento de cor e volva pouco definida, este cogumelo pode ser facilmente confundido com Amanita mappa (Batsch) Pers. ou mesmo com Agaricus campestris, L. selvagens, que são espécies saborosas que não apresentam princípios tóxicos. As espécies venenosas de Amanita contêm compostos ciclopeptídicos conhecidos como amatoxinas e phallotoxinas, altamente tóxicos e mortais, para os quais inexistem antídotos eficientes.
A maioria dos fungos Amanita não possui qualquer sabor especial que os identifique e suas toxinas têm um período latente para manifestação bastante longo, permitindo sua completa absorção pelo organismo antes de que qualquer medida de tratamento ou desintoxicação tenha sido adotada. As toxinas atuam, predominantemente, no fígado e a morte, no caso dos Amanitas contendo princípios letais, ocorre por coma hepático, sem que haja terapêutica específica.
Além de A. phalloides, A. virosa e A. pantherina (DC.) Secr., que são tóxicos, A. verna (Bull.) Pers. é o grande responsável nos Estados Unidos pelas mortes por intoxicação que ocorrem no país.
Cogumelos frescos contêm o ácido ibotêmico, que tem efeito sobre o sistema nervoso, sendo os cogumelos secos muito mais potentes. Isso ocorre porque o ácido ibotêmico, com a secagem, é degradado em mucinol, após descarboxilação, sendo 5 a 10 vezes mais psicoativo. Cogumelos secos são capazes de manter sua potência por 5 a 11 anos. Poucas mortes foram, até hoje, relacionadas com esse tipo de envenenamento e 10 ou mais cogumelos podem constituir-se em uma dose fatal. Na maioria dos casos o melhor tratamento é o não-tratamento, pois a recuperação é espontânea e completada em 24 horas.
Dizem os relatos que pessoas sob os efeitos dos princípios ativos do cogumelo escarlate mosqueado tornam-se hiperativos, fazendo movimentos compulsivos e descoordenados, falando sem parar e com a percepção de realidade totalmente alterada. Ocasionalmente, a experiência pode tornar-se altamente depressiva.
A.muscaria parece conter uma ou mais substâncias que afetam especialmente o sistema nervoso central.
A. muscaria apresenta a vantagem de que seu princípio ativo é excretado intacto pela urina, podendo ser reciclado e utilizado outra vez por homens e mulheres em banquetes orgíacos.
O cogumelo de “chapéu”, A.muscaria jamais causou a morte de pessoas saudáveis. Usualmente, de uma a três horas depois de sua ingestão, há um período de delírio e alucinações, por vezes acompanhado de certas perturbações gastrointestinais. Após algumas horas desse estado de excitação psíquica, advém um intenso estupor e o indivíduo acorda sem se lembrar de coisa alguma do que se passou.
Essa variação da opinião de tantos autores deve-se, provavelmente, a que as substâncias intoxicantes, que situam-se principalmente na camada superficial do píleo, variam consideravelmente em suas quantidades de acordo com a região e as condições nas quais os cogumelos se desenvolvem.
Amanita muscária – Cogumelo
Amanita (Amanita muscaria)
A Amanita muscária é o cogumelo mais difundido em literatura e por isso talvez o mais visto e conhecido pelas pessoas de uma forma geral.
NÃO É UM COGUMELO COMESTÍVEL e embora não seja mortal está associado a graves perturbações gastrointestinais, antes da fase alucinógena
Este fungo esteve muito presente na evolução humana, tanto em povos asiáticos, como em tradições nórdicas, tendo usos xamânicos por toda a região europeia. É encontrado também no Japão, Norte da Europa, Índia e America Central. Também presente na cultura Persa.
Amanita muscaria (e outra variedade semelhante, Amanita pantherina) é um cogumelo da ordem agaricales que aparece em habitats muito amplos nas zonas temperadas e boreais do hemisfério norte.
Cresce tanto em baixas altitudes como em áreas montanhosas altas, especialmente em florestas de coníferas, como abetos e pinheiros negros, bem como em florestas de faias e bétulas.
Geralmente aparece durante o final dos meses de verão e é especialmente prevalente no outono.
Seu aspecto é bem conhecido pela cor vermelha do gorro, coberto de pintas brancas, assim como pelo caule branco.
Este cogumelo contém dois alcalóides psicoativos, ácido ibotênico e muscimol, além de muitos outros alcalóides. Tem sido usado desde a antiguidade como uma substância inebriante, bem como em contextos xamânicos e adivinhação.
O nome Amanita muscaria vem do efeito paralisante que tem sobre alguns insetos.
Alguns fatos interessantes
O pesquisador Robert Gordon Wasson sugeriu que o cogumelo estivesse relacionado ao Soma, bebida sagrada dos Vedas. Os mais antigos textos religiosos.
Tal bebida é citada nos hinos do Rigveda escritos por volta de 1.500 A.C.
Na Sibéria o fungo foi muito utilizado por xamãs tribais. Segundo a tradição pagã, em todo solsticio de inverno os xamãs penduravam chapéus secos de amanitas ao pescoço e destribuiam para a população.
Entrando pelas saídas de fumaça das casas. Daí se vem a ideia do surgimento do bom velhinho Santa Claus.
Outro ponto interessante é que as renas adoram comer amanitas (não apenas as siberianas). Outra tradição desses povos era alimentar as renas com A. Muscaria para que ficassem mais fortes e resistentes.
Como a substância de princípio ativo muscimol permanece intacta na urina de quem consumir o fungo, é possível se reciclar o uso. E também atrair renas.
Amanita Muscaria é um fungo que trabalha em simbiose com árvores coniferas através de micorrizas. Todo o micélio se desenvolve e serve como um filtro de metais pesados para o solo, além do processo de simbiose.
Segundo escritos antigos o cogumelo era dado a comer aos animais para que passassem a “fase má” e depois era bebida a urina, para que os humanos usufruíssem apenas a parte alucinogena.
Amanita Muscaria – Origem/História
Registros históricos como pinturas rupestres, entalhes em madeira e esculturas sugerem que os efeitos psicoativos de Amanita Muscaria são conhecidos desde os tempos antigos em todos os continentes, e práticas semelhantes foram observadas em relação ao uso de Amanita Muscaria em grupos geograficamente e culturalmente distantes.
Amanita Muscaria tem sido usada para fins religiosos, adivinhadores, terapêuticos e sociais.
A primeira evidência do uso de Amanita Muscaria como intoxicante é baseada em análises linguísticas de línguas do norte da Ásia de 4000 aC, nas quais as raízes das palavras “embriaguez” e Amanita muscaria parecem ser as mesmas. Pinturas policromáticas foram encontradas em rochas do Saara que datam do período Paleolítico; representações do que parecem ser cogumelos do gênero Amanita, provavelmente da espécie muscaria.
O fungo cresce naturalmente nas terras altas da Mesoamérica e alguns mitos e esculturas de cogumelos sugerem o uso de Amanita Muscaria na Guatemala e no sul do México na época da criação da civilização maia, por volta de 1500-1000 aC. Algumas semelhanças simbólicas foram encontradas nas populações da Guatemala e da Ásia relacionadas à crença de que o cogumelo nasce em locais onde caem raios.
Esses paralelos poderiam ser explicados pelas migrações que provavelmente ocorreram do continente asiático para as Américas via Estreito de Bering, portanto o conhecimento sobre o uso de Amanita Muscariateria sido retransmitido.
Há outras evidências de seu uso na América do Norte pelas tribos Dogrib Athabasca nas montanhas Mackenzie no Canadá, bem como nas práticas cerimoniais dos índios Ojibwa e Ahnishinuabeg na área do Lago Michigan nos Estados Unidos, que se referiam ao Amanita Muscaria com o nome de miskwedo e cujas práticas sobreviveram até pelo menos o final do século XX.
O primeiro relatório ocidental sobre o uso de Amanita Muscaria foi feito por Filip Johan von Strahlenberg, um soldado sueco que, em 1730, foi preso por doze anos na Sibéria. Ele observou como Amanita Muscariafoi usado como um intoxicante em contextos xamânicos. Atualmente, as tribos Ostyak e Vogul, a oeste da Sibéria, e as tribos Kamchadal, Koryak e Chukchi no leste, continuam a usar Amanita Muscariaem seus rituais.
Essas tribos siberianas dependiam exclusivamente do Amanita Muscaria como substância intoxicante até a introdução do álcool pelos russos. Eles coletavam a Amanita, secavam ao sol e consumiam inteira, na extração de água ou leite de rena, ou misturavam com sucos de plantas para adoçar seu sabor.
Essas tribos também exibiram a prática de consumir a urina de pessoas que comeram Amanita Muscaria, pois aprenderam que os alcalóides do Amanita são eliminados inalterados pela urina, por isso permanecem ativos e podem ser reutilizados por até quatro ou cinco ciclos.
Fonte: www.ff.up.pt/www.reinodosfungos.com/www.celestialgarden.org/www.yourdictionary.com/www.first-nature.com/findwords.info/www.iceers.org