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Nascimento: 1 de setembro de 1886, Capivari, São Paulo.
Morte: 17 de janeiro de 1973, São Paulo, São Paulo.
Nacionalidade: Brasileira.
Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral, mais conhecida no mundo como Tarsila, foi uma artista brasileira que deu uma nova direção a arte latino-americana.
Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes artistas brasileiras do movimento modernista.
Ela era a mulher forte que viveu a vida em seus próprios termos e condições.
Se era seu trabalho ou sua vida pessoal – ela sempre se equilibrou nas limitações de seguir seu coração.
As pinturas Tarsila do Amaral eram um reflexo perfeito do surrealismo e cubismo.
As cores vivas e imagens extraordinárias que ela pintados eram manifestação da maneira brilhante Brasileira de vida e culturas africanas.
Refletindo os seus tempos na Europa, a União Soviética e do próprio Brasil, pinturas de Tarsila do Amaral eram como uma história de vida.
Não só era Tarsila culta e sofisticada, ela sempre foi estreitamente associada às suas raízes brasileiras.
Tarsila do Amaral – Pintura
Tarsila do Amaral
Mesmo sem ter participado da Semana de Arte Moderna de 1922 (pois nessa época estava em Paris), Tarsila do Amaral se tornou, historicamente, uma espécie de “primeira dama” do modernismo brasileiro, em cuja trajetória desempenhou um papel de grande importância.
Em sua arte, o elemento sensível predomina sobre o intelectual. Mas ela não foi uma intuitiva pura, como Volpi, e desenvolveu conscientemente um projeto
A melhor pintura de Tarsila do Amaral pode ser dividida em três fases.
A primeira é chamada de pau brasil, título também de um manifesto publicado, em 1924, pelo polemista, pensador, romancista e poeta Oswald de Andrade (que aliás, na segunda metade da década de 20, foi casado com a artista). Na pintura da fase “pau brasil” existem afinidades estilísticas com a pintura de Fernand Léger, de quem Tarsila foi aluna. Mas não é o caso de se falar, propriamente, de influência. Tarsila não pretendia captar a vida moderna nem o fascínio da sociedade industrial, como seu antigo mestre. Pretendia descobrir e resgatar raízes brasileiras quer pelo tema, quer pelo colorido, sem entretanto fazer mera arte folclorizante. À fase pau brasil pertencem belas telas como São Paulo, Carnaval em Madureira e Gazo.
A segunda fase de Tarsila é chamada antropofágica (de novo, por analogia com outro manifesto de Oswald de Andrade, desta vez inspirado por uma obra da mulher). Começa em 1928, com a famosa tela Abaporu, vendida em 1995 por US$ 1,3 milhão num leilão da Sotheby’s em Nova York (o recorde para uma pintura brasileira). A fase antropofágica, que também inclui um quadro denominado especificamente Antropofagia (1929), já tivera, na verdade, um precursor em A Negra, de 1923. Esses quadros se caracterizavam pelo exagero das formas anatômicas e por um certo toque surrealista, mas sem perder de vista, é claro, a questão da identidade nacional.
A terceira fase é posterior a uma viagem de Tarsila à União Soviética e a mostra preocupada em abordar temas sociais, como nas telas Segunda Classe (1933) e Operários (1933). O engajamento político se traduz, também, por uma pintura mais direta, talvez estilisticamente menos moderna, mas sempre inventiva. No todo, o projeto estético de Tarsila foi fazer uma síntese entre o Brasil, enquanto motivação e referência, e a arte internacional de sua época, resultando numa linguagem e em produtos cuja qualidade e inteligibilidade possam ser universais.
Tarsila do Amaral – Vida
Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral nasceu em 1897, na cidade de Capivari, interior de São Paulo.
Era filha dre fazendeiros ricos e por isso, pôde estudar na França, com artistas famosos. Lá conheceu além de artistas, o costureiro Poiret, im grande estilista da época, que desenhou alguns vestidos para ela e até algumas molduras especiais para seus quadros. Por ser nascida no interior, ela foi apelidada, por Poiret, de “caipirinha vestida”.
Tarsila do Amaral voltou para o Brasil em 1922.
Foi casada com Oswald de Andrade, um grande escritor modernista brasileiro.
Seu segundo casamento foi com o psiquiatra Osório César. Ele foi diretor de um grande hospital para doentes mentais, o Juqueri, onde realizou muitos trabalhos importantes, inclusive um ateliê de artes para os doentes mentais – um dos primeiros no Brasil.
Tarsila do Amaral morreu em São Paulo, em 1973, porém sua vida foi bastante movimentada.
Ela era uma mulher muito bonita, além de toda importância para a arte e cultura brasileira.
Tarsila do Amaral uma das mais importantes artistas brasileiras. Quando olhamos suas obras percebemos uma grande simplicidade. Mas o que hoje é tão familiar, no início do século era um choque. Muito se discutiu e se criticou até que pinturas como as de Tarsila fossem consideradas obras de arte de importância.
Na época, predominava no Brasil a pintura acadêmica, com regras para tudo: que cores usar, o que devia ser pintado, como os quadros de natureza-morta. O modo de retratar devia ser realista. Os modernistas, o grupo de artistas ao qual Tarsila do Amaralpertencia, achavam que este era um tipo de arte que não refletia a cultura brasileira. Eles se encontravam, conversavam, escreviam em jornais e publicavam revistas.
O movimento modernista mudou toda a arte no Brasil e teve como evento principal a Semana de 22, que tem esse nome porque aconteceu em fevereiro de 1922, da qual Tarsila do Amaral não participou porque estava estudando em Paris.
Tarsila do Amaral – Biografia
Tarsila do Amaral
Nasceu em 1º de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari (SP).
De família rica, teve uma bela infância, morando em fazenda, crescendo entre bichos e plantas, um cotidiano de menina rica: tudo o que sua família usava – roupas e utensílios – vinha diretamente da Europa. Cresceu aristocrática em meio a paisagens simples e gente humilde.
Seu amor à arte iniciou com a família, em saraus domésticos em que a mãe tocava piano e o pai lia poemas em francês. Aos 16 anos foi estudar em Barcelona, na Espanha, onde literatura e desenhos passaram a fazer parte de sua vida. Voltou para o Brasil em 1906, a fim de casar-se com o marido que sua família escolhera.
União que se revelou infeliz dada a diferença cultural gritante entre os cônjuges.
Do casamento fracassado – mais tarde anulado – teve uma filha: Dulce.
Uma decidida Tarsila agora se esforçava para seguir a vocação para a pintura. No início de seus estudos artísticos, com os escultores Zadig e Mantovani, e com o pintor Pedro Alexandrino, não havia ainda os sinais do que ela viria a ser. Eram somente naturezas mortas e paisagens, ainda muito distantes de seu surto criativo em outros momentos.
Depois disso, fez uma rápida passagem entre os impressionistas e, em 1920, seguiu para a França, onde freqüentou a Academia Julian, e o atelier do retratista Émile Renard.
Algumas de suas pinturas desse período apontam influências de Renard, então um artista da moda: tons de cor desmaiados, com predomínio do azul.
Esses também muito distantes da arte que ela viria a construir, mas já se pode verificar nessas telas a promessa do que viria futuramente sob as formas simplificadas e a iluminação particular.
Em 1922, estava expondo no Salão dos Artistas Franceses, em Paris. Ano em que pintou A Espanhola (Paquita). Retorna ao Brasil no Massilia, navio de luxo, quatro meses depois da efervescência da Semana de Arte Moderna.
A amiga e também pintora Anita Malfatti a apresenta a amigos intelectuais vanguardistas e que participam da Revista Klaxon:Oswald, Mário, Menotti Del Picchia, Sérgio Buarque de Holanda, Graça Aranha. Devidamente identificada com o ideário modernista, envolve-se afetiva e artisticamente com os novos amigos. Sua beleza física impressionava a todos nos salões elegantes e nos círculos intelectuais.
Com Oswald, Menotti, Mário de Andrade e Anita Malfatti compõe o chamado Grupo dos Cinco, que teve vida curta. No final de 1922, ela decide voltar para Paris, mas havia um Oswald no meio do caminho. Esse homem impetuoso, apaixonado e um mestre da ousadia a seguiu pela Europa e teve com ela mais que um casamento. Fizeram uma parceria intelectual poderosa em que um alimentava a arte do outro.
Em 1923, Tarsila passa a travar contato com mestres cubistas, entre eles Picasso, Fernand Léger e André Lothe. De Léger guardará influências que serão visíveis em muitos dos seus trabalhos. Nesse período, conhece artistas do porte de De Chirico, Stravinsky, André Breton e Blaise Cendrars.
Suas telas estão nitidamente mais cubistas, mas impregnadas de uma brasilidade que se manifesta sobretudo nas cores que o poeta Carlos Drummond de Andrade tão bem definiu: “O amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul pureza, o verde cantante”. (Ao lado a tela Urutu, 1928)
Em 1924, depois de uma viagem feita com Oswald e Blaise Cendrars às cidades históricas de Minas Gerais, iniciou uma pintura definida como de cores ditas ‘caipiras’, rosas e azuis, as flores de baú, a estilização geométrica das frutas e plantas tropicais, dos caboclos e negros, da melancolia das cidadezinhas, tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista. É a fase Pau-Brasil registrando cidades, paisagens e tipos comoventemente brasileiros.
Em 1928, casada há aproximadamente dois anos com Oswald de Andrade, decide dar ao marido um inusitado presente de aniversário: pintar um quadro “que assustasse o Oswald, uma coisa que ele não esperasse”.
Nasce então o famoso Abaporu, figura monstruosa de cabeça pequena, braço fino e pernas enormes, tendo ao lado um cactus cuja flor dá a impressão de ser um sol.
Ao ver tal imagem, de fato Oswald se assusta.
Acha a composição magnífica, extraordinária, selvagem: “Uma coisa do mato”.
Tarsila morreu em 17 de janeiro de 1973, aos 86 anos, deixando pouco mais de duas centenas de quadros, alguns desenhos e esculturas.
É relativamente pouco, mas fundamental para uma busca que prossegue até hoje: a consolidação de uma pintura nacional.
Tarsila do Amaral – Pintora
Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral pintou sua tela mais famosa em 1928, como presente de aniversário para o segundo marido, Oswald de Andrade, que batizou aquele estranho selvagem de Abaporu, “o gigante que come carne humana”, na língua tupi. Com certeza, o escritor não imaginou que estava recebendo um presente que valeria, quase 70 anos depois, US$ 1,3 milhão, preço alcançado num leilão em Nova York e o maior valor já obtido por uma obra brasileira.
Tarsila do Amaral arriscou diferentes caminhos em sua trajetória – a pintura Pau-Brasil, a Antropofágica e a Social –, todos eles polêmicos, que discutiram a identidade nacional pela arte.
Paulista de Capivari, nascida numa rica família de barões do café, Tarsila estudou em colégios de freiras como o Sion, em São Paulo, e o Sacré-Coeur, em Barcelona.
Aos 20 anos, casou-se com um primo de sua mãe, André Teixeira Pinto, pai de sua única filha, Dulce. O casamento durou pouco, e logo Tarsila se voltou para sua paixão, a arte. Entre 1920 e 1922, ela morou em Paris, onde estudou e expôs seus quadros.
Ao voltar da Europa, ela visitou as cidades históricas de Minas Gerais e encantou-se com as casas caipiras e a doçura dos tons pastéis, iniciando ali a sua fase Pau-Brasil.
Mais tarde, na efervescência do Modernismo, sua pintura transformou-se no símbolo da Antropofagia, um dos mais importantes movimentos culturais do País e cuja obra-prima foi o Abaporu.
Nos anos 30, separada de Oswald, casou-se com um médico que a fez ingressar nos quadros do Partido Comunista. Juntos, viajaram para a União Soviética e Tarsila do Amaral, na volta, chegou a ficar presa durante um mês.
Mais uma vez sua pintura mudou de rumo e adquiriu feições sociais marcantes ao retratar o povo, embora os críticos atribuam a essa fase uma importância menor.
Famosa por sua facilidade em despertar paixões nos homens, a pintora casou-se mais duas vezes.
Sofreu com as mortes da filha, e da única neta, Beatriz. A neta morreu afogada ainda pequena.
Em 1973, aos 87 anos, Tarsila do Amaral morreu, vítima de um câncer.
Locais de vida / Viagens
1886 a 1898 Capivari e Jundiaí – Cresce em fazendas nos dois municípios
1898 a 1902 São Paulo – SP
1902 a 1906 São Paulo – SP
1906 a 1935 Barcelona (Espanha)
1935 a 1938 Rio de Janeiro – RJ
1938 a 1973 Estado de São Paulo – Alterna sua vida entre a fazenda em Capivari e São Paulo. Em 1961 vende a fazenda e fixa-se definitivamente na cidade de São Paulo
Vida familiar
1926 Casa-se com Oswald de Andrade, de quem se separa em 1930.
Formação
1901 a 1902 São Paulo – Estuda no colégio de Sion
1902 a 1906 Estuda no Colégio Sacré-Coeur (Barcelona, Espanha)
1916 Estuda escultura e modelagem com Zadig e Mantovani
1917 Inicia estudo de desenho e pintura com Pedro Alexandrino. São Paulo – SP
1920 Estuda com o pintor Georg Elpons. São Paulo – SP
1920 Freqüenta a Académie Julien. Estuda com Emile Renard e faz cursos livres de desenho. São Paulo – SP
1923 A estudo vai para Espanha e Inglaterra
1923 Estuda com André Lothe, Fernand Léger e Albert Gleizes. (Paris, França)
Viagens
1920 a 1923 (Paris, França) Viaja a estudo para Portugal, Espanha e Itália, com Oswald de Andrade. Conhece Blaise Cendrars que os apresenta a Brancusi e Jean Cocteau
1924 Minas Gerais Acompanha o poeta Blaise Cendrars, com Oswald de Andrade, Olívia Penteado, Mário de Andrade, Godofredo Silva Telles e René Thiollier e Oswald de Andrade Filho, em viagem às cidades históricas. Realiza uma série de trabalhos baseados em esboços feitos durante essa viagem
1924 a 1925 Itália Viaja com Oswald de Andrade
1926 Oriente Médio
1931 Europa Visita a União Soviética, com Osório César, e permanece alguns meses em Paris.
1944 Belo Horizonte Belo Horizonte e Ouro Preto MG – Com Alfredo Volpi, Mario Schenberg, Oswald de Andrade e outros
Exposições Individuais
1926 Individual, na Galerie Percier – Paris, França
1928 Individual, na Galerie Percier – Paris, França
1929 Primeira individual no Brasil, no Palace Hotel. – Rio de Janeiro
1931 Tarsila do Amaral, no Museu de Arte Moderna Ocidental. – Moscow, Rússia
1933 Tarsila do Amaral: retrospectiva, no Palace Hotel – Rio de Janeiro
1936 Tarsila do Amaral, no MAP – Belo Horizonte, MG
1950 Tarsila 1918-1950, no MAM – São Paulo, SP
1961 Individual, na Casa do Artista Plástico – São Paulo, SP
1967 Individual, na Tema Galeria de Arte – São Paulo, SP
1969 Tarsila: 50 anos de pintura, no MAM/RJ e MAC/USP.
Exposições coletivas
1922 1.ª Exposição Geral de Belas Artes, no Palácio das Indústrias – São Paulo, SP
17/01/1973 Salon Officiel des Artistes Français – Paris, França
1923 Exposição de Artistas Brasileiros, na Maison de l’Amérique Latine – Paris, França
1926 Salon des Indépendants – Paris, França
1929 Salon des Surindépendants – Paris, França
1930 Obtém seu primeiro emprego como diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo, deixando o cargo com a mudança de governo
1932/1934 Participa da Sociedade Pró-Arte Moderna. – São Paulo, SP
1934 Inicia atividade na imprensa jornalística – São Paulo, SP
1933 Começa uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe – São Paulo, SP
1936 Inicia a publicação de artigos no Diário de S. Paulo – São Paulo, SP
1940/1944 Faz ilustrações para a série Os Mestres do Pensamento, dirigida por José Perez
1945 Realiza uma série de gravuras para o livro Poesias Reunidas de O. Andrade, a pedido do autor, Oswald de Andrade.
1947/1948 Faz ilustrações para o jornal O Estado de S. Paulo.
1954 Realiza o painel Procissão do Santíssimo, para o Pavilhão de História, a convite da Comissão do 4º Centenário de São Paulo.
Homenagens / Títulos / Prêmios
1940 A Revista Acadêmica dedica número especial em sua homenagem. – Rio de Janeiro, RJ.
1932 Prêmio 1952 de Artes Plásticas da Municipalidade de São Paulo, organizado pelo Jornal de Letras.- Rio de Janeiro, RJ.
1937 Golfinho de Ouro, melhor exposição de 1969- Rio de Janeiro, RJ.
Marcos
1931 Salão Revolucionário
1932 Sociedade Pró-Arte Moderna
1937 Salão de Maio
Fonte: www.thefamouspeople.com/www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br/www.cultura.gov.br
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