Observando o Céu

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Observando o Céu
Observando o Céu

Somos habitantes do planeta Terra. Junto com os outros oito planetas, ele gira ao redor do Sol. Esse conjunto constitui o sistema solar.

Quase todos os pontos brilhantes observados à noite, no céu, são outros astros semelhantes ao nosso, as estrelas. Embora não possamos ver, é provável que haja planetas girando ao redor de muitas dessas estrelas.

O nosso sistema solar e todos esses astros que observamos, à noite, fazem parte de um conjunto denominado galáxia.

Essa galáxia recebeu o nome de Via-Láctea.

Observando o céu

O céu é também denominado abóbada celeste, nome que se deve ao seu formato aparente de uma meia esfera.

Se você olhar para o alto do céu, por volta das vinte horas, no mês de janeiro, verá um grupo de três estrelas alinhadas, conhecidas como “ Três Marias ”. Essas estrelas fazem parte da constelação de Órion, o caçador. No início do ano, essa constelação indica a estação do verão no hemisfério Sul.

Da mesma forma, a constelação do Escorpião, também bastante conhecida, indica o céu de inverno no hemisfério Sul.

Olhando para o céu, à noite, você verifica que seu aspecto muda ao longo do ano. Então, cada estação vai corresponder à presença de determinadas constelações.

Olhando para a direção sul, você pode ver o Cruzeiro do Sul, uma constelação que chamou a atenção dos navegadores espanhóis e portugueses, na época do Grandes Descobrimentos.

A constelação do Cruzeiro do Sul passou a fazer parte das Cartas de Navegação para orientar os navegadores e determinar a direção sul. Os escoteiros também utilizam o Cruzeiro do Sul como referência para se orientarem.

Para encontrar a posição exata do pólo Sul celeste, basta prolongar três vezes e meia a linha imaginária formada pelo eixo maior do Cruzeiro do Sul e, em seguida, imaginar uma vertical até o horizonte. O pólo Sul celeste acha-se na direção desse ponto. Em suas vizinhanças, além disso, vê-se a constelação de Oitante, geralmente representada por uma única estrela, a Sigma do Oitante.

Os astros vistos no céu não são todos iguais. Você já deve ter observado que há pontos brilhantes que piscam continuamente. São as estrelas, que podem apresentar brilho mais ou menos intenso e coloração branco-azulada, branca, amarela ou vermelha.

Os corpos celestes mais próximos que você pode enxergar são o Sol e Lua, além daqueles que “riscam” o céu, de vez em quando, conhecidos como estrelas cadentes. Na realidade, não são estrelas mas meteoros, ou seja, fragmentos rochosos, na maioria da vezes do tamanho de um pedaço de giz.

Observando com atenção os pontos brilhantes no céu, você nota que nem todas cintilam. Alguns apresentam uma luz firme, sem piscar. São os planetas, astros que, como a Terra, giram em torno do Sol. Em conjunto com o Sol, eles formam o sistema solar.

Muito além do sistema solar em que se encontra a Terra, estão as nebulosas e galáxias, algumas muito grandes e brilhantes.

Todos esses corpos distantes são mais bem observados por meio de instrumentos. Um deles é a luneta.

A luneta é um instrumento formado por um conjunto de lentes que deixam os objetos distantes mais visíveis.

Observando o Céu
Telescópio HUBBLE

O HOMEM satisfez sua curiosidade com o uso da luneta. Ele quis ver mais longe e melhor. As lunetas foram aperfeiçoadas e, assim, apareceram os telescópios.

Um dos maiores telescópio do mundo é o Hale, nos Estados Unidos. Só a lente desse telescópio pesa 20 toneladas ( 20 000 kg ) e tem 5 metros de diâmetro.

O telescópio Hale, de Monte Palomar ( EUA ), permite aos astrônomos observar estrelas e planetas com grande aproximação.

Atualmente, os astrônomos estão obtendo imagens nítidas de fenômenos cada vez mais distantes no espaço por meio do telescópio espacial Hubble. Em sua façanha mais recente, o Hubble fotografou, com detalhes, um aglomerado de mais de 300 galáxias, cujas imagens chegam a nós depois de viajar por quatro bilhões de anos através do espaço.

Outra forma de observar e estudar os astros do firmamento é através de projeções realizadas em um planetário. A cúpula de um planetário representa a abóbada celeste. Nela são projetadas estrelas, planetas, galáxias, meteoros, cometas e demonstrados seus movimentos.

História através dos astros

Os povos primitivos, do período pré-histórico, não praticavam a agricultura. Viviam da caça de animais e da coleta de alguns tipos de raiz e fruta.

Somente cerca de 10 mil anos atrás, os povos de algumas regiões do planeta aprenderam a cultivar seus alimentos, iniciando a prática de uma agricultura rudimentar.

Essas sociedades primitivas sentiram a necessidade de criar um calendário para determinar as melhores épocas para o plantio e para a colheita. Passaram a usar como referência o aparecimento de estrelas mais brilhantes ou constelações, em diferentes épocas. Notaram que o aparecimento das estrelas e das constelações ocorria sempre na mesma ordem.

Os períodos de aparecimento de determinados astros corresponderiam ao que hoje denominamos estações do ano.

Você já deve ter ouvido falar que as plantas possuem certas preferências quanto às épocas de semeadura e de colheita. Daí a classificação em plantas de verão, de outono, de inverno e de primavera.

A tabela a seguir mostra as épocas mais favoráveis ao plantio de algumas delas.

ÉPOCA DE PLANTIO NO SUL
AVEIA DE MARÇO A JUNHO
ARROZ DE AGOSTO A SETEMBRO
FEIJÃO DE SETEMBRO A DEZEMBRO
MILHO DE NOVEMBRO A DEZEMBRO
SOJA DE AGOSTO A SETEMBRO
TRIGO DE ABRIL A JUNHO

Até hoje, os agricultores, as pessoas ligadas ao comércio e à indústria, à educação e a outras atividades se valem de um calendário oficial para planejar suas atividades. Esse calendário, reconhecido praticamente no mundo todo, divide o ano em doze meses e estes em quatro semanas e meia, em média, de sete dias cada uma.

No centro do calendário de pedra romano aparecem os doze signos do zodíaco.

Acima deles, aparecem figuras de deuses indicando os dias da semana: Saturno ( sábado ), Sol ( domingo), Lua ( segunda – feira ), Marte ( terça – feira ), Mercúrio ( quarta – feira ), Júpiter ( quinta -feira ) e Vênus ( sexta – feira ).

O vínculo entre o nome de alguns dias da semana e o nome dos deuses a eles dedicados mantém-se até hoje, entre os povos de língua espanhola, inglesa, francesa e alemã. Por exemplo, para o espanhol, lunes é a segunda-feira; martes, é a terça-feira; miércoles, quarta-feira; jueves, quinta-feira e viernes, sexta-feira. Para o inglês, sábado é saturday ( dia de Saturno ); domingo é sunday ( dia do Sol ); segunda-feira é monday ( dia da Lua )

Pesquisadores, estudando locais com vestígio de povos antigos ou sítios arqueológicos, em várias regiões do planeta, encontraram sinais relacionados com astronomia na era pré-histórica.

Sabe-se, atualmente, que, na Inglaterra, há um surpreendente exemplo de observatório astronômico, o Círculo de Stonebenge. Ele é formado por grandes blocos de pedra, que permitiam observações astronômicas 1650 anos antes de Cristo. As observações através das frestas das pedras determinavam, com exatidão, o nascer e o pôr-do-Sol e os movimentos da Lua, durante o ano.

Na Idade Antiga, o povo sumério se destacou no estudo da Astronomia. A Suméria ocupava a mesopotâmia, região entre os rios Tigre e Eufrates, atualmente território do Iraque.

Mais ou menos 5 000 anos a.C., os sumérios desenvolveram uma astronomia considerada avançada para a época.

Em 2317 a.C., os chineses registraram a passagem de um grande cometa. Esse cometa tornou-se famoso por ter sido o primeiro a ter sua órbita calculada pelo astrônomo Halley no século XIX. Trata-se do cometa de Halley, que reaparece a cada 75 anos, aproximadamente, em sua trajetória em torno do Sol.

As partes de um cometa:

A cabeça é constituída de pequenos pedaços de rochas, poeira e gases. Ela brilha como os planetas, porque reflete a luz do Sol.

A cauda, formada de gases e poeira pode atingir mais de 130 milhões de quilômetros.

A órbita do cometa de Halley atravessa as órbitas da Terra e as de outros planetas. A cauda do cometa se volta em direção oposta do Sol.

Os gregos, 600 a.C., já sabiam que a Terra é redonda graças às observações e aos estudos de Tales de Mileto e Pitágoras. Por volta de 230 a.C., já estavam informados sobre a distância que separa a Terra da Lua e do Sol graças a Aristarco de Samos. Cláudio Ptolomeu ( 90-160 d.C. ) propôs a teoria geocêntrica, segundo a qual a Terra ocuparia o centro do universo.

Entre outros conhecimentos astronômicos da Antigüidade podem ser citados: as direções cardeais para a orientação, a diferenciação entre estrelas e outros astros, a previsão de eclipses da Lua e do Sol, a preparação de tabelas das fases da Lua e os movimentos do Sol e da Lua.

A história continua

Entre a Antiguidade e a Idade Moderna tivemos o Milênio de Transição, mais conhecido por Idade Média.

Nesse período, o conhecimento de fatos astronômicos ganhou novo impulso com o estudo de manuscritos dos povos antigos: sumérios, caldeus, gregos, romanos, entre outros.

Coube ao povo árabe, durante a expansão da religião islâmica, do ano 600 ao ano 1000 da nossa era, difundir os ensinamentos de várias ciências, além da Astronomia, como, por exemplo, Matemática, Álgebra e Geometria.

Durante o século XV, a astronomia se desenvolveu bastante e contribuiu para a navegação, que levou às grandes descobertas, como a da América, em 1492, por Cristóvão Colombo, e a do Brasil, em 1500 por Pedro Álvares Cabral.

No início do século XVI, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico ( 1473-1543 ) desenvolveu a teoria heliocêntrica, segundo a qual o Sol ocuparia o centro do universo.

A Astronomia tomou novos rumos com as descobertas de Galileu Galilei, no início do século XVII. Ele aperfeiçoou a luneta e descobriu o movimento de rotação do Sol, as manchas solares e os quatro satélites maiores de Júpiter – Io, Ganimedes, Calisto e Europa.

Galileu foi também o primeiro cientista a observar as fases do planeta Vênus e o primeiro a suspeitar dos anéis de Saturno.

Descobriu que a superfície da Lua é rugosa: como na Terra, nela há montanhas e vales.

Outro astrônomo famoso, da mesma época de Galileu, foi Johannes kepler (1571-1630).

Ele propôs as leis do movimento planetário, que explicam como os planetas giram ao redor do Sol.

Observando o Céu – Sistema Solar

Observando o Céu
Observando o Céu

O nosso Sistema Solar situa-se num lado da galáxia na periferia de um dos braços. Olhando para o céu a noite, longe das luzes das ruas, é possível observar uma faixa luminosa. Esta é a luz de muitos milhares de estrelas de nossa galáxia, a Via-láctea.

Com a ajuda de uma carta celeste, mesmo a olho nu,, podemos fazer observações minuciosas do céu, ou podemos utilizar alguns instrumentos como binóculos, luneta, ou telescópio para aumentar a nossa capacidade visual.

Com a vista desarmada, podemos vislumbrar mais ou menos 6000 estrelas, distinguir e estudar as constelações, observar os lentos movimentos dos planetas por entre as constelações zodiacais, ver as chuvas de meteoros que são comuns em determinados períodos do ano, observar eclipses da lua ou utilizando técnicas simples, os eclipses do Sol. Podemos ver também umas galáxias “vizinhas” as Nuvens de Magalhães, as manchas na superfície de Lua que são os mares, a grande nebulosa de Orion, as Plêiades, e esporadicamente poderemos ter a sorte de observar algum grande cometa brilhante.

Com o uso de um binóculos, alem dos itens anteriormente descritos poderemos observar crateras na superfície da Lua, ver alguns dos satélites de Júpiter.

Com o uso de um telescópio refrator, ou luneta como é comum se ouvir dizer, podemos fazer ótimas observações, da Lua, planetas como Júpiter, Saturno, que mostrará seus lindos anéis, e luas.

Muita gente pensa que o telescópio foi inventado por Galileu, mas este fabricou a sua luneta, após ouvir uma descrição do aparelho, vinda de um amigo viajante. Galileu foi sim, o primeiro estudioso de que se tem noticia, a apontar este aparelho para o céu e relatar suas observações.

Com a ajuda de um telescópio refletor que inventado pelo físico Isaac Newton , é um instrumento que usa um jogo de espelhos especiais para ampliar as imagens, podemos ampliar a nossa visão para muito alem do nosso Sistema Solar, com este tipo de telescópio podemos observar e estudar melhor as estrelas duplas, procurar cometas e outros objetos que são invisíveis as nossas vistas desarmadas, alguns destes objetos podem estar a centenas ou milhares de anos luz de distância da Terra.

A pratica da observação do céu por pessoas que não tem uma formação acadêmica, é chamada de Astronomia Amadora, esta pratica é comum em todo o planeta, e pode se tornar um belo passa tempo . O astrônomo amador costuma ajudar os astrônomos profissionais em muitos aspectos como na observação das chuvas de meteoros, na fotografia de eclipses entre outros, muitas vezes, costumam se dedicar a chamada caçada aos cometas, pelo fato de estes serem muitos e de a qualquer momento poder aparecer um novo cometa no céu.

O astrônomo que descobre um novo cometa, pode dar seu nome a ele.

Alguns ufologos, também se dedicam a astronomia, só que estes estão em busca de comprovações da existência de vida fora da esfera Terrestre.

Existem outras maneiras de se observar o céu, uma delas é a utilização de ondas de rádio. Os rádios-telescópios varrem o nosso céu em várias freqüências em busca de sinais vindos do espaço que podem ter sua origem em outras civilizações presentes em nossa galáxia, e que até agora não pudemos encontrar.

Telescópios especiais são colocados em órbita do nosso planeta, como é o caso do Telescópio Espacial Hubble que circunda a Terra a 600km de altitude no espaço e através de suas câmeras captam imagens fantásticas do universo, imagens estas que devido a interferências causadas pela atmosfera, seriam impossíveis de serem obtidas com telescópios situados em terra. Alguns telescópios colocados em órbita, captam imagens em outros tipos de freqüências, como infravermelho, ultravioleta, raios-x, que possibilitam em conjunto com as informações obtidas através de observações no espectro visível, ir ampliando a cada dia o nosso conhecimento sobre os mistérios do universo.

A astronomia é uma das ciências mais antigas de que se tem noticia, desenhos de estrelas, cometas, e gráficos rudimentares de eclipses, foram encontrados em paredes de cavernas espalhadas pelo mundo, algumas civilizações antigas(fenícios, egípcios, máias, astecas, gregos) tinham um imenso conhecimento astronômico, e conseguiram através de seus observatórios elaborar calendários, prever eclipses, determinar o inicio das estações do ano. E tudo isto, muitas vezes, com uma precisão incrível.

Em tantos anos de estudos, o Homem conseguiu muitas informações a respeito do universo, porem muito ainda esta para ser descoberto, quem sabe possamos nós, contribuir um pouco para o melhor entendimento destes mistérios

Observando o Céu – Telescópio

Observando o Céu
Observando o Céu

Quando se coloca pela primeira vez o olho à ocular de um telescópio, a imagem formada pelo instrumento é interpretada como sendo de pequenas dimensões.

Essa primeira impressão tende a desaparecer com o tempo.

Os detalhes irão se revelando: primeiro os mais evidentes, em seguida os mais difíceis. O cérebro tende a reagir aos poucos, só depois de muitas observações, ele fará uma avaliação correta da imagem. Também é necessário aprender a colocar o olho no lugar certo, centrado sobre o eixo óptico do instrumento e próximo da ocular para que o olho possa recolher todo feixe de luz que sai da ocular.

Não pense o principiante que basta olhar através da ocular para ver tudo o que o instrumento pode mostrar. Já vimos que o cérebro precisa de tempo e treino para perceber todos os detalhes de uma imagem e que também é necessário colocar o olho no lugar certo, e tem mais, objetos pouco brilhantes ou difusos como nebulosas e cometas são melhor percebidos quando não olhamos diretamente para eles, olhando na sua vizinhança, obliquamente, isto é, olhando de lado eles se tornam mais evidentes, mais destacados.

Localização de objetos celestes

Tentar localizar um objeto com um telescópio, que geralmente tem um campo de visão muito pequeno, sem o auxílio de uma buscadora é uma tarefa difícil, trabalhosa e cansativa, a buscadora é uma pequena luneta cujo campo de visão é grande, da ordem de 7,5º que tem a função de facilitar o enquadramento no campo de telescópio, a função da buscadora é semelhante à do binóculo, é ver melhor.

Focalização correta

Focalizar é colocar a ocular no lugar certo de modo que possamos ver uma imagem nítida que revele detalhes do objeto observado, as estrelas devem aparecer como pontos, não como discos, e a Lua e os planetas devem aparecer, como discos, com seus bordos bem definidos. A focalização não é absoluta, pode variar de uma pessoa para outra, especialmente se uma tiver miopia ou hipermetropia e a outra não possuir qualquer dessas anomalias.

Cuidado com os fortes aumentos – Pura ilusão

Uma ocular muito potente, de poucos milímetros de foco, fornece quase sempre uma imagem imprecisa escura e tremulante, sem qualquer acréscimo na soma de detalhes. Os grandes aumentos são utilizados somente quando as condições da atmosfera são extremamente favoráveis. Uma ampliação exagerada da imagem também exige uma boa qualidade óptica e um diâmetro mínimo da objetiva que não deve ser inferior a 80 mm para lunetas e 150 mm para telescópios.

Condições atmosféricas

Raramente a atmosfera oferece condições de estabilidade e transparência, sem umidade, ventos, névoa ou variações de temperatura entre as camadas da atmosfera. A observação astronômica é uma escola de paciência ou mesmo de resignação. Esses efeitos negativos são tanto mais evidentes quanto mais próximo do horizonte estiver o astro visado. Uma boa observação deve ser realizada com astros que se encontram a pelo menos 35º ou 40º acima do horizonte.

Escala de avaliação de visibilidade (seeing)

O astrônomo Eugéne M. Antoniadi (1870-1944) desenvolveu um sistema, denominado “escala de Antoniadi”, que permite a classificação das condições de visibilidade, ou seeing, nas quais realizam-se as observações astronômicas:

I. Visibilidade perfeita, sem qualquer tremor. 
II. Ondulações leves, com momentos de calma que duram vários segundos. 
III. Visibilidade moderada, com tremores. 
IV. Visibilidade ruim, com imagem apresentando desde pequenas ondulações até agitação constante. 
V. Visibilidade péssima, mal permitindo a elaboração de um esboço da imagem

A observação

Uma observação mais rigorosa exige que façamos anotações e esboços do que observamos. Isso requer uma prancheta, algumas folhas de papel, caneta, lápis e uma lanterna com filtro vermelho para não ofuscar a vista para registrar o que observamos. A observação precisa ser acompanhada de vários elementos que possam permitir a análise, a avaliação do seu conteúdo.

Essa lista de informações deverá mencionar:

Hora da observação e do desenho, (a saber: começo – hora e minuto exato em que se iniciou; esboço – hora e minuto exato em que o desenho viu-se esboçado; término – a hora e minuto exato que marcou o fim da observação e do desenho. O tempo utilizado é o Tempo Universal T.U., é o tempo no meridiano de Greenwich, à hora da observação), a data completa, nome do observador, local da observação, instrumento utilizado (tipo, abertura e distância focal), aumento, tipo da ocular, condições atmosféricas (vento, temperatura, umidade, névoa, transparência, nuvens passageiras, turbulência) e outros fatos ou detalhes que julgar importantes.

Observação do Sistema Solar

Observação do Sol

Observando o Céu
Sol tal como é visto quando sua imagem é projetada sobre um anteparo branco

Observar o Sol é muito fácil e acessível, é uma das poucas observações que podem ser realizadas durante o dia claro. É possível realizar trabalhos experimentais em física e geografia. Observando o movimento do Sol ao longo de um ano permite entender as estações. Se projetarmos sua sombra através de uma haste vertical fixa no chão será possível medir o tempo enquanto o Sol estiver acima do horizonte.

O Sol deve ser observado por meio de projeção, sem perigo e muito cômoda, colocando uma tela ou cartão branco a 30 cm (de 30 a 50 cm) da ocular e ajustar o foco, trazendo a ocular para frente e para traz, até a imagem ficar nítida, basta olhar os bordos do Sol, eles devem ficar bem definidos.

A observação por projeção permite visualizar as manchas solares e verificar o movimento de rotação do Sol de um dia para o outro.

É bom estar ciente do perigo da observação do Sol sem proteção. Observar o Sol a olho nu ou com uma luneta, binóculo ou telescópio é muito perigoso. A observação direta por meio de um instrumento óptico, provocará queimadura na córnea e na retina, com perda irremediável da visão. Por essa razão, aconselhamos que a observação do Sol se realize apenas pelo método de projeção.

Observação da Lua

Observando o Céu
Lua vista ao telescópio

Observação de Mercúrio

O planeta Mercúrio pode ser observado a olho nu, pois sua magnitude chega a –1,2 apesar da observação ser difícil devido à sua proximidade do Sol. Com uma luneta, será possível acompanhá-lo durante todo o dia se tivermos determinado a sua posição antes do nascer do Sol.

Para apreciar suas fases, principalmente nas proximidades da conjunção superior, será necessária uma objetiva de 60 mm de abertura e uma ocular de 100 vezes de aumento. Para uma observação mais detalhada desse pequeno disco de 5 a 18 segundos de arco, convém utilizar um instrumento com abertura superior a 15 cm, capaz de fornecer um aumento de 160 a 250 vezes.

Observação de Vênus

Vênus é de todos os planetas o mais fácil de ser identificado, em virtude de seu brilho excepcional. Sua magnitude pode alcançar o valor de –4,3 , ou seja, sua luminosidade é 12 vezes superior à de Sírius, a estrela mais brilhante do céu.

Um observador com uma luneta de 60 mm com um aumento de 15 a 30 vezes poderá ver as fases de Vênus e com um telescópio de 50 a 100 mm, ou maior, e um aumento de 150 a 200 vezes poderá visualizar detalhes que tornam sua fase irregular.

Observação de Marte

Observando o Céu
Marte visto com uma luneta ou telescópio de médio porte

Uma modesta luneta de 50 a 60 mm com aumentos de 50 a 60 vezes, será suficiente para observação da calota polar, como um ponto branco muito protuberante sobre a borda do disco avermelhado do planeta. Só com um instrumento de 100 mm de abertura será possível acompanhar as variações da calota e visualizar as manchas na superfície do planeta. Com um instrumento de 15 a 20 cm de abertura, será possível o estudo da calota polar e o reconhecimento de quase todas as configurações da superfície de Marte.

Observação de asteróides

Existem duas maneiras de se observarem os asteróides: visualmente e por fotografia.

O primeiro caso não envolve mistério algum bastando seguir esta orientação: determinar a área do céu em que as efemérides (efeméride: tabela que fornece, em intervalos de tempo regularmente espaçados, as coordenadas que definem a posição de um astro) que assinalem a presença de algum asteróide.

Confrontando o campo de visão com o mapa estelar, constata-se que o planetóide procurado é precisamente a “estrela” que não se encontra no mapa.

A observação telescópica direta com instrumentos de amadores é muito precária e não mostra nem o disco de Ceres, que subtende um ângulo de somente 0,7 segundo. Para uma observação mais profunda, o método fotográfico constitui a melhor solução, pois amplia o campo de investigação. Uma teleobjetiva de 300 mm alcança asteróides de magnitude 13, ao passo que um de 200 mm detecta asteróides de magnitude 15.

Observação de “estrelas cadentes” e “chuvas de meteoros”

Quando estamos observando o céu vemos estrias luminosas que atravessam o céu rapidamente, o fenômeno dura algumas frações de segundo, e é popularmente conhecido como “estrela cadente” , trata-se de um “meteoro” luminoso, meteoro é qualquer fenômeno atmosférico, como chuva, vento, granizo, etc.. Ocorre quando um fragmento de matéria proveniente do espaço penetra na atmosfera terrestre. Ao atravessar a parte da atmosfera, essas pequenas partículas se aquecem, devido ao atrito com o ar, tornando-se luminescentes.

Ao contrário do que muitos podem pensar, a melhor maneira de observar essas quedas de meteoros é com a vista desarmada, uma vez que o campo visual abrange 180 graus.

A terminologia para designar esses corpos celestes, que muitas pessoas confundem, deve ser entendida assim: define-se como “meteoro” o fenômeno luminoso; “meteorito” constitui a partícula ou fragmento que consegue chegar ao solo; e “meteoróide” é o mesmo fragmento quando situado no espaço antes de a Terra encontrar sua órbita.

Observação de cometas

Observando o Céu
Cometa registrado em fotografias de longo tempo de exposição

Um cometa tem sempre uma aparência difusa e a maioria dos cometas têm brilho fraco, aspecto esférico e não apresentam cauda. Cometas com até magnitude 7 são visíveis a olho nu, com magnitude entre 7 e 11 podem ser observados com um binóculo e além disso só podem ser visualizados com telescópios de grande abertura ou ainda só aparecem em fotografias de longo tempo de exposição.

Ao contrário da observação à vista desarmada, que permite uma visualização panorâmica de todo o cometa, com um binóculo será possível observar suas particularidades. Os melhores binóculos para observação de cometas são 7×50 e 10×50 que possuem grande campo de visão. Os telescópios devem ter grande abertura, 150 mm ou mais, será aconselhável utilizar uma ocular de pequeno aumento, ou seja, de grande distância focal.

Observação Júpiter

Observando o Céu
Júpiter visto com luneta ou telescópio

Depois de Vênus, Júpiter é o planeta mais fácil de ser identificado, em virtude de seu brilho. Por outro lado, depois da Lua, é o astro mais fácil de ser estudado através de uma luneta, pois seu diâmetro aparente é suficiente para que se observe, com um modesto instrumento, os principais detalhes de seu disco. Um binóculo permite visualizar os quatro principais satélites de Júpiter.

Júpiter apresenta, visto de um telescópio, numerosas faixas paralelas ao equador. As listras escuras recebem o nome de faixas; as luminosas ou claras são chamadas de zonas.

Observando o Céu
Saturno visto com luneta ou telescópio

Saturno é sem dúvida o mais belo e interessante dos planetas. Quem o observa com um bom telescópio dificilmente deixa de ficar fascinado pelo espetáculo oferecido pelo globo e seus anéis. A utilização de binóculos para observação de Saturno não mostra detalhes do planeta, no máximo pode permite observar o formato ovalado do planeta devido aos anéis. Com uma luneta de 60 mm de diâmetro já se vê os anéis, mas só a partir de 150 mm de abertura será possível ver divisões nos anéis e faixas muito tênues no globo.

Observação de Urano

Não é preciso um instrumento muito potente para se perceber o disco de Urano. Um telescópio refrator de 80 mm já o define, cinza esverdeado muito pequeno.

Alguns observadores afirmam que o disco se torna bem perceptível com uma ampliação de apenas 40 vezes.

Para se avistarem detalhes do disco, porém, o aumento requerido chega a 500 vezes, com abertura de pelo menos 250 mm. Dessa forma, Urano surge bem nítido. Percebem-se, então, paralelas ao equador, faixas semelhantes às de Júpiter e Saturno, que pouco contrastam com o resto do disco, devido ao fraco brilho do planeta.

Observação de Netuno

Netuno aparecerá como um astro de magnitude 7,6. O astrônomo amador poderá, entretanto, acompanhar com prazer o seu lento movimento entre as estrelas com o auxílio de um binóculo.

Aos instrumentos de grande potência o corpo achatado de Netuno revelará apenas faixas semelhantes às de Júpiter e Saturno, embora com um aumento de 150 a 200 vezes seja possível reconhecer o pequeno disco de aspecto planetário entre as estrelas. Um telescópio de 250 mm permitirá observar o satélite Tritão.

Observação de Plutão

Será necessária pelo menos uma objetiva de 250 a 300 mm de abertura para observar Plutão como uma fraca estrela de magnitude 14,5. A fotografia registrará sua imagem se observado com um refrator de 100 mm e f/4,5 ou f/6,3 numa exposição de uma hora com um filme muito sensível.

Observação de eclipses solares

Observando o Céu
Eclipse tal como é visto a olho nu

As fases sucessivas de um eclipse parcial e anular do Sol podem ser acompanhados a olho nu, com o cuidado de se proteger a vista com um vidro de soldador n.º 14, utilizado em máscaras de soldador. Na fase de totalidade no caso do eclipse total do Sol é possível observar o eclipse sem qualquer proteção. Se for utilizado um telescópio para observação do eclipse, isso deve ser feito apenas por meio de projeção.

Observação de eclipses lunares

Observando o Céu
Eclipse tal como é visto a olho nu

Para observar um eclipse lunar com o auxílio de um telescópio convém utilizar a ocular de mais fraco aumento, para obter, se possível, uma imagem de toda a Lua num mesmo campo de visão. A observação de um eclipse lunar com um binóculo também proporciona resultados muito bons.

Observação de estrelas duplas

Podemos encontrar muitas estrelas que parecem estar muito próximas umas das outras, são as chamadas estrelas duplas. As duplas podem estar muito próximas uma da outra, isto é, uma estrela orbita outra estrela ou podem ser duplas por paralaxe, isto é, uma esta muito mais distante que a outra, mas se encontram quase na mesma direção, quase na mesma linha de mira.

Para observar uma estrela dupla o ideal é utilizar um telescópio, uma pequena luneta já permite identificar muitas delas. Quanto maior a abertura do telescópio maior será seu poder de resolução, ou seja, maior será sua capacidade de separar estrelas duplas cuja distância angular é muito pequena, desse modo os telescópios de grande abertura facilitam a observação de estrelas duplas.

Observação de nebulosas, aglomerados de estrelas e galáxias

Abaixo você pode ver como nebulosas, aglomerados de estrelas e galáxias aparecem em fotografias de longo tempo de exposição.

Observando o Céu
M42 – Nebulosa e Aglomerado Aberto

A observação de nebulosas requer telescópios de grande luminosidade, isto é, grande abertura, distância focal pequena e pequenos aumentos, isso também é válido para aglomerados globulares, aglomerados abertos e galáxias. Os binóculos também se prestam para observação desses objetos.

A nebulosa de melhor visibilidade é M42, a Grande Nebulosa de Orion, é a mais fácil de se observar e fotografar, quando observa por um telescópio apresenta aparência de uma nuvem esbranquiçada e nas fotografias aparece vermelha devido a emissão de radiação eletromagnética na faixa do infra vermelho.

Uma nebulosa também pode emitir ultra violeta, que não é visível e também é difícil de registrar em filmes fotográficos e além de tudo isso é absorvido pela atmosfera, quando registrado em fotografias dá aparência azulada a fotografia.

Nebulosas, galáxias e aglomerados globulares têm aparência difusa e apresentam fraco brilho, aglomerados globulares são conjuntos formados por centenas de estrelas e de aspecto esférico. Objetos difusos são melhor percebidos em fotografias de longo tempo de exposição.

Observando o Céu
M31 – Galáxia

A observação de nebulosas requer telescópios de grande luminosidade, isto é, grande abertura, distância focal pequena e pequenos aumentos, isso também é válido para aglomerados globulares, aglomerados abertos e galáxias. Os binóculos também se prestam para observação desses objetos.

A nebulosa de melhor visibilidade é M42, a Grande Nebulosa de Orion, é a mais fácil de

se observar e fotografar, quando observa por um telescópio apresenta aparência de uma nuvem esbranquiçada e nas fotografias aparece vermelha devido a emissão de radiação eletromagnética na faixa do infra vermelho.

Uma nebulosa também pode emitir ultra violeta, que não é visível e também é difícil de registrar em filmes fotográficos e além de tudo isso é absorvido pela atmosfera, quando registrado em fotografias dá aparência azulada a fotografia.

Nebulosas, galáxias e aglomerados globulares têm aparência difusa e apresentam fraco brilho, aglomerados globulares são conjuntos formados por centenas de estrelas e de aspecto esférico. Objetos difusos são melhor percebidos em fotografias de longo tempo de exposição.

Fonte: br.geocities.com/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.fernando.tavares.nom.br

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