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Maria-faceira – O que é
A Maria-faceira (Syrigma sibilatrix) é uma garça de tamanho médio, muitas vezes terrestre da América do Sul.
É uma garça da Família Ardeidae, de coloração exclusiva e típica, porque é a única garça brasileira com este padrão de coloração.
Tem em média 53 cm de altura, e vive aos pares ou solitária, tem território fixo e costuma frequentar tanto áreas alagadas com as secas, mas dificilmente se aventura em águas mais profundas, preferindo se alimentar nas margens ou mesmo em terras secas, e de sua dieta é constituída de artrópodes (principalmente insetos), minhocas, peixes, anfíbios, pequenos répteis e vegetais. E entre os peixes tem predileção por muçuns (Synbranchus marmoratus) e tuviras (Gymnotus carapo), que são peixes adaptados a lamaçais.
Ao contrário da maioria das garças, que voam com o pescoço dobrado em “S” a maria-faceira costuma voar com o pescoço esticado, e de um modo suave e retilíneo.
Normalmente deixam os locais de pernoite, depois de meia hora do amanhecer, voando juntos, e retornam no final do dia em torno de meia hora antes do escurecer, quase sempre em silêncio, exceto quando estão em fase de reprodução quando se chamam constantemente durante todo dia, principalmente no inicio e final do dia.
O nome comum está ligado às cores espetaculares da cabeça. As cores do juvenil são mais esmaecidas, mas, fora isso, é idêntico aos adultos.
Maria-faceira – Garça
A maria-faceira é uma garça muito elegante, de plumagem cinza e amarelada.
O bico é róseo e a face azul.
Difere das outras garças em muitos aspectos.
Voa com o pescoço mais esticado do que as outras e bate as asas com mais rapidez e menor amplitude.
Seu canto é um assobio agudo e longo, que é emitido enquanto voa.
De atividade estritamente diurna e medindo 53 cm de comprimento, habita áreas abertas, secas ou úmidas, especialmente arrozais.
Alimenta-se de artrópodes, incluindo libélulas e larvas de besouros, pererecas, enguias (muçuns e tuviras), lagartos e cobras-d’água. Nos pastos secos pode apanhar pequenos roedores. Quando está concentrada observando sua presa, mantém a cabeça imóvel enquanto avança um ou dois passos, movendo o pescoço lateralmente.
Normalmente são vistas sozinhas ou em pares, mas podem ocorrer em grupos de 30 a 40 aves, como pude observar em setembro de 1999, no Pantanal.
A maria-faceira ocorre somente na América do Sul. Há uma população ao norte, na Colômbia e na Venezuela e outra que vive desde o Mato Grosso até o norte da Argentina. No Brasil é muito comum no Rio Grande do Sul.
Curiosidades
Existem 2 subespécies no mundo.
No Brasil ocorre a subespécie Syrigma sibilatrix sibilatrix (Temminck, 1824).
Geralmente essas garças vivem aos pares, mas nunca voam lado a lado. Por isso, sempre que observar uma delas voando, procure pela outra, que deverá aparecer alguns segundos depois.
A postura típica da maria-faceira varia entre 3 a 4 ovos.
Pouco se sabe sobre sua reprodução, exceto que a incubação e muda dos filhotes leva cerca de dois meses.
Maria-faceira – Características
Nas partes superiores, tem o dorso cinza-azulado, as asas e a cauda.
Na asa superior, as coberturas medianas e menores são canela, preta finamente listrada em coberturas menores.
O dorso é amarela pálida.
Na parte inferior, peito, barriga e flancos inferiores são amarelo pálido. Lados do corpo e submarino são brancos.
Na asa posterior, as penas do vôo são cinza escuro e os abrigos são amarelos pálidos.
O pescoço é cor de palha da base da cabeça até a parte superior das costas e da mama.
Características
Mede 53 cm. Face azul-clara e bico róseo com ponta escura.
Plumagem do dorso e alto da cabeça cinza-esverdeado-escura e na parte inferior parda.
Habitat: Campos secos, arrozais, lugares pouco alagados.
Distribuição: Do Rio de Janeiro e Minas Gerais à Argentina, Paraguai e Bolívia, também na Venezuela e Colômbia.
Hábitos: Andam a passos largos e bem calculados, como se observassem um perigo ou uma oportunidade.
Alimentação: Insentívora, caça também insetos no seco.
Manifestações sonoras
Muito diferente das outras espécies de família. A sua voz é um sibilo melodioso repetido sem pressa “i,i,i”; que é emitido com o bico largamente aberto e o pescoço esticado.
Seu canto é muito diferente da vocalização da maioria das garças, que costuma ser grave. Consiste em assobios longos, altos e melódicos, que a ave emite principalmente ao entardecer quando se retira para seu poleiro noturno no alto de árvores.
Reprodução: Fazem ninhos sobre as árvores, ou arbustos, em ilhas, ovos levemente manchados.
Ameaças: Poluição e destruição do habitat.
Classificação científica
Nome científico: Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824)
Nome popular: Maria-faceira
Nome em Inglês: Whistling Heron
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Família: Ardeidae Leach, 1820
Gênero: Syrigma
Espécie: S. sibilatrix
Categoria: Vulnerável
Maria-faceira – Fotos
Fonte: www.vivaterra.org.br/canalazultv.ig.com.br/farm3.static.flickr.com/www.oiseaux-birds.com
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