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A valsa possui três marcações bem definidas, sendo a primeira mais forte e as duas seguintes mais leves e rápidas. Essa característica abrange tanto a valsa como dança, em que essas marcações podem ser referenciadas pelos passos, quanto na música, nesta as marcações serão referenciadas como compasso ternário.
O surgimento da valsa se deu inicialmente pela dança e só então inspirou músicos a comporem para trilhar a nova forma de se dançar. Antes disso, as danças de corte, os minuetos, mantinham os parceiros dançarinos distantes entre si, quando havia contato físico era somente pelo toque das mãos.
Assim, a valsa foi tida como obscena porque começou a aproximar os corpos, a envolver o parceiro para valsar. Contrastando essa visão, atualmente a valsa é uma dança distante e de pouco contato, tradicionalmente indispensável em casamentos e bailes de debutantes.
Esse tradicionalismo pode ser devido a origem da valsa no Brasil, em que essa chegou através da música, com Sigismund Neukomm, ele veio ensinar piano s Princesa Leopoldina e composição e harmonia a D. Pedro I. Quando a nobreza se apropriou desse ritmo, dançando, as camadas populares também gostaram, porém, com a diversidade cultural dessa camada social foi-se mudando a forma de dançar e tocar, proporcionou assim a criação de novos ritmos e danças, como a seresta. De tal modo a valsa se propagou mais fielmente na camada alta da sociedade.
No ballet, a valsa é um passo de balanço que pode haver grande deslocamento quando dançado um adágio (lentamente) ou pode ser curto, normalmente, quando se é dançado allegros (rápido). Nesse contexto do ballet clássico há diferentes possibilidades de execução da valsa como passo, desde que se mantenha o balançar em 3 tempos.
As possibilidades espaciais são: para frente, para trás ou dando voltas em si mesmo, além dessas, como já foi citado, o tamanho e velocidade, como possibilidade temporal, também podem variar.
Luciana Moretti Angelo
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