José Roberto Aguilar – Vida
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José Roberto Aguilar inicia sua vida artística escrevendo.
Em 1956, funda – com Jorge Mautner e José Agripino de Paula – o movimento filosófico Kaos, influenciado pela nova figuração européia e pelo expressionismo abstrato norte-americano.
O primeiro contato com a pintura data desse momento.
Aceito na Bienal de São Paulo de 1963, passa a se dedicar às artes visuais, experimentando, a partir da década seguinte, diferentes suportes como a performance, o computador e o vídeo, sendo pioneiro e importante divulgador da vídeo-arte no país.
Destacam-se as individuais realizadas no Masp – “15 Anos de Pintura”, em 1976, e “Gigantomaquia”, em 1991 – e no MAM/SP – “A Criação do Mundo e o Tempo”, em 1991.
Além da edição de 1963, integra as Bienais de São Paulo de 1965 – ano em que também representa o Brasil na Bienal de Paris –, 1967, 1969, 1977, 1979 e a sala especial “Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades”, em 1985, além de três edições do Panorama da Arte Brasileira do MAM/SP na década de 80.
José Roberto Aguilar – Biografia
José Roberto Aguilar
José Roberto Aguilar
Nasceu em São Paulo, em 1941.
Artista multimídia constantemente instado a questionar os limites da arte e da não-arte, com uma gama de trabalhos e intervenções que vão de uma pintura gestual e tropicalista à liderança de uma banda de rock (Aguilar e Sua Banda Performática), passando pelas videoinstalações e performances no espaço público.
Expôs individualmente no Masp e no MAM/SP, ambos em São Paulo; participou de sete edições da Bienal Internacional de São Paulo e da Bienal de Paris (1965); e mostrou ainda seus trabalhos em exposições em Tóquio, Hannover, Estocolmo, Caracas, Buenos Aires, Bogotá, Birmingham, Berlim e Milão.
Realizou o megaespetáculo A Revolução Francesa, para 10.000 pessoas, em São Paulo, em 1989. No período em que esteve na direção do centro cultural Casa das Rosas, em São Paulo, Aguilar liderou alguns dos mais importantes eventos de arte e tecnologia do fim do século (como Arte Suporte Computador, 1997).
IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
José Roberto Aguilar é o primeiro a trazer para a cena do vídeo toda uma (anti)estética tropicalista e underground, que já tomava forma, por exemplo, no cinema (Júlio Bressane, Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Arthur Omar, entre outros) e no teatro (Zé Celso, Antunes Filho e o argentino Victor Garcia).
Os primeiros trabalhos de Aguilar, realizados parte no Brasil e parte nos Estados Unidos ou Japão, seguem a linha conceitual dos teipes cariocas, com planos longos e “performáticos”, editados com corte mecânico e fita adesiva. Posteriormente, o trabalho de Aguilar foi se tornando mais complexo e voltado para a exploração de possibilidades instalativas. Divina Comédia Brasileira e Sonho e Contra-sonho de uma Cidade (ambos de 1981) são trabalhos estruturados como concertos de videoarte, em que se utilizam dois gravadores e dois monitores sincronizados em contraponto, “dialogando” entre si sobre o sentido da arte.
José Roberto Aguilar – Brasil
José Roberto Aguilar
José Roberto Aguilar (São Paulo SP 1941).
Gravador, pintor, escultor, músico, escritor, performer e curador.
Inicia sua vida artística escrevendo, antes de dedicar-se às artes plásticas.
Funda com os amigos Jorge Mautner e José Agripino de Paula o movimento filosófico Kaos, em 1956, época em que começa a pintar.
É aceito na 7ª Bienal Internacional de São Paulo, e resolve abandonar a Faculdade de Economia e Administração (FEA), iniciada seis meses antes na USP.
Passa a conviver com o físico Mário Schenberg, com Mariguela e outros, e participa de reuniões contra a ditadura, usando seu ateliê na Rua Frei Caneca para reuniões de partidários da esquerda.
Em 1969, muda-se para Nova York (Estados Unidos), e em 1973, para Londres (Inglaterra), onde convive com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Júlio Bressane, Rogério Sganzerla, entre outros, e torna-se amigo do artista plástico David Hockney. Nessa época inicia experiências de pintura com pistola de ar comprimido. Retorna a Nova York em 1974, quando envereda pela vídeo-arte.
De volta ao Brasil, viaja à Bahia para realizar pesquisas sobre Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guimarães Rosa, além da cultura popular afro-brasileira.
Passa a alternar o uso de suportes tradicionais, como a pintura e a escultura, com novos elementos como o vídeo, a performance e o computador.
Muda-se para São Paulo em 1976, ano em que escreve O Circo Antropofágico, premiado na 14ª Bienal Internacional de São Paulo. Na cidade, organiza o 1º Encontro Internacional de Vídeo Arte, e passa a realizar diversos vídeos por todo o Brasil, além de Roma (Itália), Paris (França) e Barcelona (Espanha).
Executa diversas performances baseadas em textos literários, como Os Sertões de Euclides da Cunha e A Divina Comédia de Dante Alighieri, obra que o inspira a escrever A Divina Comédia Brasileira.
Cria a Banda Performática, um grupo musical formado por músicos, dançarinos, pintores e atores, do qual participa o ex-Titã Arnaldo Antunes.
Em 1983, viaja para o Estado de Oregon (Estados Unidos) onde permanece cerca de três meses, tornando-se discípulo do guru Rajneesh, para em seguida adotar o nome de Swami Antar Vigyan.
Em 1989, organiza a performance Tomada da Bastilha, em comemoração ao Bicentenário da Revolução Francesa; coloca 300 artistas em cena, em frente ao Estádio Municipal do Pacaembú, para um público de cerca de 10. 000 pessoas. Nos anos 90, experimenta a pintura em telas gigantescas e esculturas em vidro e cerâmica, e realiza a exposição Visões do Mahabharata.
É diretor e coordenador de eventos e exposições na Casa das Rosas, priorizando exposições sobre a cultura brasileira. Organiza um concurso de web-arte, com direito a prêmios, criando posteriormente um museu virtual para o público visitar via computador.
Fonte: www.cibercultura.org.br/www.aloisiocravo.com.br/www.proartegaleria.com.br
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