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Concretismo – Definição
Concretismo é um movimento artístico enfatizando a realidade concreta da forma e da cor independente de representação ou simbolismo.
É a prática de escrever poesia concreta.
A visão de que, fundamentalmente, a única existência são entidades concretas ou coisas materiais (ou seja, que não há realidades universais reais ou existência não material); semelhante ao materialismo e ao particularismo.
Concretismo – Movimento
Movimento vanguardista criado por artistas cansados da arte figurativa que procuravam uma maneira de voltar às formas puras. Para isso recorreram à linguagem do abstracionismo geométrico para a poesia, para as artes plásticas e até para a música.
O Concretismo investia nas cores, linhas, planos e formas. Buscava a objetividade e a inteligibilidade das coisas. Essa realidade calculável era encontrada por meio da matemática e da geometria.
Essa relação entre universalidade, homem, matemática, geometria e funcionalidade se torna uma equação fundamental para o design e arquitetura.
Por esse motivo, o Concretismo influenciou na arquitetura, no design, no mobiliário, nas artes gráficas e no paisagismo.
Características principais:
Desprendimento total da natureza.
Acentuado caráter objetivo, racionalista.
Privilégio a procedimentos matemáticos.
Uso de figuras abstratas nas artes plásticas.
Elaboração artística em busca da forma precisa;
União entre a forma e o conteúdo na obra de arte;
Ênfase na racionalidade, no raciocínio e na ciência;
Na literatura, os poetas concretistas buscavam utilizar efeitos gráficos, aproximando a poesia da linguagem do design;
Envolvimento com temas sociais (a partir da década de 1960).
Concretismo – Brasil
O Concretismo é um abstracionismo geométrico que procura, através de cores e linhas, um movimento perceptivo vibratório.
O espectador, ao contemplar a obra, vai sentir certas vibrações e modificações perceptíveis nas imagens da composição.
Traz semelhanças com o Suprematismo e o Construtivismo.
Max Bill. Harmonie der Saulen, 1979. Litografia.
O Concretismo procura sintetizar as teorias abstratizantes e científicas da Arte Moderna. É bidimensional, levando a pintura de volta superfície do quadro, como fez Mondrian no Neo-plasticismo.
No Brasil, a primeira Bienal de São Paulo(1951) estimula muitos artistas a engajarem-se na linguagem despojada e geométrica da arte concreta.
A aplicação prática do Concretismo foi a programação visual e o design industrial. Destacam-se os brasileiros Ivan Serpa, Lígia Clark e Hélio Oiticica.
Ivan Serpa. Formas, 1951. Óleo sobre tela.
Ivan Serpa. Faixas Ritmadas, 1953. Tinta industrial sobre hard board.
Internacionalmente, destacam-se Max Bill, Josef Albers e Bruno Munari.
Max Bill. Double surface with six retangular corners (Moebius), 1948-78. Granito.
A arte concreta é precursora do movimento op-art.
Concretismo – Arte
O Concretismo é um movimento de vanguarda na música erudita e nas artes plásticas que surge na Europa nos anos 50.
Na literatura, a primeira manifestação oficial se dá no Brasil. O movimento defende a racionalidade e rejeita o Expressionismo, o acaso e a abstração lírica e aleatória.
Não há intimismo nas obras, nem preocupação com o tema. A idéia é acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
Na década de 60, poetas e músicos envolvem-se com temas sociais. De modo geral, é uma ligação pessoal, sem destaque na obra, a qual se preocupa mais com a inovação da linguagem.
Muitos artistas, porém, defendem a afirmação do poeta russo futurista Vladímir Maiakóvski (1893-1930) de que não há arte revolucionária sem forma revolucionária.
O movimento surge oficialmente no cenário artístico internacional em 1954, quando começam a funcionar regularmente os cursos da Escola Superior da Forma em Ulm, na Alemanha. Baseia-se na produção e na teoria de vários artistas ligados ao Abstracionismo geométrico, sobretudo do suíço Max Bill (1908-). Eles exigem racionalidade, desfazem a distinção entre figura e fundo e enfatizam a linguagem do design. Usam régua para conceber as pinturas. As esculturas têm formas geométricas.
Nos anos 60, o Concretismo e as tendências do Abstracionismo geométrico originam a op art (arte óptica), uma arte abstrata em que efeitos ticos confundem forma e fundo e distorcem a profundidade. Muitas obras são criadas em preto-e-branco. Várias dependem da luz ambiente e de movimento para produzir os efeitos pretendidos. O nome mais significativo é o do húngaro radicado na França, Victor Vasarely (1908-).
Nascida oficialmente no Brasil, com a obra dos poetas Augusto de Campos (1931-), Haroldo de Campos (1929-) e Décio Pignatari (1927-), a poesia concreta alcança expressão também em países europeus, no Japão e nos Estados Unidos (EUA).
Caracteriza-se pelo abandono do verso, da importância do tema e da expressão de emoções íntimas. Explora o som e a disposição das letras no papel, em busca de efeito gráfico, eliminando a direção tradicional de leitura. Na composição do texto, podem ser usados vários tipos de letra.
Eventualmente a impressão é feita em cores. Entre os precursores da poesia concreta estão os poetas franceses Guillaume Apollinaire (1880-1918), Stéphane Mallarmé (1842-1898), o norte-americano Ezra Pound (1885-1972), os futuristas e os dadaístas.
O Concretismo na música aparece em 1948, com Pierre Schaeffer, (1910-1995). As composições são criadas com base nas sucessivas montagens de fitas com sons do cotidiano, como vassouras em fricção no chão, água escorrendo da torneira, barulhos de rua.
No início, o Concretismo na música tem caráter aleatório.
Depois, adota os critérios rígidos que marcam o movimento nas artes plásticas e na poesia.
O resultado é a música eletrônica desenvolvida na Alemanha.
O Concretismo nas artes plásticas ganha força após a exposição das obras de Max Bill, vencedor da 1ª Bienal de Artes de São Paulo, em 1951, e do lançamento do manifesto Ruptura no ano seguinte. O líder do movimento é Waldemar Cordeiro (1925-1973). Fazem parte do grupo inicial Geraldo de Barros (1923-1998) e Luís Sacilotto (1924), que também antecipam características da op art.
Na literatura, o primeiro número da revista Noigandres, em 1953, marca a união dos criadores da literatura concreta – Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Mas só na segunda edição, em 1955, é que se publica o primeiro poema integralmente concreto, Poetamenos, de Augusto de Campos, feito em 1953.
Na década de 60, realizam-se experimentações formais com palavras ligadas a problemas sociais. Poetas concretos destacam escritores esquecidos, como é o caso de Sousândrade (1832-1902), e valorizam o trabalho de tradução como uma recriação poética. Exercem também influência sobre compositores ligados ao Tropicalismo.
O Concretismo na música é bem recebido no país, mas na época não há estúdio que faça esse tipo de composição.
Concretismo – O que é
Movimento de Vanguarda ligado ao concretismo de poesia, música e artes plásticas do mundo inteiro.
Manifestou-se principalmente a partir de 1957, no Suplemento Literário do “Jornal do Brasil”, e noutras publicações como as revistas “Noigandres” ou “Tendência”, de circulação bastante reduzida. O verso foi extinto, e também abolida a possibilidade da leitura tradicional, podendo o texto ser exposto indiferentemente em linhas e direcções várias, ou como formas que valham por suas próprias aparências gráficas, à maneira de cartaz abstraccionista.
Assim, a palavra retorna ao seu valor de signo não intelectado, e organiza-se numa sintaxe na qual as partículas de junção desaparecem em benefício de uma “ideografia” nova.
Há um interesse muito especial pelo aspecto gráfico do poema: várias famílias e dimensões de tipos de caracteres topográficos devem ser utilizados dentro do mesmo poema, para o devido relevo de intenções.
Fonte: www.diretoriodearte.com/www.turmadod.com/www.merriam-webster.com/www.citi.pt
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