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Nascimento: 14 de setembro de 1924, Takara, Shiranui, Japão.
Falecimento: 22 de setembro de 1997, São Paulo, Brasil
Nacionalidade: Japonesa , Brasileira
Movimento de arte: Expressionismo Abstrato
Gênero: Abstrato.
Pintor Japonês naturalizado brasileiro
Manabu Mabe foi um japonês e Pintor Brasileiro.
Mabe trabalhou como um fornecedor de laços pintados à mão em São Paulo antes de se tornar um artista famoso.
No final dos anos 1950, Mabe ganhou o prêmio de topo em Contemporary Art Salon de São Paulo, o prêmio principal como o melhor pintor do Brasil nos Bienal de São Paulo, e as honras para artistas com menos de 35 na primeira Bienal de Paris.
Em 30 de janeiro de 1979, depois de uma exposição em Tóquio, 153 de suas pinturas estavam a bordo de um 707-323C Varig de carga Boeing em rota de Tóquio – Narita para Rio de Janeiro-Galeão através de Los Angeles. O avião desapareceu sobre o Oceano Pacífico algumas 30 minutos (200 km ENE) de Tóquio.
A causa é desconhecida desde o naufrágio nunca foi encontrado.
As pinturas foram perdidos.
Mabe morreu em São Paulo, no dia 22 de setembro de 1997.
Manabu Mabe – Vida
Manabu Mabe
Manabu Mabe emigra com a família para o Brasil em 1934, e dedica-se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo.
Em 1945, na cidade de Lins, aprende a preparar tela e a diluir tintas com o pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. Realiza estudo como autodidata, em revistas japonesas e coleções de livros sobre arte.
No fim da década de 40, em São Paulo, integra-se ao Grupo Seibi e participa das reuniões de estudos do Grupo 15.
Nos anos 50 participa das exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Inicialmente figurativo, passa a praticar o abstracionismo informal.
Em 1958, recebe o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea e, no ano seguinte, é homenageado com o artigo intitulado The year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe], publicado na revista Time, em Nova York.
Recebe prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris.
Em 1986, por ocasião de uma exposição individual no Masp, é lançado um livro sobre o artista com reproduções de obras, textos críticos e depoimentos.
Manabu Mabe – Biografia
Manabu Mabe
Em 1934 chegou ao Brasil, onde começou a dedicar-se à pintura em meados dos anos 40. Aderiu ao abstracionismo na década de 50, tendo participado da Bienal de São Paulo diversas vezes a partir de 1953. Em 1959 realizou exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Seu percurso expositivo se acelerou a partir de então, e ele marcou presença em diversas cidades européias e norte-americanas em apresentações individuais e coletivas.
As raízes orientais não deixariam de marcar a pintura de Mabe que, iniciando sob o figurativismo, abandona-o aos poucos para embrenhar-se num abstracionismo caligráfico e gestual, nas palavras de Roberto Pontual. A comunicação em Mabe se dá por uma expressão vigorosa, traduzida em gestos súbitos sobre um fundo quase sempre monocrômico.
Em 1960 participou da Bienal de Veneza. Pietro Maria Bardi escreveu sobre o artista em 1977: “Mabe é um dos grandes senhores da pintura e pode ser que tenha deixado o figurativo para não ter empecilhos de comunicar o real, e propor a realidade do fantástico.”
Em 1995 a Galeria de Arte André, de São Paulo, realizou exposição comemorativa dos seus 50 anos de pintura.
CRONOLOGIA
1924 – Nasceu em Kumamoto, Japão.
1934 – Transfere-se para o Brasil.
1952 a 1960 – I, II, IV, VI, VII, VIII e IX Salão Nacional de Arte Moderna, RJ.
1953/55/59/63 a 77 – Bienais de São Paulo (prêmio de Melhor Pintor Nacional em 1959 e sala especial em 1963).
1959 – I Bienal dos Jovens, Paris, (prêmio de pintura).
1960 – XXX Bienal de Veneza (prêmio Fiat). Individual. MAM, RJ. Individual Instituto Cultural Uruguayo-Brasileiro, Montevidéu, Uruguai.
1961 – Coletiva “Latin American Artists”, Institute of Contemporary Art, Boston (EUA). Individual, Gallerie Del’Obelisco, Roma, Itália.
1962 – I Bienal Americana de Arte, Córdoba (Argentina). Individual na Galeria IL Canale, Veneza (Itália).
1963 – Individual no Instituto de Arte Contemporânea, Lima (Peru).
1965 – Exposição “Brazilian Art Today”, circulante por várias cidades da Europa. Mostra “Nippo-Brazilian Painting Today”, MAC – Universidade de São Paulo.
1968 – Individual, Catherine Viviano Gallery, Nova Iorque (EUA).
1970 – Individual, Takashimaya Art Gallery, Tóquio (Japão).
1972 – Bienal de Arte Coltejer, Medellín (Colômbia).
1973/79 – “Panorama da Arte Atual Brasileira”, MAM, São Paulo.
1975 – Retrospectiva MASP, São Paulo.
1978 – Individual Kumamoto Museum of Art, Kumamoto (Japão).
1980 – Individual, Museum of Modern Art of Latin America, Washington D.C., (EUA).
1984 – Retrospectiva, “60 anos de Mabe”, Realidade Galeria de Artes, Rio de Janeiro.
Manabu Mabe – Abstracionismo no Brasil
Manabu Mabe
Manabu Mabe foi um dos pioneiros do Abstracionismo no Brasil.
Aportou no país em 1934 e chegou a trabalhar na lavoura na região de Lins (São Paulo), onde começou a pintar, improvisando um ateliê.
Em diálogo com a arte nipônica, as pinturas do artista promovem a síntese entre a sofisticação da escrita oriental – por meio da simplificação das formas e pela gestualidade – e um aprimorado uso de cores.
Mabe obteve grande reconhecimento em vida, e sua carreira atingiu um ponto alto quando conquistou o Prêmio de Melhor Pintor Nacional na V Bienal Internacional de São Paulo, em 1959, e o Prêmio Fiat na XXX Bienal de Veneza, em 1960.
Manabu Mabe – Pintor
Manabu Mabe
O pintor, desenhista e tapeceiro japonês naturalizado brasileiro e um dos pioneiros do abstracionismo no Brasil, Manabu Mabe, nasceu no dia 14 de setembro de 1924, em Takara, atual Shiranui, no Japão, filho de Shoichi e Haru Mabe, que tiveram ao todo cinco filhos. Seu pai trabalhou inicialmente como ferroviário e depois como barbeiro no Japão e sua mãe era oriunda de famílias de agricultores.
Desde 1908, o Brasil passou a receber os imigrantes japoneses e a maior parte chegou na década de 30 e se fixaram principalmente no interior do estado de São Paulo, em busca de novas esperanças. Uma dessas famílias a chegar no Brasil por essa época foi exatamente a família Mabe, procurando como a maioria dos imigrantes encontrar dias melhores, fartura e crescimento.
Eles aportaram no Brasil no dia 2 de outubro de 1934, através do navio La Plata Maru, e foram envidados para uma fazenda em Birigui, interior do Estado de São Paulo, onde permaneceram por três anos. Em 1937, a família mudou-se para a cidade de Guararapes, interior paulista e dois anos mais tarde foram para Lins, também em São Paulo.
Desde criança, o menino Manabu já demonstrava talento para o desenho, e com os crayons que ele trouxera do Japão, fazia seus desenhos quando a folga do trabalho lhe permitia, principalmente nos dias de chuva ou senão em alguns domingos. Mas, dedicar-se a isso, já era uma outra história e seu pai era totalmente avesso a pensar em tais coisas.
Por volta de 1942, começou a manifestar a sua vontade de se dedicar a arte e assim iniciou seus primeiros estudos sobre pintura utilizando seus crayons e aquarelas, mas foi somente em 1945, quando ele passava por uma livraria na cidade de Lins, que não resistindo acabou por comprar alguns tubos de tinta a óleo, tamanha era sua vontade de pintar um quadro, como os grandes mestres que ele admirava.
Naquele mesmo ano uma grande geada aconteceu obrigando a família permanecer em casa sem ter o que fazer. Manabu lembrou do tubo de tinta, diluiu com um pouco de querosene que dispunha e fez a sua primeira pintura à óleo sobre um papelão que ele encontrara. A partir de então, toda vez que lhe sobrava tempo, lá ia o jovem Manabu a fazer seus quadros e pendurá-los nas paredes de sua humilde cada. Naturalmente, que seus primeiros quadros foram puramente acadêmicas, geralmente cópias de artistas conhecidos da época.
Dois anos mais tarde em 1947, veio pela primeira a capital paulista aos 23 anos de idade e nesse meio tempo conheceu o artista plástico Tomoo Handa, que foi um dos fundadores do Grupo Seibi. Assim aos poucos Manabu começou a se interagir com os artistas plásticos através do Grupo 15 e também se encontrou com Yoshiya Takaoka, outro pintor e também um dos fundadores do Grupo Seibi, em São Paulo. Pouco tempo depois, em 1949, seu pai Soichi Mabe, morreu.
Livre das vontades do pai e disposto a tornar-se um pintor em 1950, Manabu Mabe participou do Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, e para sua surpresa conseguiu ser classificado. Um ano mais tarde em 1951, casou-se com Yoshino, que ele conhecera no Rio de Janeiro, e continuou sua trajetória artística participando de outras mostras como o I Salão Paulista de Arte Moderna, o Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e I Salão Linense de Artes Plásticas onde recebeu uma medalha de Ouro pela sua obra.
Em 1952, foi criado o I Salão do Grupo Seibi tendo como objetivo a ampliação do espaço aos artistas nipo-brasileiros no meio artístico nacional. Manabu participou e recebeu a Grande Medalha de Prata, assim como uma Menção Honrosa no 47º Salão Paulista de Belas Artes. Nesse mesmo ano nasceram os seus filhos gêmeos Joh e Ken.
No ano seguinte, Mabe foi selecionado para II Bienal de São Paulo, assim como recebeu outra Grande Medalha de Ouro no II Salão Seibi e também o de aquisição no Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, Mabe começou a esboçar as suas primeiras tendências abstratas, que foi aos poucos desenvolvendo e cujo estilo permaneceu até a sua morte.
Em 1955, pintou a sua primeira obra abstrata que foi exposta na III Bienal de São Paulo e também no IV Salão Paulista de Arte Moderna. Nasceu o seu terceiro filho Yugo e um ano depois recebeu o prêmio Pequena Medalha de Prata no V Salão de Arte Moderna e em 1957, se despediu da cidade de Lins com uma exposição no Clube Linense, e depois com o apoio de sua mulher se mudou definitivamente para a capital paulista.
Passou a morar em diversos bairros onde havia uma grande predominância da colônia japonesa como Jabaquara, Vila Mariana e Liberdade. Viver somente da arte era uma tarefa muito difícil e então começou a trabalhar numa lavanderia e tinturaria, e paralelamente a isso começou a também desenvolver a sua pintura, assim como a tingir e pintar gravatas para depois vendê-las para aumentar um pouco mais a renda de seu pequeno salário.
Foram tempos duros, mas nunca teve de passar fome, pois a sua família sempre esteve em primeiro lugar e não tinha medo de encarar nenhum tipo de trabalho.
Em 1958, participou do VII Salão Paulista de Arte Moderna onde recebeu o prêmio Pequena Medalha de Ouro, e no ano seguinte conseguiu realizar a sua primeira exposição individual na Galeria Barcinsk, no Rio de Janeiro, além de participar da coletiva no Museu de Arte Moderna de Paris.
Neste ano de 1959, Mabe passou definitivamente a ser reconhecido como um grande artista plástico ao receber os prêmios Leirner no I Salão de Arte Contemporânea, o prêmio Governador do Estado no VII Salão Paulista de Arte Moderna, e também como Melhor Pintor Nacional na V Bienal de São Paulo, além da Bolsa de Estudos e o prêmio Braun na I Bienal de Artista Jovens de Paris, e o de Aquisição na exposição dos Artista Sul-Americano no Museum of Fine Arts, em Dallas, Estados Unidos.
Neste mesmo ano, a revista Time publicou uma matéria intitulada “The Year of Mabe”, apresentando o pintor que mais prêmios recebera naquele ano. A partir dos anos 60, naturalizou-se brasileiro e sua vida como artista se deslanchou participando de importantes mostras nacionais e internacionais, e suas obras passaram a cada vez ficar supervalorizadas.
Em 30 de janeiro de 1979, uma tragédia ocorreu quando cerca de 153 obras suas, avaliadas em mais US$ 1,24 milhão de dólares se perdeu quando o avião cargueiro da Varig desapareceu sobre o oceano com destino à Tóquio. Nenhum sinal das obras, destroços ou corpos nunca foram encontrados e até hoje esse caso é conhecido como o maior mistério da história da aviação brasileira. Posteriormente alguns quadros puderam ser refeitos por Mabe.
Em 1986, aconteceu uma retrospectiva no MASP e também lançou um livro contendo 156 trabalhos com textos em português, inglês e japonês. Em 1995, Mabe escreveu a autobiografia “Chove no Cafezal”, cujos textos originais passaram a ser publicada semanalmente no jornal japonês Nihon Keizai Shinbum, da cidade de Kumamoto, região em que Mabe nasceu. Um ano depois, aconteceu uma grande retrospectiva de sua obra no Japão.
Infelizmente um ano depois, no dia 27 de setembro de 1997, o grande pintor Manabu Mabe morreu aos 73 anos de idade, devido a complicações de um transplante do rim no Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo. Diabético, ele estava hospitalizado desde o dia 27 de agosto e em 20 de setembro foi transferido para a UTI, onde se recuperava da extração do baço e uma semana depois Mabe nos deixava.
Fonte: en.wikipedia.org/www.pinturabrasileira.com/www.tvsinopse.kinghost.net
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