Peeling de Fenol

O que é

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Um peeling químico é uma técnica usada para melhorar e suavizar a textura da pele. Minimiza rugas, marcas de acne e manchas. Ele destroi os pigmentos na camada mais profunda da pele.

A pele passa por um processo químico. O ácido regenera a pele, pois a camada mais velha se solta dando origem a uma pele nova com viço.

A pele fica bem vermelha e sensível.

É aconselhado procurar um bom profissional da área para efetuar todo o processo. Evitando marcas ou cicatrizes.

O peeling de fenol demora alguns meses para o seu resultado final.

Também ajuda na flacidez da pele. Por ser muito profundo é utilizado apenas no rosto.

Rejuvenescimento a todo custo

Peeling de Fenol

Na busca incessante pela juventude, há quem se submeta a todo tipo de procedimentos, inclusive o peeling de fenol, que precisa ser feito em centro cirúrgico, é doloroso e deixa o rosto em carne viva, com recuperação lenta.

Rejuvenescer! Quem não quer, com passar dos anos, voltar a ter a pele lisinha como na infância? A busca pela beleza tem sido cada vez maior. A pele não fica como a de um bebê, mas os resultados são eficientes. O médico José Kacowicz, que atua em São Paulo, patenteou uma fórmula com fenol para fazer peeling em seus pacientes, obtendo resultados surpreendentes quando comparadas as fotos de antes e depois de suas pacientes.

Contudo, profissionais de Rio Preto, apesar de não condenarem o método que utiliza o fenol, preferem outras técnicas para deixar a pele remoçada.

O professor doutor de dermatologia da Faculdade Medicina de Rio Preto e diretor do Centro da Pele, João Roberto Antonio, explica que o peeling de fenol implica esfoliação química profunda na pele, o que a deixa em carne viva, O resultado é mais duradouro se comparado ao de outros tipos de peelings, mas as contra-indicações também são inúmeras.

O diretor da Clínica Derm, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia, João Carlos Pereira, afirma que o fenol é uma substância química que quando aplicada sobre a pele promove uma espécie de queimadura profunda do tecido cutâneo e a consequente troca da pele em forma de crosta.

A médica dermatologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pós-graduada em Paris, Sílvia Strazzi, reforça que o peeling de fenol é uma esfoliação química profunda da pele, que utiliza o ácido carbólico (substância química conhecida como fenol), o qual provoca destruição de partes da epiderme e derme, seguida de posterior regeneração dos tecidos.

Ela diz que como resultado, ocorre um aumento das fibras elásticas e colágenas da pele, clareamento e alisamento da mesma, o que promove o rejuvenescimento.
O dermatologista João Antonio diz que na década de 70, o peeling de fenol era considerado muito perigoso devido ao risco de eventuais alterações da cor da pele (manchas claras e escuras).

Ele fala de outros problemas mais graves, como os relacionados à absorção sistêmica, inclusive com a possibilidade de levar o paciente à morte. “Os óbitos, agora com a melhor compreensão dos efeitos não desejados, ocorrem quando há uma grande absorção do fenol”.

Esse conceito, segundo João Antonio, atrasou o envolvimento desta prática na medicina, que quando bem indica da leva a resultados positivos.

Segundo ele, existem basicamente cinco tipos de peelings, classificados como superficiais, médios, médios-superficiais, médios-profundos e os profundos. Cada qual tem suas indicações, desde a correção das cicatrizes faciais superficiais, o rejuvenescimento da pele comprometida pelo sol ou pela idade, o tratamento de rugas superficiais e ao redor da boca, tratamento das pintas das mãos e dos antebraços, entre outras.

O peeling de fenol é considerado profundo e a divisão entre superficial, médio e profundo é feita com base no tempo de cicatrização, sendo considerado superficial o peeling que leva cinco dias para cicatrizar, médio-superficial com seis a sete dias de cicatrização, médio de oito a nove dias, médio-profundo de 10 a 12 dias e a cicatrização com mais de 12 dias é o chamado profundo.

No peeling de fenol, segundo João Antonio, a cicatrização completa se faz entre sete e 12 dias. Ele diz que o eritema (pela avermelhada) pós-peeling persiste por um a três meses e pode demorar até mais. “Dependerá do paciente”, disse.

Sílvia Strazzi enfatiza que os peelings suaves são utilizados para tratar acne, manchas na pele, entre outras indicações; já os peelings médios, à base de ATA ou TCA (ácido tricloroacético), são utilizados para o rejuvenescimento.

“Estes são mais usados que o fenol pela facilidade da aplicação, não oferecem riscos, não são tóxicos e são menos dolorosos à aplicação”, afirmou.

Pereira explica que durante o processo de peeling ocorre uma destruição da camada superficial, média ou profunda da pele e depois essa pele ressecada é liberada em forma de lâminas ou escamas, o que dá lugar a uma pele nova.

Sílvia diz que o fenol é uma substância cardiotóxica, nefrotóxica e hepatotóxica, sendo a aplicação altamente dolorosa e com riscos de arritmia cardíaca. Por isso, o peeling de fenol é aplicado em centro cirúrgico, sob anestesia geral e com monitorização cardíaca.

“Este peeling tem suas indicações precisas, sendo mais aconselhado para pessoas com fotoenvelhecimento e com pele clara, pois o fenol produz um descoramento (clareamento) da pele no local aplicado”, conforme diz Sílvia.

Ela explica ainda que peles escuras, espessas e oleosas são menos favoráveis.

“O principal requisito para uma boa candidata ao peeling de fenol é o aspecto psicológico da pessoa, que deve estar preparada para tolerar as dores, o aspecto desfigurante dos primeiros dias e que siga rigorosamente as orientações medicas pós-peeling”, afirma a médica. “O principal benefício deste peeling é o aspecto rejuvenescido da pele ao final do processo”.

Paciente deve ser muito bem preparado

Para o dermatologista João Roberto Antonio, o potencial de complicações no peeling de fenol não constitui empecilho para sua realização. O importante, de acordo com ele, é alertar o paciente e prevenir ao máximo a possibilidade de infecções bacterianas, virais, alterações da cor da pele, cicatrizes hipertróficas, problemas psicológicos, arritmias cardíacas, que têm sido descritos em poucos casos.

Ele não indica o tratamento para pacientes jovens, com rugas mínimas e pessoas com problemas cardíacos e renais.

João Antonio crê que quando o peeling de fenol é indicado, o paciente bem controlado e em ambiente hospitalar os resultados podem ser gratificantes.

“Os resultados são muito bons também em lesões pré-cancerosas por exposição solar. Portanto, o mais importante é o bom senso na indicação e no tipo de paciente que deverá ser submetido ao procedimento”, afirmou.

Para o dermatologista João Carlos Pereira, o beneficio do peeling é promover uma renovação do tecido cutâneo e também estimular a formação de um novo colágeno e fibras elásticas. Porém, ele alerta para os riscos que vão desde manchas claras ou escuras, cicatrizes, vermelhidão prolongada, atrofia ou quelóides. No caso do fenol, ele reforça que podem ocorrer também arritmia cardíaca, depressão respiratória, toxicidade hepática e renal.

Sobre o método usado pelo médico José Kacowicz, Pereira diz que ainda não existe nada científico. “Parece que ele alterou o Ph do produto deixando-o menos agressivo, mas ainda continua com seus riscos e não podemos reduzir os cuidados”, disse.

Pereira acha que Kacowicz deveria, antes de tê-lo divulgado na mídia leiga, ter apresentado a técnica no meio científico para avaliação e conclusão do seu real avanço em relação ao fenol tradicional.

“Nós já usamos experimentalmente há 4 meses para termos a avaliação antes de entrar na rotina da nossa clínica. Os resultados são muito bons, mas entende mos que podemos conseguir efeitos iguais e muito superiores com o peeling a laser com o aparelho de CO2. Os resultados são impressionantes, porém sem a necessidade de monitorização do paciente, riscos, complicações e o delicado pós-peeling do fenol”, afirmou.

A dermatologista Sílvia Strazzi diz que a fórmula é conhecida como Kacowicz multipeel, em que o fenol encontra-se complexado e tamponado, não se apresenta na forma fenol-livre, sendo liberado paulatinamente por até 48 horas, período no qual o fenol irá penetrar e se aprofundar na pele do paciente. Ela informa que com esta fórmula o peeling pode ser feito em consultório, com a dispensa da anestesia geral e internação hospitalar, sendo a dor menos intensa e os riscos menores.

Opção por técnicas menos agressivas

O dermatologista rio-pretense João Roberto Antonio esclarece que a fórmula que tradicionalmente tem sido utilizada para rejuvenescimento por meio de peelings é a de Baker-Gordon, publica da por Baker em 1962 (menos agressiva), e que existem outras do gênero com pequenas modificações.

“Não tenho experiência e não conheço esse novo peeling” (do fenol) para opinar a respeito, entretanto, considero que o mais importante é ter experiência com uma fórmula e usar sempre a mesma, por que pequenas modificações no resultado serão facilmente percebidas. Em medicina, o melhor método de tratamento é aquele no qual se tem boa experiência e, quanto a ,isso, cada médico tem a sua. E por isso que os tratamentos variam entre os profissionais. Quanto ao cliente, o interessante é observar os resultados em alguém que já tenha feito e, se for o caso, ouvir outras opiniões a respeito”, afirma o dermatologista.

Ele informa que a fórmula tradicional de Baker-Gordon está indicada para uso na face, principalmente naqueles com grande quantidade de rugas e pode também ser usado de forma localizada, por exemplo, na região ao redor da boca.

É indicada para aplicação apenas sobre as lesões provocadas pelas exposições contínuas e prolongadas ao sol (manchas ásperas e acastanhadas nos braços e dorso das mãos). Os melhores resultados são obtidos na região da face. O pescoço, mãos e braços apresentam resultados incertos.

Questionado sobre o tempo que leva para uma pessoa ter a pele rejuvenescida, João Roberto Antonio afirma que as esfoliações químicas profundas, quando realizadas em toda a face, produzem excelentes resultados. “Não é possível avaliar quantos anos elas promovem de rejuvenescimento. Esse é um dado muito subjetivo e sua análise é extremamente variável de pessoa a pessoa. Por outro lado, a busca do rejuvenescimento envolve parâmetros muito pessoais. Às vezes o objetivo do paciente é do tipo reconquista de um velho amor ou conquista de um novo amor e, se isso não for alcançado, o procedimento estético não atingiu seus objetivos para o paciente”, disse.

Embora o paciente deva estar bem controlado e em ambiente hospitalar, o peeling de fenol não pode ser considerado uma cirurgia e sim um procedimento, com atenção própria de uma cirurgia, conforme os médicos.

João Roberto Antonio diz que há vários anos é promovida a demonstração da técnica clássica do peeling de fenol, com a fórmula de Baker-Gordon, em Jornadas de Cirurgia Dermatológicas realizadas no Hospital de Base. “Já tivemos cursos ministrados, por várias vezes, pela maior autoridade nacional da cirurgia dermatológica em fenol – Doutor Ival Peres Rosa, de São Paulo, e estes cursos são frequentados por dermatologistas de Rio Preto e de vários Estados”.

Entretanto, o professor diz que a maioria dos dermatologistas tem dado preferência a métodos mais avançados e seguros, como é o caso do coblation.

“Ao contrário do fenol, o coblation não apresenta risco ao paciente, pode ser realizado em consultório, é melhor tolerado e não necessita de internação ou interrupção das atividades profissionais. Além disso, apresenta recuperação mais rápida, de três a quatro semanas, contra três ou mais meses do fenol”, afirmou.

Pessoas com a pele envelhecida, cujas rugas se concentram somente em determinadas regiões, não necessitam da aplicação de fenol em toda a face. Em casos assim, pode ser utilizada com sucesso a fórmula de Baker-Gordon, aplicada somente na área comprometida e, para melhor uniformização do procedimento, associa-se um peeling médio no restante da face.

Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/www.apele.com.br

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