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Abiogênese e Biogênese – Definição
Abiogênese
O prefixo “bio” significa vida, a letra “a” no início vem negar o restante da palavra, ou seja, não há vida e gênese significa origem.
Em biologia esse termo é usado para definir a origem da vida a partir de algo que não possui vida.
Essa era uma teoria sugerida por alguns cientistas do passado como por exemplo: Xenófanes, Demócrito, Anaximandro, entre outros tantos. Também ficou conhecida como “Geração espontânea” na qual eles acreditavam que existia um “princípio ativo” em algumas porções de matéria inanimada (que não tem vida) formando assim um organismo vivo.
Essa teoria não tinha embasamento empírico (comprovado a partir de experimentos) era quase que uma sugestão tipo: eu acho que.
Biogênese
Nessa teoria a vida surgi a partir de matéria viva. Por exemplo o surgimento de larvas na comida ocorre porque moscas depositaram ovos nela. Francesco Redi (1626-1691) foi um dos pioneiros a fazer esse tipo de pesquisa partindo de um embasamento científico (observação, hipótese e comprovação através de experimentos).
Em suma: a Abiogênese é a teoria de que as células vivas surgiram a partir de substâncias químicas não vivas e a Biogênese é a teoria de que a vida vem a vida
Biogênese significa fazer novos seres vivos. Mais especificamente, é a teoria de que os seres vivos só vêm de outros seres vivos por meio da reprodução. Abiogênese, às vezes chamada de geração espontânea, significa vida vinda de coisas não vivas.
Abiogênese e Biogênese – O que é
Abiogênese e Biogênese
Através dos séculos, muitas hipóteses têm sido propostas para explicar a origem da vida na face da Terra. Até fins do século passado, a hipótese mais simples, aceita pelo povo em geral pela maior parte dos cientistas, era que seres vivos podem se originar de material não vivo.
A teoria que diz que seres vivos podem, em determinadas condições, formar-se a partir de matéria bruta, denomina-se Abiogênese ou Teoria da Geração Expontânea.
Apesar de ainda aceita por alguns indivíduos de pouca instrução, esta teoria está morta, cientificamente, desde fins do século XIX.
A queda definitiva da abiogênese foi causada pelas brilhantes experiências de Louis Pasteur.
A queda da teoria da geração expontânea causou, entretanto, grande polêmica em torno do problema da origem da vida: como apareceram os seres vivos, se eles não podem se originar da matéria bruta?
A explicação mais simples foi atribuir a origem da vida a uma criação divina. A primeira apresentação científica do problema foi o livro “A origem da vida”, do químico russo A I Oparin, é verdadeira e que, realmente, os seres vivos devem sua origem a certas propriedades físicas e químicas da Terra primitiva. Nada de sobrenatural parece Ter sido envolvido na origem dos seres vivos, apenas tempo e leis físicas e químicas naturais, operando nas condições reinantes num ambiente primitivo.
Em experiências bem elaboradas, nas quais as condições da Terra primitiva são simuladas os cientistas têm sido capazes de reproduzir, no laboratório alguns passos importantes, que há bilhões de anos devem Ter contribuído para a formação dos primeiros seres vivos.
Geração Espontânea
A crença na geração espontânea vem desde tempos remotos. Povos antigos da China, da Índia e do Egito já eram adeptos desta teoria. Foi Aristóteles, entretanto, o maior divulgador da geração espontânea (abiogênese). Este filósofo, baseado em suas observações, concluiu que seres inferiores podem originar-se, espontaneamente, de matéria não viva.
Até fins da idade média, filósofos e cientistas ilustres como Willian Harvey, célebre por seus trabalhos sobre circulação sangüínea, René Descartes e Isaac Newton, aceitavam a geração espontânea.
Jean Baptitste van Helmot, célebre médico de Bruxelas, autor de brilhantes trabalhos sobre fisiologia vegetal, foi um grande adepto da teoria da geração espontânea. Helmot chegou a elaborar uma “receita” para produzir ratos por geração espontânea.
Dizia ele: “coloca-se, num canto sossegado e pouco iluminado, camisas sujas. Sobre elas espalham-se grãos de trigo e o resultado será que, em 21 dias, surgirão ratos”.
A hipótese que os ratos vêm de fora não era levada em consideração.
Em 1688, com uma experiência simples, mas bem controlada, o médico e biologista italiano Francesco Redi pôs abaixo a teoria da geração espontânea.
Para observar o comportamento dos “vermes” que aparecem na carne em putrefação. Redi colocou alguns destes organismos num recipiente fechado. Após alguns dias, os vermes tornaram-se imóveis e assumiram formas ovais, escuras e duras.
As cascas duras quebraram-se após alguns dias, e do interior de cada uma saiu uma mosca, semelhantes as que são vistas diariamente nos açougues, sobrevoando a carne. Destas observações, Redi concluiu que os “vermes”da carne podre constituem uma etapa do ciclo de vida de certas espécies de mosca.
Estas larvas então, deveriam surgir de ovos colocados pelas próprias moscas na carne e não por geração espontânea: a carne servia apenas como alimento para as larvas.Para ostentar esta hipótese.
Redi realizou a seguinte experiência: colocou pedaços de carne em alguns frascos de boca larga, tapou metade dos frascos com uma tela, enquanto a outra metade ficava aberta. Nos frascos abertos, onde as moscas entravam e saiam ativamente, surgiu uma grande quantidade de larvas. Nos frascos fechados, onde as moscas não conseguiam entrar, não apareceu nenhuma larva, apesar de muitos dias terem se passado desde que a carne fora lá colocada.
Com essa experiência simples, Redi demonstrou que as larvas da carne podre desenvolvem-se de ovos de moscas e não da transformação da carne, como haviam afirmado os adeptos da abiogênese.
Os resultados de Redi fortaleceram a Biogênese, isto é, a teoria que admite a origem de um ser vivo somente a partir de um ser vivo.
Biogênese versus Abiogênese
Abiogênese e Biogênese
Em meados do século XVII, utilizando um microscópio rudimentar, o holandês Antoine Van Leeuwenhoek descobriu seres microscópicos.
Esta descoberta foi revelada ao mundo através da descrição de uma infinidade de seres microscópicos, tais como: protozoários, alagas, fungos e bactérias.
Para explicar a origem dos minúsculos seres descobertos por Leeuwenhoek, o mundo científico dividiu-se em duas escolas.
Alguns cientistas acreditavam que os microorganismos originavam-se espontaneamente da matéria não viva que lhes serviu de alimento. Com essa hipótese, a teoria da geração espontânea voltava a tomar vulto.
Outros cientistas, inclusive Leeuwenhoek acreditavam que as “sementes” ou “germes” dos micróbios estavam no ar e que, caindo em ambientes propícios cresciam e se reproduziam.
Em 1711, o cientista francês Joblot, publicou suas experiências que sugerem uma procedência externas dos micróbios que proliferam nas infusões. Joblot verificou que uma grande quantidade de micróbios aparecem numa infusão de feno em água fria. Entretanto se estas mesmas infusões forem fervidas por 15 minutos e depositadasem recipientes fechados, elas permanecem livres de micróbios por vários dias. Basta, entretanto, abrir estes tubos ao ar para que micróbios proliferem rapidamente em seu interior.
Com os resultados de Joblot, o problema da origem dos microorganismos parecia estar resolvido: estes seres originam-se de “sementes” existentes no ar.
Entretanto, em 1749, o cientista John Nedhan relata que microorganismos surgem de muitos tipos de infusões, independentemente do tratamento que recebam: fechadas ou não fechadas, fervidas ou não fervidas.
Os resultados de Nedhan deram novo apoio à teoria da geração espontânea.
Alguns anos após as publicações de Nedhan, o pesquisador Lázzaro Spallanzani demonstrou, em uma série de experiências, que o aquecimento de infusões Hermeticamente fechadas impede o aparecimento de micróbios, apesar de ser variável a duração do aquecimento necessário para tornar estéreis diferentes tipos de infusões.
Baseado em seus experimentos, Spallanzani criticou Nedhan violentamente. Ele sugeriu que o aquecimento e a vedação, a que Nedhan submeteu suas infusões, não tinham sido suficientes para esterilizar o meio nutritivo, isto é, matar todas as “sementes” ou “germes” presentes na infusão e evitar a entrada de outros.
Spallanzani acreditava que os “germes” ou “sementes” de micróbios são levados às infusões pelo ar, sendo esta a explicação para a suposta geração espontânea de micróbios em infusões muito bem aquecidas.
Para Spallanzani, não havia tampo mecânico, se não a vedação hermética, capaz de impedir a passagem das “sementes” de micróbios.
Nas experiências de Nedhan poderia Ter ocorrido passagem de germes através da tampa.
Em fins do século XVIII, com a descoberta do oxigênio e a demonstração de que este gás é essencial à vida, os defensores da Biogênese encontraram um novo ponto de apoio.
Explicaram os resultados de Spallanzani da seguinte maneira: a vedação hermética e o aquecimento prolongado, recomendados por Spallanzani impedem a ploriferação de micróbios, não porque destroem germes existentes na infusão, mas porque excluem o oxigênio necessário à geração espontânea e à sobrevivência dos germes.
Apesar da controvérsia existente sobre a teoria da geração espontânea no mundo científico da época, um confeiteiro parisense, françois Appert, utilizou sabiamente as experiências de Spallanzani.
Qualquer que fosse o motivo da esterilização das infusões de Spallanzani, fosse pela morte dos seres ali existentes, fosse pela alteração das condições necessárias à geração da vida, estava claro que um líquido nutritivo, colocado em recipiente hermeticamente fechado e aquecido durante certo tempo, tornava-se estéril.
Baseado neste princípio, Appert inventou a indústria de enlatados: alimentos colocados em recipientes hermeticamente fechados e aquecidos durante certo tempo não estragam.
No início do século XIX, através de engenhosas experiências, ficou demonstrado que a proliferação de microorganismos não ocorre em infusões que tenham sido adequadamente aquecidas, mesmo quando expostas ao ar, desde que esse ar esteja isento de qualquer germe. Schwann, em 1837, infiltrando o ar previamente auqecido em uma infusão fervida verificou que a infusão permanecia estéril.
Schroeder e Von Dusch, em 1854, conseguiram impedir o crescimento microbiano em infusões de carne previamente fervida, mesmo oassando, através dela, ar filtrado em algodão.
Por volta de 1860, o cientista francês Ouis Pasteur demonstrou que germes microscópicos estão presentes no ar, sobre o corpo dos animais e do homem, sobre os utensílios usados nas experiências e sobre as demais coisas expostas ao ar. Demonstrou, ainda, que todas as “gerações espontâneas” de microorganismos resultam, na realidade da contaminação dos tubos de cultura por germes do ar. Uns poucos micróbios do ar, encontrando um meio rico em alimentos, reproduzem-se rapidamente, originando, em questão de horas, milhões de descendentes.
Com experiências de frascos tipo “pescoço de cisne”, Pasteur demonstrou que uma solução nutritiva, previamente esterilizada, mantém-se estéril indefinidamente, mesmo na presença de ar, desde que, a entrada de germes seja impedida.
Praticamente destruída pelas experiências de Pasteur, a teoria da geração espontãnea de microorganismos recebeu um último golpe com as experiências de Tyndall. Este cientista, em suas experiências sobre abiogênese, verificou que infusões de feno seco são muito mais difíceis de serem esterilizadas que outros tipos de infusões. Ele verificou que os cinco minutos de fervura, normalmente usados para esterilizar as infuzões, são insuficientes para esterilizar as infuzões de feno seco. Mesmo prolongando-se a fervura por uma hora ou mais, as infusões de feno não se tornam estéreis.
Após muitas experiências, Tyndall compreendeu o que estava ocorrendo: no feno seco existem formas bacterianas, muito mais resistentes ao calor que qualquer outro micróbio (sendo que as bactérias tem duas fases: umas resistente ao calor que é chamada de esporo e outra sensível ao calor, forma vegetativa.
Tyndall desenvolveu um método para esterilizar infusões de feno. Este método pode ser empregado para esterilizar qualquer meio que contenha esporos de bactérias. As infusões são colocadas em repouso (são colocadas em temperaturas altamente quentes), formando assim um ambiente adequado para a formação de bactérias. Os esporos começam a germinar, e germinam bactérias não sensíveis ao calor.
Sendo assim estas bactérias que surgiram são eliminadas pelo calor.
Com a publicação dessas experiências, foi descartado defitivamente a teoria da geração espontânea.
A partir daqui, vamos explicar todo processo da origem da vida (as teorias que são mais aceitas hoje)
A formação da Terra:
“Se um ser vivo só pode se originar de outro ser vivo, como então surgiu o primeiro?”
Para essa pergunta podem ser apresentadas duas hipóteses:
a) a vida surgiu por criação divina
b) a vida surgiu da evolução gradual de sistemas químicos
A primeira hipótese foi a que dominou o pensamento dos povos antigos, presente nos documentos religiosos. Mas é a segunda, através de estudos científicos é a que possui maior probabilidade da verdade.
No início da formação dos planetas, a temperatura era tão alta que as ligações q uímicas eram impossíveis… Entretanto, o contato com o espaço cósmico gelado fez com que as superfícies dos planetas resfriassem gradualmente. E com esse resfriamento a maior parte dos átomos ligaram, formando elementos químicos essenciais para o desenvolvimento de uma vida. Durante alguns milhões de anos, a Terra continuou no processo de resfriamento até chegar na temperatura atual… as águas das tempestades que aqui caiam quase não pararam aqui, evaporavam logo.
Como ainda faltava oxigenio na atmosfera primitiva, uma grande quantidade de radiação ultra-violeta, presente na luz solar, atingisse a superfície terrestre.
E foi um processo demorado, até que as primeiras moléculas começaram a ser formar. As radiações e descargas elétricas, fizeram com que moléculas rompesse, e o pedaço dessas moléculas denominadas de radicais livres, foram através das chuvas para os oceanos, onde se acumularam.
Na década de 1920, cientistas propuseram que as moléculas quebradas (radicais livres) formavam os seres vivos atuais, nas condições da Terra naquela época.
Esta hipótese foi testada em laboratório e deu certo…
A Origem dos primeiros seres vivos:
Á partir desses fenômenos que faziam a molécula “quebrar” (calor dos vulcões, descargas elétricas e tempestades) formou-se uma grande “sopa” no Oceano, que dava condições de que os primeiros seres vivos aparecessem.
Então, com isso pode-se concluir que a vida surgiu nos oceanos… Esta é atualmente a hipótese mais aceita sobre a origem da vida.
Big Bang
Teoria mais aceita sobre a origem do Universo, é enunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado norte-americano George Gamow (1904-1968). Segundo ela, o Universo teria nascido de uma grande explosão cósmica, o Big Bang, entre 8 bilhões e 20 bilhões de anos atrás. Até então, as estruturas do Universo concentravam-se em um único ponto, de temperatura e densidade energética altíssimas. Esse ponto explode – é o instante inicial – e começa assim a sua expansão, que continua até hoje.
O Universo primitivo é uma mistura de partículas subatômicas (quarks, elétrons, neutrinos e suas antipartículas) que se movem em todos os sentidos a velocidades próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons, associam-se para formar os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do Universo. Ao expandir-se, o Universo também resfria-se, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha.
Cerca de 1 milhão de anos após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa separam-se e o Universo torna-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos começam a unir-se para originar as galáxias.
A Teoria do Big Bang baseia-se em parte na Teoria da Relatividade do físico Albert Einstein (1879-1955) e nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-1972), que demonstram que o Universo não é estático e se encontra em expansão. A hipótese, admitida pela maioria dos astrofísicos, apóia-se na constatação de que as galáxias se afastam umas das outras numa velocidade proporcional à sua distância da Terra.
Os estudos sobre o Big Bang ganham novo impulso em 1964 e 1965, com a descoberta, pelos radioastrônomos Arno Penzias (1933-) e Robert Wilson (1936-), de um possível traço “fóssil” dessa grande explosão cósmica: um ruído que recebe o nome de radiação cósmica de fundo. O ruído, detectado durante a medição do som da Via Láctea, é um sinal estático uniforme e constante que não provém de nenhuma fonte determinada e sugere a existência de uma energia térmica residual através do Universo. Em 1990, o satélite Cosmic Background Explorer (Cobe), lançado pela Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), faz um mapeamento das regiões onde existe essa energia.
A grande questão que norteia a astronomia atual – introduzida por Hubble, o pai da cosmologia moderna – é a determinação de uma velocidade mais precisa para a expansão do Universo.
Os cientistas acreditam que as observações do telescópio espacial Hubble, lançado pelos EUA em 1990, podem contribuir decisivamente para a sua solução
Origem da vida
Processo pelo qual surge a vida na Terra e que até hoje não foi totalmente definido pela Ciência. As formas de vida mais antigas conhecidas são bactérias de 3,5 milhões de anos.
A reprodução dos seres vivos é controlada por substâncias chamadas ácidos nucléicos, DNA e RNA, material hereditário que passa de um organismo a outro.
O desafio é esclarecer como se formaram os ancestrais dessas moléculas complexas.
Na década de 20, o bioquímico russo Aleksandr Ivanovich Oparin (1894-1980) e o geneticista britânico John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964) afirmam que as moléculas que teriam dado origem à vida surgiram em oceanos primordiais. Essa idéia é testada em 1953 pelos químicos norte-americanos Stanley Lloyd Miller (1930-) e Harold Clayton Urey (1893-1981), que reproduziram em laboratório as condições desses oceanos e, a partir daí, conseguiram produzir compostos orgânicos essenciais (aminoácidos).
Essa experiência e outros estudos permitiram a formulação da teoria mais aceita sobre a origem da vida. Segundo ela, há cerca de 3,8 bilhões de anos a atmosfera terrestre era composta basicamente de metano (Ch2), amônia (Nh2), vapor d’água (H2O), hidrogênio (H) e nitrogênio (N). O excesso de calor provocado pelos vulcões, radiação ultravioleta e descargas elétricas favorece a combinação desses elementos resultando em moléculas orgânicas simples como os aminoácidos, açúcares e ácidos graxos.
Essas moléculas se depositaram nos oceanos formando o caldo primordial. Ali elas reagiram e deram origem a moléculas orgânicas maiores, parecidas com o RNA (ácido ribonucléico) de hoje.
Capazes de se auto-reproduzirem e de evoluírem, as moléculas adquiriram membranas por um processo ainda desconhecido e individualizaram as primeiras células, que têm RNA como seu material genético.
Aos poucos, começam a surgir células nas quais o RNA é substituído pelo DNA, uma molécula mais estável.
Por um processo de seleção natural, a estrutura que sobrevive é a célula de DNA (ainda sem núcleo organizado – procarionte), considerada a ancestral de todos os seres vivos.
O princípio básico da vida é a origem de algum modo de duplicação do ser vivo movido por uma fonte externa de energia.
Um ser vivo é essencialmente um motor que converte formas de energia para a realização de todas as suas atividades, desde a respiração até a reprodução. Nos casos das plantas, por exemplo, a fonte é a radiação solar, que é convertida em uma forma de energia aproveitável no processo de fotossíntese.
As formas primitivas de vida passaram por algum tipo de seleção natural que favoreceu as moléculas capazes de absorver energia do meio com mais facilidade e de se reproduzir mais rapidamente.
Abiogênese e Biogênese – Origem da Vida
A primeira teoria criteriosa sobre a origem da vida surge na Grécia Antiga, com Aristóteles, que formula a hipótese de geração espontânea.
Até então, predominavam as explicações religiosas e místicas. A doutrina de Aristóteles domina os meios científicos por quase 2 mil anos.
Só em 1864 que Pasteur prova que a vida surge sempre a partir de outra forma de vida semelhante e não de matéria inorgânica.
GERAÇÃO ESPONTÂNEA ou ABIOGÊNESE
Segundo o princípio da geração espontânea ou abiogênese formulado por Aristóteles, alguns seres vivos se desenvolvem a partir da matéria inorgânica em contato com um princípio vital, ou “princípio ativo”.
A vida surgiria sempre que as condições do meio fossem favoráveis. Mosquitos e sapos, por exemplo, brotariam nos pântanos. De matérias em putrefação, apareceriam larvas.
BIOGÊNESE
Em 1864 o químico e biologista francês Louis Pasteur (1822-1895) realiza uma série de experiências com os frascos com “pescoço de cisne” e demonstra que não existe no ar ou nos alimentos qualquer “princípio ativo” capaz de gerar vida espontaneamente. Abre caminho para a biogênese, segundo a qual a vida se origina de outro ser vivo preexistente.
Experimentos que provam a biogênese:
Redi – Em 1968,colocou alguns vermes em um recipiente fechado e observou que eles se transformaram em casulos ovóides, e de cada um desses casulos saiu uma mosca. Demonstrando com isso que as larvas presentes na carne em putrefação se desenvolvem a partir de ovos de moscas e não pela transformação da carne.
Spallanzani – pegou um caldo e aqueceu-o até um determinado tempo que matou os vermes, depois fechou-o com um rolha e verificou-se que passados alguns dias continuaram livres dos vermes.
Origem da vida na Terra
Até hoje não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma “semente” de outro planeta.
Hoje a hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida surge há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta tem uma composição e atmosfera bem diferentes das atuais.
As primeiras formas surgem em uma espécie de caldo de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação cósmica.
QUIMIOSSÍNTESE
É a hipótese de que as primeiras formas de vida na Terra estão condicionadas à existência prévia de compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos).
A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica.
Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos.
Segundo ele depois do resfriamento da superfície permitiu que a água se acumulasse nas depressões da crosta, as chuvas constantes devem ter arrastado as moléculas originadas na atmosfera para os lagos e mares em formação.O acúmulo dessa substâncias por centenas de milhares de anos, teria transformado os lagos primitivos em verdadeiros ‘caldos’ de substância precursoras da vida.
TEORIA DOS COACERVADOS
Anos depois, Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Abiogênese e Biogênese – Uma Reprodução do Trabalho de Pauster
A GERAÇÃO ESPONTÂNEA foi por muitos séculos tida como a teoria aceita para o surgimento de muitas formas de vida. A crença na formação espontânea dos seres vivos a partir da matéria inerte, conhecida como Geração Espontânea ou Abiogênese é de longa existência. Na antiguidade, considerava-se óbvio que muitas plantas e animais pudessem gerar-se espontaneamente sob condições especiais. Aristóteles, filósofo grego, que escreveu extensamente sobre história natural, era um adepto da geração espontânea. Seus escritos sobre assuntos científicos vieram a ser aceitos como dogmas no mundo cristão primitivo.
A doutrina da Geração Espontânea prevaleceu inquestionável até a Renascença, quando observações e experimentos cuidadosos se reiniciaram na Europa ocidental após a Idade Média.
Um passo decisivo para o abandono da doutrina no que diz respeito aos animais, resultou de experimentos levados a efeito em 1665, por um médico italiano Francesco Redi.
Redi provou que a origem de moscas a partir de carne putrefada era resultado do desenvolvimento dos ovos depositados por estas e que estes faziam parte do seu ciclo vital, destruindo para sempre o mito de que vermes se desenvolvem espontaneamente a partir da carne. Nessa época, com o estudo do sistema reprodutivo de plantas e animais se desenvolvendo, a teoria da geração espontânea já estava bem debilitada, no entanto, tudo mudou quando Leeuwenhock descobriu o mundo dos micróbios. Por razões técnicas, constituiu problema muito mais difícil a demonstração de que também os microorganismos não são gerados espontaneamente e assim, a medida que o tempo corria, os proponentes da doutrina passaram a centralizar mais e mais sobre o aparecimento misterioso dessas formas de vida mais simples, em infusões orgânicas. Em 1750, a ?guerra das infusões? começava a se estabelecer e só se resolveu definitivamente, bem mais de 100 anos depois.
Nessa época, os seres microscópicos eram chamados de animálculos. Muitas experiências realizadas não obtiveram sucesso e como aquelas realizadas por Needham e publicadas em 1749, afirmavam que, independente do tratamento que recebessem, protegidas ou não, fervidas ou não, das infusões apareceriam animálculos.
Hoje compreendemos que os experimentos de Needham eram falhos, as precauções que tomava para destruir os animálculos eram falhas pois eram inadequadas as suas precauções para proteger as infusões do ar circundante. Só 50 anos mais tarde, outro cientista chamado Spallanzani evidenciou em centenas de experimentos, que não apenas a infusão deveria estar estéril mas o ar dentro do frasco também.
Needham vedava seus frascos com rolha e com o tempo estas se tornavam quebradiças e ocorriam rachaduras permitindo a entrada de ar e conseqüente crescimento de germes.
Se precauções fossem tomadas para evitar esse fato, os animálculos nunca apareceriam. O assunto estaria definitivamente resolvido se os experimentos que se seguiram tivessem sido perfeitamente realizados, no entanto isso não aconteceu e o dilema continuava.
Para complicar um pouco mais a situação, em fins do século dezoito, Lavoisier e outros cientistas da época estabeleciam os fundamentos da química dos gases.
Um dos gases descobertos em primeiro lugar foi o oxigênio, logo reconhecido como essencial à vida dos animais. À luz desse conhecimento, parecia possível que a vedação hermética recomendada por Spallanzani era eficaz para impedir o aparecimento de micróbios e a decomposição da matéria orgânica não porque excluía os germes do ar, mas porque excluía o oxigênio, necessário tanto para a proliferação microbiana como para iniciar a fermentação ou putrefação.
Em conseqüência, a influência do oxigênio nesses processos tornou-se objeto de muita polêmica nos primórdios do século dezenove.
As Experiências de Louis Pasteur
Pasteur trabalhava em 1860 com o estudo da decomposição das substâncias que compõe a infusão causada pelos microorganismos.
Provando que os agentes causadores destas transformações eram os microorganismos. O maior pioneiro destes estudos foi Louis Pasteur. No entanto, a aceitação de seus trabalhos ficou condicionada a demonstração de que a geração espontânea não ocorre. Incitado pelo contínuo desafio dos adeptos da doutrina da geração espontânea, Pasteur finalmente voltou sua atenção para esse problema. Seu trabalho sobre o assunto foi publicado em 1861 como uma Memória sobre os Corpos Organizados Existentes na Atmosfera.
Pasteur demonstrou em primeiro lugar que o ar contém ?corpos organizados? observáveis microscopicamente. Aspirava grande quantidade de ar de um tubo provido com tampão de algodão servindo como filtro.
O algodão era então removido e dissolvido numa mistura de álcool e éter, e o sedimento examinado microscopicamente. Observou além de matéria inorgânica, havia grande quantidade de germes.
Repetindo experiências já realizadas por Schwann, confirmou o fato de que se fizer passar ar estéril pela infusão, este não contaminava a mesma mas se colocasse o algodão utilizado na aspiração, este invariavelmente contaminava o meio.
Tais experimentos mostraram a Pasteur a maneira pela qual os germes podem penetrar em infusões e conduziram ao que foi talvez a sua experiência mais elegante com relação a este assunto.
Consiste basicamente na demonstração de que as infusões permanecerão indefinidamente estéreis em frascos abertos, desde que o gargalo do frasco seja estirado e dobrado para baixo de modo a impedir que os germes do ar ascendam por ele. Se no entanto se quebrasse o gargalo desses balões, a infusão ficava rapidamente povoada por micróbios. A mesma coisa ocorria se o líquido estéril do balão fosse levado até a porção exposta do gargalo recurvo e depois despejado de volta.
Esse tipo de experimento silenciou, finalmente, as críticas baseadas nos possíveis efeitos do próprio ar como um agente ativador para o desenvolvimento de vida em infusões orgânicas ao menos no que se referia a seus contemporâneos franceses.
Um fato histórico que normalmente não é salientado refere-se a questão surgida logo em seguida na Inglaterra. Um novo e irrequieto defensor da geração espontânea chamado Bastian, publicou um livro em 1872 sobre o assunto. Referia-se a problemas com a repetição do experimento de Pasteur e nesse caso não havia problemas com a técnica utilizada pois a mesma seguia rigorosamente os passos recomendados por Pasteur.
O desafio empolgou John Tyndall, físico inglês que era aficionado ardente de Pasteur e sua obra. Tyndall vinha a muitos anos estudando a visualização dos raios luminosos num ambiente escuro com partículas suspensas no ar tal qual observamos pelas fresta das janelas em nossa casa. Nesses estudos, verificou a imensa dificuldade em remover estas partículas da atmosfera quando tinha como objetivo estudar os feixes luminosos em um ambiente livre de partículas em suspensão.
Um dia, no entanto, observando um frasco que havia ficado fechado por longo período, observou que o mesmo não mais apresentava partículas em suspensão, ficando estas depositadas principalmente no fundo do vidro. Disse então que este ar se tornara ?oticamente vazio? ou seja, não era mais possível se observar os raios luminosos que o atravessavam.
Teve, então, a idéia de construir um equipamento constituído basicamente de uma caixa de madeira com vidro frontal. Por orifícios laterais fechados com vidro passava um feixe luminoso.
No fundo estavam vários tubos vazios e em cima apresentava tubos retorcidos como o gargalo da garrafa de Pasteur. Ainda ai tinha um longo funil. Quando o ar em seu interior ficara ?oticamente inerte? ou seja livre de partículas em suspensão, ele enchia os tubos de ensaio com infusão pelo funil, fervendo-os pelo lado de baixo onde ficavam expostos.
Nos primeiros experimentos tudo deu certo, mas quando trabalhou com infusão de feno nada mais se repetia. Todos os tubos contendo as infusões, embora fervidos, ficavam contaminados.
Resumidamente falando, Tyndall descobriu que para alguns micróbios, mesmo que por longo período, uma única esterilização não era suficiente.
Tyndall acabou por inventar um novo método de esterilização denominado hoje por Tindalização.
Este se constitui em ferver a infusão descontinuamente com intervelos de um minuto entre cada aquecimento. Assim, disse ele, os micróbios que apresentam várias fazes de vida, podem ser mortos.
Hoje sabemos que algumas bactérias apresentam forma de resistência denominadas esporos, altamente resistentes ao calor e que estes são de difícil eliminação.
O que Tyndall fez foi dar a oportunidade destes esporos darem origem a bactérias ativas e então elimina-las por sucessivas fervuras.
Hoje também sabemos que os esporos são bem mais facilmente eliminados quando em solução ácida, assim, Pasteur pode ter realizado seus experimentos em meio ácido e seus oponentes ingleses em meio básico ou alcalino o que, de certa forma, conferia resultados diferentes aos daqueles obtidos por Pasteur.
Com a publicação das descobertas de Tyndall, todo o MUNDO CIENTÍFICO aceitou, por fim, a morte da doutrina da geração espontânea. Assim, a invalidação final desta teoria biológica incorreta foi uma realização conjunta de um químico (Pasteur) e um físico (Tyndall).
Observamos que a refutação científica de um fato deve ser provada e passível de ser repetida por muitas outras pessoas. Se assim não fosse, viveríamos em um mundo de eternas superstições e com pouco avanço tecnológico e científico. A ciência é a única maneira que possuímos para confirmar fatos e expandir nossos horizontes.
Fonte: geocities.yahoo.com.br/Mente Biológica/www.conhecimentosgerais.com.br/files.microscopianomundoatual.webnode.com.br/mathcs.clarku.edu