Graciliano Ramos

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Nascimento: 27 de outubro de 1892, Quebrangulo, Alagoas.

Falecimento: 20 de março de 1953, Rio de Janeiro.

Natural: Quebrangulo – AL.

Graciliano Ramos
Graciliano Ramos

Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro do ano de 1892 em Quebrangulo, Alagoas.

Era escritor, passou muitos anos de sua vida em Bulque no Pernambuco, iniciou seus estudos em Viçosa e deu continuidade em Maceió mais tarde foi morar nas Palmeiras dos Indios.

Esteve morando no Rio de Janeiro no ano de 1914 onde conseguiu um serviço no jornal e mais tarde voltou à Palmeira dos Índios trabalhando no comércio.

Foi eleito o Prefeito da cidade no ano de 1932; deixando o cargo foi eleito Diretor da Imprensa Oficial, depois foi eleito Diretor Público de Alagoas no ano de 1938.

Mais tarde foi acusado de participar do movimento de esquerda, ficou preso durante algum tempo.

As obras que ele escreveu: “Caetés”, “Angústia”, “Infância”,” Agonia , Memória do Cárcere” e “Vidas Secas”.

Depois seus livros foram trazidos para muitos indianos em homenagem ao famoso escritor. Já tinha quarenta anos quando começou a escrever; o valor da sua obra compensou o tempo perdido.

É muito conhecido como um dos nossos ficcionistas, sua inscrição é de notável poder.

Ergui-me, Avizinhei-me da Pia, A fraqueza e o desânimo tinham diminuído um pouco.

Ao cabar a escovação e a lavagem, ouvi passos, tinir de chaves, linguetas a ranger nos encaixes.

A chapa de ferro desceu-se e achei-me fora arriado no temborete, as canelas nuas expostas ao sol minguado, uma folha de papel sobre a mesinha onde a tinta branca rachava e descascava, escreve algumas palavras (MEMÓRIAS DO CÁRCERE).

Graciliano Ramos morreu no dia 20 de março de ano de 1953. Seu nome completo é Graciliano Ramos.

Alagoano de Quebrangulo – Biografia

Graciliano Ramos
Graciliano Ramos

GRACILIANO RAMOS nasceu em Quebrangulo, estado de Alagoas, no dia 27 de outubro 1892.

Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, casal que teve dezesseis filhos, sendo Graciliano o primogênito.

Faleceu no dia 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro.

Muitas mudanças

Tendo que acompanhar a família (o pai era magistrado), Graciliano morou em muitos lugares. Passou grande parte da infância e da adolescência em Alagoas, principalmente nos municípios de Viçosa e Palmeira dos Índios.

Mudança para o Rio

Em 1914, com pouco mais de 20 anos, Graciliano foi para o Rio de Janeiro e tornou-se revisor de três jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século.

Colabora com o jornal Paraíba do Sul, assinando R.O. Publica vários contos inéditos.

Retorno à terra natal

Em 1915, Graciliano Ramos regressou para Palmeira dos Índios. Casou-se com Maria Augusta Ramos. Abriu uma loja de fazendas e tornou-se comerciante.

Prefeito

Em 1927, é escolhido para prefeito, destacando-se como bom administrador; ficou no cargo até 1930.

Estréia literária

Em 1933, Graciliano Ramos publicou seu primeiro romance, Caetés, no Rio de Janeiro, retratando a vida simples do interior de Alagoas.

Prisão

Em 1936, quando morava em Maceió e era diretor da Instrução Pública, foi preso sob a vaga acusação de comunista e levado para o Rio de Janeiro, onde passou por muitas humilhações e teve a saúde seriamente abalada.

Memórias do Cárcere

Em 1953, logo depois do falecimento do autor, foi publicada Memórias do Cárcere, livro que retrata os vexames e todos os acontecimentos por que passou o escritor enquanto esteve preso.

Realismo crítico

As principais obras de Graciliano Ramos (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas) caracterizam-se pela presença de um -;realismo crítico-, com apresentação de heróis que receberam da crítica especializada a pecha de -herói-problema-: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo.

Graciliano Ramos
Graciliano Ramos

Obras

01. Caetés (romance) – 1933
02.
São Bernardo (romance) – 1934
03.
Angústia (romance) – 1936
04.
A Terra dos Meninos Pelados (infantil) – 1937
05.
Vidas Secas (romance) – 1938
06.
Histórias de Alexandre (contos/crônicas) – 1944
07.
Infância (memórias) -; 1945
08.
Insônia (contos) – 1947
09.
Memórias do Cárcere (memórias) – 1953
10.
Viagem (crônicas) – 1953
11.
Viventes das Alagoas (crônicas) – 1962
12.
Alexandre e outros heróis (crônicas) – 1962
13.
Linhas tortas (crônicas) – 1962

Graciliano Ramos – Jornalista

Graciliano Ramos
Graciliano Ramos

Modernista de má vontade, como o classificou Wilson Martins, Graciliano Ramos é a figura do escritor sóbrio, de precisão vocabular e um estilo, elaboradíssimo, que nasce do esforço permanente em reescrever. Desprezando os solecismos modernistas, o desmazelo proposital que alguns daqueles escritores quiseram transformar em regra, Graciliano tornou-se um mestre no apuro da linguagem, mantendo estreitos vínculos com as melhores tradições da literatura de língua portuguesa. Ou seja, ele reúne todas as qualidades de um clássico.

Vida e obra

Balconista no comércio paterno (na cidade de Palmeira dos Índios), revisor em jornais do Rio de Janeiro, proprietário de um armarinho (quando de sua volta a Alagoas), prefeito, diretor da Imprensa Oficial (e, a seguir, da Instrução Pública), preso político e inspetor federal do Ensino, a vida de Graciliano Ramos é um exemplo de como a literatura nasce nas condições mais improváveis.

Sua obra está dividida em três grupos:

a) romances escritos em primeira pessoa: Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia (1936) – nos quais o autor disseca os infernos da psicologia humana, revelando o mundo subterrâneo de seus personagens;
b)
narrativas em terceira pessoa: Vidas Secas (1938) e Insônia (1947, contos) – à psicologia dos personagens, o escritor acrescenta uma perfeita visão da realidade; e
c)
obras autobiográficas: Infância (1945) e Memórias do Cárcere (1953, obra póstuma).

Principais obras: São Bernardo, Angústia e Vidas secas.

Características

O regionalismo de Graciliano Ramos pode ser considerado um acidente nascido da imposição biográfica. O Nordeste que surge de sua obra não é a tentativa de elaborar uma sucessão de painéis em que se procura, simplesmente, mostrar o homem e a vida típicos daquela região. Acima de tudo, o que interessa a Graciliano é o drama, social e psicológico, que massacra o homem, que anula sua dignidade.

Nesse sentido, Vidas secas, por exemplo, não se restringe a episódios que retratam a vida precária de certa família de retirantes, mas apresenta pessoas sem esperança, submetidas à vontade dos poderosos e aos caprichos da natureza.

O próprio linguajar dos personagens – frases soltas e incompletas, monossílabos – revela como, presos à luta pela sobrevivência, encontram-se apartados de tudo que é humano.

Não por outro motivo, o personagem de maior “humanidade” é a cachorra Baleia. Além disso, Vidas secas representa o ponto de chegada do apuro linguístico e do sintetismo desse grande escritor.

Curiosidades

Graciliano acordava muito cedo, entre 4 e 5 horas da madrugada, e logo começava a escrever. Todos os seus livros foram escritos no período da manhã.

Ele escreveu toda a sua obra à mão. Usava qualquer tipo de papel (livros-caixa antigos, papéis variados etc.) e lápis ou caneta. Memórias do Cárcere, por exemplo, está escrito em 448 folhas de diversos tamanhos – e Graciliano usou lápis (preto ou roxo) e caneta (tinta preta ou azul).

Graciliano Ramos – Escritor alagoano

Graciliano Ramos
Graciliano Ramos

Escritor alagoano (27/10/1892- 20/3/1953). É um dos expoentes da Geração de 30 do Modernismo.

Nascido em Quebrangulo trabalha como jornalista, comerciante e diretor da Instrução Pública de Alagoas.

Em 1928, é eleito prefeito de Palmeira dos Índios (AL), mas renuncia dois anos depois. Em 1933, lança seu primeiro romance, Caetés.

Na ocasião, mantém contato com escritores da vanguarda nordestina, como José Lins do Rego e Rachel de Queiroz. Em 1934, publica uma de suas obras-primas, São Bernardo.

Acusado de subversão comunista em 1936, fica preso por 11 meses no Rio de Janeiro, experiência que narra em Memórias do Cárcere (1955). Quando é solto continua no Rio como jornalista e inspetor de ensino.

Na década de 40, filia-se ao Partido Comunista. Com linguagem precisa e preocupação social, sua obra é um exemplo da abordagem da literatura como meio de conhecimento e mudança da realidade, típica da segunda geração modernista.

Entre suas obras destacam-se ainda Angústia (1936) e Vidas Secas (1938). Morre no Rio de Janeiro.

CRONOLOGIA DE UM MITO

1905 – Transfere-se para Maceió, onde passa a freqüentar, por pouco tempo, o Colégio Quinze de Março, do profº. Agnelo Marques Barbosa. Redige, em Viçosa, o periódico Echo Viçosense, de publicação bimensal, do qual Mário Venâncio, seu mentor intelectual, era um dos redatores.

15 de fevereiro 1906 – Circula pela última vez o Echo Viçosense, trazendo o necrológio de Mário Venâncio, que ingerira ácido fênico a 1º daquele mês. Estampa na revista carioca O Malho, sonetos sob o pseudônimo de FELICIANO DE OLIVENÇA.

10 fevereiro 1909 – Inicia sua colaboração no Jornal de Alagoas, de Maceió, com a publicação do soneto “Céptico”, sob o pseudônimo ALMEIDA CUNHA.

Outros pseudônimos então usados no mesmo jornal: S. DE ALMEIDA CUNHA, SOARES DE ALMEIDA CUNHA e LAMBDA, este último em trabalhos de prosa, até 1913.

1909-1915 – Colabora em O Malho, com os pseudônimos SOEIRO LOBATO e S. de Almeida cunha.

18 de setetembro 1910 – Responde a inquérito literário lançado em Maceió, pelo Jornal de Alagoas.

27 de outubro 1910 – Chega a Palmeira dos Índios – onde passa a residir – no dia de seu 18º aniversário.

1911 – Colabora no Correio de Maceió sob o pseudônimo de SOEIRO LOBATO.

27 de agosto 1914 – Embarca para o Rio de Janeiro no vapor Itassuoê.

1914-1915 – Trabalha como revisor dos jornais cariocas Correio da Manhã, A Tarde e O Século, e colabora simultaneamente no periódico fluminense Paraíba do Sul e no Jornal de Alagoas sob as iniciais R.O (Ramos de Oliveira).

17 janeiro de 1934 – Aparece Caetés, no Rio de Janeiro, editado por Schmidt. O Jornal de Alagoas, Maceió, noticia o aparecimento de Caetés.

18 de novembro 1934 – Falece seu pai, Sebastião Ramos de Oliveira, em Palmeira dos Índios.

1934 – Surge também no Rio de Janeiro numa edição de Ariel o romance São Bernardo.

13 de março 1936 – Preso em Maceió por motivos políticos segue para o Rio de Janeiro, via Recife.

Agosto 1936 – Lançado pela editora José Olímpio, do Rio de Janeiro, o seu 3º romance, Angústia, que obterá em Setembro do mesmo ano (1936), da Revista Acadêmica, o Prêmio “Lima Barreto”.

3 de janeiro 1937 – Sai da prisão onde se achava sem processo regular.

Maio 1937 – A Revista Acadêmica dedica-lhe uma edição especial (Ano 3,nº 27) com treze artigos.

1937 – Obtém o prêmio “Literatura Infantil”, do Ministério da Educação com “A Terra dos Meninos Pelados”.

1938 – Surge o romance Vidas Secas, no Rio de Janeiro, numa edição J. Olímpio.

Agosto 1939 – É nomeado Inspetor Federal de Ensino Secundário no Rio de Janeiro.

1939 – Publicado o livro A terra dos Meninos Pelados, em Porto Alegre pela Livraria Globo.

1940 – Traduz Memórias de um negro, do norte americano Booker T. Washington, editadas nesse mesmo ano em São Paulo, pela Editora Nacional.

Março 1941 – Inicia a publicação da série de crônicas “Quadros e Costumes do Nordeste” a partir do 1º número da revista Política (Rio).

27 de outubro 1942 – Recebe o prêmio “Felipe de Oliveira” pelo conjunto de obra, num jantar comemorativo de seu 50º aniversário.

Publicado em São Paulo, pela Livraria Martins, o romance Brandão entre o mar e o amor, escrito em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz. A parte de sua autoria, a terceira, intitula-se Mário.

4 setembro 1943 – Falece em Palmeira dos Índios sua mãe Maria Amélia Ferro Ramos.

1944 – Surge a edição uruguaia de Angústia, a primeira obra traduzida de Graciliano Ramos. Publicadas as Histórias de Alexandre, literatura infantil pela Editora Leitura, do Rio de Janeiro.

1945 – Publicados Infância, o livro de memórias (Rio, J. Olímpio) e Dois Dedos, contos (Rio, Ver. Acadêmica).

1946 – Publicada a obra Histórias Incompletas ( P. Alegre. Globo), reunindo os contos de Dois dedos, o conto Inédito “ Luciana” , três capítulos de Vidas Secas e quatro de Infância.

1947 – Publicado o livro de contos Insônia, no Rio de Janeiro, por J. Olympio…

1948- O livro “Infância” é traduzido no Uruguai.

1950 – Traduz o romance A peste, do francês Albert Camus, lançado nesse mesmo ano pela J. Olympio.

31 de março de 1951 – Eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores, tomou posse a 26 de abril seguinte: seria reeleito em 1962.

1951- Publicadas as 7 histórias verdadeiras ( Rio Vitória). Extraídas das Histórias de Alexandre.

21 abril de 1952 – Viaja à Rússia o à Checoslováquia, visitando ainda a França e Portugal, regressando doente a 16 de junho seguinte.

13 setembro de 1952 – Gravemente enfermo, viaja para Buenos Aires, à procura de melhora, onde foi operado sem esperanças de êxito.

5 de outubro de 1952 – Regressa ao Rio de Janeiro, desenganado pelos médicos.

27 de outubro de 1952 – É assinada a passagem de seu 60º aniversário, por um grupo de amigos e admiradores no salão nobre da câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras Sobre a personalidade e a obra de Graciliano.

Falaram Miécio Tati, José Lins do Rego, Jorge Amado, Peregrino Júnior, Jorge de Lima, Heraldo Bruno e outros. Em nome do homenageado, que se achava enfermo, agradeceu sua filha Clara Ramos.

26 janeiro de 1953 – Interna-se na casa de saúde e maternidade São Vitor, na Praia de Botafogo, Rio de Janeiro.

20 de março de 1953 – Falece às 5:35 da manhã de uma sexta feira.

1953 – Publicadas suas Memórias do Cárcere, em 4 volumes, numa edição póstuma.

1954 – Publicada a obra póstuma Viagem (Checoslováquia URSS), em São Paulo, pela Livraria Martins.

1957 – Publicada o romance S. Bernardo, em Portugal a primeira edição estrangeira da obra.

1962 – Publicadas as obras póstumas Linhas tortas. Vivente das Alagoas ( São Paulo, Martins). Ambas de crônicas e Alexandre e outros heróis (São Paulo, Martins ) literatura para a infância e juventude.

Publicado o livro de contos Insônia, em Portugal, pela primeira vez editado no exterior.
“Vidas Secas” recebe o prêmio “Fundação William Faulkner” , na Virgínia ( USA ).

1963 – Assinalada a passagem do 10º aniversário de seu falecimento, através da imprensa da exposição Retrospectiva das obras de Graciliano Ramos, em Curitiba, e da Exposição Graciliano Ramos realizada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em 20 de maio.

1965 – Publicado em Portugal o romance Caetés, a primeira edição estrangeira da obra.

1970 – Publicada as Memórias do Cárcere em Portugual, pela primeira vez editada fora do país.

Fonte: saobernardohp.vilabol.uol.com.br/www.geocities.com/saobernardohp.vilabol.uol.com.br

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