Soro antiofídico

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O que é o Soro antiofídico?

Soro antiofídico é uma substância usada para tratar pessoas que tiveram veneno injetado em seus corpos através das mordidas ou picadas de um animal.

Quando isso ocorre, a parte lesada pode administrá-la, geralmente através de uma veia ou, menos frequentemente, através de um músculo.

O Soro antiofídico trabalha para neutralizar o veneno que está no corpo do paciente, reduzindo seus efeitos e evitando mais danos. No entanto, não pode fazer nada para alterar o dano que já foi feito.

Soro antiofídico (Antiveneno) pode literalmente salvar vidas.

Antes de os cientistas aprenderem como criá-lo, muitas mordidas venenosas seriam fatais. Hoje, a morte não é mais um resultado definitivo. No entanto, a morte ainda pode ocorrer, mesmo quando o antiveneno está disponível, se não for administrado ao paciente a tempo.

Muitas pessoas estão mais familiarizadas com o uso de antiveneno de cobra para tratar pessoas que foram picadas por cobras venenosas, como aditos da morte, taipan, víboras e cobras de tigres. No entanto, existem antivenenos para outros tipos de animais também. Por exemplo, existem antivenenos para muitos tipos de aranhas, como a teia do funil, a aranha-vermelha , a aranha-viúva-negra e o recluso chileno.

Existem também antivenenos para alguns tipos de insetos, como a lagarta Lonomia obliqua e escorpiões. Há ainda opções projetadas para o tratamento de picadas e feridas infligidas por animais que vivem na água, como a caixa de água – viva e o peixe – pedra .

Os animais são importantes na criação de antivenenos. Este processo envolve a injeção de veneno de um animal venenoso em particular no corpo de um animal não-venenoso, como um cavalo ou uma cabra. Ovelhas, coelhos e outros animais também podem ser usados. O sistema imunológico do animal responde à injeção e cria anticorpos. Estes anticorpos são então retirados do sangue do animal e usados na criação de antiveneno que pode ser injetado no corpo do paciente.

Um homem chamado Albert Calmette é creditado com o desenvolvimento do primeiro antiveneno de cobra. Ele era um cientista francês que trabalhou em uma filial do Instituto Pasteur no final de 1800.

A ideia de desenvolver o primeiro antiveneno foi baseada em como as vacinas, que foram desenvolvidas inicialmente em 1800 pelo cientista francês Louis Pasteur.

A principal diferença entre vacinas e antivenenos é que, com as vacinas, os anticorpos são desenvolvidos no paciente. Anticorpos anti-venenos são desenvolvidos em um animal.

Enquanto os cientistas estão estudando os efeitos da injeção de veneno diretamente em um paciente humano em oposição a um animal, há muitos problemas potenciais que podem surgir como resultado, o que torna tal processo menos que o ideal no momento.

Descrição

O soro antiofídico é o antídoto ao veneno de cobra, elaborado a partir do próprio veneno extraído de cobras vivas.

Esse soro é produzido no Instituto Butantan, em São Paulo, desde o começo do século 20 (quando foi produzido pelo cientista Vital Brazil).

As cobras utilizadas para a extração do soro são doadas ao Instituto e mantidas em cativeiro.

Para produzir o soro, o veneno é injetado em cavalos, em doses que não prejudicam o animal, mas fazem com que ele produza anticorpos, que combatem o veneno.

Esses anticorpos são encontrados no seu sangue, que é extraído depois de algumas semanas.

A parte do sangue que contém os anticorpos é colocada em ampolas e existe um soro para cada tipo de veneno.

Os soros podem ser:

a) anticrotálico: contra picadas de cascavéis, cujo veneno ataca o sistema nervoso (neurotóxico) e também promove a necrose do tecido no local da picada e a produção de coágulos.

b) Antibotrópico: contra picadas de jararacuçus, urutus e jararacas, cujo veneno contém substâncias que provocam fortes dores e a morte do tecido no local da picada (substâncias necrosantes).

c) Antielapídico: contra picadas de corais, que também tem ação neurotóxica. d) Antilaquético: contra veneno de surucucu, que promove a necrose e possíveis hemorragias. e) Polivalente: usado nos casos em que não se sabe que tipo de cobra causou o acidente, porque apresenta uma mistura de anticorpos específicos.

Tratamento

Quando uma pessoa é picada por um animal peçonhento, o soro antiofídico é o único tratamento eficaz.

A vítima deve ser levada ao serviço de saúde mais próximo, onde receberá o auxílio adequado.

Para cada tipo de veneno há um soro específico, por isso é importante identificar o animal agressor e se possível levá-lo, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.

A produção do soro é feita geralmente através da hiperimunização de cavalos.

No caso do soro antiofídico, é extraído o veneno do animal peçonhento e inoculado em um cavalo para que seu organismo produza os anticorpos específicos para aquela toxina.

Esse animal é o mais indicado para a atividade devido à facilidade de trato, por responderem bem ao estímulo da peçonha e pelo seu grande porte, o que favorece a fabricação de um grande volume de sangue rico em anticorpos.

Após a formação dos anticorpos, são retirados em torno de 15 litros de sangue do animal.

A parte líquida do sangue, o plasma, rico em anticorpos passa por alguns processos de purificação e testes de controle de qualidade, para daí então estar pronto para o uso em humanos.

As hemácias, que formam a parte vermelha do sangue, são devolvidas ao animal através de uma técnica de reposição para reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.

Tipo

Os soros antiofídicos são substâncias contra veneno, eficazes como tratamento em casos de picada de cobras. Existem soros específicos para cada gênero de cobras.

Estes são:

Antibotrópico (Pentavalente): usado em casos de envenenamento por jararacas (Gênero Bothrops);
Anticrotálico: 
usado em casos de envenenamento por cascavel (Gênero Crotalus);
Antibotrópico (Pentavalente): 
usado em casos de envenenamento por surucucu (Gênero Lachesis);
Antielapídico (bivalente): 
usado em casos de envenenamento por corais (Gênero Micrurus) do grupo dos Elapíneos;
Antibotrópico-Crotálico:  
(antigo antiofídico), para os casos de picadas por jararacas ou cascavéis;
Antibotrópico-laquético: 
para as picadas por jararacas e surucucus.

Os soros são produzidos a partir da imunização do cavalo, injetando-se nele o veneno específico da cobra em períodos de dias alternados para que ele crie anticorpos.

Ao final de mais ou menos 2 meses, faz-se a sangria do animal para verificar se ele criou anticorpos, ou seja, substâncias que neutralizam o veneno.

Este processo é repetido novamente até que os níveis de anticorpos sejam suficientes. Ao final do processo, após a preparação, o soro passa por testes químicos e biológicos até ser considerado apto para o uso humano.

Este processo dura em torno de seis meses.

Soro para uso em animais

Da mesma forma que existe soro para uso em seres humanos, existe o soro para uso em animais, caso eles sejam picados por cobras venenosas.

O soro para uso humano, adquirido pelo Ministério da Saúde, não deve ser aplicado em animais.

Existem no Brasil alguns laboratórios particulares que produzem soro para uso em animais. Essa produção é controlada pelo Ministério da Agricultura.

Soro antiofídico – Fotos

Fonte: klick.com/wwwiwisegeek.org/angola-online.net/www.bahianoticias.com.br

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