Raionismo

 

Raionismo – Arte

Raionismo foi uma forma primitiva da arte abstrata caracterizada por conseguir interagir formas lineares derivados de raios de luz.

Raionismo foi um estilo de arte abstrata que se desenvolveu na Rússia em 1911.

Raionismo foi um movimento de arte na Rússia fundada por Mikhail Larionov.

Raionismo baseou-se no efeito da luz sobre a paisagem ou arquiteturas

Larionov exibiu uma das primeiras obras Raionista, em 1912 e escreveu o manifesto do movimento naquele mesmo ano (embora ele não foi publicado até 1913).

Explicando o novo estilo, que era uma síntese de Cubismo, Futurismo, e Orfismo, Larionov disse que “está preocupado com formas espaciais que são obtidos através do cruzamento de raios refletidos de vários objetos.”

As linhas Raionista que aparecem nas obras de Larionov e Natalya Goncharova suportaram fortes semelhanças com as linhas de força em pinturas futuristas.

Raionismo aparentemente terminou depois de 1914, quando Larionov e Goncharova partiram para Paris.

Raionismo – História

Raionismo (cubo-futurismo) representa um dos primeiros passos para o desenvolvimento da arte abstrata na Rússia e foi fundada por Mikhail Larionov e sua esposa Natalia Goncharova.

Raionismo foi descrito como “naturalmente abrangendo todos os estilos e formas da arte do passado existentes, uma vez que, como a vida, são simplesmente pontos de partida para uma percepção Raionista e construção de uma imagem”.

A característica central de raionismo é o “cruzamento de raios refletidos de vários objetos;” para o efeito, as suas ferramentas mais poderosas são cor e linha.

Embora de curta duração, o raionismo provou ser um passo crucial para o desenvolvimento da arte abstrata russa. Como disse Larionov, que representava a “verdadeira libertação da arte” das antigas convenções “realistas” que tanto “oprimidas” a comunidade artística.

Raionismo – Definição

Movimento estético criado por Larionov em 1911-1912 (Moscou), cujo manifesto de 1913 propõe a utilização de raios de cores paralelos ou em sentido contrário, dando a impressão de deslizar para fora do tempo e do espaço.

As obras raionistas de Larionov e Gontcharova situam-se entre as primeiras pinturas abstratas do século XX.

MANIFESTO RAIONISTA, 1913

O raionismo, ou raísmo (do russo lutch, “raio”), foi um movimento criado pelos pintores-designers Mikhail Lariônov (1881-1964) e Natália Gontcharova (1881-1962) em Moscou, em março de 1913, em uma exposição intitulada O Alvo.

Dela participaram obras raionista que o casal vinha criando desde 1911, juntamente com seu trabalho neoprimitivo e as telas futuristas de Kasimir Maliêvitch (1878-1935). O “Manifesto raionista” surgiu em 1913.

Como muitos de seus contemporâneos, os raionistas estavam comprometidos com a criação de uma arte abstrata completa, com seus próprios termos de referência. Conforme Lariônov declarava a arte deles pode ser considerada “uma síntese do cubismo, futurismo e orfismo”. “Se quisermos pintar a totalidade dos raios que o objeto reflete.”

De acordo com Lariônov, as pinturas raionistas retratam não os objetos, mais a interseçã de raios refletidos a partir deles. Como os raios são representados pela pintura, o raionismo torna-se logicamente “um estilo de pintar independente da forma real”, criando aquilo que ele denominou “uma quarta dimensão”.

O uso de uma linha dinâmica para transmitir o movimento e o fraseado declamatório de seu manifesto relacionou os raionistas com os futuristas italianos e eles demonstraram a mesma paixão pela estética da máquina.

Lariônov e Gontcharova já haviam exercido um papel fundamental na vanguarda russa com o grupo Valete de Ouros, que promoveu uma fusão original dos avanços da vanguarda ocidental com a arte popular russa.

Uma síntese de diferentes influencias era também subjacente ao raionismo. Por um lado, nele se viam as superficíes “quebradas”, com aparência de jóias, encontradas na pintura do simbolista russo Mikhail Vrúbel (1856-1910); por outro, havia o interesse de Larionov pela ciência, pela óptica e pela fotografia (ele descobriara os avanços de uma técnica denominada ‘resina de raio’, criada por um fotógrafo de Moscou. A Trapani).

Com o intuito de promever sua nova arte, os rionistas e os futuristas russos pintavam muitas vezes seus rostos com desenhos raionistas, quando apareciam em público, por ocasião de desfiles ou conferências.

Lariónow explicou:

Juntamos a arte com a vida. Após o longo isolamento dos artistas, convocamos ruidosamente a vida e a vida invadiu a arte, é tempo de a arte invadir a vida. A pintura em nossos rostos é o início da invasão. É por isso que nossos corações palpitam tanto.

A obra neoprimitiva e rionista de Lariônov e Gontcharova foi vista em exposições e debatida em periódicos. Ela se tornou rapidamente conhecida em toda a Rússia e Europa. Entre 1912 e 1924 seu trabalho foi exposto em Londres.. Berlim, Roma, Munique e Paris, e uma grande exposiçção de mais de setecentos quadros, de autoria de GOntcharova, realizada em Moscou em 1913, atraiu ampla atenção Internacional.

O poeta e crítico francês Guillaume Apollinaire promoveu a obra do casal de artistas e a poesta russa Marina Tzvietáieva identificou o trabalho de Gontcharova como “o ponto de encontro do Ocidente com o Oriente, do passado com o futuro, do povo com o indivíduo, do trabalho com o talento”.

Quando eclodiu a Revolução de 1917 na Rússia, Lariônov e Gontcharova já residiam em Paris e haviam abandonado o raionismo em favor de um estilo mais “primitivo”.

Sua atenção voltou-se para o desenho de moda e para a produção de espetáculos de dança, sobreturo para os Balé Russos de Serguei Diaghilev. Embora de curta duração, a obra e a teoria raionista exerceram grande influência sobre a próxima geração de artistas russos de vanguarda.

Raionismo – Origem

Raionismo: A Arte Abstrata Russa

O Raionismo de Mikhail Larionov e Natalia Goncharova procurou ir além da abstração futurista, através da dinamicidade dos raios e das cores contrastantes da reflexão da luz de determinado(s) objeto(s). Assim, as pinturas raionistas eram obtidas do resultado da interseção dos raios refletidos de vários objetos e formas.

Os raionistas queriam demonstrar a essência da pintura – a combinação de cores, a saturação, a relação das massas de cor, profundidade, textura – e não a realidade dos objetos pintados. Seria, mais ou menos, como se cada objeto fosse uma fonte de luz e o artista pintasse não a luz, mas os raios refletidos por ela. Cuidando, entretanto, de pintar somente os reflexos da luz (objeto) escolhida e não todos os reflexos vistos, vez que o reflexo de outras luzes (outros objetos) interfeririam em seu campo visual.

Goncharova e Laionov disseram sobre sua arte:

“A soma dos raios de um objeto (A) cruza a soma dos raios do objeto B, no espaço entre eles certa forma aparece, e esta é isolada pela vontade do artista.

Percepção, não do objeto em si, mas da soma de seus raios, está, por natureza, muito mais perto da superfície simbólica da imagem do que é o próprio objeto.

Isso é quase o mesmo que a miragem que aparece no ar ardente do deserto e representa cidades distantes, lagos e oásis no céu (em casos concretos). Raionismo apaga as barreiras que existem entre a superfície da imagem e da natureza.

Um raio é representado provisoriamente na superfície por uma linha colorida.”

O raionismo representou para a arte abstrata russa a libertação do tradicionalismo e do realismo, que oprimiam a criatividade artística.

Fonte: www.britannica.com/the-artists.org/AMY DEMPSEY, ESTILOS, ESCOLAS E MOVIMENTOS