Buchinha do Norte

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A buchinha do norte é muito utilizada medicinalmente.

Ela é uma planta popularmente utilizada para problemas respiratórios como rinite, sinusite, congestão nasal.

É uma planta que requer cuidados pois possui substancias tóxicas. Se usada em grande quantidades pode ocorrer sangramento pelas vias aéreas, além de ser abortiva.

O chá da buchinha do norte não é seguro ser ingerido.

Ela deve ser usada somente para inalação.

A buchinha do norte tem vários benefícios dentre eles: tem papel adstringente, anti-séptica, expectorante e anti-helmíntica.

A planta pode ser utilizada para tratar sinusite, bronquite, feridas, cefaleia e herpes.

Por Portal São Francisco.

Luffa operculata

Buchinha do Norte

Descrição: Planta da família das Cucurbitaceae, também conhecida como cabacinha, buchinha, bucha dos paulistas, purga de João Pais, abobrinha do norte, abobrinha do mato, bucha dos caçadores, purga de bicho, purga de bucha, purga de alope, endoço, burcha dos pescadores, purga dos paulistas, bucha do norte, capa de bode, buchinha do nordeste. É uma trepadeira. Flores amarelas, , pequenas, axilares. Frutos ovóides, moles, pequenos, ásperos e com pequenas nervuras. Sementes compridas, lisas.

Parte utilizada: Fruto Seco.

Plantio: Multiplicação: reproduz-se por sementes; Cultivo: em solos arenosos e secos; Colheita: colhem-se as buchinhas quando maduras.

Habitat: E cultivada em vários países de clima quente, com fins medicinais. É erva uma invasora e daninha, aparecendo em pastos e terrenos baldios.

História: Planta de uso popular, encontrada em mateiros e raizeiros, feiras-livres, lojas de produtos naturais e algumas farmácias costuma ser usada como abortiva, com resultados perigosos devido a sua toxidade. Jamais deveria ser usada por leigos, mas sendo espontânea em várias regiões, é impossível controlar seu uso. Somente o esclarecimento poderá coloca-la no seu devido lugar – planta de uso restrito, sob a supervisão de profissionais gabaritados.

Origem: A buchinha é originária da América do Sul, e nativa no Brasil.

Principal uso: A aspiração do infuso aquoso dos frutos há muito tempo tem sido utilizada empiricamente contra a rinite e a sinusite. Porém, existem muitos relatos da ocorrência de hemorragias nasais após estas aspirações, resguardando seu uso. Entretanto, não foi da utilização desta planta no tratamento da sinusite que resultaram as intoxicações atendidas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Neste, todas as ocorrências relacionadas à buchinha tiveram como vítimas mulheres, entre 16 e 25 anos, que ingeriram quantidades variáveis de chás preparados com os frutos, na tentativa de causar aborto. Um caso de óbito foi registrado. São poucos os relatos na literatura referentes a intoxicações por esta espécie. Os que existem fazem alusões a intoxicações experimentais em animais. O mecanismo de ação do vegetal não está esclarecido e ainda existem dúvidas sobre o princípio causador do quadro toxicológico.

Principais Propriedades: Das espécies Luffa acutangula Roxb., L. cylindrica (L.) Roem. e L. aegyptiaca Mill. foram isoladas glicoproteínas com ações inibidoras da síntese protéica, embriotóxicas e abortivas, propriedades estas demonstradas em animais de laboratório (Ngai et al. 1992a, 1992b e 1993 apud Schenkel et al., 2001). Da espécie L. operculata propriamente dita, não há experimentos específicos com o objetivo de elucidar a ação abortiva do fruto. O trabalho mais significante foi realizado por Matos & Gottlieb em 1967. Neste, os autores isolaram o extrato aquoso do fruto um princípio amargo denominado isocucurbitacina B. As cucurbitacinas são esteróides resultantes da oxidação de triterpenos tetracíclicos e estão largamente distribuídas na família Cucurbitaceae. Para estas substâncias as atividades biológicas descritas na literatura são ações descongestionantes, laxativas, hemolíticas, embriotóxicas e abortivas. Recentemente trabalhos sobre o efeito necrótico destas substâncias em tumores estão sendo publicados. Assim, em virtude da série de relatos confirmando a toxicidade das cucurbitacinas, admite-se que a isocucurbitacina B seja o princípio tóxico de L. operculata.

Toxologia: Nos casos descritos de intoxicação os sintomas apareceram cerca de 24 horas após a ingestão do chá. Náuseas, vômitos, dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários, subsequentemente advêm hemorragias, podendo ocorrer o coma e a morte. Para o tratamento são recomendados apenas a administração de carvão ativado, e tratamento sintomático para distúrbios gastrintestinais.

Princípios Ativos: M-carboxifenil alanina, cucurbitacina B, isocucurbitacina B, cucurbitacina D, gipsogenina e luperosídeos A, B, C, D, E, F, g e H. Os frutos contém um princípio amargo chamado buchinina.

Propriedades medicinais: Descongestionante, drástico, laxante.

Frutos: emenagogos, vermífugos, drásticos, vomitivos, hidragogos, anti-herpéticos, purgativos, expectorantes, anti-sinusíticos, esternutatórios, descongestionantes nasais, adstringentes, antidiabéticos e anti-sépticos.

Sementes: anti-helmíntico.

Indicações: rinite, ameba, herpes, sinusite, amenorréia, ascite, inflamações genito-urinárias e oftálmicas, hematomas, úlceras, feridas, hidropisia, clorose.

Contra-indicações/cuidados: CUIDADO: TÓXICA. Indicada para sinusites e rinites é para ser utilizada apenas para uso externo nasal. Jamais deve ser fervida pois suas substâncias de princípio ativo têm característica cáustica sobre a mucosa nasal, podendo provocar hemorragias e danos a mucosa.

Efeitos colaterais: Dose elevada irrita mucosa e em uso interno é hemorrágica. Provoca náuseas, cólica, fortes dejeções.

Superdosagem: Como e uma planta ainda não estudada convenientemente, e difícil estabelecer um limite entre suas dosagens terapêuticas e tóxicas. Sabe-se que seu uso prolongado pode levar também a alterações do fígado e da função renal. Em caso de ingestão deve-se proceder as medidas usuais – lavagem estomacal, sonda naso-gástrica e tratamento sintomático das reações apresentadas. Em caso de reações alergicas e fotodermite por uso externo, o tratamento deverá ser sintomático e proporcional a reação apresentada.

Modo de usar:

– Colutório (para sinusite): 1 colher das de café de cloreto de sódio puro em uma xícara das de chá de água. Descascar a buchinha e retirar um pedaço fino com 1 cm 2 de área e colocar na solução salina. Deixar e maceração por 5 dias e coar. Pingar 1 a 2 gotas nas narinas de manhã e à noite. Não assoar o nariz; deixar que o fluxo escorra naturalmente. Repetir até no máximo 5 dias.

– Colutório (outra receita): ferver 1 g do fruto em água. Esfriar e pingar uma gota na narina. – Cortar a buchinha em 4 fatias, deixar uma das fatias de molho em água mineral por uma noite. Na manhã seguinte, gotejar esta água nas fossas nasais, 2 vezes ao dia e inspirar profundamente.

Farmacologia: Há relatos de seus possíveis efeitos medicinais mas não foram encontrados estudos comprobatórios de sua eficácia para estas indicações; Frutos: emenagogos, vermifugos, drásticos, emeticos, hidragogos, anti-her-peticos, purgativos, expectorantes, anti-sinusite, descongestionante nasal, adstrin-gente, anti-diabeti-cos e anti-septicos; Sementes: anti-helmiticas; Ressaltamos que em função de sua elevada toxidade, só o uso em sinusites, com o devido acompanhamento, poderá ser tolerado.

Fonte: www.plantasquecuram.com.br

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