Arte Romana

Arte Romana – Origem

PUBLICIDADE

Arte Romana se refere às artes visuais feitas na Roma Antiga e nos territórios do Império Romano.

Arte Romana é um tema muito amplo, abrangendo quase 1.000 anos e três continentes, da Europa em África e na Ásia.

A primeira Arte Romana pode ser datado de 509 aC, com a fundação lendária da República Romana, e durou até 330 dC (ou muito mais tempo, se você incluir a arte bizantina).

Arte Romana também abrange um amplo espectro de materiais, incluindo mármore, pintura, mosaico, pedras preciosas, prata e bronze trabalho, e terracotas, só para citar alguns.

A cidade de Roma foi um caldeirão, e os romanos não tiveram escrúpulos em adaptar influências artísticas das outras culturas do Mediterrâneo que cercaram e precederam. Por esta razão, é comum ver influências gregas, etruscas e egípcias em toda arte romana. Isso não quer dizer que toda a arte romana é derivado, embora, e um dos desafios para os especialistas é definir o que é “Romano” sobre a arte romana.

Arte Romana – Monumento

Roma é um dos centros culturais mais importantes do Ocidente e boa parte de seus monumentos remonta à antiguidade. Caius Mecenas, conselheiro do imperador Augustus, que reinou no final do século I a.C., foi o primeiro dos grandes patronos da arte.

Em sua época surgiram o conhecedor de arte e o turista em busca de tesouros culturais e, pela primeira vez, os artistas obtiveram o mesmo prestígio que políticos e soldados.

Arte romana é o conjunto das manifestações culturais que floresceram na península itálica do início do século VIII a.C. até o século IV d.C., quando foram substituídas pela arte cristã primitiva. As criações artísticas dos romanos, sobretudo a arquitetura e as artes plásticas, atingiram notável unidade, em conseqüência de um poder político que se estendia por um vasto império.

A civilização romana criou grandes cidades e a estrutura militar favoreceu as construções defensivas, como fortalezas e muralhas, e as obras públicas (estradas, aquedutos, pontes etc.). O alto grau de organização da sociedade e o utilitarismo do modo de vida romano foram os principais fatores que caracterizaram sua produção artística.

ARQUITETURA

O conhecimento atual sobre a antiga arquitetura romana provém de escavações arqueológicas por toda a área do império e de registros escritos, como livros, dedicatórias e inscrições.

Seguindo o plano etrusco, os romanos erigiam as cidades em torno de duas avenidas principais: uma no sentido norte-sul, outra de leste a oeste, e uma praça (forum) na intersecção.

Arte Romana
O Coliseu com 524 m de circunferência ( Detalhe em maquete da antiga Roma )

Os edifícios públicos agrupavam-se em geral em torno do foro.

Inicialmente dominada pela influência etrusca, a arquitetura romana adquiriu um estilo próprio com a descoberta do cimento, no século II a.C., a construção com tijolos e ao aprimoramento do arco.

As construções dos dois últimos séculos do império incluem-se entre as manifestações mais importantes da arte romana.

Depois do grande incêndio no reinado de Nero, o aspecto urbano transformou-se com as reconstruções. Destacam-se os grandes foros imperiais e o mais suntuoso de todos, o de Trajanus, em que predominavam os “mercados”, seis andares de lojas ligados por corredores e escadarias, escavados na rocha viva do monte Quirinal.

Obra-prima da engenharia e da arquitetura romana em sua técnica de origem oriental, o foro de Trajanus era cercado por grande muralha revestida de mármores e possuía salas de reunião, bibliotecas, um templo consagrado a Trajanus e uma basílica.

As termas são uma criação original dos arquitetos romanos. Nas grandes cidades, ocupavam um espaço considerável, com banhos, saunas e numerosos estabelecimentos anexos. Os banhos de Agrippa, em Roma, hoje desaparecidos, são o primeiro exemplo da concepção monumental das termas romanas dos séculos II e III, das quais as mais famosas são as do imperador

Caracala, com bibliotecas, salas de leitura e conversação, ginásios e um teatro; e as de Diocletianus, as maiores de todas, com 140.000m2. Pompeu construiu o primeiro teatro de alvenaria, em substituição à madeira, por volta de 50 a.C. Diferentes dos gregos, os teatros romanos possuem uma cávea (espaço reservado à platéia) semicircular, uma orquestra (local destinado às danças, aos músicos e aos coros) pequena, às vezes ocupada por assentos, e um palco maior com fundo de alvenaria.

O Coliseu é o anfiteatro mais famoso da segunda fase do império, a partir do século I. Deve seu nome a uma colossal estátua de Nero, depois desaparecida. Tem forma elíptica, com 524m de circunferência, e podia receber cerca de cem mil espectadores. As necrópoles situavam-se à margem das estradas. Havia tumbas coletivas, com nichos funerários, e particulares.

O mausoléu, espécie de túmulo e templo, prevaleceu a partir do reinado de Augustus. Dos templos mais antigos, restam apenas vestígios, como os de Júpiter Capitolino, Saturno e Ceres, todos em Roma. A partir do século I acentuou-se a influência síria, com grande riqueza de elementos decorativos.

Arte Romana
As Termas de Diocletianus com 140.000 m2, ( Detalhe em maquete da antiga Roma )

ESCULTURA

Os poucos vestígios remanescentes da escultura romana até o século II a.C. evidenciam a influência etrusca. Predominou a seguir o estilo helênico, trazido por meio de pilhagens aos santuários gregos do sul da Itália, da Anatólia e da Grécia.

Mais tarde, artistas gregos, instalados em Roma, fizeram réplicas e imitações das obras gregas mais apreciadas. Simultaneamente, a escultura romana começou a desenvolver um estilo próprio. O nome dos artistas não é conhecido e mesmo obras importantes como a “Ara pacis Augustae” (“Altar da paz de Augustus”) permaneceram anônimas.

A aversão dos romanos à nudez atlética da escultura grega explica, em parte, a ausência de estudos de anatomia nessa arte.

O rosto é a parte mais importante das peças e são desenvolvidas ao máximo as tendências realistas e psicológicas da época Helenística. Os primeiros retratos escultóricos, do século II a.C., denotam a fusão dos estilos etrusco, itálico e grego. Nos retratos do reinado de Augustus prevalece a influência grega, patente na idealização das figuras e na boa técnica do bronze.

A tendência à idealização, para demonstrar a majestade impassível dos caesares, continuou em retratos imperiais como os de Claudius e Nero, enquanto em outros, como o de Caracala, transparece a personalidade atormentada do retratado.

escultura floresceu nos séculos I e II, especialmente no reinado de Hadrianus, sob forte influência grega. Um segundo período áureo iniciou-se no ano 193, com Septimius Severus.

Entretanto, as condições políticas a partir do século III e a mediocridade dos artistas trouxeram a decadência de todas as artes e daescultura em particular. Entre os objetos domésticos (lâmpadas, ferramentas, armas etc.), executados predominantemente em bronze, existem verdadeiras obras de arte.

PINTURA

As casas de Pompéia, de Herculanus e da capital atestam a grande difusão da pintura mural na antiga Roma. As mais antigas pinturas romanas conhecidas são os afrescos descobertos numa tumba do monte Esquilino e datam aproximadamente do século III a.C.

Assim como a escultura, a pintura em sua primeira fase reflete a influência etrusca e, em seguida, itálica e helênica.

Os quatro estilos das pinturas murais de Pompéia encontram correspondentes no resto da Itália. O primeiro estilo, de incrustação, imita obras da Anatólia e da ilha de Delos e reproduz revestimentos de mármore multicolorido.

Entre 70 a.C. e o ano 20 da era cristã, o segundo estilo, dito arquitetônico – da casa de Cleópatra, construída por Julius Caesar, e da casa de Augustus, em Roma – apresenta técnica aprimorada e baseia-se em originais gregos. Os painéis parecem abrir-se para paisagens e palácios povoados por personagens da Mitologia Grega. O terceiro estilo, ornamental, aparece em Pompéia no fim do século I a.C.

O realismo dá lugar à idealização e os personagens míticos dominam completamente as paisagens. O quarto estilo, fantástico, corresponde ao reinado de Nero, entre os anos 54 e 68. Os motivos arquitetônicos derivam-se do teatro e emolduram com arabescos composições mitológicas, como na casa dos Vetii, em Pompéia, e na casa do Tocador de Cítara, em Herculanus. Seguiu-se uma expansão da arte religiosa a serviço dos imperadores divinizados. Os temas referem-se sobretudo à imortalidade da alma e à vida depois da morte. Na arte mural, destacam-se também os mosaicos, de forte influência oriental.

MÚSICA E DANÇA

A cultura musical do leste do Mediterrâneo, sobretudo da Grécia, trazida pelas legiões romanas em seu retorno, foi modificada e simplificada. Mesmo assim, suas teorias musicais e acústicas, princípios de construção de instrumentos, sistema de notação e acervo de melodias predominaram e formaram a base de toda a música ocidental posterior.

Na dança, ao contrário do que ocorreu em outras artes, o Império Romano não seguiu os passos da cultura etrusca, que evidenciou, na abundante decoração funerária, o importante papel que concedia a essa arte. Aparentemente, as mulheres etruscas desempenhavam um importante papel nas danças em pares, realizadas sem máscaras em locais públicos.

A cultura romana, em seu sóbrio racionalismo, era avessa à dança, que, até o início do século III, restringia-se a formas processionais, ligadas a ritos de guerra e agrícolas. Mais tarde, a influência etrusca e grega se disseminou, mas as pessoas que dançavam eram consideradas suspeitas, efeminadas e mesmo perigosas pela aristocracia romana.

Cícero afirmou que a dança era um sinal de insanidade. O culto grego a Dioniso incluía a indução ao êxtase por meio de uma dança convulsiva e catártica. No Império Romano, transformaram-se nas festas orgiásticas de Baco, a princípio só para mulheres e realizadas durante três dias no ano.

Embora secretos, tais cultos se disseminaram, passaram a incluir também os homens e chegaram a uma freqüência de cinco por mês. No ano 186 a.C., sob a alegação de obscenidade, foram proibidos e seus praticantes sofreram implacável perseguição, só comparável à movida contra os cristãos. Na verdade, seu caráter de sociedade secreta era ameaçador para o estado.

Por volta do ano 150 a.C., foi ordenado também o fechamento de todas as escolas de dança, o que não erradicou a prática: dançarinos e professores eram trazidos, em número cada vez maior, de outros países.

TEATRO

O teatro romano era inteiramente calcado na tradição grega. Seu declínio, que causou um vácuo de quatro séculos na produção teatral, parece ter sido mais significativo para a história da cultura ocidental do que sua própria existência. Uma incipiente tradição teatral, de influência etrusca, já existia na península itálica.

No ano 240 a.C. foi apresentada pela primeira vez uma peça traduzida do grego durante os jogos romanos.

O primeiro autor teatral romano a produzir uma obra de qualidade, que estreou em 235 a.C., foi Cneu Nevius.

O teatro histórico foi a primeira criação original desse autor, que incorporou a suas peças, mordazes e francas, críticas à aristocracia romana, pelo que parece ter sido preso ou exilado. Talvez em vista dessas circunstâncias, seu sucessor, o grande poeta Quintus Enius, tenha adaptado seu talento às exigências do momento e se dedicou à tradução das tragédias gregas.

A verdadeira comédia latina surgiu apenas no final do século II a.C. As representações teatrais eram parte do entretenimento gratuito oferecido nos festivais públicos.

Desde o início, no entanto, o teatro romano dependeu do gosto popular, de uma forma que nunca havia ocorrido na Grécia. Caso uma peça não agradasse ao público, o promotor do festival era obrigado a devolver parte do subsídio que recebera. Por isso, mesmo durante a república, havia certa ansiedade em oferecer à platéia algo que a agradasse, o que logo se comprovou ser o sensacional, o espetacular e o grosseiro.

Os imperadores romanos fizeram um uso cínico desse fato, provendo “pão e circo”, segundo a famosa frase do satirista Juvenal, para que o povo se distraísse de suas miseráveis condições de vida. O grandioso Coliseu e outros anfiteatros espalhados por todo o império atestam o poder e a grandeza de Roma, mas não sua energia artística.

Não há razões para crer que tais construções se destinavam a outra coisa que não espetáculos banais e degradantes. As arenas foram então totalmente ocupadas por gladiadores em combates mortais, feras espicaçadas até se fazerem em pedaços, cristãos cobertos de piche e usados como tochas humanas. Não é de se admirar que tanto os escritores como o público de outra índole passassem a considerar o teatro como manifestação indigna e aviltante.

Durante o período imperial, surgiram as tragédias para pequenos recintos privados ou para declamação sem encenação. São desse tipo as obras de Sêneca, filósofo estóico e principal conselheiro de Nero, as quais exerceram enorme influência durante o Renascimento, sobretudo na Inglaterra. Ainda durante a República, a mímica e a pantomima tornaram-se as formas teatrais mais populares.

Baseadas nas improvisações e agilidade física dos atores, ofereciam ampla oportunidade para a audaciosa apresentação de cenas imorais e pornográficas. No tempo da perseguição aos cristãos, sob Nero e Domitianus, a fé cristã era ridicularizada. Depois do triunfo do cristianismo, as apresentações teatrais foram proibidas.

Arte Romana
Ilha Tiberina com o teatro de Macelus à direita, com capacidade para 20.000 espectadores – detalhe em maquete da antiga Roma

arte romana

arte romana recebeu influência da arte etrusca, que era popular e retratava a realidade, e da grega, que dava uma grande importância beleza. Como tinham grande admiração pela arte grega, os romanos basearam toda a sua criação nas fontes gregas.

Muitos de seus artistas eram de origem grega e apesar de copiarem muitas coisas, tinham uma temática diferente, aproximavam-se mais da realidade e davam muito valor ao traço fisionômico das pessoas. Decoraram vilas e palácios, faziam pintura de mural e reproduziam efeitos de profundidade. Destacaram-se na arquitetura.

PINTURA

Arte Romana

Os artistas romanos sofreram grande influência dos gregos. Os pintores romanos davam às figuras de suas obras a mesma aparência natural encontrada na escultura clássica grega e romana.

Os artistas romanos acentuavam o realismo de seus trabalhos pintando convincentes ilusões de profundidade, sombreamento e luz refletida. Criar a ilusão de profundidade é chamado desenhar em perspectiva. Os romanos foram dos primeiros a desenvolver essa importante técnica.

Alguns dos melhores exemplos de pintura romana foram encontrados nas ruínas de Pompéia. A casa de dois irmãos chamados Vettius contém afrescos pintados meticulosamente, que retratam histórias acerca de Íxion, herói mítico.

ESCULTURA

escultura romana primitiva foi influenciada pelos etruscos e pelos gregos. Quando os romanos conquistaram a Grécia e os reinos helenísticos, trouxeram muitas estátuas gregas para Roma e encorajavam os artistas gregos a trabalharem para os romanos.

Os retratos foram muito importantes na escultura romana, como se encontram em bustos e personalidades; eram mais realistas que os gregos, principalmente nas formas do rosto. Os escultores romanos faziam uma cabeça e aproveitavam o corpo de um deus esculpido por um grego, copiavam escultoras gregas e faziam suas modificações.

Os romanos eram muito religiosos e muitos de relevos feitos em altares mostram cerimônias e histórias simbólicas. Eles também se interessavam muito em mostrar acontecimentos históricos, como se nota em suas colunas. As decorações nos ataúdes tinham muito do estilo grego, mas suas idéias sobre a morte eram romanas e mais tarde cristãs.

A arquitetura romana traduz diversas características marcantes. As construções eram de extrema grandeza material e realismo. Identificamos essas características através das funções para as quais foram construídas.

ARQUITETURA

Arte Romana

1) Religião: Templos

Local construído para reunião do povo e a prática dos cultos. Não se sabe muito sobre os templos romanos e o mais conhecido foi chamado de Panteão, em Roma.

2) Comércio e civismo: Basílica

Local construído para as operações comerciais e jurídicas. Sua planta era grande e retangular, dividida por colunas. Com o advento do Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A mais conhecida chamava-se Basílica Julia (iniciada no governo de Julio Cesar).

3) Higiene: Termas

As termas eram compostas por piscina, jardins, ginásio. Além de serem casa de banho, funcionavam como um centro de reuniões sociais e esportivas de Roma. A mais famosa chamava-se Caracala.

4) Divertimentos: Circos, Teatros, Anfiteatros, Ginásios

Sofreram forte influência grega e objetivavam a realização de diversos eventos. O mais importante era o circo, realizando corridas de cavalos, lutas, torneios.

Podemos visitar as escavações e ruínas do mais importante circo de Roma, chamado Circus Maximus.

Os teatros ocupavam um espaço de destaque na arquitetura romana com cenários versáteis, giratórios e substituíveis. O mais célebre chamou-se Marcellus. Os anfiteatros abrigavam o povo romano para assistir às lutas de gladiadores, um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo devido ao estilo da construção.

O mais belo anfiteatro romano chamou-se Coliseu e podemos conferir suas ruínas no centro de Roma. Uma construção de vários andares, com capacidade para 40.000 pessoas sentadas e 5000 em pé, toda ornamentada com esculturas e colunas dóricas, jônicas e coríntias.

5) Monumentos Decorativos: Arco de Triunfo e Coluna Triunfal

Ressaltamos também na arquitetura romana os monumentos decorativos como o Arco de Triunfo, em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos e Coluna Triunfal, narrando e comemorando feitos históricos. O mais famoso é o Arco de Tito, todo construído em mármore, no Fórum Romano e a mais importante é a Coluna de Trajano, com friso em espiral e narrativas em baixo-relevo.

6) Moradia: Casa

As casas romanas eram construídas ao redor de um pátio chamado Atrio.

Arte Romana – Influências

A arte romana sofreu duas grandes influências: a da arte etrusca, popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da grego-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza. mesmo com toda influência e admiração nas concepções helenísticas a respeito da arte, os romanos não abdicaram de um interesse muito próprio: retratar os traços particulares de uma pessoa. O que acabou ocorrendo foi uma acomodação entre a concepção artística romana e a grega.

A arte dos romanos revela-nos um povo possuidor de um grande espírito prático: por toda parte em que estiveram, estabeleceram colônias, construíram casas, templos, termas, aquedutos, mercados e edifícios governamentais.

Embora não haja dúvida de que as obras arquitetônicas romanas tenham resultado da aplicação das proporções gregas à arquiteturade abóbadas dos etruscos, também é certo que lhes falta um caráter totalmente próprio, um selo que as distinga. Para começar, a partir do século II a.C., os arquitetos da antiga Roma dispunham de dois novos materiais de construção.

Um deles, o opus cementicium – uma espécie de concreto armado – era um material praticamente indestrutível.Do outro lado estava o opus latericium, o ladrilho, que permitia uma grande versatilidade. Combinado com o primeiro material, ele oferecia a possibilidade de se construírem abóbadas de enormes dimensões e, apesar disso, muito leves.

Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto.

A evolução da arquitetura romana reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das escolas públicas e o das obras particulares. As primeiras (por exemplo, templos, basílicas, anfiteatros, arcos de triunfo, colunas comemorativas, termas e edifícios administrativos) eram obras que apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam um conglomerado desordenado em torno do fórum – ou praça pública – das cidades.

Por outro lado, as segundas, como os palácios urbanos e as vilas de veraneio da classe patrícia, se desenvolveram em regiões privilegiadas das cidades e em seus arredores, com uma decoração faustosa e distribuídas em torno de um jardim.

A plebe, ao invés disso, vivia em construções de vários pavimentos chamados de insulae, muito parecidos com nossos atuais edifícios, com portas que davam acesso a sacadas e terraços, mas sem divisões de ambiente nesses recintos. Seus característicos tetos de telha de

barro cozido ainda subsistem em pleno século XX. A engenharia civil merece um parágrafo à parte. Além de construir caminhos que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas. O conceito de grande urbe que tinham os romanos definitivamente era muito semelhante ao que existe em nossos dias.

A pintura romana sempre esteve estreitamente ligada à arquitetura, e sua finalidade era quase exclusivamente decorativa. Já no século II a.C., na época da república, disseminou-se entre as famílias patrícias, empenhadas em exibir sua riqueza, o peculiar costume de mandar que se fizessem imitações da opulenta decoração de templos e palácios, tanto na casa em que viviam quanto naquela em que passavam o verão.

Graças a um bem-sucedido efeito ótico, chegavam a simular nas paredes portas entreabertas que davam acesso a aposentos inexistentes.Com o tempo, aproximadamente na metade do império, esse costume deixou de ser moda e foi se atenuando, até que as grandes pinturas murais acabaram tendo reduzidas suas dimensões, para transformarem-se finalmente em pequenas imagens destinadas a obter efeitos decorativos. o mosaico foi o outro grande favorito na decoração de interiores romana.

Os temas prediletos para a aplicação dessa complicada e minuciosa técnica foram, por um lado, o retrato, que podia ser bem pessoal ou apresentar um caráter familiar, e, por outro, as onipresentes cenas mitológicas, além das paisagens rurais ou das marinhas, com sua fauna e flora.

Os romanos costumavam dedicar especial apreço pelas obras totalmente naturalistas, dinâmicas e proporcionadas da estatuária grega. Diante da impossibilidade de transportar as obras mais valiosas de Fídias, Policleto ou Praxítenes, eles tomavam providências no sentido de que seus próprios escultores as copiassem. Isso fez com que surgissem importantes escolas de copistas. Pode-se dizer que quase todas elas logo atingiram um excelente nível de realização. Desse modo, a arte estatuária do Império compensou com quantidade sua falta de originalidade.

Encontrando na escultura a maneira ideal de perpetuar a história e seus protagonistas, proliferaram no âmbito dessa arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e estátuas eqüestres de imperadores e patrícios, os quais passaram desse modo à posteridade, alçados praticamente categoria de deuses.

Cláudio, por exemplo, fez-se esculpir com os atributos de Júpiter, e Augusto se fez retratar com seus galões militares, afundado numa armadura que deixava entrever os músculos do Doríforo de Policleto.

Os imperadores romanos começaram a enfrentar tanto lutas internas pelo poder quanto a pressão dos povos bárbaros que, cada vez mais, investiam contra as fronteiras do império. Era o começo da decadência do Império romano que, no século V, perde o domínio do seu território do Ocidente para os germânicos.

Arte Romana – Manisfestações artísticas

É errado afirmar que os romanso foram mais engenheiros que artistas. Num princípio usava-se a silharia, mas depois requerem maior importância a alvenaria, ladrilho e estruturas de concreto. Empregam-se sistemáticamente o arco e a abóboda, assim como a sobreposição de ordens já aparecidas no helenístico.

O dórico grego converte-se em toscano. Utiliza-se o jônico, mas prefere-se o coríntio; ambas ordens se fusionam, criando o estil composto, muito mais suntuosa.

São simultaneados arco e dinte, fazendo este a forma de poderosa linha de imposta sobre as arcaturas; assim ocorre no Tabularium (78 a.C.) e no Teatro Marcelo (13 a.C.). As abóbodas, de concreto, são de canhão, de aresta ou semi-esféricas, estas últimas verdadeiras cúpulas amciças e não totalmente trasdosadas.

As odens, lavradas em mármore e pedra, encobririam as estruturas. A partir do século III a.C. o grego substituiria pouco a pouco ao etrusco.

O ornamental recupera decisiva importância: suntuosíssimas são as decorações em mármore, estuque e pintura; há uma decidida tendência a barroquizar fortes efeitos de claro-escuro mediante o realce dos volumes.

No extenso período de tempo no amplo horizonte que ocupou o Império, a arte romana foi recebendo distintas influências. Nas suas origens, etruscas e, posteriormente helênicas. Apesar disso, constituiu-se um estilo com plena identidade e de uma grande beleza.

Localização Manisfestações artísticas
Cronologia Área Geográfica Arquitetura Escultura Pintura Artes Decorativas
S. VI a.C. –
S. IV d.C.
Territórios que
formaram parte do
Império Romano.
Características:– Utilização do arco e
da abóbada (infuência
etrusca).
– Novos materiais de
obra.

Construções:

Templos: Panteon,
em Roma.
Monumentos
comemorativos
: arcos
de triunfo (Arco de
Tito), colunas
(Coluna Trajana).
– Teatros, anfiteatros,
circos.
Obras de engenharia:
aquedutos, pontes.
– Foros, termas.

O retrato em Roma é
o gênero com maior
aceitação, e que mais
se desenvolverá.
Embora se dinivize a
figura do imperador
s vezes, são
frequentes as imagens
marcadas por um
grande realismo
(crianças, anciãos).
Os revelos são
também muito
numerosos e decoram
arcos de triunfo,
colunas, sarcófagos,
etc.
Estilos pompeanos
da pintura
:
– De incrustação
– Arquitetônico
– Ornamental
– Intricado.
O mosaico, de
procedência
helenística, utiliza-se
como decoração,
principalmente, de
pavimentos.

Arte Romana – Povo Romano

A formação cultural do povo romano deveu-se principalmente aos gregos e etruscos que ocuparam diferentes regiões da Itália entre os séculos XII e XI a. C.

Os romanos conquistaram um vasto império, desde a Europa até a Ásia e assimilaram a cultura dos povos conquistados: dos etruscos (da Etrúria, arte voltada para a expressão da realidade) e principalmente da cultura grega-helenística (arte voltada para expressão de um ideal de beleza), mas com o passar do tempo adaptaram essas culturas ao seu próprio modo de vida e necessidade adotando seus elementos e reelaborando-os, criando assim uma linguagem original.

Helenismo: de Hélade ou Grécia Antiga; conjunto de idéias ou costumes da cultura grega; consiste no período a partir da conquista do Oriente por Alexandre (depois de sua morte, seu Império fragmentou-se em vários reinos, chamados helenísticos) até a conquista da Grécia pelos romanos.

A fundação lendária de Roma data de 753 a.C.

Escultura

Arte Romana
Escultura Romana

Os artistas romanos por serem realistas e práticos retratavam as pessoas com muita fidelidade (mostrando sempre os sentimentos, os traços particulares, o caráter), ao contrário dos gregos, que retratavam um ideal de beleza.

Destacam-se também os relevos que especificam nitidamente o acontecimento e as pessoas, opondo-se aos gregos que representavam fatos mitológicos e intemporais.

Pintura

Arte Romana
Pintura Romana

Destacam-se os painéis que sugeriam planos distintos (saliência e profundidade) e barrados que formavam uma grande pintura mural.

A temática era de cenas da vida cotidiana à cenários teatrais, misturando realismo e imaginação.

pintura ocupava grandes espaços nas construções complementando ricamente a arquitetura.

Arquitetura

Arte Romana
Arquitetura Romana

A população da cidade de Roma era muito grande e consequentemente havia a necessidade de se construir prédios públicos, de grandes proporções para abrigar o maior número de pessoas. Como admiradores das colunas gregas (que serviam de sustentação para a cobertura), desenvolveram uma forma de construção em que as colunas passam a ser apenas decorativas.

Utilizaram o arco e a abóboda (desconhecidos do gregos e dos egípcios), mas transmitidos aos romanos pelos etruscos. A utilização destes recursos arquitetônicos proporcionou às construções amplos espaços internos, livres de colunas. Eram construídos com blocos de pedras e fez uso do betão (pedras ou ladrilhos misturadas a uma massa líquida de cal e areia rica em silício).

A solidez do betão romano, seu baixo preço, sua leveza e relativa facilidade de se trabalhar é um dos aspectos inovadores e característicos da arquitetura romana e que permitiu generalizar o uso do arco, da abóboda e da cúpula. As cidades compunham-se de edifícios para espetáculos, conjuntos forences, banhos, estátuas, santuários, arte em relevo e as necrópoles.

A arquitetura clássica está dominada por uma concepção fortemente “escultórica”, ou seja, pela predominância do espaço interior, podendo somente ser tocado ou contemplado como os templos, o edifício mais representativo da arquitetura romana.

Como herdeira da arquitetura grega utiliza abundantemente as séries de colunas, porém superpondo-as: dórica no andar inferior, jônica no centro e coríntia no superior, formando a chamada ordem compósita. Destaca-se o “Pântheion” (nome grego que consagra todos os deuses) considerado como fonte de inspiração à numerosos edifícios.

Circo Máximo

Arte Romana
Circo Massimo – Roma

Elaborou novos tipos de edifícios abertos como o anfiteatros ou o circo que apesar de serem inspirados em modelos gregos possuem um desenvolvimento original com maior autonomia em relação aos ambientes: o circo era composto de um edifício e uma planta retangular no qual circulavam os carros, também chamada de arena, podendo medir até 100 m de largura por 600 m de comprimento e com capacidade para 200 mil espectadores ou mais; os anfiteatros juntos com os circenses eram os preferidos do público romano onde eram celebrados os festejos religiosos e espetáculos.

A arena estava protegida por rede e separada por degraus para proteger os espectadores quando havia apresentação de caçadores e animais. Fora isso, os combates de gladiadores não ofereciam perigo ao público.

Arte Romana
Coliseu – em Roma

Destaca-se o Anfiteatro Flávio ou Coliseu que possui 50m de altura, 188m de comprimento e 156m de largura. Foi construído sobre uma lagoa previamente seca, cimentada em toda a superfície, com mais de 12m de betão. A fachada exterior do Coliseu possui três ordens gregas como função meramente ornamental, muitos corredores, elevadores, dependências subterrâneas, cenários e um complicado sistema de inundação e evacuação de águas.

O conjunto demorou 10 anos para ser edificado e podia abrigar quase 70 mil espectadores. As festas de inauguração oferecidas por Tito ( 80 d.C.) duraram 100 dias e foram mortos mais de 9 mil animais entre muitos combates de gladiadores e após a inundação da arena, se travou uma batalha naval.

Inventores de alguns monumentos como o arco do triunfo: a princípio uma porta monumental separada da muralha, de origem provável para o embelezamento das portas das cidades para receber os generais triunfantes que entravam em Roma para celebrarem a antiga cerimônia do triunfo. Depois, generalizaram e perderam o seu significado militar, tornando-se monumentos comemorativos ou para cumprirem uma finalidade monumental que podia ser erguido junto ao foro ou a uma estrada.

Arte Romana
Arte Romana

Criaram novos tipos de edifícios concebidos mais para serem contemplados por dentro e providos pela primeira vez de grandes espaços fechados como as basílicas e as termas:

Basílica: uma grande sala retangular ou em forma de abside com colunas interiores, costumava dispor de um lugar elevado ou tribuna onde se podia presidir audiências, julgamentos e outros atos sociais, e também era utilizada pelos cristãos como lugar de culto; Termas

Arte Romana
Termas de Caracala – Roma

Termas

Em sua versão clássica (haviam mais simples), eram edifícios destinados a higiene corporal, ao exercício e espairecimento, e também um lugar de encontro para negócios e conversas. Há muitas variantes, desde as que possuem um espaço para exercício físico, a banhos de água fria, de água quente e salas com piscina de água quente formando uma sauna. A água era aquecida em caldeiras e a calefação fazia-se através de condutos de ar que passavam embaixo do chão.

Grande destaque em obras públicas, como aquedutos, pontes e na fundação de colônias como instrumento de controle dos territórios conquistados. Os aquedutos são construções de grandes pilares de betão revestidos de pedra e ladrilho, com arcadas sobrepostas que garantiam o abastecimento de água, uma condição básica do estilo de vida reinante do Império. A condução de água até as cidades era feita através de condutos de cerâmica e canos de chumbo, porém era preciso que a nascente se situa-se num plano mais alto da cidade, onde passava por um processo de decantação para posterior distribuição.

Roma era abastecida por pelo menos 11 aquedutos (o mais comprido media quase 90km).

Os mercados

Espécie de bairro comercial com características inovadoras, construídos em betão e ladrilho. O conjunto contava com ruas interiores, lugares fechados e fachadas com muitas janelas viradas para a praça do foro.

Sepultura

Os romanos, como os gregos, acreditavam que não existia nenhum paraíso após a morte, então, desejavam ser lembrados, seja pela fama, seja por guerra, por meios artísticos ou cívicos, e a maioria comum (porém com posses), tinha a oportunidade de serem lembrados gravando os seus nomes em epitáfios, para assim serem lidos. Os sítios funerários junto aos monumentos funerários concorriam para chamar a atenção dos viajantes e atraí-los para o seu epitáfio.

Foro

O foro era um edifício situado na praça central, perto da intersecção das ruas principais ou afastado do espaço urbano (o mesmo que fórum). As moradias consistiam essencialmente em um espaço interno que se abria para as diversas salas (não havia destaque para a cozinha).

As cidades quando situadas numa planície, tendiam a adotar um traçado baseado em duas ruas perpendiculares (também por influência grega) porém, reestruturando e imprimindo-lhe uma marca própria. Qualquer cidade que se prezasse devia dispor de boas vias de comunicação, abastecimento regular de água, muralhas, ruas, fontes, banhos públicos e edifícios do governo, de espetáculos e celebrações. Por tudo isso, Roma era um modelo a ser seguido.

Fonte:  www.nomismatike.hpg.ig.com.br/www.arteducacao.pro.br/br.geocities.com

Veja também

Tipografia

PUBLICIDADE A Tipografia, design ou seleção de formulários de letras a serem organizados em palavras …

Ilusionismo

PUBLICIDADE Definição Ilusionismo é uma técnica de usar métodos pictóricos para enganar o olho. Ilusionismo éo uso …

Neoconcretismo

Neoconcretismo

PUBLICIDADE O que foi o Neoconcretismo? No Brasil, pioneiramente em São Paulo, vigorava o concretismo, …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.