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Patativa – Características
Pássaro com 10,5 cm comprimento.
É uma das espécies canoras mais cobiçadas, sendo seu canto um dos mais finos e melodiosos de nossa avifauna.
A coloração do bico varia entre o negro, o cinzento e o amarelo.
Plumagem de cor cinzenta, cauda e asas mais escuras tendendo para o preto.
Asas ornadas por um espelho branco
Habitat: Orla da mata baixa intercalada com campo, cerrado, vegetação ribeirinha, buritizais.
Ocorrência
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Pará e Roraima.
Presente em duas regiões separadas:
1) na Amazônia, nos estados de Roraima, Amapá e Pará (Ilha de Marajó)
2) do Mato Grosso ao Piauí e noroeste da Bahia, em direção sul até o Rio Grande do Sul, estando ausente dos estados litorâneos até o norte de São Paulo. Migra durante o inverno nas áreas mais ao sul (como Santa Catarina), aparentemente por falta de alimento. Encontrada também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Alimentação: Granívoro
Reprodução: Primavera-verão
Ameaças: Caça, destruição do habitat e tráfico de animais silvestres
Patativa – O que é
Canto melodioso e triste.
O belo canto da Patativa tem tantos admiradores que, no Brasil, ele já foi citado em música, verso e prosa. Na natureza, o macho usa o canto melodioso para demarcar seu território.
Hoje, no Brasil, a maioria dos criadores de pássaros tem como objetivo a reprodução das espécies. Porém, até 1967, quando era permitido o comércio dos pássaros brasileiros e esses não eram tão raros, sendo facilmente encontráveis na natureza, os passarinheiros mantinham apenas machos, que em geral têm uma plumagem mais bonita e são bons cantores. Um dos pássaros mais procurados nessa época foi a Patativa, devido à sua beleza, ao seu porte, à sua maneira de pousar e, principalmente, devido ao seu canto.
O canto da Patativa, melodioso e triste, é tão atraente que o nome deste pássaro virou apelido de alguns cantores nordestinos. Devido a ele a Patativa já foi citada em uma música famosa de Vicente Celestino, no romance “Ubirajara”, de José de Alencar, e no poema “As primaveras”, de Casimiro de Abreu.
A Patativa vive nos campos, vegetações ribeirinhas e baixadas, ocorrendo também na Argentina e Paraguai.
Durante o inverno, época em que vive em grupos, a Patativa é dificilmente vista, pois fica escondida realizando a troca de suas penas. A partir de setembro anda em casais, e seu canto pode ser percebido ao longe.
Entre os meses de março/abril e julho/agosto fica em baixadas úmidas e brejos, onde pode obter sementes de gramíneas. Nessa época praticamente não canta.
Com a chegada da primavera, a alimentação torna-se mais rica e os machos começam a formar territórios e disputar as fêmeas para o acasalamento. Como todo os pássaros territoriais, a Patativa defende com valentia seu domínio da invasão de outra ave, da mesma espécie ou não. Os machos costumam ficar no alto das árvores cantando incessantemente para demarcar o seu espaço.
As fêmeas fazem ninho numa forquilha não muito alta, usando raízes e gramíneas para a parte externa. A parte interna é forrada de raízes mais moles e, se encontrada, crina de cavalo. O ninho tem forma de taça e a postura é de dois a três ovos.
Em cativeiro adapta-se com muita facilidade, logo se tornando uma ave mansa e dócil com o proprietário. No entanto, não é aconselhável colocar nenhum outro pássaro junto com um casal na mesma gaiola pois, para o macho, na época de reprodução, a gaiola é seu território e como tal será defendido. No caso de viveiros maiores, outros pássaros podem mexer no ninho da Patativa, ou levá-la a uma insegurança que acabará impedindo a sua reprodução. Deve-se tentar a reprodução desde setembro. A partir daí, a gaiola não deve mais ser retirada do lugar e as Patativas não devem ver mais nenhum pássaro, principalmente de sua espécie, para que seja garantida a tranqüilidade total ao casal. Se, durante o choco e o nascimento dos filhotes, o macho começar a atrapalhar a fêmea ou maltratar os filhotes, deve ser retirado da gaiola e a fêmea se incumbirá sozinha da criação da prole.
O filhote, até um ano de idade, é pardacento. Depois desse ano, se o espécime for macho, adquirirá uma cor azul-acinzentada e a fêmea continuará com a cor do filhote. Há uma variedade que ocorre em várias regiões do Brasil e mais freqüentemente no norte do Paraná, bem mais rara e de bico amarelo, o que a torna muito mais bonita e desejada.
Informações Gerais
Trata-se de um pássaro com aproximadamente 10 cm, sendo os machos adultos cinza-azulados, com cores mais claras nas partes inferiores, apresentando uma curta estria malar (típica da espécie) e abdômen e espéculo brancos, bem como, freqüentemente, uma mácula branca logo abaixo do olho.
No Estado do Paraná ocorrem exemplares de bico anegrado e menos robusto ou amarelado mais robusto – eventualmente acinzentado, que são pouco freqüentes.
Dentro da variação individual da espécie, há exemplares com a parte superior negra e a inferior amarela. As fêmeas e jovens são pardos, mais claros nas partes inferiores, ambos com o bico anegrado. Possui um canto bastante melodioso, sendo que costuma imitar outras espécies e, por esse motivo, é muito perseguida em várias partes do Brasil, como na região nordeste do Estado. Ocupa áreas abertas como campos (sujos e limpos), áreas de Cerrado, banhado e várzeas.
Parece habitar com mais freqüência os ambientes mais secos, diferindo nesse aspecto de S. bouvreuil e S. melanogaster. Reproduz-se no Paraná (p. ex. Jaguariaíva e Ponta Grossa), onde cria dois ou três filhotes em um ninho com forma de taça, feito de capins entrelaçados, na sua maioria em Pteridium sp. (Dennstaedtiaceae) e em ramos de Asteraceae conhecidas como vassouras.
Realiza movimentos migratórios (embora alguns indivíduos sejam observados durante o ano inteiro), sendo mais abundante na primavera e verão, quando forma numerosos bandos com outros congêneres.
Classificação científica
Nome Científico: Sporophila plumbea (Wied, 1830)
Nomes populares: patativa, patativa-do-campo
Nome em inglês: Plumbeous Seedeater
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae Cabanis, 1847
Subfamília: Sporophilinae Ridgway, 1901
Gênero: Sporophila
Espécie: S. plumbea
Distribuição: Do Piauí até o rio Grande do Sul.
Habitat : Campos, cerrados, beira dos brejos.
Fêmeas e jovens: Pardos, como os Caboclinhos.
Tamanho: 10,5 cm.
Patativa – Fotos
Fonte: www.vivaterra.org.br/br.geocities.com/neotropical.birds.cornell.edu/www.hbw.com/ebird.org
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