Ernesto Joaquim Maria dos Santos
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Ernesto Joaquim Maria dos Santos, compositor e violonista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 5/4/1889 e morreu na mesma cidade no dia 25/9/1974.
Filho de pai pedreiro e bombardinista e da famosa Tia Amélia (Amélia Silvana de Araújo), mãe-de-santo, cantadeira de modinhas, festeira, uma das baianas do bairro da Cidade Nova (com Tia Ciata, Tia Presciliana de Santo Amaro, Tia Gracinda, Tia Verdiana…) que fundaram ranchos onde cultivavam sessões de candomblé e sambas.
Sempre foi Donga, apelido familiar atribuído desde menino. Por freqüentar desde criança as rodas de ex-escravos e negros baianos, aprendeu a coreografia do jongo, afoxé, inclusive as danças derivadas do candomblé e macumba. Com João da Baiana formou uma conhecida dupla de capadócios.
Com 14 anos aprendeu tocar cavaquinho, depois o violão, com Quincas Laranjeira, e mais tarde violão-banjo.
Zé Vicente era seu cognome no Grupo de Caxangá, que participou desde 1914. Cinco anos depois atuou como violonista no famoso conjunto Oito Batutas, organizado por Pixinguinha. Com o conjunto, além do Brasil, excursionou pela França e Argentina. Em 1926 integra o grupo Carlito Jazz e em 1928, com Pixinguinha, forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, responsável por diversas gravações da época. Ainda com Pixinguinha, atuou no Guarda Velha, formado em 1932 e Diabos do Céu, conjuntos de estúdio para gravações na Victor.
Suas primeiras composições, Olhar de Santa e Teus olhos dizem tudo, anos mais tarde ganharam letra do jornalista David Nasser.
Em 1932, casou com a cantora Zaíra Cavalcanti. Viúvo, dois anos depois, casa-se novamente. Chegou a casar-se quatro vezes.
Em 1940 participa com composições da famosa gravação a bordo do navio Uruguai, feita por Leopold Stokowski.
Apesar de ter oficializado o gênero samba com Pelo telefone, Donga compôs ainda valsas, toadas, marchinhas, emboladas etc.
Oficial de Justiça aposentado, paupérrimo, doente e quase cego, habitou seus últimos dias na Casa dos Artistas. Está sepultado no Cemitério de São João Batista.
Principais sucessos:
Bambo, bambu, Donga e Patrício Teixeira
Canção dos infelizes, Donga, Luiz Peixoto e Marques Porto (1930)
Estou voltando, Donga, Pixinguinha e João Pernambuco (1932)
Nosso ranchinho, Donga e J. Cascata (1926)
O malhador, Donga, Pixinguinha e Mauro de Almeida
Passarinho bateu asa, Donga (1928)
Patrão, prenda seu gado, Donga, Pixinguinha e João da Baiana (1931)
Pelo telefone, Donga e Mauro de Almeida (1916)
Quando uma estrela sorri, Donga, Villa Lobos e David Nasser (1940)
Quando você morrer, Donga e Aldo Taranto (1933)
Seu Mané, Luiz, Donga (1928)
Fonte: www.geocities.com
Donga
Integrante do núcleo embrionário que daria origem ao samba como o conhecemos hoje, nasceu no Rio de Janeiro e sempre freqüentou rodas de samba e candomblé nos terreiros das “tias” baianas que promoviam a música africana no Rio do início do século.
Na adolescência começou a tocar cavaquinho e violão.
Por volta de 1916 participava das rodas de música na casa da lendária Tia Ciata, ao lado de João da Baiana, Pixinguinha e outros. Em 1917 ocorreu a gravação de “Pelo Telefone”, considerado o primeiro samba gravado na história. Registrado em nome de Donga e Mauro de Almeida, até hoje suscita polêmica em relação à autoria: alguns historiadores defendem que Mauro teria apenas feito o registro por escrito, não sendo de fato parceiro de Donga.
Em 1919 integrou com Pixinguinha e outros seis músicos o grupo Os Oito Batutas, que em 1922 excursionou pela Europa com o propósito de divulgar a música brasileira.
Também fez parte de bandas de jazz, e em 1928 organizou com Pixinguinha a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha, que fez importantes gravações para a Parlophon nos anos 20 e 30.
Participou com nove composições do disco “Native Brazilian Music”, gravado pelo maestro norte-americano Leopold Stokowski e organizado por Villa-Lobos, para o mercado externo, em 1940.
A maior parte das músicas de Donga inseridas nessa antologia eram sambas, toadas, macumbas e lundus. No final dos anos 50 voltou a se apresentar com o grupo Velha Guarda, em shows organizados por Almirante.
Fonte: www.tvbrasil.org.br
Donga
Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos)
Das cordas do violão de Donga nasceu o samba como o conhecemos hoje. Prece, na raiz da palavra africana, o gênero musical estava ainda preso à tradição das religiões afro-brasileiras que o compositor conheceu na infância, no Rio de Janeiro, quando freqüentava rodas de samba e candomblé nos terreiros das “tias” baianas, cantadeiras, festeiras e mães-de-santo.
Ernesto Joaquim Maria dos Santos sempre foi Donga, apelido familiar desde menino. Exceto por um curto período, em 1914, quando usou o nome Zé Vicente para participar do Grupo de Caxangá.
Passou a infância entre ex-escravos e negros baianos. Aprendeu o jongo, o afoxé e outras danças. Começou a tocar cavaquinho de ouvido, e passou para o violão nas aulas do grande Quincas Laranjeiras. Iniciou-se na composição com “Olhar de Santa” e “Teus Olhos Dizem Tudo” (anos mais tarde, o jornalista David Nasser faria as letras).
Participava das reuniões na casa da lendária Tia Ciata, junto com João da Baiana, Pixinguinha e músicos. Em 1917, gravou o primeiro disco de samba da história: “Pelo Telefone”, registrado em nome de Donga e Mauro de Almeida — mas suspeita-se que Mauro tenha feito apenas o registro por escrito.
Em 1919, ao lado de Pixinguinha e outros seis músicos, integrou o grupo Os Oito Batutas, que excursionou pela Europa em 1922. Da França, Donga traz um violão-banjo e, em 1926, integra o grupo Carlito Jazz para acompanhar a companhia francesa de revistas Ba-Ta-Clan, que se exibia no Rio de Janeiro.
Com esse conjunto viaja outra vez à Europa. Volta em 1928, quando forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, que gravou para o selo Parlophon nos anos 20 e 30. Neste mesmo período participa de duas outras bandas Guarda Velha e Diabos do Céu, ambas formadas por Pixinguinha para gravações.
Em 1940, a bordo do navio Uruguai, Donga gravou nove composições (entre sambas, toadas, macumbas e lundus) do disco “Native Brazilian Music”, organizado por dois maestros: o norte-americano Leopold Stokowski e o brasileiro Villa-Lobos, lançado nos Estados Unidos pela Columbia. No final dos anos 1950 voltou a se apresentar com o grupo Velha Guarda, em shows organizados por Almirante.
“Olha esse ponteado, Donga!” Essa exclamação com que Almirante incentivava o violão solista do grupo, está em um dos discos mais famosos da história da música popular brasileira, e é uma das marcas da fase de sedimentação do samba no Rio de Janeiro.
As criações mais conhecidas de Donga são “Passarinho Bateu Asas”, “Bambo-Bamba”, “Cantiga de Festa”, “Macumba de Oxóssi”, “Macumba de Iansã”, “Seu Mané Luís” e “Ranchinho Desfeito”. Viúvo em 1951, casou-se novamente em 1953 e morreu em 1974, no bairro de Aldeia Campista, no Rio, para onde se retirou como oficial de Justiça aposentado. Doente e quase cego, viveu seus últimos dias na Casa dos Artistas. Está sepultado no Cemitério de São João Batista.
Fonte: www.netsaber.com.br
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