Chico Xavier – Vida
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Nome de nascença: Francisco Cândido Xavier
Data de nascimento: 2 de abril 1910, Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil.
Data da morte: 30 de de Junho de de 2002, Uberaba, Minas Gerais, Brasil (insuficiência cardíaca).
Chico Xavier, nascido Francisco de Paula Cândido foi um homem muito popular no movimento espírita no Brasil. Escreveu 412 livros, aparentemente usando um processo conhecido como psicografia ou escrita automática.
Chico Xavier nasceu na cidade de Pedro Leopoldo, Estado de Minas Gerais e é popularmente conhecido como Chico Xavier (Chico é o apelido de Francisco).
Fortemente influenciado pelas obras de Allan Kardec, Chico Xavier declarou que sua mão era guiada por espíritos.
Chico Xavier chamou seu guia espiritual Emmanuel, que de acordo com ele, viveu na Roma antiga como o senador Públio Lentulus, foi reencarnado na Espanha como Padre Damião, e depois como professor na Sorbonne.
O trabalho de Chico Xavier produziu ensinamentos religiosos, romances e obras de filosofia e ciência.
Seus livros venderam cerca de 50 milhões de cópias, os lucros dos quais foram todos canalizados para obras de caridade.
Em 1981 e 1982, ele foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.
Chico Xavier – o verdadeiro espírita
Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e desencarnou no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, na mesma data em que o Brasil comemorava a conquista de mais um campeonato mundial de futebol.
Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando o filhinho contava apenas com 5 anos de idade.
Na altura tinha mais 8 irmãos, tendo todos sido distribuídos por vários familiares e pessoas amigas. Como órfão de mãe em tenra idade, sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade.
Aos nove anos seu pai, já casado novamente, empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até às 11 horas, freqüentava a escola primária pública, depois trabalhava na fábrica até às 2 horas da madrugada. Aprendeu mal a ler e a escrever. Quando concluiu o pequeno curso da escola pública empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café.
Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo . Não podemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que durante as décadas que esteve ao serviço do Ministério da Agricultura, jamais — não obstante a sua precária saúde e trabalho doutrinário, fora das horas de serviço — deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M. A. Em finais da mesma década de cinqüenta, vai residir em Uberaba – MG, por motivos de saúde e a conselho médico, onde permanece até hoje e apenas com a sua magra reforma (aposentadoria).
As suas faculdades mediúnicas são extraordinárias, Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos.
Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.
Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo.
No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo.
Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.
O estilo dos 56 poetas mortos, entre os quais vários portugueses, era precisamente idêntico ao estilo dos mesmos enquanto vivos, informavam os literatos das academias e universidades dos grandes centros culturais do Brasil, embora não soubessem explicar o fenômeno. Seria o início da sua imponente obra mediúnica que hoje já ultrapassa os 350 livros.
Bastava apenas um desses livros para constituir um roteiro seguro para o homem na Terra rumo à sua alforria, à sua felicidade. Seus ensinamentos revivem plenamente o Evangelho de Jesus e as lições do Consolador que Kardec — o discípulo fiel de Jesus — nos legou com tanto sacrifício e renúncia.
Mas de mil entidades espirituais nos deram informações através das suas abençoadas mãos, provando à saciedade a imortalidade do Espírito e a sua comunicabilidade com os homens. Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje.
Chico Xavier
Livros
Seu primeiro livro foi publicado em 1932, pela Federação Espírita Brasileira – Parnaso de Além Túmulo –, uma original coletânea de poesias mediúnicas de autores renomados, que se manifestaram com idêntico estilo e conteúdo que apresentavam quando encarnados.
Entre os seus primeiros livros psicografados, destacam-se: em 1937, Crônicas de Além Túmulo, do Espírito Humberto de Campos; em 1938, Emmanuel, do Espírito Emmanuel; e em 1944, Nosso Lar, do Espírito André Luiz.
Ao terminar a psicografia, o procedimento de Chico era sempre o mesmo: formalizar a doação da obra a uma instituição filantrópica. As tiragens das obras de Chico Xavier são muito expressivas.
Entre elas, do Espírito Emmanuel: Há dois mil anos, 435 mil; Cinqüenta anos depois, 317 mil; Paulo e Estevão, 420 mil; Renúncia, 311 mil, Pão nosso, 261 mil.
Do Espírito André Luiz: Nosso Lar, l,3 milhão; Os mensageiros, 440 mil; Missionários da luz, 421 mil; Agenda cristã, 470 mil; Nos domínios da mediunidade, 313 mil; Sinal verde, 473 mil.
Datas
Algumas datas que marcaram a vida de Chico Xavier: em 29/9/1915 desencarna sua mãe, Maria João de Deus; em 1923, conclui o curso primário (ensino fundamental); em 7/5/1927, passa a freqüentar reuniões espíritas; em 8/7/1927 psicografa sua primeira mensagem; em 1928, são publicadas suas primeiras mensagens no O Jornal, do Rio de Janeiro; em 1931, desencarna sua madrasta e amiga Cidália Batista e também se apresenta a ele o Espírito Emmanuel; em 1940, adoece gravemente; em 1959, muda-se para Uberaba, Minas Gerais; em 1960, em parceria com Waldo Vieira, psicografa Mecanismos da mediunidade, do Espírito André Luiz; em 3/1/72, é entrevistado durante quatro horas na extinta TV Tupi, no programa Pinga-Fogo, assistido por mais de 20 milhões de brasileiros; em 1976, sofre sua primeira crise de angina; em 1980, é indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz; em 28/6/1985, o Tribunal de Justiça aceita uma carta psicografada por Chico, que inocenta João Francisco de Deus da acusação de assassinato; em 15/10/1989, recebe a visita de Fernando Collor, candidato à presidência da República; em 1991, já eleito, Collor novamente visita o médium; em 18/9/1995, um enfisema pulmonar o imobiliza numa cadeira de rodas; e em 1999, publica seu último livro, Escada de luz.
Chico Xavier – Mudou a visão do Espiritismo
Francisco Cândido Xavier é, sem qualquer dúvida, a mais importante figura do Espiritismo brasileiro deste século. A sua importância deve-se ao extraordinário trabalho de psicografia que mudou a face da Doutrina Espírita no Brasil, com reflexos inevitáveis em outros países.Além disso, o carisma pessoal de Francisco Cândido, sua comprovada elevação pessoal, o desapego aos bens materiais e uma vida pautada por valores superiores, faz dele um marco decisivo nos rumos do Espiritismo no Brasil e, por inferência, no mundo.
Chico Xavier
A personalidade de Francisco Cândido é ímpar. Graças ao seu comportamento moral e humano, ele contribuiu sensivelmente para mudar a visão do Espiritismo, injustamente envolvido em relações com a Umbanda e fruto de descrédito pela ação de falsos médiuns.Iniciando-se no movimento espírita na década de 30, ele adquiriu progressiva e cada vez mais, uma posição de extrema importância, exagerada pelos místicos e incensadores contumazes, a quem ele, dentro de sua característica pessoal, não desestimulou, mas igualmente não cedeu.
Trabalhou até se aposentar como funcionário público federal, cumprindo sua jornada de trabalho, num período de extrema produção mediúnica. Conforme sua produção mediúnica se consolidava, milhares de pessoas se mobilizaram para conhecê-lo, primeiro em Pedro Leopoldo, sua cidade natal, onde nasceu há 90 anos, próxima a Belo Horizonte e depois em Uberaba, também em Minas Gerais, sempre à cata de notícias de parentes desencarnados e de conselhos.O atendimento pessoal que realizou e realiza até hoje em precárias condições de saúde, transformou Uberaba numa espécie de “meca” do Espiritismo, com milhares em caravanas de várias partes do País. Cientistas e jornalistas, brasileiros e estrangeiros, cercaram-no de pesquisas, entrevistas e reportagens.
Portador do mediunato, Chico Xavier começou psicografando poesias e termina sua tarefa psicografando mensagens leves, algumas repetitivas.
Viajou para o exterior e pelo País, em noites de autógrafos, atraindo milhares de pessoas. Participou do histórico Pinga-Fogo, na extinta TV Tupi, em 28 de julho de 1971, com repercussão extraordinária, derrubando muitos mitos e deixando uma sólida visão da Doutrina, mesmo que sob um viés religioso e evangélico.
Declaradamente espírita, Xavier é respeitado pela sociedade brasileira, que admira sua conduta exemplar, principalmente porque jamais cobiçou bens que lhe foram, inclusive ofertados.
Emmanuel — Falar de Chico Xavier é falar, também, do Espírito Emmanuel. O Espírito que se apresentou a ele na década de 30, com uma cruz luminosa no peito, usou o nome de Emmanuel e tornou-se o mentor do trabalho mediúnico e mesmo da vida de Chico.
A análise da influência de Francisco Cândido Xavier deve, pois, ser feita num amplo espectro, desde sua pessoa carismática e exemplar, às características de sua personalidade mística, mas de maneira alguma crente. Muitas pessoas enganam-se supondo que ele, em algum momento, tenha pretendido impor-se como líder do movimento. Ao contrário, resistiu a todas as tentativas.
Reconheceu seu lugar no movimento e cumpriu sua tarefa de maneira eficiente e exemplar.
Chefiando o trabalho do grupo de Xavier e utilizando a psicografia e a psicofonia do médium, ele traçou e implantou uma filosofia própria, sob certa forma híbrida, pois varia desde o deslumbramento emotivo diante da figura do Nazareno a apreciações bem razoáveis no campo das idéias. Dominou amplamente o cenário espírita, criando ou formalizando a religião espírita, cristólatra e evangélica. Emmanuel soube ficar numa posição inteligente. Jamais deixou-se decair para um misticismo banal, mas entronizou a religião espírita, como base de seu triângulo – ciência-filosofia-religião – que muitos chegaram a supor que teria sido estabelecido por Allan Kardec, dada a desinformação generalizada da obra do fundador do Espiritismo.
Emmanuel, que parece possuir uma personalidade decidida e de certa forma prepotente, impôs sua visão particular, traindo, em muitos casos, sua formação sacerdotal, segundo ele mesmo acentua em sua autobiografia milenar.
Suas idéias estão estruturadas em bases muito parecidas com as postuladas pela Igreja. A dor como caminho único para a redenção dos pecados, a figura de Jesus Cristo como única forma de ascensão e a análise emotiva dos sucessos da evolução planetária fazem parte de seu ideário, adotado pelo movimento, aberto que estava e está às iniciativas de ordem místico-mediúnicas, pelo fascínio que o suposto poder e sabedoria dos Espíritos possuiriam. E, naturalmente, porque jamais, no Brasil, a palavra de Kardec foi decisiva, a partir da adoção dos cultos católicos pelos primeiros líderes espíritas, em torno da doutrina roustainguista que, mesmo indiretamente, Emmanuel apóia, com várias intervenções dúbias.
Seria injusto, todavia, desconhecer ou julgar de maneira depreciativa a obra de Emmanuel. Ao contrário. Foi a partir de seu trabalho na direção do grupo de Xavier, que a literatura espírita popularizou-se e expandiu-se. Todavia, não tanto equilibrada e kardecista como seria de desejar.
Escritor de forma mais ou menos barroca, Emmanuel escreveu romances, monografias e uma história mística da formação do mundo, além de exaustiva interpretação do Novo Testamento cristão.Sua formação clerical, em muitos casos, contraria o pensamento cartesiano de Allan Kardec, mas a população neo espírita, oriunda e incluída na cultura católica do País, naturalmente encontrou nele uma afirmação conveniente.
André Luiz e Muitos Outros — Outro Espírito, André Luiz, encarregou-se de transmitir informações e opiniões sobre a natureza do trabalho dos desencarnados e sobre algumas faces da evolução do ser espiritual, com inegável eficiência. Biografando-se como um médico indiretamente suicida, ele narra sua trajetória no plano extrafísico e sua inclusão em serviços socorristas, através de livros romancedos que contam histórias de supostos trabalhos de amparo aos encarnados e desencarnados. Tamanha foi a repercussão do trabalho de André Luiz que os mais apressados e místicos chegaram a considerá-lo a Quarta Revelação, numa banalização medíocre do que seria a revelação espírita.
Além de André e Emmanuel, mais quatro centenas de Espíritos escreveram através de Chico Xavier, produzindo mais de 400 obras impressas, editadas em várias línguas e que alcançaram o volume de milhões de exemplares. Foram crônicas, contos, romances, monografias, reportagens, mensagens de auto-ajuda, com temas variados e de fundo moral. Embora legalmente proprietário dessas obras, Francisco Cândido Xavier abriu mão dos direitos autorais de todas elas.
Parnaso de Além Túmulo, seu primeiro livro, reunindo poesias de dezenas de “poetas mortos”, alguns de fama na literatura brasileira e portuguesa, é um marco pela variedade de estilos, comprovados por analistas isentos, dando testemunho da autoria real desses autores .Chico e KardecEntre alguns espíritas corre a suposição de que Francisco Cândido Xavier seria a reencarnação de Allan Kardec. Para isso manipulam dados e datas que o fundador da Doutrina deixou escritas. Para eles, Chico completaria a obra do fundador. Tal assertiva é desprovida de qualquer base. Seja pela diferença abismal entre as duas personalidades, a menos que se aceite que de uma encarnação para outra se perca toda a estrutura intelectual, moral e filosófica do Espírito. Ou porque, na verdade, a obra psicográfica de Chico Xavier reproduz opiniões de Espíritos vários, de formação cultural que não alcança o nível mostrado por Allan Kardec.
Ademais, Francisco Cândido Xavier é ele mesmo, com seu carisma, sua estrutura de caráter elevada e trabalhando como medianeiro entre os Espíritos e os homens, cuja obra mediúnica tem seus méritos e questionamentos possíveis dentro do que Allan Kardec estabeleceu para o pensamento espírita.
Chico Xavier – Mensagem
Chico Xavier
Primeira mensagem de Chico Xavier
QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS JESUS NOS ABENÇÕE
Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa inesquecível Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.
Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar adiante o compromisso abraçado.
Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não saiba o que lhes dizer com exatidão.
Aqui compareço, nesta manhã, na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e sinceramente, não me reconheço sob regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam e devem continuar esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamo-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertencem a eles mesmo e muito menos a mim, que prossigo deste Outro Lado da Vida me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de colocar de lado o personalismo e não tomarmos o caminho da polêmica inútil.
Não nos dispersemos, despendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui… O que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter!!
Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da posição que os amigos me colocam.
A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar seqüência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrevo-lhes nesta hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e nem nos induzam ao esquecimento de nossas obrigações fundamentais.
Eu jamais seria capaz de silenciar ou de considerar um espírito diferente de tantos outros – embora minha total desvalia -, que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitarem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não fragilizem na vivência do ideal.
Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrados à todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento.
Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.
Com minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores de nossa Causa, sempre o seu . . .
Chico Xavier
(Mensagem psicografada pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do dia 22 de junho de 2003, na sede do C. E. Ben. “Bezerra de Menezes”, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil)
Segunda mensagem de Chico Xavier
COMPANHEIROS DE IDEAL
Meus irmãos, aqui estou…
O serviço continua.
Quem prossegue com Jesus
Nada teme e não recua.Deixo os óculos de lado,
Pois deles não mais preciso,
Para escrever o que penso
De modo claro e conciso.Tiro do bolso a caneta
Que trouxe no paletó
E proclamo, além da morte,
Que inda sou o mesmo pó…Mais do que isso não sou –
Nunca fui e nem serei…
Um cisco, apenas um cisco
Eis do que sou o que sei.Portanto não se preocupem
Se aqui estou, na verdade,
Pois quem é cisco não tem
Carteira de identidade.Se pudessem ver-me agora,
Mal me veriam de pé,
Todavia aqui estou
Em nome de nossa Fé!Acredito que, por certo,
Melhor fosse me calar,
Mas o Senhor é quem manda,
E Ele me manda falar.– Caros irmãos de ideal
No Espiritismo Cristão,
Em prol de nossa Doutrina,
Mais amor, mais união…Mais estudo e mais trabalho,
Fraternidade e Alegria,
Mais vivência do Evangelho
No labor de cada dia.Corações entrelaçados,
Marchemos na estrada humana,
Passo a passo, com Jesus,
Na crença que nos irmana!…
CHICO XAVIER
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã do dia 11 de outubro de 2003, em Uberaba, Minas Gerais.)
Aprendendo com Chico Xavier
Despedida da mãe do Chico
“O ano era 1997, numa terça-feira à noite. Quando chegamos para visitá-lo, ele contou-nos o seguinte caso:
– Hoje minha mãe me apareceu e disse-me:
– “Meu filho, após tantos anos de estudo no mundo espiritual estou-me formando assistente social. Venho me despedir e dizer que não mais vou aparecer a você”.
– Mas a senhora vai me abandonar ?
– Não meu filho. Imagine você que seu pai precisa renascer e disse que só reencarna se eu vier como esposa dele. Fui falar com a Cidália, sua segunda mãe, que criou vocês com tanto carinho e jamais fez diferença entre os meus filhos e os dela. Ela contou-me que também precisa voltar à Terra. Então eu lhe disse:
– Cidália, você foi tão boa para meus filhos, fez tantos sacrifícios por eles, suportou tantas humilhações… Nunca me esqueci quando você disse ao João Cândido que só se casaria com ele se ele fosse buscar meus filhos que estavam espalhados por várias casas para que você os criasse. Desde minha decisão de voltar ao corpo, tenho refletido muito sobre tudo isso e venho perguntar-lhe se você aceitaria nascer como nossa primeira filha ? Abraçamo-nos e choramos muito.
Quando me despedi dela, perguntei-lhe:
– Cidália há alguma coisa que eu possa fazer por você quando for sua mãe ?
Ela me disse:
– Dona Maria, eu sempre tive muita inclinação para a música e não pude me aproximar de um instrumento. Sempre amei o piano.
– Pois bem, minha filha. Vou imprimir no meu coração um desejo para que minha primeira filha venha com inclinação para a música. Jesus há de nos proporcionar a alegria de possuir um piano.
A essa altura da narrativa o Chico estava banhado em lágrimas e nós também.
Mas continuou a falar de Dona Maria:
– Seu pai vai reencarnar em 1997. Vou ficar junto dele por aproximadamente três anos e renascerei nos primeiros meses do ano 2000.
– Mas a senhora já sofreu tanto e vai renascer para ser esposa e mãe novamente ?
– São os sacrifícios do amor… Até um dia meu filho…
Neste momento, concluiu o Chico, também ela começou a chorar”.
(Extraído do livro MOMENTOS COM CHICO XAVIER, de Adelino Silveira, ed. GEP)
Prece a Chico Xavier
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo eu sabendo que as rosas não falam.Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é
assim tão alegre.Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
dolorosa…Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles
acabam indo embora de nossas vidas…Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
reconhecer e retribuir esta ajuda.Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu
caia.Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não
sentir o mesmo sentimento por mim…Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,
escurecerão meus olhos…Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois
adversários extremamente perigosos.Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras
e deliciosas.Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia meus braços estarão
fracos…Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus
olhos e escorrerão por minha alma…Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria
esforços incríveis para manter a sua harmonia.Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e
até rejeitado.Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno…E acima de tudo…
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama
infinitamente, que um pequeno grão de alegria e
esperança dentro de cada um é capaz de mudar e
transformar qualquer coisa, pois….
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
Festa No Céu…
Amigos muito queridos, esta semana recebemos a noticia do desencarne do nosso querido Chico Xavier aos 92 anos desta sua passagem na nossa Pátria do Evangelho. E o que nós fazemos e falamos?? Ah! Que pena que ele morreu, era tão querido por todos nós e gostaríamos que ele continuasse mais e mais tempo entre nós.
Mas será que está justo e correto este pensamento?
Ou estamos mais uma vez apenas expressando nosso egoísmo e nem pensamos nele, tão velhinho e debilitado, já há algum tempo mais lá do que cá?
Pois me parece que é isto mesmo, pensamos em nós e esquecemos que existe um tempo de nascer e um tempo de morrer, segundo as leis da matéria. E segundo as condições de saúde que ele estava era muito melhor ele receber este descanso da roupagem grosseira, despindo o grosseiro corpo físico e vestindo a roupagem tênue do corpo espiritual.
Mas o que devemos nós desejar a ele ou fazer?
Podemos e devemos dirigir o nosso pensamento a Deus ou Jesus e agradecer por eles terem nos permitido partilhar um pouco da vida deste espírito especial dedicado ao próximo e ao Amor, que agora parte de volta a verdadeira pátria que é a espiritual, conforme ensinamentos do próprio mestre Jesus. Que chega do lado de lá com grandes méritos, tendo realizado esta obra maravilhosa que são os mais de quatrocentos livros psicografados e que nos servem de complemento a Codificação Kardequiana. Chico possivelmente seja um “completista”, como define André Luiz na sua Obra “Missionários da Luz” pelo próprio Chico. Ele talvez um daqueles poucos que conseguem cumprir integralmente as tarefas programadas para a sua encarnação integralmente e com grau de louvor. Assim possivelmente chega ele, com a tarefa realizada, com abnegação, com o imenso carinho dispensado aos milhares que o procuraram durante sua estada, com as palavras de amor distribuídas à pais e mães que sempre o procuraram para saber noticias dos filhos do lado de lá.
Por tudo isto nos arriscamos dizer sem medo de errar que a chegada dele ao mundo espiritual foi uma festa digna de registro, com dezenas ou quem sabe milhares de amigos a lhe fazerem homenagens.
Quem será que estaria lá? Ora não é preciso ser adivinho para saber que Emmanuel o seu amigo e fiel mentor de todas as horas estava lá, além de André Luiz, Bezerra de Menezes, Joana de Angelis e possivelmente até o insigne codificador Allan Kardec, além de muitos outros.
Então devemos todos nós ficarmos felizes com esta passagem, que estava mais do que merecida e que daqui a algum tempo possamos receber mensagens dele por meio de tantos outros médiuns que ficaram e que possivelmente irão relatar tudo isto que imaginamos agora.
Em vez de chorar e lamentar fiquemos felizes por este irmão querido que alcança a merecida passagem com louvor e que continuemos firmes no propósito de melhorarmos nós também, estudando as suas obras e colocando em pratica os ensinamentos que ele nos deixou.
Que a paz e a luz de Jesus possa estar com o nosso querido e amado Chico, seja onde ele estiver, estes são os meus desejos neste momento.
Um Abraço a todos…do amigo…
Ivo Alfredo Kath.
ALEGRIA DE SERVIR
Olhar de carinho e de paz,
Que a todos acalma e refaz.
Das lutas e das dores da vida,
Ninguém saía sem uma palavra amiga.Transmitia a alegria que sentia,
De poder servir e ajudar.
Via em cada ser um irmão e um cultivador,
Que ontem plantou e hoje tem que ceifar.Sabia que a imperfeição é transitória,
E tudo fazia para que a paz fosse vitoriosa.
Com palavras de esperança sempre soerguia,
Aquele irmão que na estrada caía.Esse cultivador de cândido olhar,
de sementes de amor sempre a espalhar.
A todos sorrindo, sempre a ajudar,
de operosa existência, sempre a trabalhar.Verdadeiro exemplo a ser seguido,
Cumpriu com louvor a sua missão.
Levou o amor e a paz ao mundo,
Com o seu coração de criança.Genuíno discípulo do Cristo,
Que pelo exemplo edificou as almas.
Cheio de luz e de amor,
Chico sempre foi um benfeitor.Como ninguém soube pelo exemplo ensinar,
que a vida é semeadura que nos compete realizar
Plantando sempre o amor e a esperança
conseguiu deixar em todos sua lembrança.Viva o Chico,
Todos gritam na espiritualidade.
Pela volta à verdadeira pátria,
De quem foi servidor de verdade.Servidor fiel da caridade de Jesus.
Grupo Espírita Fraternidade de Mogi das Cruzes.
Um amigo oculto.
Chico Xavier – Cronologia
Chico Xavier
2 abril 1910 – Nasce Francisco de Paula Cândido, nome de batismo, o Chico Xavier, na cidade mineira de Pedro Leopoldo, filho de João Cândido Xavier, vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus
29 setembro 1915 – Morre sua mãe, Maria João de Deus
Setembro 1915 – Chico Xavier vai morar com sua madrinha, Maria Rita de Cássia, amiga de sua mãe
Dezembro 1915 – Seu pai casa-se com Cidália Batista, que reúne todos os filhos do marido novamente e Chico volta a viver em família
Janeiro 1919 – Começa a freqüentar o Grupo Escolar São José e a trabalhar na fábrica de tecidos
1923 – Conclui o curso primário, após repetir a quarta série
1925 – Começa a trabalhar no comércio. Primeiro, como auxiliar de cozinha no Bar do Dove. Em seguida, na venda de José Felizardo Sobrinho
7 maio 1927 – Tem sua primeira experiência na doutrina espírita, quando sua irmã Maria Xavier Pena, doente e desenganada pelos médicos, é curada por meio de tratamento espírita.
21 junho 1927 – Torna-se secretário do recém-fundado Centro Espírita Luís Gonzaga, que funciona num barracão onde mora o seu irmão e também presidente do centro, José Xavier.
8 julho 1927 – Psicografa, pela primeira vez, no Centro Espírita Luís Gonzaga e escreve 17 páginas com a assinatura final de “Um espírito amigo”
1928 – São publicadas suas primeiras mensagens psicografadas pelo matutino carioca “O Jornal” e, logo depois, pelo “Almanaque de Notícias”, de Portugal
1931 – Aparece-lhe o que chama de seu mentor espiritual ou espírito-guia, que pede para ser chamado de Emmanuel
Março 1931 – Morre Cidália Batista, sua madrasta e amiga
1931 – Psicografa pela primeira vez um poema com a assinatura de um morto: o poeta fluminense Casimiro Cunha (1880 – 1914). Poeta menor, mas com uma particularidade: espírita convicto e confesso
1932 – Edita seu primeiro livro, “Parnaso de Além-túmulo”, uma coletânea de 59 poemas assinados por 14 grandes poetas brasileiros já falecidos: Castro Alves, Casimiro de Abreu, Augusto dos Anjos, Guerra Junqueiro, entre outros
1935 – Entra para o Ministério da Agricultura, trabalhando na Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo
1939 – Passa a psicografar os trabalhos do escritor maranhense Humberto de Campos, morto em 1934 e no mesmo ano lança o livro “Crônicas de Além-Túmulo”, com textos do escritor falecido
1940 – Fica gravemente doente. Os médicos prevêem um ataque de uremia, o que não chega a ocorrer
1944 – É processado pela família do escritor Humberto de Campos, que exige parte dos direitos autorais dos livros psicografados, mas a justiça decide a favor do médium, que passa a usar o pseudônimo de irmão X para identificar os livros do escritor psicografa mais tarde
1944 – Publica o livro “Nosso Lar”, que torna-se um verdadeiro best-seller entre as publicações espíritas, chegando a uma tiragem de 1.277.000 exemplares
1946 – Fica doente, vítima de tuberculose
1951 – É operado de uma hérnia estrangulada
1958 – Amauri Xavier Pena, sobrinho de Chico Xavier, filho de sua irmã Maria Xavier, também espírita e psicógrafo, declara aos jornais que, por se sentir amargurado por crises de consciência, decide contar que tudo o que já havia psicografado é criado por ele mesmo, sem nenhuma interferência dos espíritos, assim como seu tio
1959 – Muda-se para Uberaba (MG), fugindo do escândalo causado pelas declarações do sobrinho Amauri Xavier Pena
1960 – Publica, em parceria com o também médium Waldo Vieira, o livro “Mecanismos da Mediunidade”
1963 – Aposenta-se, após 30 anos de serviços prestados como auxiliar de serviço na antiga Inspetoria Regional do Serviço de Fomento da Produção Animal, por incapacidade
1965 – Vai aos Estados Unidos a fim de difundir o espiritismo e para fazer um tratamento oftalmológico
1969 – Viaja a São Paulo para se submeter a uma cirurgia na próstata
3 janeiro 1972 – Concede uma entrevista de quatro horas na extinta TV Tupi, num programa chamado “Pinga-Fogo”, o que atrai cerca de 20 milhões de telespectadores
Junho 1975 – Anuncia que encerrará, aos 65 anos de idade, suas atividades mediúnicas, devido ao desgaste físico e por não conseguir superar o processo de hipotensão, surgido em 1973.
1976 – Tem sua primeira crise de angina de peito
Março 1980 – É indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz de 1981, numa campanha liderada pelo então diretor da Rede Globo, Augusto César Vanucci
Setembro 1983 – Coloca, pela primeira, sua voz em quatro LPs, lançados pela gravadora Fermata, para transmitir suas mensagens de paz. Os discos trazem apenas o nome de João Francisco de Deus é julgado inocente da morte de sua mulher Gleide Maria Dutra, morta com um tiro no pescoço, no dia 1º. de março de 1980. Cartas de Gleide, inocentando João Francisco, psicografadas por Chico Xavier nove meses após sua morte, foram usadas pela defesa do acusado
Agosto 1985 – Recebe a visita de D. Risoleta, viúva de Tancredo Neves, morto em abril de 1985. Ela, porém, nunca recebeu mensagens do marido
15 outubro 1989 – Recebe uma visita do então candidato à presidência da República, Fernando Collor de Mello, apoiando, pela primeira vez, um candidato a presidente
Maio 1991 – Já eleito presidente, Fernando Collor de Mello visita-o novamente
27 fevereiro 1993 – É procurado por Glória Perez, mãe da atriz Daniela Perez, assassinada no final de 1992. Glória pede que Chico Xavier converse com sua filha
18 setembro 1995 – Um enfisema pulmonar o deixa com apenas 35 quilos e preso a uma cadeira de rodas
1997 – Publica o livro de poesias “Traços de Chico Xavier”
1998 – Publica o livro “Caminho Iluminado”, do espírito Emmanuel
1999 – Publica seu último livro “Escada de Luz”, totalizando 412 livros publicados, muitos deles traduzidos em diversas línguas e também em braile
Chico Xavier foi eleito o Mineiro do Século, concorrendo com personalidades como Santos Dumont, Pelé, entre outras.
Para nós espíritas, o Chico representa um ato de misericórdia Divina e umas das partes da promessa de Jesus, quando esteve entre nós e nos disse: Não temais pois não vos deixarei órfãos !!
Chico Xavier – Frases
Chico Xavier
” Em qualquer dificuldade,não nos esqueçamos da oração…Elevemos o pensamento a Deus,procurando sintonia com os espiritos bons”
” A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.”
“As vezes, naquele minuto de oração deixamos de tomar uma atitude precipitada, de proferir uma palavra agressiva, de permitir que a cólera nos induza a qualquer atitude infeliz…”
“No mínimo, a prece nos pacifica para que encontremos, por nós mesmos, a saída para a dificuldade que estejamos enfrentando…”
“Em qualquer dificuldade, não nos esqueçamos da oração… Elevamos o pensamento a Deus, procurando sintonia com os Espíritos bons.”
“Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser.”
“A criança desprotegida que encontramos na rua não é motivo para revolta ou exasperação, e sim um apelo para que trabalhemos com mais amor pela edificação de um mundo melhor.”
“Plante amor e paz e a vida lhe trará colheita de paz e amor.”
“Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.”
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
“Eu vivo muito alegre, muito feliz, trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim, muita, muita gente na minha vida, é disso que eu gosto.”
“Valoriza os amigos. Respeita os adversários.”
“Não cobres tributos de gratidão.”
“Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxilio.”
“Deixe algum sinal de alegria, onde passes.”
“Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.”
“Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem. A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.”
“Lembra-te sempre: cada dia nasce de um novo amanhecer.”
“A vida, como a fizeres, estará contigo em qualquer parte.”
“A meu ver, tive três períodos distintos em minha vida mediúnica. O primeiro, de completa incompreensão para mim, é aquele dos cinco anos de idade, quando via minha mãe desencarnada, a proteger-me, até os dezessete anos, época em que me via sob a influência de entidades felizes e infelizes, até que a misericórdia do Senhor penetrou nossa casa, em maio de 1927.”
“Resisti aos impulsos, e não foi fácil. Outro dia, a grande poetisa goiana, Cora Coralina, dizia a uma repórter que os velhos, mesmo os velhos, têm direito aos sonhos eróticos. Sonhos maravilhosos…”
“Eu vivo muito alegre, muito feliz, trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim. Muita, muita gente na minha vida, é disso que eu gosto.”
“Muitas vezes em aula, quando criança, ouvia vozes dos espíritos ou sentia mãos sobre as minhas mãos que eu senti vivas, guiando meus movimentos de escrita, sem que os outros as vissem. Isso me criava muitos constrangimentos.”
“Em fins de 1927, numa reunião pública e depois da evangelização, D. Carmem Perácio, médium de muitas faculdades, transmitiu a recomendação de um benfeitor espiritual para que eu tomasse o lápis e experimentasse a psicografia. Minha mão de pronto obedeceu, escrevendo dezessete páginas sobre os deveres espíritas. Senti alegria e susto ao mesmo tempo. Tremia muito quando terminei.”
“Estou convencido de que todos os políticos, sejam eles quais forem, merecem o nosso respeito e a nossa cooperação para serem para nós aquilo que nós esperamos deles.”
“Quanto ao meu sobrinho, era um perturbado. Bebia muito, não trabalhava direito, acabou louco. E morreu há alguns anos. Ele fez aquilo, ao que parece, pela sedução do dinheiro. Que o altíssimo o perdoe.
Obs.: Chico Xavier, sobre a atitude do sobrinho Amauri Xavier Pena, que declarou aos jornais que tudo o que ele e o tio escreviam não era de autoria de espíritos, mas deles próprios.”
“Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja.”
Chico Xavier – Biografia
Chico Xavier
Filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus. Nasceu a 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo.
A desencarnação de dona Maria João de Deus, deu-se a 29 de setembro de 1915, quando o Chico tinha apenas 5 anos.
Dos nove filhos (Maria Cândida, Luzia, Carmosina, José, Maria de Lourdes, Chico, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda), seis foram entregues a padrinhos e amigos. Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha, que era obsediada. Conta ele, que apanhava três vezes por dia, com vara de marmelo. O pai de Chico casou-se novamente; desta feita com Cidália Batista, de cujo casamento advieram mais seis filhos (André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido).
Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho.
Sua escolaridade vai até o curso primário, como se dizia antigamente. Trabalhou a partir dos oito anos de idade, de 15h às 2h, numa fábrica de tecidos.
Católico até o ano de 1927, o Padre Sebastião Scarzelli era seu orientador religioso.
Com a obsessão de uma de suas irmãs, a família teve que recorrer ao casal de espíritas, Sr. José Hermínio Perácio e dona Carmem Pena Perácio, que após algumas reuniões e o esforço da família do Chico, viu-se curada. A partir daí, foi mantido o Culto do Evangelho no Lar, até que naquele ano de 1927, o Chico, respeitosamente, despediu-se do bondoso padre, que lhe desejou amparo e proteção no novo caminho. (…) No ano de 1927, funda em Pedro Leopoldo, junto com outras pessoas, o Centro Espírita Luiz Gonzaga.
Em 08/08/44, Chico Xavier, através do advogado Dr. Miguel Timponi, em co-autoria com a FEB – Federação Espírita Brasileira, inicia contestação à ação declaratória movida pela Sra. Dª. Catharina Vergolino de Campos, viúva do famoso escritor desencarnado Humberto de Campos, sob a fundamentação de ser necessário concluir se efetivamente a obra psicografada pelo Chico, como sendo do notável escritor patrício, Humberto, após sua desencarnação. Ao final desse longo pleito, através de críticos literários, os mais consagrados, concluiu-se ser autêntica a obra em questão (ver o
assunto completo no livro “A Psicografia ante os Tribunais, de autoria do advogado Dr. Miguel Timponi – Ed. FEB).
Dos quatro empregos que teve, por 32 anos trabalhou na Escola Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo e Uberaba, nesta última cidade, a partir de 1959, quando para lá se transferiu.
Chico sempre se sustentou com seu modesto salário, não onerando a ninguém. Aposentou-se como datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura. Jamais se locupletou como médium. Ganhava, dos mais simples aos mais valorizados presentes (canetas, fazendas, carros), mas, de tudo se desfazia educadamente. Dos quatrocentos e doze livros psicografados, os quais pela lei dos homens lhe pertenciam os direitos autorais, de todos se desfez doando-os a federativas espíritas e a instituições assistenciais beneficentes, num verdadeiro exemplo vivo de cidadania e amor ao próximo.
A Polivalência de sua Obra Literária
É bastante diversificada a obra literária do Chico, senão vejamos: o primeiro livro publicado foi “Parnaso de Além Túmulo”, escrito por 56 poetas desencarnados, compreendendo brasileiros e portugueses. Foi recebido no período de 1931 a 1932. Na época, sua idade era de apenas 21 anos. Com esta obra, Chico começa por onde a imensa maioria dos medianeiros psicógrafos principia.
Detém em sua produção Prosa e Verso, que nós, na mera condição de leitor, classificamo-la como sendo:
Reveladora: Com a publicação da obra Nosso Lar, o espírito André Luiz inicia primorosa coleção em que se ressalta, dentre tantas informações, o caráter revelador da obra, onde se tem registrado o cotidiano, o dia a dia da vida extrafísica.
Identificadora: Assim chamamos a literatura poética, como no caso do “Parnaso”. Se “estilo é maneira de exprimir os pensamentos, falando ou escrevendo” (Aurélio), no Parnaso figuram quase 6 dezenas de poetas da Língua Portuguesa, dentre os mais consagrados. Aí, a comparação entre o poeta, quando na vida física e quando retorna ao plano espiritual, torna-se inevitável.
Mensagem
Chamamos livros de mensagens, aqueles compostos por mensagens avulsas, de temas variados, de espíritos diversos. (Ex: Mãos Unidas, Respostas da Vida, etc).
Romanesca
Destacamos, neste gênero, os cinco romances de Emmanuel (mentor do médium): Há Dois Mil Anos (abrange o período histórico de 31 a 79 D.C), Cinqüenta Anos Depois (ano 131 – D.C), Ave Cristo (abrange o período 217 a 258 D.C), Paulo e Estevão (depois da morte de Jesus até aproximadamente anos 70 D.C) e Renúncia (cobrindo a segunda metade do século XVII, iniciado em 1662 – reinado de Luiz XIV de França). Há Dois Mil Anos foi escrito no curto espaço de 24/10/38 a 09/02/39, em intervalos das atividades profissionais do Chico.
Chamamos a atenção para a chamada Cronologia Romana reconhecida por experts como autêntica. A obra suscitou o aparecimento do livro Vocabulário Histórico Geográfico, de Roberto Macedo, versando sobre o vocabulário existente nos cinco romances supra citados.
Histórico-Geográfico: A exemplo dos livros “A Caminho da Luz” e romances de Emmanuel (já citados), “Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” de Humberto de Campos.
Conto: merecem destaque Jesus no Lar, de Neio Lúcio, Almas em Desfile e A vida Escreve, de parceria com o médium Waldo Vieira, de autoria espiritual de Hilário Silva e Contos e Apólogos, Reportagens de Além Túmulo, Contos Desta e Doutra Vida, autoria espiritual de Humberto de Campos, além de outros.
Reportagem: Encontramos o trabalho de Humberto de Campos, que com vigor e talento, do plano da imortalidade envia-nos reportagens notáveis como a que realiza com o apóstolo Pedro, no livro Crônicas de Além-Túmulo, ou com Napoleão, no livro Cartas e Crônicas ou ainda quando entrevista a famosa atriz Marilyn Monroe, no livro Estante da Vida.
LITERATURA INFANTIL
Através de autores como Neio Lúcio, Casimiro Cunha e outros.
LITERATURA JOVEM
Livros de espíritos que ainda jovens retornaram ao plano espiritual, como a obra de Jair Presente, de Augusto César e outros, cuja característica principal são, as gírias praticadas pelos jovens, notadamente no período em que surgiram.
LITERATURA UNIVERSITÁRIA
De nosso conhecimento, coube à Professora Ângela Maria de Oliveira Lignani inserir a obra literária do Chico nos meandros universitários. A professora em questão logrou aprovação no Curso de Mestrado da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Teoria da Literatura.
Dissertação com 200 páginas, cujo título é “Psicografia e inscrições discursivas: a escrita de Chico Xavier”.
LITERATURA HUMORÍSTICA
Lulu Parola, Cornélio Pires e outros trazem aos leitores rica obra com esta característica.
LITERATURA CIENTÍFICA
Por se compor de Ciência, Filosofia e Religião, invariavelmente, qualquer obra dita espírita mostra esta tendência, mas, especificamente podemos citar as de André Luiz como “Evolução em Dois Mundos” e “Mecanismos da Mediunidade”.
LITERATURA EVANGÉLICA
O Evangelho é tema de vasta obra psicografada pelo Chico, especialmente de Emmanuel: Caminho, Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz, Fonte Viva, Livro da Esperança, Palavras de Vida Eterna, Segue-me, Bênção de Paz.
Ressonância de sua Obra
NO CINEMA
Da mensagem publicada no livro “Somos Seis” resultou o filme Edifício Joelma.
NO TEATRO
Várias compilações de obras diversas resultaram na peça teatral “Além da Vida”, apresentada por atores e atrizes profissionais.
NA TELEVISÃO
Tanto na extinta Rede Tupi (associada) quanto na Rede Globo, adaptou-se como novela o livro “Nosso Lar”, sob o título de “A grande viagem”, com amplo sucesso.
NO RÁDIO
Apresentação do chamado rádio-teatro, como o romance “Há Dois mil Anos”, teatralizado na Rádio Mundial.
Programas radiofônicos veiculando páginas espíritas.
Nos mais diversos ambientes, deparamos afixadas páginas psicografadas pelo Chico, porém, nem sempre de origem identificada.
NO JUDICIÁRIO
Conforme se vê no livro Lealdade, organizado pelo laborioso tarefeiro espírita, Hércio Marcos, do IDE – Instituto de Difusão Espírita – Araras/SP, relatando que, com base em mensagem psicografada pelo Chico, o MM. Juiz da causa absolveu o réu no douto judiciário do estado de Goiás.
NA MÚSICA
Já nos idos de 1970, o astro da canção brasileira, Roberto Carlos, revelava no Programa Flávio Cavalcanti, a influência das obras do Chico nas letras das músicas que compõe.
São inúmeras as letras psicografadas pelo Chico que foram e são musicadas, daí resultando belas canções, tais como: Alma Gêmea e Companheiro, letras de Emmanuel. A Prece, letra de João de Deus, Diretrizes adaptado do trecho de Bezerra de Menezes.. Fábio Júnior, Vanuza e Moacir Franco, sempre demonstraram grande carinho pelo Chico, inclusive, homenageando-o através de músicas de suas autorias. Inúmeros LP\’s (hoje em desuso) e incontáveis CD\’s enriquecem a fonografia patrícia, oriunda da obra do Chico.
NA PINTURA
Através do chamado processo ideoplástico a exuberante mediunidade do Chico tem proporcionado o surgimento de quadros maravilhosos, como o do Senador romano Publius Lentulus e o retrato de Maria (vide Anuário Espírita 1986).
ABRANGENDO IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS
A monumental obra psicografada pelo Chico já teve livros traduzidos para o esperanto, o francês, o inglês, o espanhol, o japonês, o tcheco e o polonês.
NA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pelo fato de o Chico, invariavelmente, registrar em cartório a doação dos direitos autorais a que teria direito em favor de instituições beneficentes, que pela lei do homem lhe caberia sobre 412 obras, tal procedimento possibilita grande fonte de recursos a essas instituições mesmo depois de sua morte. E já são mais de 30 milhões de exemplares editados.
CHICO SELA COMPROMISSO COM O ESPÍRITO EMMANUEL
A data do início do mandato mediúnico do Chico é considerada 8 de julho de 1927, mas o reencontro com seu guia espiritual Emmanuel, deu-se nos fins de julho de 1931 (ver interessante diálogo que se estabeleceu entre os dois, conforme relata o livro “Chico Xavier Mandato de Amor”, UEM, p. 30-31).
QUEM ERA EMMANUEL
Senador romano na época do Cristo, conhecido por Publius Lentulus. De lá para cá do nosso conhecimento, surge nas figuras do escravo Nestório, do Padre Manoel de Nóbrega (fundador de São Paulo) e do Padre Damiano, reencarnado na Espanha. O relacionamento entre os dois, “se perde na poeira dos sóis”, segundo informação que o Chico nos prestava, por informação do mentor espiritual.
JESUS – KARDEC – EMMANUEL
Como é sabido, a interação Jesus-Kardec-Emmanuel é absolutamente harmônica.
E desde aquele longínquo 31 de julho de 1931, Emmanuel já determinava: ” – se algum dia eu conflitar com Jesus e Kardec, me abandone Chico”.
Nesse clima de absoluta interação é que para comemorar centenários respectivos, da obra que compõe o “Pentateuco Luz”, no dizer de Nenê Aluotto, temos:
Em 1959, surge o livro Religião dos Espíritos, em comemoração ao centenário do Livro dos Espíritos;
Em 1960, o livro Seara dos Médiuns, em comemoração ao centenário do Livro dos Médiuns;
Em 1961, o livro Justiça Divina, em comemoração ao centenário do livro Céu e Inferno;
Em 1964, o livro da Esperança, em comemoração ao centenário do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Todos esses livros de autoria de Emmanuel. O Chico recebeu além desses, de espíritos diversos, o livro O Espírito da Verdade, ainda comemorativo ao centenário do Evangelho Segundo o Espiritismo.
CHICO FALA DE SUA PRÁTICA MEDIÚNICA
No livro Parnaso de Além Túmulo, Ed. FEB – 1972 – Comemorativa do 40º aniversário de lançamento, pág. 33, Chico diz a respeito:
“A sensação que sempre senti, ao escrevêlas (referindo-se a poesias recebidas mediunicamente), era a de que vigorosa mão impulsionava a minha. Doutras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava; e, doutras, que alguém mas ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos elétricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se me afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis. Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões físicas. É o que experimento, fisicamente, quanto ao fenômeno que se produz freqüentemente comigo.”
MÉDIUM COMPLETO
Poder-se-á dizer que Chico foi um médium completo, tanto do ponto de vista moral quanto da técnica mediúnica.
O saudoso professor Herculano Pires o chamava de “homem-psi”.
Elias Barbosa diz que dele poder-se-á dizer “do alto dos telhados”, tratar-se do maior médium psicógrafo do mundo.
O culto e saudoso professor Rubens Romanelli, dizia com relação a Chico Xavier: “Trata-se de um dos maiores autodidatas que já conheci”.
CURIOSIDADES ACERCA DA PROFÍCUA PRODUÇÃO PSICOGRÁFICA DE CHICO
De uma certa feita na bela cidade triangulina de Uberlândia, o saudoso tarefeiro espírita
Zenon Vilela passou para o papel, a seguinte informação:
No ano de 1952, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Roteiro, de Emmanuel, com 172 páginas e Pai Nosso, de Meimei, com 104 páginas.
No ano de 1963, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Opinião Espírita, com 204 páginas e Sexo e Destino, com 360 páginas.
No dia 31 de março de 1969 (data comemorativa do falecimento de Kardec, mera lembrança nossa), Chico psicografou 2 livros, no mesmo dia: Passos da Vida, com 156 páginas e Estante da Vida, com 184 páginas.
Chico é apontado como fenômeno na aceitação do leitor. Dos dez melhores livros do século, em pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita, sete são da psicografia do Chico. O primeiro lugar coube ao livro Nosso Lar, na 48ª edição, com mais de 1.200 milheiros de exemplares editados.
Ao longo de seus 75 anos de mandato mediúnico tornaram-se incontáveis os títulos honoríficos a que fez jus:
Dezenas de cidadanias;
Mais de uma centena de biografias;
Instituiu-se a Comenda da Paz Chico Xavier, por decreto estadual;
Comenda Chico Xavier instituída pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo;
O Mineiro do Século, por promoção da Telemar e da Rede Globo Minas, etc, etc;
Pelos auditores independentes da Receita Federal, foram eleitas as 8 mais importantes figuras mundiais: Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Mandela, Sabin, Carlitos, Santos Dumont, Gandhi e Che Guevara.
O Maior Brasileiro da História por promoção da Revista Época – 2006.
Por dados estatísticos fornecidos por órgãos da Imprensa Nacional, em seu velório que se iniciou no domingo, 30 de junho, até terça-feira, 2 de julho do ano de 2002, em certos momentos, a fila chegou à extensão de 4 km. E diante do esquife, a média era de 40 pessoas, a cada minuto. Era comovente a serenidade e o silêncio do povo, apesar de ter que esperar horas e horas seguidas na fila, sob o forte sol uberabense, para a despedida aos despojos físicos do médium. Foi sepultado com honras militares debaixo de uma chuva de pétalas de rosas.
Eric Fronn nos ensina que “só o amor é justificativa à presença humana”. O Chico “triplica” essa justificativa.
Muitos o cognominam: “um homem chamado amor”.
Fonte: psychictruth.info/www.espiritismogi.com.br/www.evangelizacao.espirita.nom.br/www.febnet.org.br
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